quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Mulheres são mais sensíveis a medicamentos que homens

 



Cientistas passaram a descobrir que mulheres são mais sensíveis e têm respostas colaterais mais adversas para vários medicamentos, a começar pelos remédios para dormir, como notificou recentemente a agência sanitária dos EUA, a Food and Drug Administration (FDA). No caso em específico, foi relatado que um remédio para insônia, o Intermezzo, é metabolizado por homens mais rapidamente que em mulheres. O princípio ativo da droga é o zolpidem, usado em outros medicamentos de mesma finalidade, como o Ambien. Por causa da diferença de efeitos, a FDA reduziu pela metade a dose recomendada para o sexo feminino.
O Intermerzzo, como o nome sugere, é usado para pacientes que têm insônia na metade da noite e não precisam de uma droga que faça efeito para as oito horas de sono mas, sim, um meio termo. Estudos mostram que mulheres podem ter reações diferentes com tranquilizantes e também com uma gama medicamentos que pode variar de uma aspirina a anestesias.
“É apenas a ponta do iceberg. Há várias diferenças de reações entre homens e mulheres para vários medicamentos, algumas já conhecidas e outras nem tanto.” disse Janie Clayton, diretor do Escritório de saúde Feminina no Instituto Nacional de Saúde, nos EUA, para o jornal New York Times.
A reportagem no jornal americano conta que, até 1993, mulheres em idade fértil eram excluídas de testes de novos medicamentos. A restrição, que terminou este ano, causou uma lacuna na avaliação dos efeitos de remédios em mulheres. A ausência de estudos para esta faixa populacional colocou em xeque até os efeitos da aspirina em mulheres nas indicações para doenças coronarianas e derrames. Um estudo do Government Accountability Office, um equivalente ao Tribunal de Contas da União nos Estados Unidos, indicou que oito em cada 10 drogas retiradas do mercado entre 1997 e 2000 ofereciam mais riscos à saúde para mulheres que homens.
E não é só porque mulheres são menores que os homens.Elas metabolizam os medicamentos de forma diferente porque têm uma porcentagem maior de gordura no corpo e passam, todos os meses, por flutuações nas taxas de hormônios, como no ciclo menstrual. Outro exemplo é o Seldane, um anti-histamínico, e o medicamento para o trato gastrointestinal Propulsid, que dão mais chance a mulheres que homens de desencadear uma arritmia cardíaca fatal.
Mas as diferenças podem também pesar a favor da mulheres. Alguns remédios para pressão alta e antibióticos, como a eritromicina, parecem ser mais eficazes para o sexo feminino. Por outro lado, mulheres tendem a acordar do efeito de anestesia mais rapidamente que homens, além de serem elas as mais sensíveis para os efeitos colaterais, de acordo com a Sociedade para a Pesquisa da Saúde Feminina, também dos EUA. .

Lotes de medicamentos que podem ter causado mortes após exame são recolhidos e não devem ser usados

 

Em Campinas, vai ser divulgado o número dos lotes de soro e contrastes usados nas ressonâncias magnéticas de três pacientes que morreram.

Helen SacconiCampinas, SP

Em Campinas, interior de São Paulo, vai ser divulgado nesta quarta-feira (30) o número dos lotes de soro e contrastes usados nos exames de três pacientes que morreram. Eles fizeram o mesmo exame: ressonância magnética.
Os hospitais não devem mais usar esses lotes, e a recomendação vale para todo o país. Administradores de clínicas e hospitais que fazem o exame devem ficar atentos aos lotes que vão ser divulgados nesta quarta-feira (30) no Diário Oficial e suspender o uso dos produtos por tempo indeterminado.
Na terça-feira (29) duas vítimas foram enterradas em Campinas. Uma terceira vítima será enterrada nesta quarta na Bahia. A Vigilância Sanitária está no hospital para acompanhar todos os trabalhos.
Os técnicos descartam a possibilidade de defeito no equipamento e seguem as investigações sobre os medicamentos usados no exame. Um dos medicamentos é um contraste, que facilita a visualização de um problema e intensifica a imagem para avaliação dos médicos.
“A Agência Nacional de Vigilância Sanitária está no hospital para estender a interdição dos lotes em nível nacional. Não é só interditar, eles provavelmente serão recolhidos pelo produtos para análise e servir de eventual contraprova no futuro”, explica Carmino Antônio de Souza, secretário municipal de Saúde.

