quarta-feira, 31 de agosto de 2011

O mercado farmacêutico brasileiro investe apenas 10% do faturamento em pesquisa e desenvolvimento

 Diretora da Injoy Blend, Danieli Junco, afirma que países como os EUA investem o dobro e ressalta a importância da pesquisa de mercado para análise da qualidade dos produtos e serviços  No ano passado, o mercado farmacêutico brasileiro faturou mais de R$ 36 bilhões. Apenas neste primeiro semestre de 2011, foram cerca de R$ 20 bi, representando um aumento de 18% em relação ao mesmo período de 2010, segundo levantamento da Sindusfarma. 'As projeções tanto para o varejo como para a indústria do país são excelentes, mesmo frente à instabilidade da economia internacional', afirma Danieli Junco, diretora da Injoy Blend, consultoria de gestão e marketing na área da saúde.  Mas apesar do cenário do cenário promissor, a especialista alerta que o investimento em pesquisa e desenvolvimento deve acompanhar o atual ritmo de crescimento. Em 2009, o setor farmacêutico nacional destinoO mercado farmacêutico brasileiro investe apenas 10% do faturamento em pesquisa e desenvolvimento u aproximadamente R$ 4 bilhões para pesquisa, marketing e lançamento de novos produtos. 'Em relação ao faturamento do ano foi um investimento de 10%, que ainda é baixo. A média de países como os EUA, que lideram grande parte do mercado, é algo em torno de 20%, ou seja, o dobro', compara.  A diretora da Injoy Blend explica ainda que esse tipo de investimento deve ser visto como sinônimo de planejamento e uma importante ferramenta para atingir seus potenciais consumidores. 'As indústrias farmacêuticas, por exemplo, precisam interagir com os médicos, responsáveis pela prescrição dos medicamentos, com o varejo, importante ponto de distribuição e comércio e também com o consumidor final. Neste caso, uma pesquisa de mercado bem formulada e aplicada corretamente pode fornecer informações importantes sobre as relações com cada grupo'.A pesquisa de mercado em especial, continua a executiva, possibilita a análise da qualidade de produtos e serviços e é essencial para nortear as decisões da empresa. ' É um mercado que traz consigo uma imensa responsabilidade, que pode levar bem estar a um consumidor específico. Dessa maneira, cada informação precisa ser subsidiada por conhecimento técnico e científico. Além disso, o entendimento e identificação dos padrões de comportamento do consumidor são importantes para definir as estratégias mercadológicas', diz.Outro ponto importante, explica Danieli, é que a relação entre a marca e a confiança no produto é ainda mais evidente para o setor. 'Achar custa tempo e dinheiro. Somente usar a experiência e os sentidos para tomar uma decisão estratégica pode ser perigoso. O conceito de marca precisa ser constantemente gerenciado, já que, atualmente, o consumidor alia o valor à qualidade e à relação custo benefício de um produto. E a pesquisa de mercado é o mecanismo mais eficaz e confiável para obter informações representativas sobre essa interação', acrescenta.Ainda de acordo com ela, área da saúde é bastante competitiva e quanto maior o nível de informação, melhores as chances de se destacar no mercado. 'As grandes redes no varejo, as companhias internacionais na indústria e mesmo os medicamentos genéricas acirram a concorrência. Por isso, inovação sempre foi - e continuará sendo - a palavra de ordem para o setor. Mas é um item que depende necessariamente de elevados investimentos em pesquisa e desenvolvimento. O Brasil precisa se adequar a essa exigência', resume a diretora da Injoy Blend. Fonte: Portal Nacional de Seguros

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Anvisa decide se veta emagrecedores no país

A diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se reúne nesta quarta-feira (31) para decidir se veta ou não a comercialização de emagrecedores no Brasil. A resolução será tomada a partir do conteúdo de um relatório que é mantido em segredo pelo órgão. Especulações apontam que a Anvisa deverá manter a permissão apenas para um dos medicamentos, a sibutramina, mas com restrições na prescrição. Além da sibutramina, estão sob análise medicamentos derivados de anfetaminas - anfepramona, femproporex e mazindol. O Conselho Federal de Medicina se posicionou contra a proibição das drogas e afirmou que entrará na Justiça se necessário. O Brasil é um dos maiores consumidores de emagrecedores do mundo.
Informações do jornal Folha de São Paulo

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Genéricos precisam ser mais conhecidos pela população

 O Proteste, orgão de defesa do consumidor, vai sugerir ao Ministério da Saúde e à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que promovam campanhas para esclarecer profissionais de saúde e a população em geral sobre as vantagens dos medicamentos genéricos não só para o bolso como também para o tratamento médico. Além disso, vai solicitar à Anvisa a elaboração de um programa de controle que aumente o grau de segurança desses produtos, bem como o estímulo a testes comparativos e independentes entre a versão genérica e de marca. Estas são as principais propostas aprovadas na última terça-feira (23) no Seminário Internacional Proteste de Defesa do Consumidor, realizado em São Paulo, que teve como tema a relação entre medicamentos e consumidores no Brasil. Segundo a coordenação do instituto, a entidade deverá mobilizar o Conselho Federal de Farmácia para que estimule a participação de profissionais certificados nas farmácias e drogarias brasileiras, garantindo maior segurança ao consumidor. Além disso, vai pressionar o Congresso Nacional e os fóruns mundiaisi para o aperfeiçoamento da legislação brasileira sobre patentes de medicamentos, bem como incentivar campanhas que estimulem os consumidores a pedirem ao médico que prescrevam as versões genéricas dos medicamentos prescritos. As propostas se baseiam no resultado de uma pesquisa do instituto, divulgada durante o evento. Os dados revelam que a maioria das pessoas entrevistadas confia na segurança e eficácia dos genéricos, o que não é compartilhado pelos médicos ouvidos. Entre os consumidores ouvidos, 83% acreditam que os genéricos são tão eficazes quanto os medicamentos de referência, sendo que para 80% a segurança é idêntica. A maioria (90%) apontou facilidade na compra como uma vantagem. Entre os médicos que responderam aos questionários, 45% alegam suspeitar que o processo de avaliação e controle de qualidade dos genéricos é menos rigoroso do que o dos de marca. Embora 92% afirmaram ter prescrito genérico a pedido dos pacientes ou para reduzir o custo do tratamento, para 44% deles esses medicamentos são mais vulneráveis a falsificações. Para 30% desses profissionais, os genéricos não são tão eficazes e não são tão seguros; para 23% não são tão seguros como os de referência;  42% não têm o hábito de prescrevê-los; e, para 88%, os farmacêuticos infuenciam os consumidores a substituírem o medicamento prescrito pela versão genérica. Esses medicamentos passaram a ser vendidos no Brasil a partir de 2000 e atualmente respondem por 21% das vendas de medicamentos no país. A taxa, considerada ainda pequena, se deve a ações dos grandes laboratórios na Justiça para prolongar o prazo de vigência das patentes das marcas de referência, o que impede a produção das versões genéricas, e também a pressões das empresas sobre os médicos. Em sua palestra, o professor José Ruben de Alcântara  Bonfim, da Faculdade de Saúde Pública da USP, lembrou que os laboratórios farmacêuticos gastam com propaganda o dobro do que é aplicado em pesquisa de novos medicamentos.  'Pesquisa do Conselho Regional de Medicina de São Paulo aponta que 93% dos médicos recebem brindes e benefícios dessas empresas, como viagens', afirmou Ruben, que defendeu ações educativas sobre os genéricos. 'A população sabe apenas que custa mais barato. Já ouvi gente dizendo que esses medicamentos não teriam efeitos colaterais, o que é um absurdo. Afinal, têm os mesmos efeitos colaterais que os de referência'. Ele não poupou críticas à Anvisa. Segundo o professor, a cobrança de taxas para o registro de novos medicamentos (em torno de R$ 80.000) coloca em dúvida a independência da agência em relação aos grandes fabricantes. Presente ao seminário, o diretor adjunto da Anvisa, Norberto Rech, defendeu a idoneidade do órgão, alegando que as taxas recebidas são transferidas diretamente para o Tesouro Nacional. Luciano Lobo, coordenador técnico da Pró Genéricos, entidade que representa os fabricantes do setor, ressaltou que esses medicamentos poderiam ser mais baratos se não fosse a incidências de impostos, principalmente sobre as matérias primas, que geralmente são importadas. E destacou que a entidade está negociando novas alíquotas de impostos com setores do governo estadual paulista. 'Por mais irônico que seja, medicamentos veterinários são isentos de impostos, enquanto que os para tratamento humano sofrem forte carga tributária'.

