segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Alice defende alteração de Farmácia para Estabelecimento de Saúde




A deputada federal Alice Portugal (PCdoB-BA), presidenta da Frente Parlamentar em Defesa da Assistência Farmacêutica, esteve reunida na semana passada com o presidente da Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar), Ronald dos Santos, para discutir ações na busca pela aprovação do substitutivo do deputado Ivan Valente (PSOL-SP), ao PL 4385/94, que transforma Farmácia em Estabelecimento de Saúde Pública.


Alice Portugal lembrou que a farmácia é uma profissão milenar e que no dia a dia busca o uso racional dos medicamentos. “Medicamento não é qualquer mercadoria e precisa ser tratado com todo o rigor técnico e manipulado por um profissional farmacêutico. Portanto, é fundamental a defesa do farmacêutico na farmácia e a garantia de que a farmácia seja definitivamente encarada como um estabelecimento de saúde pública”.

A deputada é uma das entusiastas, na Câmara dos Deputados, pela aprovação do substitutivo do deputado Ivan Valente (PSOL-SP). “Projeto que está pronto para ser votado na mesa diretora da Casa e que conta com o apoio da maioria dos líderes dos partidos políticos e também com o apoio do ministro da saúde, Alexandre Padilha”.

Outro tema do encontro foi o pedido da Fenafar para que a deputada requeira o apensamento do PL 3360/12 (que permite aos técnicos se responsabilizarem por farmácias) ao substitutivo, do deputado Ivan Valente (PSOL-SP), do PL 4385/94. Para o presidente da Federação, o PL 3360/12 “representa um retrocesso na luta por uma política que tenha na farmácia um estabelecimento de saúde, e não um ponto de venda. Por isso, a Fenafar considera fundamental que essa discussão esteja vinculada ao debate sobre o papel da farmácia”, afirmou Ronald dos Santos.

A deputada Alice Portugal considera necessário o questionamento de projetos existentes na Casa que propõem a precarização da venda de medicamentos, como também a flexibilização da presença dos farmacêuticos nos estabelecimentos. “Projetos que são verdadeiros atentados à saúde pública no Brasil”. 

Para Alice é indispensável à presença do farmacêutico na farmácia, pois, “é o profissional qualificado para orientar aos pacientes sobre o uso, procedimentos e aplicação das inúmeras fórmulas farmacêuticas existentes”. O profissional colabora para reduzir a automedicação e a chamada ‘empurroterrapia’, prática antiga no Brasil e irregular de acordo com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Segundo informações do DataSUS 2012, o consumo inadequado de medicamentos é a principal causa de intoxicação no país com 37% dos casos de envenenamento.

A aprovação do substitutivo do deputado Ivan Valente (PSOL-SP) ao PL 4385/94 reúne a Fenafar e demais entidades da categoria na luta para que a farmácia e o medicamento estejam em sintonia com as políticas de saúde e não subordinadas aos interesses econômicos privados. Nas farmácias e drogarias cada profissional tem um papel e uma responsabilidade a cumprir, cabendo ao farmacêutico à responsabilidade sobre os estabelecimentos.

De Salvador,
Ana Emília Ribeiro
Com informações da Ascom – Alice Portugal

domingo, 16 de setembro de 2012

Genéricos são em média 55,5% mais baratos


Pesquisa do Procon comparou 58 remédios em 15 farmácias da capital. Alguns superam os 1.000% de diferença
Os medicamentos genéricos são, em média, 55,5% mais baratos do que os de referência, mas em alguns itens tal  índice supera os 1.000%. A conclusão é de uma pesquisa da Fundação Procon-SP feita em farmácias e drogarias de todas as regiões capital.
O Cozaar, do laboratório Marck Sharp, por exemplo, foi encontrado em uma farmácia por R$ 29,72, enquanto em outra o seu correspondente genérico, Losartana Potássica, era vendido  por R$ 1,45, uma diferença de 1.949,65%.
A pesquisa foi  realizada em agosto, em 15 drogarias, distribuídas pelas cinco regiões da cidade. Ao todo, foram pesquisados 58 medicamentos, sendo 29 de referência e 29 genéricos.