Validade dos medicamentos requer atenção, alerta farmacêutica

 

Para facilitar a leitura dessa informação, Anvisa analisa mudanças.
Em Itapetininga, SP, moradores aprovam a medida em estudo.

Do G1 Itapetininga e Região
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De acordo com determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), todo medicamento deve conter impresso na embalagem a data de validade e o número do lote. Na maioria das vezes, essas informações são impressas em baixo relevo, mas sem cor. Para muitos consumidores, a leitura dessas informações é difícil, principalmente para quem tem dificuldades de visão.
Conforme mostra reportagem da TV TEM Itapetininga, em Itapetininga (SP), os consumidores afirmam que os dados deveriam estar mais visíveis nas embalagens. Até mesmo quem trabalha com a venda de remédios afirma ter dificuldades para fazer a leitura.
A farmacêutica Aline Michelle Carmago confessa que muitas vezes já precisou recorrer a lupas para fazer a leitura. “Qualquer pessoa tem dificuldade, principalmente, as mais idosas porque a visão está mais debilitada. Fora isso, nós mesmo no balcão precisa utilizar lupas para conseguir enxergar isso na caixa. Eu acredito que esse problema não aparece somente entre a gente. Algumas vezes já constatei erro de informações na nota fiscal dos produtos quando chegam a distribuidora. O número do lote registrado na nota fiscal não é o mesmo que o impresso na embalagem. Acredito que até eles [distribuidores] também têm essa dificuldade”, comenta.
Consumidores têm dificuldades para fazer a leitura de informações nas caixas de remédios. (Foto: Reprodução TV Tem)Consumidores têm dificuldades para fazer a leitura
de informações nas caixas de remédios.
(Foto: Reprodução TV Tem)
Para tentar reverter essa dificuldade a Anvisa analisa uma resolução para deixar essas informações mais fáceis de serem identificadas. Como, por exemplo, a impressão com cores nas embalagens. No entanto, ainda não há um prazo para as empresas se adequarem.
Enquanto as mudanças não são feitas, a farmacêutica da Vigilância Sanitária de Itapetininga, Eliane Maria Leite Alves, recomenda atenção dos consumidores. Já para quem tem dificuldades de enxergar, ela recomenda que a informação seja reescrita na embalagem pelo farmacêutico.
“Procure o farmacêutico ou o balconista de onde está acostumado a comprar o seu medicamento e peça para que ele escreva na embalagem a informação, principalmente a data de validade, de uma forma que o consumidor possa visualizar. Isso é importante para a pessoa não corra o risco de tomar nenhum medicamento vencido”, diz.
Alves alerta que a ingestão de medicamentos foram da validade pode trazer complicações à saúde. “A primeira coisa é que o medicamento não irá fazer o efeito desejado. Não só quando está vencido, mas também quando esse medicamento é armazenado de forma irregular. Com isso, se o paciente precisa tomar insulina, por exemplo, e este medicamento está vencido ou mal armazenado, então a quantidade que será tomada não irá fazer efeito”, explica.
Anvisa analisa mudanças nas embalagens de medicamentos para facilitar a leitura. (Foto: Reprodução TV Tem)Anvisa analisa mudanças nas embalagens de medicamentos para facilitar a leitura. (Foto: Reprodução TV Tem)

CRF-BA comemora Dia do Farmacêutico com Cerimônia de entrega do Mérito Farmacêutico