Fonte: Rede Brasil Atual

A Anvisa pode liberar remédio emagrecedor com sibutramina

Depois de seis meses de debate, técnicos da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) voltaram atrás e decidiram recomendar a manutenção da sibutramina, remédio usado para emagrecimento, no mercado brasileiro. Em relatório apresentado para membros da Câmara Técnica de Medicamentos (Cateme) da agência, a equipe manteve a decisão de indicar a proibição apenas das drogas dietilpropiona, femproporex e mazindol.  O documento propõe que a sibutramina continue no mercado, desde que sejam respeitadas algumas condições: a droga não pode ser prescrita por um período superior a 60 dias, o paciente tem de ter índice de massa corpórea (IMC) acima de 30 e ele também terá de assinar um documento em que confirma estar ciente de todos os riscos.  A nova versão do relatório será apresentada para diretores da agência, a quem caberá decidir o destino dos emagrecedores no País. Pela praxe, a diretoria colegiada - formada pelos quatro diretores da Anvisa - segue a recomendação do relatório técnico. Integrantes da Cateme afirmaram terem sido surpreendidos e se mostraram indignados com as novas indicações. A Cateme foi a responsável pelo primeiro relatório apresentado pela Anvisa, em fevereiro, recomendando a proibição do uso de todas essas drogas. Agora, em votação unânime, a Cateme foi contrária ao parecer do grupo técnico. Riscos e benefícios A equipe da Anvisa foi questionada sobre as razões da mudança de postura em relação aos emagrecedores. No início do ano, o mesmo grupo defendeu a retirada desses remédios - e a sibutramina era a vilã. O argumento era de que os riscos superavam os benefícios. Essa convicção foi mantida mesmo depois das duas audiências públicas realizadas pela Anvisa para ouvir especialistas e a sociedade.  No último encontro, em entrevista à reportagem, a chefe do Núcleo de Notificação da Anvisa, Maria Eugênia Cury, afirmara: 'Nenhum argumento ouvido nos encontros trazia um fato novo que mereceria a mudança do parecer'. Ontem, Maria Eugênia foi questionada sobre qual seria o fato novo. A resposta foi: 'Uma decisão da equipe técnica'.  O presidente da Associação Brasileira de Nutrologia, Durval Ribas Filho, considerou a vitória parcial. 'É preciso esperar a decisão da diretoria colegiada da Anvisa. Mas o ideal seria que todos os remédios continuassem no mercado.' Ricardo Meirelles, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia concorda. 'Não é o melhor dos mundos, mas seria insensato proibirem a sibutramina', afirmou.

Fonte: Agência Estado

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

InCor testa novo tratamento para baixar pressão

O InCor (Instituto do Coração da Faculdade de Medicina da USP) vai testar um novo tratamento para pacientes que não conseguem controlar a pressão arterial com medicamentos.
Segundo o cardiologista Luiz Bortolotto, diretor da Unidade de Hipertensão do InCor, a primeira pessoa deve ser submetida ao procedimento até o fim deste mês. Na fase inicial, 20 pacientes serão tratados.
A técnica usa um cateter inserido pela virilha que vai até a artéria renal. Lá, o aparelho emite ondas de alta frequência que fazem uma ablação ("queima") dos nervos que levam estímulos aos rins.
Esses nervos fazem parte do sistema nervoso simpático. Uma de suas funções é o controle da pressão arterial. Quando o volume do sangue aumenta, e também a pressão arterial, os estímulos desse sistema são inibidos e os rins eliminam água e sódio, reduzindo a pressão.
Em algumas pessoas, os estímulos do sistema simpático são hiperativos, e os rins não recebem a ordem de reduzir o volume de líquido em circulação.
Bortolotto afirma que condições como a apneia do sono (paradas respiratórias durante a noite) podem levar a uma hiperatividade do sistema simpático. "O estímulo acontece por causa da diminuição da oxigenação."
Quando o aparelho "queima" os nervos renais, é possível reduzir a pressão e o número de remédios que a pessoa tem de tomar por dia.
Em uma pesquisa publicada em 2010 na revista "Lancet", com 106 pessoas, 84% das que foram submetidas à nova técnica tiveram redução significativa da pressão. Segundo Bortolotto, não há efeitos colaterais graves. "As complicações são as de qualquer cateterismo: hematomas, sangramento."