Entre os medicamentos de referência, a diferença também é acentuada em alguns casos. O Dexason (Acetato de Dexametasona),  por exemplo, foi encontrado por R$ 8,49 em um estabelecimento e por R$ 1,94 em outro, uma diferença de 337,63%. No caso dos genéricos, pela Losartana Potássica foi cobrado R$ 30,10 em uma farmácia e R$ 1,45 em outra, uma diferença de 1.975,86%.
Fonte DIÁRIO SP

Pesquisa aponta que 35% escolhem a farmácia pelo preço dos medicamentos





Na hora de escolher a farmácia para comprar remédios, 35% dos brasileiros escolhem o estabelecimento pelo preço praticado pelos medicamentos.
Outros fatores que também são considerados decisivos na hora de escolher onde comprar remédios são as promoções e as facilidades de pagamento, revela um levantamento feito pela CVA Solutions e divulgada pela Takeda.
Entre as facilidades de pagamentos mais atrativas para os consumidores os cartões das drogarias aparecem depois dos cartões de crédito.
Comportamento
De acordo com a pesquisa, 47% dos consumidores escolhem a farmácia pela variedade de itens oferecidos por ela, enquanto 29% disseram que a reputação do estabelecimento influencia a decisão.
Segundo o levantamento, apesar das farmácias venderem uma grande variedade de produtos, 70% dos consumidores que entram nestes estabelecimentos vão para comprar medicamentos.

 Fonte: Infomoney

Brasileiro aumenta o gasto com medicamento



Pesquisa do IBGE aponta que as despesas com remédios subiram de 44,99% para 48,6% nos últimos cinco anos
O acesso a atendimento médico e a compra de remédios está pesando mais no orçamento do brasileiro. Nos últimos cinco anos, a despesa das famílias com medicamentos subiu de 44,9% para 48,6% do valor total gasto com saúde, mostra a POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares), de 2008/2009, divulgada nesta sexta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Já com planos de saúde, os desembolsos saltaram de 25,9% para 29,8% das despesas com saúde, item que absorve 7,2% do consumo das famílias, apenas 0,2 ponto percentual a mais do que na pesquisa anterior.
A aquisição de remédios custa R$ 74,74 por mês e é de longe o mais alto entre as despesas com assistência à saúde, que somam em média R$ 153,81. Em seguida vem o plano de saúde, com valor de R$ 45,86. O terceiro item com maior peso, segundo o IBGE, são a consulta e o tratamento dentário, com R$ 7,29, isto é, 4,7% das despesas totais das famílias com saúde. Na pesquisa, o IBGE observou que há diferenças nos gastos com saúde por faixas de renda.
As famílias de menor rendimento gastaram 74,2% de seus orçamentos de saúde com remédios, enquanto para as de maior renda, os remédios representaram apenas 33,6% dos gastos com saúde. “O aumento da renda da população pode ter levado as pessoas a gastarem mais com remédio do que antes. Também esse aumento de renda permitiu, isso é fato, que um maior número de pessoas esteja associado a planos de saúde”, disse o economista Ricardo Teixeira, da Fundação Getulio Vargas.
Outro dado da pesquisa mostra que o brasileiro gastava, em média, R$ 50,16 por mês com viagens esporádicas em 2008 e 2009. Os brasileiros com renda superior a R$ 3 mil gastam R$ 147,63 com viagens por mês, enquanto aqueles com renda de até R$ 910 gastam apenasR$ 8,46.
O levantamento também apontou que famílias chefiadas por espíritas gastam quase o dobro das em que a pessoa de referência nas contas da casa é de outras religiões.
A despesa média total das famílias espíritas é de R$ 4.821,66. Já entre os católicos, os gastos ficaram em R$ 2.602,42. O desembolso menor foi para as evangélicas de origem pentecostal, no valor de R$ 2.035,01. “O grupo dos espíritas possui rendimentos maiores. São pessoas que geralmente apresentam maior nível de educação e formação”, disse Edilson Nascimento, gerente da POF.
Fonte DIÁRIO SP

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Anvisa quer maior rigor na venda de medicamentos

O Diário Oficial da União traz em sua publicação informe da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), divulgando a realização de nova audiência pública, no dia 27, para discutir a necessidade de maior controle na venda de medicamentos sujeitos à prescrição médica.
Por meio de nota, o órgão afirma que a ideia é obter informações para que, na prática, farmácias e drogarias passem a exigir a apresentação da receita no ato da venda desse tipo de produto. “A agência não pretende criar obstáculos para a aquisição de medicamentos, mas eliminar o risco sanitário oriundo da automedicação”, diz o comunicado. No caso de remédios de uso contínuo, como anticoncepcionais, a Anvisa destaca que a receita poderá ter validade de até um ano.
O órgão destaca, ainda, que a venda de medicamentos com tarja na embalagem sem a apresentação da prescrição configura infração sanitária grave, de acordo com a Lei nº 6.437/77, cujas penalidades podem variar de advertências, interdições, cancelamento da autorização de funcionamento do estabelecimento a multas a farmácias e drogarias. (TM)