Na noite do dia 22 de janeiro, no Hotel Marazul, na programação de eventos comemorativos ao dia do farmacêutico, 20 de janeiro, a direção do CRF/BA homenageou com o Mérito Farmacêutico os profissionais que desenvolvem a sua função com maestria e dedicação à saúde do povo baiano.
A honraria foi criada para destacar pessoas que engrandecem a profissão, ou que contribuíram para o desenvolvimento da saúde, no País. Presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Assistência Farmacêutica, a deputada Alice Portugal esteve presente na cerimônia. “Foi muito emocionante a entrega do Mérito Farmacêutico. São profissionais que realmente merecem e honram a profissão”, afirmou a parlamentar, que tem formação em farmácia bioquímica.
A homenagem pelo mérito farmacêutico é constituída de uma medalha e um diploma e este ano foram merecedores os farmacêuticos, Dra. Angela Maria de Carvalho Pontes; Dr. Luiz Roberto de Carvalho; Dra. Marjorie Travassos Reis; Dra. Maria das Graças Pamponet de Oliveira; Dra. Maria Lúcia Fernandes de Castro; Dra. Maria Luiza Mascarenhas; Dr. Nadson Alves Pedreira e Dra. Rita de Cássia Lula Machado. Participaram da solenidade, Dr. Altamiro Santos, Dr. Clóvis Reis, Dr. Cleuber Fontes, Dr Mário Martinelli Junior, Dr. Bruno Viriato Santos (coordenador da Assistência Farmacêutica) Dra. Eliete Bispo (diretora da Faculdade de Farmácia da UFBA), Deputada Federal Alice Portugal, além de professores, farmacêuticos, acadêmicos de Farmácia e funcionários do CRF/BA.



Fonte: http://aliceportugal.org.br

Um terço dos medicamentos vendidos no Brasil é falso

São Paulo – Só neste mês de janeiro, a Agência Nacional de Saúde (Anvisa) identificou, apreendeu, destruiu e proibiu a comercialização de lotes do hormônio do crescimento Hormotrop, o esteróide Durateston e o antianêmico Hemogenin, além do Viagra e do Cialis, ambos contra a disfunção erétil. Segundo a agência, a decisão se deve pelo risco que os medicamentos falsificados representam à saúde.
Com base em dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP) estima que um terço dos medicamentos vendidos no Brasil é falsificado. São produtos que tiveram suas fórmulas e data de validade adulteradas por organizações criminosas que utilizam laboratórios clandestinos e os comercializam por meio do contrabando.
A falsificação de medicamentos é crime no Brasil, que pode ser punido com até 15 anos de prisão. No entanto, tem aumentado. Segundo dados da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), que reúne os maiores laboratórios, em 2008 foram apreendidas 500 mil unidades de medicamentos falsos (comprimidos e ampolas). Em 2010, o número subiu para 18 milhões.
Um relatório da Faculdade de Farmácia da Universidade de Londres, divulgado em dezembro passado, reforça que os países pobres e em desenvolvimento são os que mais sofrem com a pirataria. Para se ter uma ideia, segundo o documento, entre 15% e 50% de todos os remédios para tratar malária na África e em parte da Ásia eram falsificados. Para a Organização Mundial da Saúde, todos os países devem reforçar suas agências e investir na detecção desses produtos.
"A falsificação é menor nos países desenvolvidos porque as instituições estão consolidadas, são conhecidas e respeitadas. E se forem desrespeitadas, há punição para os infratores", diz o presidente do Fórum Nacional contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP), Edson Vismona. “Nos países em desenvolvimento não funciona assim. As instituições não se consolidaram e a impunidade é grande. Um convite à ilegalidade.” Como lembra o advogado, há diversos produtos falsificados que a população compra mesmo sabendo não se tratar de originais. "Mas no caso dos medicamentos é diferente. As pessoas compram enganadas, colocando em risco sua saúde.”
Conforme alerta Vismona, os medicamentos falsificados geralmente são encontrados em farmácias inidôneas, ilegais, localizadas nas periferias das grandes cidades e em sites da internet. Também são contrabandeados de outros países. E embora não seja muito comum no Brasil, em países vizinhos, como o Paraguai, eles são oferecidos nas ruas, por vendedores ambulantes. Os falsificados mais vendidos são imitações de medicamentos contra a disfunção erétil, como o Viagra e o Cialis. “Por isso, orientamos o consumidor a procurar estabelecimentos sérios, conhecidos, que não vão colocar em risco sua reputação vendendo produtos falsos.”
Uma grande preocupação, segundo Vismona, é que esses medicamentos também chegam à rede hospitalar. “Por isso, os hospitais, públicos e privados, devem aperfeiçoar seus mecanismos de farmacovigilância, identificando os medicamentos que não são originais antes que sejam utilizados. Do mesmo modo, os processos licitatórios devem ter cuidado redobrado, assegurando a compra de produtos originais, efetivamente especificados nos processos de compra”, afirma.
Em nota, a Anvisa afirmou que a fiscalização sobre a venda de medicamentos é feita prioritariamente pelos órgãos de vigilância sanitária nos estados e municípios, que realiza um trabalho de parceria e suporte técnico junto com os órgãos de vigilância sanitária locais e esferas policiais para coibir a venda irregular de medicamentos e que o objetivo do trabalho conjunto é identificar e desmontar as quadrilhas especializadas na produção, publicidade e venda de produtos sem registro. Ainda segundo a assessoria de imprensa do órgão, a agência monitora a venda de produtos irregulares pela internet, que já levou ao fechamento de laboratórios e distribuidoras de medicamentos clandestinos, a apreensão de toneladas de produtos irregulares, além das prisões, autos de infrações e notificações.
Sancionada há quatro anos, a Lei 11.903, que determina o rastreamento de todos os medicamentos produzidos, dispensados ou vendidos em todo o Brasil por meio de sistema de identificação exclusivo com uso de tecnologia de captura, armazenamento e transmissão eletrônica de dados. Pela lei, que ainda não foi implementada em sua totalidade, a Anvisa tem de desenvolver e aplicar o Sistema de Controle de Medicamentos, o que ainda está em discussão.