RESISTÊNCIA
A técnica só é aplicada em pessoas que não conseguem controlar a pressão mesmo usando mais de três medicamentos por dia. De acordo com o médico americano Thomas Lohmeier, professor da Universidade do Mississipi, os pacientes com hipertensão resistente são, em geral, obesos e mais velhos.
Lohmeier esteve no Brasil na semana passada, no Congresso Brasileiro de Hipertensão, no Guarujá (SP).
Como os aparelhos ainda estão em teste, diz o médico, ainda não dá para estimar o custo do tratamento. "Mas, sem controle, esses pacientes podem ter falência renal ou cardíaca, problemas cujo tratamento é muito caro", disse ele à reportagem.

NÚMEROS
No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, 23% dos adultos sofrem de hipertensão. Ainda não se sabe exatamente qual é a proporção dos que têm hipertensão resistente. "Cerca de 10% dos pacientes não conseguem controlar a pressão.
Tomam três remédios por dia e não ficam abaixo de 14 por 9", diz Bortolotto.
O cardiologista faz parte da equipe que coordena um estudo, já em andamento, para saber quantos dos hipertensos sofrem dessa dificuldade. O objetivo é avaliar 2.000 pessoas em 27 centros no Brasil. A pesquisa tem financiamento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

































Profissionais discutem problemas de diagnóstico para tuberculose

Os profissionais de saúde de nível superior de todo o estado participam do seminário de Manejo Clínico, realizado pelo Ministério da Saúde (MS) para divulgar o manual de registro de tuberculose e discutir as dificuldades enfrentadas pelo estado em relação à doença. O encontro vai até amanhã (17), no Salão Nobre da Universidade Federal de Roraima (UFRR), das 8h às 12h e das 14 às 18h. O evento conta com a participação duas profissionais do Centro de Referência Professor Hélio Fraga, do Rio de Janeiro, e um facilitador do Ministério da Saúde. A intenção do Programa Nacional de Controle da Tuberculose é homogeneizar os conhecimentos dos profissionais que trabalham na prevenção, diagnóstico, tratamento do paciente até a cura da doença.
No seminário, os participantes são estimulados a repensarem sobre o processo de trabalho. Para isso, é aberto um momento de discussão, no qual, são enumerados problemas e pensado propostas viáveis para que possam ser executadas, de acordo com a realidade de cada unidade de saúde.
Durante o seminário, o diagnóstico tardio foi apontado como um dos principais problemas para a detecção de casos e tratamento da tuberculose. De acordo com os dados são do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), hoje, mais de 50% dos casos da doença estão sendo diagnosticados nas unidades hospitalares. Dos 72 casos de tuberculose diagnosticados no primeiro semestre deste ano, 35 foram no Hospital Geral de Roraima (HGR).
Houve, ainda, casos detectados pela Casa do Índio e no Hospital Coronel Mota (HCM), que também são da rede hospitalar. Com isso, as unidades hospitalares ficam sobrecarregadas com pacientes que deviam estar sendo atendidos pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Em muitos casos, quando o paciente chega na unidade hospitalar, a doença está em fase avançada.
Para a médica do Programa de Saúde da Família do Asa Branca, Amanda de Carvalho, os pacientes acabam procurando uma unidade hospitalar devido às dificuldades de conseguir agendar uma consulta na UBS. “Muitas vezes eles têm que ir de madrugada para agendar o atendimento, quando isso acontece, muitos acham mais fácil ir até o Hospital Geral de Roraima (HGR), pois lá, o paciente é atendido no mesmo dia com a realização de exames solicitados pelo médico”, afirma.

Doença
A tuberculose é uma doença infectocontagiosa que ataca principalmente os pulmões. É transmitida de uma pessoa doente sem tratamento para outras pessoas sadias. Há chances de infecção da doença, por meio do espirro, fala, tosse e do contato direto e permanente com a pessoa doente em ambiente fechado, com pouca ventilação e ausência de luz solar.
Entre os principais sintomas estão: tosse, falta de apetite, emagrecimento, dores no peito e nas costas, suores noturno, cansaço fácil e febre no final da tarde. Elba destaca que a porta de entrada para a busca de tratamento são as UBSs.
O tratamento é de graça e dura no mínimo seis meses. O paciente deve tomar os medicamentos todos os dias, sem interromper o tratamento mesmo que os sintomas tenham desaparecidos. Caso contrário, a doença pode voltar de forma mais agressiva.

Prevenção
Para prevenir contra a tuberculose, algumas medidas devem ser tomadas, entre elas vacinar as crianças com a BCG logo ao nascer, manter uma alimentação saudável. Já as pessoas que moram na mesma casa ou trabalham no mesmo ambiente de pessoas com a doença, devem procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua residência para uma avaliação médica




BV News

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Testes de remédios rendem R$ 1,4 bi

Na última década, o Brasil assistiu a um enorme crescimento no número de medicamentos em teste. Números do principal banco de dados mundial indicam, em 2010, um aumento de 20 vezes na quantidade de novos estudos em comparação com 2000. O mercado já movimenta R$ 1,4 bilhão por ano. Cerca de 80% das pesquisas são patrocinadas por empresas multinacionais.
"O número de ensaios clínicos tem aumentado. Mas outros países correm a 60 km/h. Nós estamos a 10 km/h", afirma Gustavo Kesselring, diretor executivo do ViS, instituto de pesquisa responsável pela estimativa do mercado brasileiro de ensaios clínicos. "Atualmente, o setor já movimenta um volume de recursos Testes de remédios rendem R$ 1,4 biequivalente a 9% do déficit da balança comercial em farmacoquímicos. Imagine sem os entraves burocráticos."
Cerca de 63% dos testes correspondem à fase 3 do desenvolvimento de novos medicamentos - etapa em que o produto começa a ser testado em um grupo maior de pessoas, muitas vezes em diversos países.
Na prática, o porcentual comprova o baixo grau de inovação da indústria nacional: as fases 1 e 2 - que avaliam segurança e eficácia preliminar - costumam ocorrer no lugar onde os fármacos foram criados. No Brasil, elas representam só 26% dos estudos.
Em 2000, o ClinicalTrials.gov - base de dados do governo americano para testes clínicos - registrou 16 novos estudos no Brasil. Desde então, o número de novas pesquisas cresceu 20 vezes: no ano passado, foram 315.
Todo ensaio clínico no País demanda uma dupla aprovação: ética - realizada pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e pelos comitês locais (CEPs) - e sanitária, sob responsabilidade da Anvisa.
A Conep, um órgão subordinado ao Conselho Nacional de Saúde (CNS), é o principal alvo das críticas das empresas, especialmente das multinacionais. A Resolução 196/1996 do CNS ocupa o centro da discórdia.
Ao estabelecer as atribuições da Conep, a resolução prevê que ela deve "aprovar e acompanhar os protocolos de pesquisas coordenadas do exterior ou com participação estrangeira". Protocolos de estudos nacionais - exceto em algumas áreas especiais como reprodução humana ou populações indígenas - só dependem da aprovação do CEP local.