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Rádio: Veneno bom para a saúde



06 de setembro de 2012
Toxinas de animais, como cobra, por exemplo, mostram-se úteis para a produção de medicamentos.
Abelha produz toxina que pode ser matéria-prima para medicamento contra dor.
Matar aquela abelha que tenta insistentemente pousar numa lata de refrigerante não é apenas diminuir em alguns gramas a produção de mel no mundo. Estudos dos últimos anos vêm mostrando que esse pequeno inseto também é capaz de produzir matéria-prima para a confecção de um potente medicamento para dor. Cobra, aranha e escorpião também estão no grupo dos animais e insetos que estão dando uma força para a saúde das pessoas.
São os peptídeos, compostos presentes nos venenos, os responsáveis pela produção de remédios. No caso da abelha, a ação ocorre no sistema imunológico humano. “O veneno tem um efeito igual ao da morfina”, explica a pesquisadora Esther Bastos, da Fundação Ezequiel Dias.
O temido escorpião também é ‘fonte’ para diversos tratamentos terapêuticos. “Usamos um peptídeo, por exemplo, que é anti-hipertensivo. Também há substâncias inseticidas e algumas antibacterianas que ainda não estão sendo utilizadas”, descreve a professora do departamento de Bioquímica e Imunologia da UFMG, Maria Elena de Lima. Segundo ela, o veneno do escorpião tem mais de 300 moléculas, muitas que, ainda, não foram sequer estudadas.
Para aproveitar as centenas de peptídeos produzidos pela aranha, sem precisar disseminá-las completamente, são feitas reproduções dessas toxinas em laboratório. As utilidades são diversas.  “Há toxinas para atuação na dor, na isquemia e na arritmia cardíaca”, ensina o pesquisador e professor aposentado da Faculdade de Medicina da UFMG, Marcus Vinícius Gómez.
Medicamentos anti-hipertensivos também podem ser fabricados a partir do veneno da cobra. “Ela produz pedaços de proteína que podem reduzir a pressão arterial”, diz o professor titular do Departamento de Fisiologia e Biofísica do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG, Robson Augusto Souza

Genéricos: FHC preservou interesses de laboratórios




Por conta das patentes concedidas indevidamente pelo então ministro José Serra, gastos do Ministério da Saúde se multiplicaram com a compra de medicamentos.

Por Cida de Oliveira, na Rede Brasil Atual


Ainda sem previsão, a votação da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4234 no Supremo Tribunal Federal (STF) é muito aguardada pelos movimentos em defesa da saúde pública e de acesso aos medicamentos. 

A ação, protocolada em 2009 pela Procuradoria-Geral da União a pedido da Rede Brasileira pela Integração dos Povos (Rebrip), questiona a constitucionalidade dos artigos 230 e 231 da Lei Brasileira de Propriedade Intelectual (Lei 9279), de 1996, elaborada e aprovada às pressas durante o governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB). 

Esses dispositivos legais, que não foram discutidos como deveriam, permitiram que diversos produtos tecnológicos para os quais o Brasil não reconhecia proteção por patentes pela legislação anterior, entre eles medicamentos, todos registrados em outros países antes de 1995, recebessem patente no Brasil (as patentes de revalidação, ou pipeline) como se fossem novidade – quando, na verdade, já eram de domínio público e não poderiam mais ser protegidos da concorrência. 

Na época, o escritório nacional de patentes nacional (Inpi) revalidou automaticamente as patentes concedidas em outros países sem passar por um exame técnico dos requisitos de patenteabilidade (novidade, atividade inventiva e aplicação industrial) no Brasil. 

Assim foram revalidados automaticamente mais de 1.100 pedidos, entre eles mais de 750 medicamentos, como os utilizados no tratamento da Aids (efavirenz, lopinavir/ritonavir, abacavir, nelfinavir, amprenavir). 

Se o STF julgar procedente a ação, caem de uma só vez patentes de uma série de produtos que expirariam até 2017. A medida é bem vinda porque, sem as patentes, torna-se legal a fabricação de versões genéricas, bem mais baratas. 