Por Cida Oliveira/ Rede Brasil Atual






França quer proibir prescrição de Diane 35 para fins anticoncepcionais

A Agência Nacional de Segurança dos Medicamentos e dos Produtos de Saúde (ANSM) da França anunciou nesta segunda-feira (28) que vai pedir às autoridades sanitárias do país que proíbam a prescrição do remédio Diane 35 para fins anticoncepcionais, noticia a revista Época. Originalmente, a pílula era um medicamento contra a acne, que, por seus efeitos contraceptivos, foi adotada por quase 315 mil mulheres em toda a França. A medicação também é comercializada no Brasil. "É preciso parar com esse uso ambíguo e sua utilização como contraceptivo. É uma situação que durou tempo demais", disse Dominique Maraninchi, diretor-geral da ANSM, em entrevista à rádio parisiense RTL. Segundo a revista, a instituição divulgou no fim de semana que seu uso foi diretamente associado a quatro mortes por trombose ocorridas nos últimos 27 anos. Também são consideradas suspeitas outras 25 mortes que teriam como causa coágulos sanguíneos.


bahia noticias

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Atendimento de farmaceuticos em drogarias e muito valorizado por consumidores

Levantamento exclusivo Datafolha/ICTQ mostra que profissionais farmacêuticos são considerados importantes para 95% dos entrevistados
Pesquisa nacional inédita comprova a valorização do farmacêutico entre consumidores. Para 95% dos 1.611 entrevistados em 12 capitais brasileiras, a presença desse profissional nas farmácias é importante. E 90% consideram o farmacêutico importante para a saúde do consumidor. Esses dados fazem parte do levantamento finalizado em dezembro de 2012 pelo Instituto Datafolha em conjunto com o Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ), especializado em educação continuada, com foco no mercado farmacêutico.
A quase unanimidade da relevância atribuída ao farmacêutico é fruto de uma série de transformações positivas vividas no setor. A começar pelo consumidor, que está cada vez mais consciente de seus direitos. “Muitos estabelecimentos passaram a respeitar a lei [federal número 5.991, de 1973], que obriga a presença de um farmacêutico durante todo o período de funcionamento”, observa Marcus Vinícius Andrade, diretor do ICTQ.
Juntam-se a isso as campanhas dos conselhos federal e regionais pela valorização desse profissional, que tem ajudado a estimular a consciência da sua presença nas farmácias e drogarias. “No entanto, ainda existe certa dificuldade em identificar o atendente do farmacêutico”, afirma Andrade.
De acordo com o estudo Datafolha/ICTQ, os entrevistados de São Paulo foram os que mais reconheceram o valor dessa especialidade ao julgar a presença do farmacêutico nos estabelecimentos muito importante (87%). A maior visibilidade e respeito do profissional vêm a reboque também do crescimento de vendas apresentado no varejo farmacêutico.