Fonte O DIARIO






Criança sem transplante por falta de medicamento

Rio - Mais uma criança que precisa de um transplante de fígado para sobreviver está internada no Hospital Federal de Bonsucesso (HFB) sem previsão de cirurgia. Kyara Ferreira Gonçalves, 1 ano e 3 meses, que sofre de atresia das vias biliares, seria operada ontem. O doador do transplante, de tipo intervivos, seria o pai da menina, Antônio Carlos, 23. Mas a cirurgia foi desmarcada. O motivo, dessa vez, seria falta de remédios para o pós-operatório. A mãe da menina, Kelen Ferreira, 22, conta que essa é a segunda vez que o transplante é cancelado. Na primeira, em abril, o problema alegado pelo hospital era a falta de anestesistas. Como O DIA começou a denunciar em fevereiro, a falta destes especialistas fez com que o serviço de transplantes de fígado do HFB fosse paralisado. Em 20 de abril, o Ministério da Saúde anunciou que este problema havia sido resolvido.

TRANSTORNO
“A Kyara tem essa doença desde os 17 dias de vida, só o transplante pode ajudá-la. O pai fez todos os exames e marcaram a cirurgia para abril. Mas cancelaram e me pediram para ter calma”, relatou Kelen, que mora em Macaé e é mãe de outra menina, de 4 anos, que ficou na cidade enquanto ela passou a morar com Kyara no hospital.
“Em julho, remarcaram para hoje (ontem). Meu marido saiu de Macaé, deixou nossa outra filha lá e veio. Mas quando chegou, terça, cancelaram de novo porque não tem remédio. Como terei calma vendo minha filha fraca, correndo risco de morrer?”

Funcionários ajudam com vaquinhas
Segundo Kelen, os médicos não especificaram que medicamento estaria em falta na unidade. Mas não seria a única carência. “Já tive de comprar outros remédios e fraldas que não havia no estoque, muitas mães também. Funcionários do hospital já fizeram até vaquinha para comprar uma pomada que a Kyara precisava e não tinha”, contou.
Em nota, o Ministério da Saúde negou que tivesse marcado o transplante de abril, pois “o doador só ficou apto para a cirurgia na primeira semana de agosto”. A operação de ontem, ainda segundo alegação do ministério, foi cancelada “por indicação médica”, pois “o ideal é que a criança esteja perfeitamente nutrida para diminuir os riscos”. A nota admite, porém, que Kyara engordou 2 kg nas últimas duas semanas. O órgão não deu nova data para a cirurgia. Em relação aos medicamentos, diz apenas que “não está faltando nenhum insumo”.

Fonte Ciencia e Saude

Medicamentos genéricos completam 12 anos no Brasil

A indústria de medicamentos genéricos chegou ao Brasil em fevereiro de 1999, com sua comercialização implementada efetivamente a partir do ano 2000. Quando os genéricos passaram a ser utilizados no país, eles já existiam há mais de 10 anos na Europa e Estados Unidos. Antes disso, o que se via no Brasil era uma indústria farmacêutica nacional sem maior destaque, que começava a dar seus primeiros passos com produtos licenciados.
Com a criação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e a Lei do genérico, o panorama da indústria nacional mudou radicalmente. A criação de padrões rígidos por meio da instituição de um sistema regulatório no país fez com que a indústria de medicamentos brasileira ganhasse a confiança da classe médica – o que deu fôlego às vendas e iniciou um período de ouro para a indústria local.
De 1999 a 2007, mais de 1,6 mil medicamentos genéricos entraram em circulação no Brasil. Neste mesmo ano de 2007, quando quase todos os produtos livres de proteção intelectual já haviam ganhado sua versão genérica por meio de rígidos testes de bioequivalência, o mercado se viu diante de uma pergunta: E agora, o que faremos? Segundo o especialista de mercado do ICTQ, Sr. Poatã Casonato, “naquele ano um levantamento realizado pelos laboratórios havia revelado que restavam apenas 96 medicamentos passíveis de se tornar genéricos no Brasil”.
O grau de incerteza e pessimismo da indústria de genéricos no Brasil era tamanho que se falava que a “farra dos genéricos” havia chegado ao fim. O que se viu na prática nos anos posteriores foi contra todas as previsões. Em 2009, a indústria de medicamentos genéricos já representava 20% do mercado com expectativa de chegar a 30% de participação ate 2015.
Em 2010 o crescimento foi de 33% e já em 2011, segundo IMS Health, os genéricos apresentaram um crescimento de 11,53% no período compreendido entre abril e maio de 2011, enquanto o avanço geral do mercado farmacêutico, no mesmo período, foi de 12,14%.
Junto ao crescimento sustentável da produção de genéricos no Brasil, está também o desenvolvimento técnico científico dos profissionais que atuam nas indústrias produtoras destes medicamentos. “Basta olhar para a líder de mercado dos medicamentos genéricos no Brasil. Somente da EMS mais de 80 profissionais farmacêuticos, químicos e advogados já se especializaram ou estão se especializando no ICTQ entre 2009 e 2011” relata o Diretor Executivo da Instituição, Sr. Marcus Vinicius Andrade.
Segundo a instituição ICTQ, em média 78% dos 860 alunos em estudo atualmente são provenientes de indústrias produtoras de medicamentos genéricos. A instituição que adota padrões internacionais de ensino, com professores da Europa, Ásia e América do Norte, oferta especializações que fazem jus às reais necessidades de conhecimento do mercado por ser a única do país 100% voltada para o segmento industrial farmacêutico.
O mercado brasileiro e a economia de um modo geral é favorável, os profissionais fazem sua parte – buscam por mais especialização sabendo que o conhecimento é a base para o desenvolvimento de qualquer setor da economia. Diante deste cenário, pode-se afirmar que o futuro da indústria de medicamentos genéricos nos próximos anos é no mínimo promissor.