As patentes elevam o preço dos remédios porque dão ao detentor o direito de exclusividade de venda, ou mesmo de designar quem vai poder vender, por um período de 20 anos, além de permitir que se coloque o preço que quiser. E não é só a substância ativa que pode ser patenteada. 

Há patentes da substância e da manipulação que vai transformá-la em medicamento e até das combinações entre as substâncias que poderão vir a ser feitas. Isso causa confusão jurídica e os laboratórios se aproveitam de brechas para postergar a validade dessa proteção.

“Os prejuízos são enormes. Calcula-se que só entre 2009 e 2010 o Ministério da Saúde gastou R$ 123 milhões a mais só com a compra de quatro medicamentos daquela lista protegida por patentes indevidas. Se for contabilizado tudo o que governo e sociedade já gastaram a mais por causa disso desde 1996, o valor ultrapassaria o orçamento da União”, afirma a farmacêutica Célia Chaves, presidenta da Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar), uma das entidades que compõem a Rebrip. 

“Não sou contra patentes, quando legítimas. Mas nesse caso, da maneira como tudo foi feito, não tem como ser a favor. Trata-se de um grande desfalque em que uma lei atendeu aos interesses das grandes empresas e não do país.”

Segundo ela, mesmo que a tramitação se arraste até as vésperas da expiração das patentes, em 2017, e o STF decida pela inconstitucionalidade, há a possibilidade de uma nova ação cobrando o ressarcimento pelos prejuízos.

Criação dos genéricos

Outra aberração da lei brasileira de patentes é a pressa com que foi elaborada e aprovada. Em 1994, países-membros da Organização Mundial do Comércio (OMC) assinaram o Acordo Trips, que obriga o reconhecimento, por 20 anos, de patente para todas as áreas tecnológicas. Até então, era opcional patentear algumas áreas, como o setor farmacêutico. 

Como as novas regras trariam mudanças, a OMC deu prazo até 2005 para os países em desenvolvimento se adequarem. Sem desobedecer o acordo, a Índia adaptou sua indústria para desenvolver versões genéricas, mais baratas, e por isso é hoje “a grande farmácia genérica do mundo”. Já o Brasil alterou a legislação em apenas um ano.

A nova lei prejudicou laboratórios brasileiros e fabricantes de matérias-primas e insumos. Far-Manguinhos, vinculado à Fundação Oswaldo Cruz, já fabricava sete dos medicamentos do coquetel antiaids no começo dos anos 1990. A produção e a comercialização foram então interrompidas. Em entrevista à Revista do Brasil, a química-farmacêutica Eloan Pinheiro, que na época dirigia Far-Manguinhos e o Sindicato dos Engenheiros Químicos do Rio de Janeiro, disse que poucos compreendiam o estrago que estava para ser feito apesar do discurso oficial de que caminhávamos para a modernidade.

E como o acesso universal ao tratamento de doentes de aids foi baseado na produção local de medicamentos vendidos a preços muito inferiores aos daqueles praticados internacionalmente pelos laboratórios detentores de patentes, logo vieram os efeitos colaterais da lei.

Os danos aos cofres do Ministério da Saúde nos anos seguintes a 1996, aliás, explicam o apoio de FHC à indústria dos genéricos – uma das principais propagandas do candidato à prefeitura de São Paulo José Serra (PSDB). Pressionado pela crescente demanda pelo custeio de tratamento para pacientes infectados pelo HIV – os gastos da pasta com aquisição desses medicamentos saltaram de US$ 35 milhões em 1996 para US$ 305 milhões em 1998, com tendência de aumento –, o governo que concedeu as chamadas patentes pipeline hoje questionadas no STF não viu outro jeito senão criar, três anos depois, o programa de medicamentos genéricos. 

Segundo a Pró Genéricos, em dez anos foram investidos mais de US$ 170 milhões na construção e modernização de plantas industriais. Pela lei, os genéricos são, no mínimo, 35% mais baratos que os de referência.

A LPI é consequência de um projeto do então presidente Fernando Collor de Mello, que pretendia atrair investimentos externos. O projeto se arrastou na Câmara e no Senado, onde, sob pressão explícita do governo brasileiro, da embaixada dos Estados Unidos e do lobby da indústria, especialmente a farmacêutica americana, foi sucessivamente modificado até a sua aprovação, ainda no primeiro mandato de FHC.

Farmacêuticas investem em inovação no Brasil




Cresce a participação de moléculas biológicas nas pesquisas farmacêuticas realizadas no Brasil, segundo empresas do sector, citadas pelo jornal brasileiro Folha de S. Paulo.