Crescimento do setor em 2013
Segundo a Associação Brasileira de Redes de Farmácia e Drogarias, entre janeiro e setembro de 2012, as 31 grandes redes do ramo movimentaram mais de R$ 18,4 bilhões, índice 17,06% superior ao mesmo período de 2011. Com isso, ampliou-se também o quadro de funcionários em 10,9%, seguido do aumento ainda maior no número de farmacêuticos, cerca de 25%, passando de 9,2 mil para 11,5 mil profissionais no último ano.
Com perspectiva de mais crescimento em 2013, o setor, porém, precisa ficar atento às necessidades dos clientes, entre as quais, a assistência do farmacêutico nos estabelecimentos. “Na contramão da valorização desse profissional, existem empresários e patrões que não reconhecem o trabalho do farmacêutico e oferecem péssimas condições de trabalho, além de baixa remuneração”, alerta Pedro Menegasso, presidente do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP).
Para fortalecer ainda mais a imagem do farmacêutico entre os consumidores, o CRF-SP aproveitou o Dia do Farmacêutico, comemorado em 20 de janeiro, para lançamento de uma campanha maciça na mídia. Para quem atente diariamente no balcão, a maior gratificação desse profissional é poder orientar de maneira correta a utilização de um medicamento.
Essa é a opinião do farmacêutico Heriton Estefanio, de 26 anos, que desde 2009 trabalha como farmacêutico responsável em drogarias. “Durante o atendimento, quando apresentam o receituário, é muito importante saber se a pessoa está iniciando o tratamento, quais outros medicamentos utiliza para avaliar se há algum risco de potencializar ou inibir seus efeitos, descobrir se há risco de alergias, etc.”, diz o profissional. “Não queremos vender o produto, mas oferecer maior segurança ao consumidor.”
Como se sabe, medicamentos podem salvar e matar. A automedicação é a responsável pela morte de 20 mil pessoas por ano no Brasil, de acordo com a Associação Brasileira das Indústrias Farmacêuticas (Abifarma). A maioria dos casos está relacionada à intoxicação e às reações alérgicas. Não é à toa que 68% dos entrevistados na pesquisa Datafolha/ICTQ acreditam que a presença do farmacêutico é muito importante para a saúde.
Em todas as 12 capitais que participaram do estudo, os índices para essa questão superam os 50%. São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Recife e Belém foram as que mais veem como muito importante a relação do farmacêutico com a saúde. “Em lugares mais remotos do Brasil, os números seriam infinitamente mais expressivos, pois são locais onde há deficiência de atendimento médico e o farmacêutico acaba assumindo essa função, se tornando fundamental nas comunidades mais carentes”, observa Andrade, diretor do ICTQ.

Desafios da profissão
Considerado promissor, o profissional graduado em Farmácia encontra um mercado de trabalho em expansão. O farmacêutico não se restringe ao atendimento no balcão. O leque de atuação se estende para várias outras áreas, além do varejo.
Hoje, esse profissional pode seguir carreira na área de logística farmacêutica, na indústria de alimentos e de cosméticos, na vigilância sanitária, nas unidades de saúde pública e privada, entre outros setores.
Isso não significa, porém, que a competitividade nessa profissão não esteja acirrada. Para Andrade, do ICTQ, quem para na graduação terá mais dificuldade de conseguir posições melhores no mercado.
“O profissional sem especialização, que se contenta apenas com a formação acadêmica, será aquele que vai ganhar piso salarial e assumir postos de baixa relevância”, ressalta Andrade. “Sem aprimoramento, o farmacêutico vai perder a chance de aproveitar as oportunidades que se abrem na profissão.”
Segundo o Conselho Federal de Farmácia, existem cerca de 67 mil farmacêuticos registrados no país. A cada ano, entram no mercado aproximadamente 8 mil formandos. De acordo com O CRF-SP, o curso de Farmácia está presente em mais de 400 instituições de ensino superior em todo o país. Dessas, 101 estão localizadas no estado de São Paulo.


Fonte: Assesoria de Imprensa ICTQ







Leia mais: Atendimento de farmacêuticos em drogarias é muito valorizado por consumidores - PFARMA http://pfarma.com.br/noticia-setor-farmaceutico/carreira-farmaceutica/1141-pesquisa-atendimento-de-farmaceuticos-em-drogarias-e-muito-valorizado-por-consumidores.html#ixzz2JP6C2Z6O