Fonte  Fator

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Medicamento para parar de fumar divide opiniões entre estudiosos, médicos e pacientes

Medicamento para parar de fumar produzido pela Pzfer

: Reprodução site da Pfzer Apesar de ser utilizado desde 2006 por pessoas de diferentes partes do mundo interessadas em deixar de fumar, não é de hoje que o medicamento Champix desperta dúvidas a respeito da sua eficácia e segurança. Depois de levantar polêmicas quanto à possibilidade de provocar distúrbios como a depressão, agora a droga é alvo de um novo estudo (publicado em 6 de julho de 2011) que mostra que sua utilização aumenta em 72% o risco de doenças cardiovasculares.
A pesquisa, feita com 8,2 mil pacientes , revelou que 1,06% do grupo que tomou o remédio teve problemas cardiovasculares, contra apenas 0,82% do grupo que ingeriu o placebo (pílula falsa) em seu lugar. Traçando um comparativo entre os dois percentuais, os estudiosos chegaram ao resultado de que o risco de desenvolver problemas cardiovasculares foi 72% maior no grupo que tomou o medicamento do que no grupo que não o tomou.
O que algumas pessoas talvez não saibam é que em 2008 um estudo publicado em Chicago, tratou sobre a mesma preocupação a cerca dos riscos cardiovasculares provocados por Champix, porém seu resultado foi justamente o oposto da pesquisa canadense (veja o resultado desse estudo na arte abaixo).
Diante das divergentes análises acerca do medicamento e do método utilizado na pesquisa canadense médicos e pacientes tem dividido opiniões pelo mundo. Para alguns profissionais da cardiologia e estudiosos do tabagismo, o resultado publicado recentemente não pode ser considerado relevante, pois o grupo estudado foi pequeno e a diferença foi muito leve entre os percentuais.
É o que defende o cardiologista e coordenador do ambulatório de tabagismo do Real Hospital Português, Marco Antonio Alves. Para Marco esse foi um estudo isolado que requer um número maior de pacientes e mais tempo de análise. "A pesquisa carece de melhor avaliação ao longo do tempo, para que aí sim se possa comprovar esse aumento dos riscos. Baseado nas evidências que eu tenho, a droga é positiva”, explica.
No hospital em que Marco trabalha a experiência com o uso do medicamento tem bons resultados registrados. Segundo ele, somente em um dos grupos de tratamento para parar de fumar entre os anos de 2007 e 2008, de 30 pacientes que tomaram o Champix, 23 largaram o cigarro de vez, o que representa um total de 76,66% do grupo.
Segundo o médico, a única droga feita no mundo especificamente para tratar o tabagismo foi a Vareniclina (princípio ativo do Champix). Antes dela, havia apenas alternativas terapêuticas, mas não drogas estudadas para tratar a doença. “Eu tenho hoje mais de 70 pacientes tratados com Champix e o que vemos é que ele é realmente eficaz, mas para quem está motivado a parar”, explica.
Por outro lado, também há cardiologistas que desconfiam de tal eficácia e preferem evitar a recomendação do uso desse remédio. O cardiologista Hilton Chaves, coordenador da clínica de hipertensão do Hospital das Clínicas de Pernambuco e PHD em cardiologia pala Universidade de São Paulo (USP), é uma dessas pessoas. Para ele, “contra fatos não há argumentos. Esse resultado é estatisticamente inaceitável. Não é que eu seja radicalmente contra o medicamento, mas é que salta aos olhos o risco que essa droga oferece. Qualquer pessoa que tenha uma boa pratica medica não pode aceitar um resultado desses”, conclui o cardiologista.
Hilton conta que nunca prescreveu o Champix para nenhum paciente, ele diz que acha o medicamento muito caro e acredita que o custo benefício não vale a pena diante dos riscos. “Acho que parar de fumar tem que ser uma decisão própria e não deve depender de medicamentos como esse”, conta.
Já entre os pacientes paira a desconfiança. Assim como os médicos, eles se dividem entre opiniões. Há os que temem a utilização do remédio e preferem evitar ministrar qualquer medicação para parar de fumar, recorrendo apenas à força de vontade, como sugerido por Hilton. Mas há também aqueles que utilizaram, aprovaram e recomendam o uso do Champix como alternativa para parar de fumar, apesar dessas especulações.
Uma dessas pacientes é a aposentada Eliane Menezes, de 61 anos. Ela fez parte de um dos grupos tratados pelo médico Marco Antônio em 2008 e confessa que se assustou ao ver estudos negativos a cerca do remédio que tomava, mas diz que continuou o tratamento e garante os efeitos benéficos da droga.
Eliane conta que fumou 40 cigarros por dia durante 40 anos e quando passou a usar o Champix perdeu completamente o prazer em fumar. “O Champix fez esse milagre. No tratamento, você faz uma espécie de escala de quantos cigarros quer fumar por dia e vai diminuindo até parar de vez. No começo eu esperava ansiosa pela hora de fumar, mas quando pegava o cigarro era como se eu não estivesse fumando nada. Apenas puxava e soltava fumaça, sem nenhum prazer”, conta Eliane, lembrando do tratamento (entenda no infográfico abaixo a forma como o medicamento age no organismo).
Apesar das opiniões divergentes, médicos, pacientes e estudiosos concordam que nenhum estudo pode ser encarado isoladamente. Sobretudo porque esses não são e nem serão os únicos estudos realizados acerca da Vareniclina.
Diante de diferentes avaliações, cabe aos profissionais de saúde avaliarem o contexto de cada paciente e definir em que casos pode ser recomendado o uso do Champix, até que se confirmem mais claramente os verdadeiros riscos da droga, a ponto de que ela seja retirada de circulação.
A DROGA - tendo como princípio ativo a Variniclina, ela é produzida pelo laboratório americano Pfzer e foi aprovada em 2006 pela agência de regulamentação de medicamentos americana FDA (Food and Drug Administration) como medicamento para deixar de fumar. Desde então também foi aprovada no Brasil, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e hoje já usada em 99 países, também sob a autorização das agências de regulação da União Europeia (EMA - European Medicines Agency) e Canadense (Health Canadá).
RESPOSTA DA PFZER – No dia 6 de julho de 2011, logo após a divulgação do estudo canadense, a Pfzer (empresa que produz o Champix) divulgou comunicado informando que se mostrava preocupada em relação à confiabilidade dos resultados do estudo e disse que a diferença de 72% reportada na análise deve ser colocada no devido contexto, pois a diferença real nas taxas de eventos cardiovasculares reportados nesta análise foi de menos que um quarto de um por cento (ou seja, 1,06 por cento com vareniclina versus 0,82 por cento com placebo). Por fim, a Pfizer prometeu realizar uma meta-análise a respeito da segurança cardiovascular de Champix.
RESPOSTA DA ANVISA – No dia 8 de julho de 2011, a Anvisa publicou um informe esclarecendo seu ponto de vista diante da pesquisa canadense. Assim como a Pfzer, a empresa ressaltou que os valores absolutos da pesquisa mostram que o aumento do risco cardíaco para pacientes usuários do Champix, em análise contextual, sugere o incremento de menos 0,25% nos pacientes que fizeram o uso do remédio, comparativamente àqueles que fizeram uso do placebo. Sendo assim, a agência conclui que até o presente momento, os estudos indicam que os benefícios do Champix superam os relacionados ao risco e garante estar monitorando todas as informações referentes ao medicamento Champix, assim como os estudos associados ao mesmo.