São estudos de medicamentos profiláticos e para o tratamento de distúrbios do sono, de doenças crónicas e de diversos tipos de cancro.

"Estamos a realizar pesquisas também nas áreas de esclerose múltipla e hemofilia", diz Theo van der Loo, presidente da Bayer.

A Pfizer, por exemplo, trabalha hoje com 87 novas substâncias, das quais 26 são biológicas. Do total, 36 estão em estudo no Brasil.

O número é semelhante ao verificado na Bristol-Myers Squibb, na qual um terço das novas moléculas é de matriz biológica.

As empresas têm investido milhares de milhões de dólares anualmente, mas não sem riscos, segundo José Almeida Bastos, presidente da MSD no Brasil.

"Para cada molécula que chega às prateleiras, até 10 mil já foram descartadas. São necessários 15 anos de pesquisa e investimentos de aproximadamente 1,5 mil milhões de dólares", afirma Almeida Bastos.

Nenhuma das empresas consultadas especificou quais etapas do desenvolvimento são realizadas actualmente no Brasil.

Bristol-Myers Squibb investe em inovação

Enquanto várias farmacêuticas apostam em genéricos para crescer, a Bristol-Myers Squibb investe em inovação. A empresa tem actualmente 65 moléculas em desenvolvimento, sendo um terço delas biológicas.

Em 2011, 14 novas moléculas entraram em desenvolvimento pré-clínico e quatro passaram para o estágio intermediário de estudos clínicos com um investimento total de 3,8 mil milhões de dólares. Cerca de 30% dos 27 mil funcionários da farmacêutica em todo o mundo dedicam-se à investigação e desenvolvimento.

Considerado um mercado estratégico para a farmacêutica, o Brasil integra as principais pesquisas para desenvolvimento de novos medicamentos inovadores, com 45 estudos em andamento e a participação de 104 instituições de saúde em 2011, e a perspectiva de conduzir 56 estudos ao longo deste ano. Entre os mais recentes lançamentos da empresa no mundo está o Yervoy® (ipilimumab), para melanoma metastático pré-tratado, sem indicação de remoção cirúrgica, que acaba de ser aprovado pela ANVISA e, em breve, estará disponível no mercado brasileiro.

fonte RCM phama

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Aspirina aumenta expectativa de vida de pacientes com câncer de próstata



Autor: Redação - Fonte: I$alttextPesquisa ajuda a evidenciar o efeito anticâncer do medicamento anticoagulante em algumas partes específicas do organismo.


O uso regular de aspirina por homens em tratamento do câncer de próstata aumenta a expectativa de vida dos pacientes, de acordo com cientistas da UT Southwestern Medical Center, nos EUA.
A pesquisa evidencia o efeito anticâncer da aspirina em algumas partes específicas do organismo.
Estudos pré-clínicos demonstraram que os medicamentos anticoagulantes como aspirina e outros podem inibir o crescimento e as metástases do câncer, mas os dados clínicos têm sido limitados.
O estudo atual analisou quase 6 mil homens com câncer de próstata que tinham sido tratados com cirurgia ou radioterapia.
Cerca de 2.200 dos homens envolvidos, 37%, estavam recebendo anticoagulantes (varfarina, clopidogrel, enoxaparina e / ou aspirina). O risco de morte por câncer de próstata foi comparado entre aqueles que tomavam anticoagulantes e aqueles que não faziam uso dos medicamentos.
Os resultados demonstraram que, em 10 anos, o risco de morte entre aqueles que tomavam aspirina foi mais baixo em comparação com o grupo que não tomava anticoagulante, 3% versus 8%, respectivamente.
Os riscos de recorrência do câncer e do aparecimento de metástases ósseas também foram significativamente mais baixos.
"A ideia de que a aspirina, um medicamento prescrito e relativamente bem tolerado, pode melhorar os resultados no câncer de próstata é de particular interesse, já que o câncer de próstata é o tipo mais comum entre os homens e o segundo câncer mais responsável por mortes nos EUA", afirma o autor da pesquisa Kevin Choe.
A equipe ressalta que, apesar de os resultados mostrarem que a aspirina impede o crescimento de células tumorais no câncer de próstata, especialmente no câncer de próstata de alto risco, é preciso entender melhor a utilização ótima da aspirina antes de recomendar a todos os pacientes com a doença. 