Drogaria vai devolver R$ 21 mil desviados do Programa Farmácia Popular


A Drogaria Gusman Ltda. terá que devolver aos cofres públicos R$ 21,7 mil desviados do Programa Farmácia Popular. O acordo firmado com o MPF (Ministério Público Federal) em São Carlos, interior de São Paulo, prevê que os proprietários não se inscrevam novamente no programa do governo federal, pelo prazo de dois anos.
O inquérito civil que havia sido aberto para apurar as irregularidades já foi encerrado. “A reparação dos danos materiais é um dos objetivos da atuação do MPF”, explicou o procurador Ronaldo Bartolomazi, responsável pelo caso. A reparação do dano evita uma ação civil pública e pode reduzir de um a dois terços a pena (em caso de ação penal), já que o MPF pediu à Polícia Federal a instauração de inquérito policial para apurar a eventual prática do crime de estelionato.
O inquérito civil para apurar as irregularidades cometidas pela Drogaria Gusman teve início em outubro de 2011, quando o MPF noticiou a possibilidade de fraudes contra o Programa Farmácia Popular na região de São Carlos. A auditoria realizada pelo Ministério da Saúde confirmou a existência de inúmeras irregularidades cometidas entre dezembro de 2007 e março de 2010.
As proprietárias da Drogaria — que foi formalmente dissolvida em setembro de 2011 —, Fernanda Regina Leal Gusman Lorencetti e Romilda Aparecida Leal Gusman, chegaram a lançar no Sistema Informatizado do Datasus registros fictícios de venda de medicamentos para elas mesmas. Também registraram vendas de medicamentos a clientes (identificados com nome e CPF) que nunca utilizaram o Programa Farmácia Popular, além de usar indevidamente o CRM de médicos e utilizar, nas vendas falsas, receitas médicas sem data ou com data vencida. Regina é farmacêutica.
O Programa Farmácia Popular tem como principal objetivo disponibilizar remédios com preços acessíveis à população de baixa renda. Em alguns casos, o Ministério da Saúde chega a repassar às farmácias credenciadas até 90% do valor do medicamento. Para participar do programa, as farmácias precisam cumprir algumas regras, como registrar todas as vendas em um sistema informatizado específico, desenvolvido pelo Datasus, e emitir o cupom fiscal em duas vias, com nome, CPF e assinatura do paciente. Tanto a cópia do cupom como a cópia da receita médica devem ser guardados pelo prazo de cinco anos.
O MPF investiga as fraudes contra o Programa Farmácia Popular em diversas cidades do interior paulista, com inúmeras ações civis já protocoladas e farmácias condenadas a ressarcir os cofres públicos.






Última Instância/WM




 


Vigilância Sanitária interdita 08 farmácias em Teixeira de Freitas por apresentar irregularidades

Teixeira de Freitas: Nossa equipe de reportagem flagrou o momento em que uma equipe da Vigilância Sanitária Estadual e Municipal fechou no início da noite desta segunda-feira, 28 de janeiro, diversas farmácias em nossa cidade. Após uma blitz nos estabelecimentos comerciais, fiscais sanitários estaduais e municipais interditaram 08 farmácias que estavam funcionando de forma irregular e oferecendo riscos para a população.
A vigilância Sanitária é definida, segundo a Lei Orgânica de Saúde como um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo e o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a saúde (BRASIL, 1990, art. 6º).
Segundo informações do fiscal Edivin Santos Oliveira , já foi feito uma fiscalização prévia nos estabelecimentos e dado um prazo para que o problema fosse resolvido. “Como reincidiram nas irregularidades, as farmácias acabaram sendo interditadas”, disse o fiscal. Ainda segundo o fiscal, as farmácias não oferece em seu quadro de funcionários, um RT (responsável técnico) formado em Farmácia.
Para a coordenadora da Vigilância Sanitária de Teixeira de Freitas, a enfermeira Rosana Vaz de Campos, a falta de um responsável técnico pode resultar na medicação errada dos clientes, além da falta de orientação para o uso correto dos medicamentos. Ainda segundo Rosana, as farmácias só poderão abrir novamente depois de atendidas todas as exigências e forem submetidas a nova vistoria da vigilância.
As farmácias interditadas foram: Farmácia Bahia e Farmácia Regional, ambas na Av. Getúlio Vargas; Droga Rio, na Av. São Paulo; Farmácia Socorro, na Av. Marechal Castelo Branco; Farmácia Indiana, em frente à rodoviária velha e mais 03 farmácias; sendo 02 no São Lourenço e 01 no Castelinho. Essas três últimas não receberam o ofício de interdição, pois já se encontravam fechadas.