Fomte JC oline




Novo gel usado em tratamento de câncer de mama reduz tumores

Novo gel não tem efeitos colaterais fortes de pílulas. Reduzir Normal Aumentar Imprimir Um gel usado para o tratamento de câncer de mama foi desenvolvido por pesquisadores norte-americanos e tem sido eficaz na redução do tamanho de tumores, revolucionando o tratamento da doença, segundo noticiou o jornal Daily Mail deste sábado (6). O gel é passado na pele diariamente e tem poucos efeitos colaterais por se concentrar no seio e não se espalhar pelo organismo como acontece com as pílulas. O pesquisador e professor Seema Khan, que tem testado o medicamento nos EUA disse que o gel pode ser uma solução alternativa para mulheres que são relutantes em tomar medicamentos para o tratamento do câncer de mama e que "por ser aplicado na pele, há menos droga circulando pelo sistema sanguíneo".
O tratamento, chamado afimoxifeno, tem se mostrado eficiente e deverá estar disponível para o uso em pacientes em três ou quatro anos. A droga bloqueia os receptores que aceitam estrógeno no seio e que seriam responsáveis por diversos tipos da doença.

Fonte Portal TERRA

Automedicação pode levar ao vício em remédios!

No Brasil, um bom exemplo disso está no hábito de usar medicação contra disfunção erétil em demasia Gente que abusa dos medicamentos controlados e acaba escravo dos remédios sofre das consequências da automedicação.
No Brasil, um bom exemplo disso está no hábito de usar medicação contra a disfunção erétil em demasia. No país, as vendas da medicação passam de sete milhões de comprimidos por ano.
No entanto, os especialistas não recomendam o uso recreativo desse tipo de remédio porque podem causar dependência psicológica, que é muito mais difícil de ser tratada.
Os especialistas alertam ainda que a medicação só é indicada para quem tem o problema, não para jovens. Tanto que na caixa desses medicamentos a informação é clara: venda sob prescrição médica.
No entanto, é possível comprá-lo em algumas farmácias sem a receita, como flagrado na reportagem.
Outros exemplos de automedicação foram apontados em uma pesquisa. Um levantamento do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) revelou que no primeiro semestre mais de 21 mil profissionais foram afastados do trabalho por uso de drogas - lícitas e ilícitas. Um aumento de 22% em relação ao mesmo período do ano passado.
Entre os executivos, que vivem sob pressão, a pesquisa revelou que 15% deles usam medicamentos para controlar o estresse e a ansiedade.
Fonte Brasil portais


quinta-feira, 4 de agosto de 2011

74% dos brasileiros apoiam proibição de medicamento emagrecedores

A proibição dos medicamentos emagrecedores à base de sibutramina e outros anfetamínicos tem apoio de 74% dos brasileiros. É o que aponta pesquisa encomendada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) à GfK Custom Research Brasil — quarta maior empresa de pesquisa de mercado no país.
Mil pessoas, com idade mínima de 18 anos, foram ouvidas em São Paulo, Salvador, Porto Alegre, Curitiba, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Fortaleza, Belém, Brasília, Goiânia e Manaus. O apoio à proibição é maior entre as pessoas com idade superior a 56 anos. Nessa faixa etária, 79% concordam com o veto. Já entre os entrevistados com 25 até 34 anos, a aceitação aos produtos é maior: 68% não condenam o comércio de emagrecedores.
Para 93% dos entrevistados, os produtos podem causar risco à saúde. Talvez por isso, 99% dos ouvidos afirmem que não fazem uso de qualquer substância, ao passo que 81% também declararam não fazer dietas. Entre os que fazem algum tipo de controle alimentar, as mulheres são a maioria, com 22% — apenas 14% dos homens declararam fazer regime.
A pesquisa também apontou que, para 79% das pessoas ouvidas, os exercícios físicos são a melhor opção para quem quer perder peso. A faixa etária entre 18 e 44 anos é o principal grupo incentivador do esporte: 83% defendem a prática de exercícios.
A noção sobre os benefícios do esporte variam conforme a classe social, de acordo com a GfK. Nas classes A e B, com maior poder aquisitivo, o hábito é tido como o mais eficiente para o emagrecimento (84%). Nas classes C e D, 74% enxergam a mesma vantagem.
A alimentação balanceada é a segunda opção mais indicada no combate aos quilos a mais. Para 40%, comer bem é a melhor forma para emagrecer. Porém, a opção é contestada pelos mais jovens, com idades entre 18 e 24 anos. Só 24% acreditam na dieta, e apenas 4% das pessoas dizem que os emagrecedores contribuem para a diminuição do peso.
Um parecer da Avisa sobre a comercialização e a distribuição dos produtos é aguardado ainda para este mês. Em julho, o presidente da instituição, Dirceu Barbano, afirmou que a decisão ocorreria em agosto.