Deputada baiana se reúne como presidente da Fenafar



Nesta terça-feira, dia 4, o presidente da Fenafar, Ronald Ferreira dos Santos reuniu-se com a presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Assistência Farmacêutica, a deputa Alice Portugal (PCdoB/BA), para discutir ações em torno da luta pela Farmácia Estabelecimento de Saúde.

Um dos temas principais do encontro foi o pedido da Fenafar para que a deputado requeira o apensamento do PL 3360/12 (que permite aos técnicos se responsabilizarem por farmácias) ao substitutivo ao PL 4385/94 que transforma Farmácia em Estabelecimento de Saúde.
Para a Federação, o PL 3360 representa um retrocesso na luta por uma política que tenha na farmácia um estabelecimento de saúde, e não um ponto de venda. Por isso, a Fenafar considera fundamental que essa discussão esteja vinculada ao debate sobre o papel da farmácia.
A aprovação do substitutivo ao PL 4385/94 reúne a Fenafar e as demais entidades da categoria na luta para que a farmácia e o medicamento estejam em sintonia com as políticas de saúde e não subordinadas aos interesses econômicos privados. Nas farmácias e drogarias cada profissional tem um papel e uma responsabilidade a cumprir e este é o momento, cabendo ao farmacêutico a responsabilidade sobre os estabelecimentos

Fonte: Fenafar (Federação Nacional dos Farmacêuticos)

domingo, 2 de setembro de 2012

Aqui Tem Farmácia Popular aumenta número de beneficiados em 286% em 18 meses


O programa Aqui Tem Farmácia Popular registrou um crescimento de 286% entre janeiro de 2011 e julho deste ano, atendendo 13,3 milhões de pessoas, segundo o Ministério da Saúde. Dados da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) revelam que, nos últimos seis meses, apenas nas 31 maiores redes de drogarias e farmácias do País, as vendas do programa cresceram 80,78%, ampliando em 83,69% o número de pessoas atendidas que foi de 9,1 milhões.

A Abrafarma chama atenção, também, para as vendas dos medicamentos genéricos que, no mesmo período (de janeiro a julho de 2012), registraram crescimento de 31,94%, movimentando a soma de R$ 1,4 bilhão,
De acordo com o Ministério da Saúde, em todo País já são 19.519 estabelecimentos conveniados ao programa Aqui Tem Farmácia Popular, que teve início em janeiro de 2011, quando foram atendidas 1.258.466 pessoas. Esse número cresceu para 3.921.009 em janeiro de 2012 e, em julho deste ano, beneficiou 4.853.116 brasileiros.
Parceria governo x iniciativa privada
O governo federal e a iniciativa privada se uniram no Aqui Tem Farmácia Popular para ampliar o acesso da população aos medicamentos receitados para as doenças mais comuns entre os cidadãos, cuja lista pode ser consultada no site doMinistério da Saúde.
Segundo levantamento da Abrafarma, com informações da Fundação Instituto de Administração da Universidade de São Paulo (FIA/USP), as vendas gerais das 31 maiores redes de farmácias e drogarias do Brasil movimentaram R$ 11,9 bilhões, 18,38% a mais do que nos primeiros seis meses do ano passado. Os medicamentos somaram R$ 8,3 bilhões (+17,59%) e os não-medicamentos chegaram a R$ 3,6 bilhões (alta de 20,21%).
Para o presidente da Abrafarma, Sérgio Menna Barreto, os números são expressivos, em especial os do Farmácia Popular, que revelam um setor cada vez mais profissionalizado e a tento às necessidades do consumidor.
Fonte: Portal Planalto