Por: Edvaldo Alves/Liberdadenews



quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Grupos farmacêuticos testaram medicamentos em pacientes da Alemanha Oriental


 
AFP - Agence France-Presse
Publicação: 01/01/2013 16:29Atualização: 01/01/2013 21:55
Grupos farmacêuticos ocidentais testaram medicamentos, nos anos 1980, em pacientes de hospitais da República Democrática da Alemanha (RDA), que nem sempre eram informados do fato, afirmou um jornal alemão, citando documentos de arquivo.

"Dispomos de documentos que demonstram que foram assinados contratos entre empresas farmacêuticas ocidentais e instituições da RDA para testar medicamentos", afirmou à AFP uma colaboradora dos arquivos nacionais alemães, confirmando em parte o artigo.

Segundo o jornal alemão Tagespiegel, que estudou detalhadamente os documentos, mais de 50 companhias ocidentais assinaram contratos com o ministério da Saúde da Alemanha Oriental para realizar 165 testes de medicamentos entre 1983 e 1989.

Os testes poderiam fornecer até 860.000 marcos (a moeda da Alemanha Ocidental muito valorizada na RDA comunista), escreve o jornal.

O jornal cita diferentes empresas da época, algumas das quais mudaram de nome depois de terem se fundido ou terem sido compradas: Bayer, Schering, Hoechst (integrada em Sanofi), Boehringer Ingelheim ou Godecke (atualmente Pfizer).

Por vezes os doentes não informados que serviam como cobaias, acrescenta o jornal, citando o caso de sete pacientes que afirmam que não estavam cientes de nada.

A televisão alemã regional MDR, que investigou o fato, cita, sobretudo, o caso de um paciente de 60 anos, Gerhard Lehrer, em cuidados intensivos depois de sofrer um enfarto no hospital de Dresde em 1989.

Depois de ter tomado medicamentos "especiais", "que não eram comercializados", receitados por um médico no hospital, seu estado piorou ainda mais.

Estas pastilhas, cujos alguns exemplares foram conservados pela esposa de Lehrer, resultaram ser placebos para um estudo encomendado pela Hoechst, segundo testes de laboratório realizados a pedido da MDR.

Cientistas desenvolvem vacina que reduz em 90% o vírus da aids





Josep Maria Gatell, chefe de Doenças Infecciosas do Hospital Clínic de Barcelona, onde foi realizado o estudo, disse nesta quarta-feira (2) que este novo passo na pesquisa sobre a aids demonstra que é possível conseguir uma vacina terapêutica para controlar a replicação do vírus de maneira permanente.
"Não chegamos lá, mas nos aproximamos", especificou Gatell em entrevista coletiva, ao ressaltar que o achado "é um passo muito significativo".

A vacina descoberta por uma equipe do Hospital Clínic é a que conseguiu obter uma melhor resposta virológica até o momento, mas só alcança o controle do vírus da aids durante um máximo de 12 meses, por isso que nos próximos quatro anos o grupo de pesquisadores trabalhará para combiná-la com outras estratégias.

O pesquisador principal do estudo, Felipe García, cujo descobrimento foi publicado pela revista "Science Translational Medicine", explicou que nenhum outro grupo de pesquisa chegou até hoje a uma capacidade de destruição do vírus de 90% de média.

"Na aids falamos de branco ou preto, temos que conseguir a cura funcional - controlar o vírus sem anti-retrovirais", disse.

O descobrimento do grupo de pesquisadores é uma peça importante, embora não definitiva, na obtenção de uma vacina terapêutica, que evite a tomada de fármacos.

Os anti-retrovirais têm possíveis efeitos tóxicos a longo prazo e representam um custo muito elevado que faz com que a manutenção do tratamento ameaçada, sobretudo em países em vias de desenvolvimento.

Se conseguir a vacina definitiva, no entanto, seria um tratamento muito mais acessível.
Concretamente, o que esta vacina terapêutica alcança é uma mudança muito relevante no equilíbrio entre o vírus e a resposta imunológica do organismo.
Assim, o avanço apresentado hoje é mais um passo para obter a cura da aids, uma doença que afeta cerca de 30 milhões de pessoas no mundo todo.

Fonte: Terra