Da Redação, com informações do Jornal da Tarde



Comissão aprova regras para descarte de medicamentos

A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio aprovou nesta quarta-feira o Projeto de Lei 595/11, do deputado Dr. Aluizio (PV-RJ), que institui regras para o descarte de medicamentos. Pela proposta, farmácias, drogarias e postos de saúde serão obrigados a receber da população medicamentos, vencidos ou não, e os devolverão ao laboratório que os produziu para que este promova o descarte.
Segundo o texto, os laboratórios da indústria farmacêutica ficarão obrigados a receber os medicamentos e deverão proceder ao descarte de maneira segura e sustentável para o meio ambiente. O descumprimento das regras será considerado infração sanitária grave, sujeita a penalidades que vão desde advertência e multa até o cancelamento do alvará de licenciamento de estabelecimento.
O projeto acrescenta artigo à Lei 5.991/73, que trata do controle sanitário do comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos.
O autor argumenta que o descarte de medicamentos é uma questão de saúde pública e ambiental e vem se tornando um grave problema para a sociedade. "O descarte inapropriado pode causar desde intoxicações exógenas de crianças, decorrentes do uso inadvertido dos medicamentos que seus pais não descartaram, até a contaminação do meio ambiente, com estudos que demonstram, por exemplo, a esterilização de algumas espécies de peixes em razão do descarte impróprio de anticoncepcionais em rios e lagoas", relata.
Para o relator, deputado Dr. Ubiali (PSB-SP), enquanto não se reduzir a quantidade de medicamentos que excedem o tratamento, torna-se ainda mais urgente buscar soluções para o descarte inadequado das sobras. “Nesse sentido, o recolhimento dos produtos na cadeia farmacêutica, conforme preconiza o projeto, é condição indispensável para minorar o impacto ambiental e à saúde decorrente de seu descarte incorreto. Para tanto, há que se envolver todos os elos dessa cadeia – consumidores, dispensadores, distribuidores e fabricantes – no esforço de se dar uma destinação ambientalmente correta aos medicamentos”, diz.

Agencia Camara PanoramaBrasil

CFF aprova resolução que garante o direito do farmacêutico de indicar (prescrever) fitoterápicos

A plenária do Conselho Federal de Farmácia, aprovou por unanimidade, na última quinta-feira (21.07), resolução que garante o direito do Farmacêutico indicar (prescrever) fitoterápicos
A plenária do Conselho Federal de Farmácia, aprovou por unanimidade, na última quinta-feira (21.07), resolução que garante o direito do Farmacêutico indicar (prescrever) fitoterápicos. É a resolução nº 546, de 21 de julho de 2011, que dispõe sobre a indicação farmacêutica de plantas medicinais e fitoterápicos isentos de prescrição e o seu registro.
Em seu Art. 1º a referida resolução traz que, no âmbito de sua competência, o Conselho Federal de Farmácia conceitua a indicação farmacêutica como sendo o ato do farmacêutico, praticado em área específica do estabelecimento farmacêutico, registrado e documentado, fundamentado na informação e educação ao paciente/usuário sobre o uso correto e racional de plantas medicinais e fitoterápicos, que possibilite o êxito da terapêutica, induza a mudanças nos hábitos de vida e proporcione melhores condições de saúde à população. O texto diz ainda, em seu parágrafo único, que a indicação farmacêutica, de que trata o artigo 1º, deverá ser feita com base em conhecimentos técnico-científicos, em princípios éticos e em consonância com as resoluções profissionais e com as do órgão federal responsável pela vigilância sanitária.
A resolução também permite ao farmacêutico, quando o paciente, por iniciativa própria e devido à fácil acessibilidade, solicitar indicação, em face de sintomas apresentados, encaminhá-lo a outro profissional de saúde ou dispensar-lhe uma planta medicinal e/ou fitoterápico isento de prescrição.
E destaca que entre os principais objetivos da indicação farmacêutica, relativa a plantas medicinais e fitoterápicos, está prevenir potenciais problemas relacionados ao uso, informando os benefícios e riscos de sua utilização; comprometer o paciente na adesão ao tratamento, assegurando-lhe o direito de conhecer a razão do uso; monitorar e avaliar a resposta terapêutica e aproximar o farmacêutico da comunidade.
Já em seu parágrafo 2º, o texto ressalta que constituem aspectos fundamentais da indicação farmacêutica relativa a plantas medicinais e fitoterápicos, os seguintes critérios:

a) porque foi indicado;

b) modo de ação;

c) como deve ser utilizado;

d) duração do tratamento;

e) possíveis reações adversas, contraindicações, interações e precauções;

f) condições de conservação e guarda;

g) educação em saúde.

No entanto, considera-se habilitado para exercer a indicação de plantas medicinais e/ou fitoterápicos, o farmacêutico que, atuando no setor público ou privado, comprove uma das seguintes qualificações:
a) ter cursado a disciplina de fitoterapia com carga horária de no mínimo 60 (sessenta) horas, no curso de graduação de Farmácia, complementadas com estágio em manipulação e/ou dispensação de plantas medicinais e fitoterápicos, de no mínimo 120 (cento e vinte) horas, na própria instituição de ensino superior, em farmácias que manipulem e/ou dispensem plantas medicinais e fitoterápicos ou em programas de distribuição de fitoterápicos no SUS, conveniados às instituições de ensino;
b) título de especialista ou curso de especialização em fitoterapia que atenda às resoluções pertinentes do Conselho Federal de Farmácia em vigor.
O texto da referida resolução ainda conclui que para otimizar a indicação farmacêutica, o farmacêutico deverá ter conhecimentos específicos, além de ser capaz de tomar atitudes, desenvolver habilidades de comunicação e estabelecer relações interpessoais com o paciente.


Fonte: Com informações do CFF



terça-feira, 2 de agosto de 2011

Roubo de medicamento pode ser considerado crime hediondo

Leite: roubo de remédios cresce em proporções alarmantes.A Câmara analisa o Projeto de Lei 627/11, do deputado Otavio Leite (PSDB-RJ), que transforma em crime hediondo o roubo ou furto de medicamentos, independentemente de pertencerem ao governo ou a particulares. O autor da proposta argumenta que esse crime tem crescido em proporções alarmantes. “O roubo de medicamentos gera consequências graves, pois atinge a saúde pública, prejudica a sociedade e os órgãos de saúde”, afirma.
O deputado Otavio Leite lembra que um esquema de roubo e de venda de medicamentos contra o câncer já resultou em prejuízo de R$ 10 milhões ao setor de saúde no estado de São Paulo. O mesmo centro de saúde foi assaltado quatro vezes por bandidos em busca de remédios usados no tratamento de câncer, que custam até R$ 6 mil por unidade para o estado e são fornecidos de graça à população.
A proposta altera a Lei 8.072/90, que já classifica como hediondos crimes como latrocínio, sequestro, estupro e falsificação ou adulteração de remédios.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado apenas pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte  Jornal da Camara
Pedro França