Desculpas da fabricante de talidomida causam indignação entre vítimas


As primeiras desculpas apresentadas pela empresa farmacêutica alemã fabricante da talidomida às milhares de vítimas do medicamento, 50 anos depois dos primeiros casos de malformações, provocaram neste sábado uma onda de consternação nos países afetados por este desastre farmacêutico.
O diretor executivo da Grunenthal, Harald Stock, afirmou em um discurso na sexta-feira que a empresa "sente muito" pelo silêncio a respeito das vítimas da talidomida, um produto que era vendido nos anos 50 e 60 às mulheres grávidas para acalmar as náuseas matinais durante a gravidez. "Pedimos que considerem nosso silêncio como um símbolo do impacto provocado em nós pelo seu destino", disse Harald.
O diretor da Grunenthal, que fez o discurso em uma sala municipal de Stolberg, oeste da Alemanha, inaugurou um memorial em homenagem às vítimas, algumas delas presentes no evento.
A pequena escultura de bronze de uma menina sem braços e com malformações nas pernas simboliza as mais de 10.000 crianças que nasceram com problemas, em certos casos sem alguns membros, depois que suas mães tomaram o medicamento, vendido em quase 50 países antes de ser retirado do mercado em 1961.
O discurso do diretor da empresa farmacêutica foi considerado inapropriado pelas associações de defesa das vítimas, registradas principalmente na Alemanha, Grã-Bretanha, Japão, Canadá e Austrália. Freddie Astbury, consultor chefe da associação Thalidomide Agency UK, respondeu que a empresa tem que acompanhar as palavras com indenizações, e não apenas ficar limitada a um pedido de desculpas.
"Aprendemos que é importante estabelecer um diálogo aberto com aqueles que foram afetados, conversar com eles, escutá-los", disse Stock, antes de afirmar que a Grunenthal ajudará as vítimas do medicamento. Na Austrália, advogados de vítimas da talidomida chamaram de "patéticas" e "ofensivas" as desculpas da empresa.
Em um comunicado, os advogados da australiana Lynette Rowe, que levou o caso aos tribunais, criticaram as desculpas da Grunenthal. "Suas desculpas são muito leves, tardias e repletas de hipocrisia", afirmaram os advogados de Rowe, que nasceu sem os braços e as pernas. Os advogados da australiana recordaram que "durante 50 anos, a Grunenthal esteve envolvida em uma estratégia de empresa calculada para resguardar-se de qualquer consequência moral, jurídica e financeira em função da negligência nos anos 1950 e 1960".
Segundo eles, "explicar o longo silêncio (da empresa) como uma consequência do impacto provocado não tem sentido algum". Na Alemanha, a associação de vítimas do "Contergan", nome comercial da talidomida no país, chamou o discurso da Grunenthal de insuficiente. "Expressaram arrependimento, mas não se desculparam por terem colocado no mercado este medicamento, que foi vendido às mulheres grávidas, sem ter realizado previamente testes clínicos", declarou à AFP Ilonka Stebritz.
No Japão, um dos países mais afetados por este desastre, depois da Alemanha e Grã-Bretanha, o discurso da Grunenthal também foi considerado decepcionante. "Pedir desculpas é o mínimo", declarou Tsugumichi Sato, diretor geral da "Sakigake", um centro de ajuda social. "O número de vítimas teria sido menor se a empresa tivesse interrompido a venda do medicamento antes", afirmou Sato.

O INPI vai priorizar a análise de patentes de medicamentos usados pelo SUS


 O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) anunciou a priorização da análise de patentes que tenham medicamentos associados ao Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo é reduzir o tempo de exame e incentivar a criação de novos genéricos no mercado nacional.

“Rapidamente, as indústrias farmacêuticas podem começar a produzir os genéricos”, disse o diretor de Patentes do instituto, Júlio César Castelo Branco Reis Moreira. A ideia é que os pedidos passem a ser examinados em, no máximo, um ano. “A meta é que a gente dê uma acelerada nos pedidos de patentes que o SUS prioriza”.

O diretor informou que hoje, o Inpi, que é vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, demora oito anos em média para conceder uma patente desse tipo.

Para combater o atraso no exame de patentes, o INPI também anunciou a criação de várias filas paralelas de pedidos. "O que a gente está procurando com a criação dessas filas é deixar claro e tratar cada uma de acordo com as suas particularidade e o tempo de análise e de decisão”.

Fonte: Agência Brasil

Confira o comunicado de imprensa do INPI

O presidente do INPI, Jorge Avila, anunciou, em São Paulo, no dia 27 de agosto, uma série de medidas para tornar o sistema de patentes mais ágil e eficiente. Entre os destaques, estão a criação de diversas filas para acelerar o exame dos pedidos e um procedimento prioritário para análise de patentes relacionadas aos remédios comprados pelo SUS.

Os pedidos de patentes que entram atualmente devem ser analisados em cerca de 5,4 anos, e a meta é chegar a quatro anos até 2015, alinhando o INPI aos padrões internacionais. As medidas citadas começam a ser implementadas pelo instituto nas próximas semanas.

No caso das filas, a ideia é separar pedidos que tenham situações semelhantes, de modo a acelerar quem pode andar mais rápido. Os pedidos de Modelo de Utilidade (MU), que respondem por quase 40% dos pedidos de brasileiros, terão um procedimento específico. A mesma coisa acontecerá com pedidos brasileiros ou estrangeiros que entram pelo sistema internacional PCT com busca e exame preliminares. Estes dois tipos podem ter o exame definitivo acelerado e, portanto, terão filas próprias.