Três milhões de brasileiros têm hepatite; só 30 mil são tratados

Silenciosa e com alto poder de contágio, a hepatite já infecta um terço da população mundial --cerca de 2 bilhões de pessoas-- causando mais de 1 milhão de mortes todos os anos.Os dados foram divulgados nesta semana pela OMS (Organização Mundial da Saúde).
A hepatite pode ser provocada por múltiplos fatores, incluindo bactérias e alguns medicamentos, mas a principal razão de alarme entre os especialistas são as hepatites virais: os tipos A, B, C, D e E.
O vírus da hepatite é mais contagioso e resistente do que o HIV e também pode ser transmitido sexualmente.
"Hoje a principal forma de contrair hepatite B é por via sexual. Embora na hepatite C também seja possível, esses casos são muito mais raros", diz Raymundo Paraná, presidente da SBH (Sociedade Brasileira de Hepatologia). Estima-se que haja 3 milhões de infectados pelas hepatites B e C no Brasil. "A hepatite está para o câncer de fígado como o cigarro está para o de pulmão", comparou Paraná.
Apesar da recente redução dos casos de hepatite A e C no país, os números do tipo B só cresceram na última década. Em 1999, foram 473 casos, contra 14.601 em 2009.
Os números de 2010 serão divulgados hoje pelo Ministério da Saúde que, questionado pela reportagem, não informou se houve redução.
Para conter esse avanço, o órgão determinou, no ano passado, a ampliação progressiva da idade-limite para receber a vacina gratuitamente para quem não está em grupos de risco, como profissionais de saúde e limpeza.
O teto, que era de 19 anos em 2010, passou para 24 neste ano. Em 2012, o limite será ampliado mais uma vez, agora para 29 anos.
"O Brasil é muito grande e não há um padrão único de contaminação. Com o avanço do saneamento básico, a hepatite A, transmissível pela água contaminada, foi sendo empurrada para as áreas mais carentes", explica Maria Cássia Mendes Correa, da SPI (Sociedade Paulista de Infectologia) e coordenadora de hepatites virais do Hospital das Clínicas da USP.
A hepatite costuma ser assintomática em seus anos iniciais. Por isso, as pessoas infectadas costumam descobrir a doença quando ela já está em fase avançada.
Atualmente, há cerca de 30 mil pessoas em tratamento no país. O que corresponde a só cerca de 1% dos infectados. "Há uma evidente necessidade de ampliar o diagnóstico", completa Correa.
Os muitos efeitos colaterais do tratamento também costumam ser um empecilho. Além dos inconvenientes físicos, é comum que os pacientes tomem mais de 20 comprimidos por dia.
"Os efeitos colaterais existem, mas são contornáveis. É infinitamente melhor sofrê-los do que não tratar."


Fonte: Folha de S.Paulo

Pesquisa testa colírio para glaucoma contra vitiligo

Um colírio contra uma doença ocular, o glaucoma, pode ajudar no tratamento de pessoas com vitiligo. O medicamento contém uma substância, a bimatoprosta, também encontrada em um cosmético para aumentar e escurecer os cílios.
Por causa de sua capacidade de "coloração", o composto se mostrou eficaz para repigmentar manchas brancas de pacientes com vitiligo, segundo resultados preliminares de um estudo de pesquisadores do Hospital e Escola Médica Gian Sagar, na Índia.
As conclusões foram apresentadas no último Congresso Mundial de Dermatologia, em Seul, na Coreia do Sul. A exibição rendeu uma medalha de ouro ao trabalho na premiação do congresso.
Vinte pacientes com vitiligo participaram do estudo, mas, no congresso, os pesquisadores mostraram os resultados iniciais de dez deles. Sete tiveram as manchas brancas repigmentadas após dois meses de aplicação diária da substância nas lesões.
Todos tinham vitiligo estável, que não havia aumentado ou diminuído seis meses antes do início da pesquisa.

PROMISSOR
Para a dermatologista Sarita Martins, vice-presidente da SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia), o tratamento é promissor. "Os resultados foram muito bons. E os efeitos colaterais foram baixos e pouco frequentes", afirma Martins.
Dos dez pacientes, dois relataram ardor, principalmente em áreas próximas à boca.
Celso Lopes, membro da SBD e médico do ambulatório de vitiligo da Unifesp, diz ainda que o uso da bimatoprosta pode ser uma opção a mais para o arsenal de tratamento contra o vitiligo.
O dermatologista, no entanto, faz algumas ressalvas ao estudo. A primeira é que o número de pacientes estudados é muito pequeno.
Além disso, os pesquisadores afirmam que os resultados foram melhores na face do que no tronco e em quem tinha vitiligo há menos de seis meses.
Segundo Lopes, resultados semelhantes podem ser conseguidos com medicamentos que regulam a ação do sistema de defesa do organismo, já usados atualmente.
Por isso, ele acredita que seria necessário fazer estudos maiores e que comparassem diferentes tratamentos para atestar a eficácia e a segurança do uso da bimatoprosta. "É preciso ter cuidado e esperar até o final da pesquisa para considerar o uso desse tratamento", diz Lopes.
Martins, porém, afirma que, há um mês, já começou a usar a subtância "off label" (para indicações não aprovadas no país) em três pacientes seus com vitiligo, que se voluntariaram para o teste.
Eles serão analisados daqui a um mês, para que o tempo de uso do remédio seja o mesmo do estudo indiano.
Tanto o colírio para glaucoma quanto o produto para aumentar os cílios, ambos fabricados pela farmacêutica Allergan, são vendidos apenas com receita médica.


Fonte  Jornal de Floripa

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Anvisa suspende produto para emagrecimento

Por não possuirem registro na Anvisa e serem de fabricantes desconhecidos, a agência proibiu o uso de alguns medicamentos para perda de peso
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária publicou, no Diário Oficial da União desta quarta-feira (27), a suspensão dos produtos Dietmax e Dietmax Plus. A empresa fabricante é desconhecida e não possui registro na Anvisa.
Foi suspensa também a importação do insumo farmacêutico Rifanpicina pelas empresas Pharma Nostra Comercial e Casa da Químicia Indústria e Comércio (CAQ).. Após inspeção na fabricante chinesa Luohe Nanjiecun Pharmaceutical- Group Pharmacy, verificou-se que a empresa não atendia às exigências de regulamentação da Agência.
Já o lote 13L50133/2 da Solução Glicofisiológica Sanabiol 100ml (solução injetável Intravenosa caixa com 40 bolsas trilaminada 250ml), produzido pelo Laboratório Sanabiol, está interditado por 90 dias. O produto apresentou resultado insatisfatório no ensaio de aspecto.
A Agência também proibiu a fabricação, comercialização e uso do produto Nicotimax, fabricado pela empresa Mundo dos Naturais do Brasil. por não ter registro na Anvisa. As suspensões durarão o tempo necessário para a regularização dos produtos junto a Agência e tem validade imediata após a divulgação da medida no Diário Oficial da União. As pessoas que já tiverem adquirido algum dos lotes suspensos devem interromper o uso.