Também haverá filas especiais para os pedidos de Patente de Invenção (PI) depositados por brasileiros e para as solicitações que entrem no exame colaborativo que está começando a ser feito na América do Sul e também com outros possíveis parceiros no futuro.

Sobre os medicamentos, a ideia é priorizar patentes ligadas à lista prioritária de produtos estratégicos no âmbito do SUS. Tal ação contribuirá para dar mais segurança e clareza ao mercado, além de contribuir, possivelmente, com redução de custos para o SUS e o surgimento de novos genéricos.

ANS abre consulta pública para definição de princípios para entrega de medicamentos em domicílio

29 de agosto de 2012 - A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) abriu consulta pública para a proposta de resolução normativa que vai estabelecer princípios para a oferta de medicação de uso domiciliar para beneficiários de planos de saúde portadores de doenças crônicas. 

Medida tem como objetivo reduzir o sub-tratamento de doenças de maior prevalência na população, como diabetes e asma 

Segundo a agência, a medida tem como objetivo reduzir o sub-tratamento de doenças de maior prevalência na população, como diabetes, asma brônquica, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e hipertensão arterial, assim como deixar claras as regras para que o beneficiário entenda de que forma se dará a oferta. 

Ainda de acordo com a ANS, o artigo 10 da lei 9656 permite a exclusão da oferta de medicação domiciliar pelos planos de saúde, o que permite a obrigatoriedade desta cobertura. Portanto, a agência está propondo incentivos para as operadoras que oferecerem este tipo de tratamento. 

Durante trinta dias, de 4 de setembro a 3 de outubro, as sugestões à propostas de resolução normativa para oferta de medicação domiciliar podem ser encaminhadas pelo site da ANS na seção "participação da sociedade/consultas públicas". 

Além disso, a agência afirmou que outras formas de acesso a medicamentos já estão contempladas no rol de procedimentos e eventos da ANS. 

(Redação - www.ultimoinstante.com.br)

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O Conselho Nacional de Saúde publica moção de repúdio à RDC nº 41, da Anvisa



O Conselho Nacional de Saúde (CNS) publicou, no dia 24 de agosto, uma moção de repúdio à Resolução da Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa (RDC No. 41, de 27 de julho de 2012) – que permite que medicamentos isentos de prescrição (MIPs) fiquem ao alcance dos usuários nas farmácias e drogarias.

Com a publicação, o CNS se junta ao Conselho Federal de Farmácia (CFF), à Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar), ao Conselho Federal de Medicina (CFM) e à Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO) que consideram a medida da Anvisa sem fundamentação técnica e baseada em argumentos inconsistentes. Para as entidades, a decisão da Anvisa induz à automedicação e ao uso irracional de medicamentos, contribui para o aumento no total de casos de intoxicação por medicamentos e estimula a falsa percepção de que remédios isentos de prescrição são inofensivos ou não fazem mal.

O programa Farmácia Popular cresce 80%



O Aqui Tem Farmácia Popular, programa do governo federal em parceria com a iniciativa privada, registrou crescimento de 80,78% nas vendas do primeiro semestre de 2012 comparado ao mesmo período do ano passado, movimentando mais de R$ 218.000.000 O atendimento do programa também foi ampliado, em 83,69%, superando 9.100.000 pessoas.

A categoria foi a que registrou o maior aumento porcentual no balanço do primeiro semestre da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), com dados da Fundação Instituto de Administração, ligada à Universidade de São Paulo (FIA/USP).

As vendas nas 31 maiores redes de farmácias e drogarias do Brasil apresentaram evolução, movimentando R$ 11,9 bilhões - 18,38% a mais do que nos primeiros seis meses do ano passado. Os medicamentos somam R$ 8,3 bilhões (+17,59%) e os não-medicamentos chegam a R$ 3,6 bilhões - alta de 20,21%. "Todos esses números exponenciais, em especial do Farmácia Popular, revelam um setor cada vez mais profissionalizado e, ao mesmo tempo, atento às demandas e necessidades do consumidor", analisou o presidente executivo da Abrafarma, Sérgio Mena Barreto.

Outro destaque do balanço são os medicamentos genéricos, que cresceram 31,94% e superaram R$ 1,4 bilhão em vendas na primeira metade do ano.

Fonte: Agência Estado