quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Mais medicamentos, menos ereção

Um novo estudo afirma que homens que tomam remédios regularmente têm mais chance de desenvolver problemas sexuais.
Na pesquisa, quanto mais medicação o homem tomou, maior foi o risco de disfunçãMais medicamentos, menos ereçãoo erétil. Participantes que tomavam dez ou mais remédios tinham 1,6 vezes mais chances de desenvolver o problema quando comparados com os que tomavam menos de dois. Os resultados se confirmaram mesmo depois de fatores como idade, massa corporal, diabetes e fumo serem levados em conta.
“Alguns pacientes tomam muito mais remédios do que o necessário. Como médicos ou pacientes, podemos sempre cortar o número a cada visita”, afirma a pesquisadora do estudo e urologista, Diana C. Londoño. “Tomar consciência disso ajudaria pacientes com disfunção”. Ela também comenta que reduzir o número de medicamentos ajuda a saúde geral do corpo.
O estudo, realizado em 2002 e 2003, envolveu mais de 37.700 homens da Califórnia do Sul, com idades entre 46 e 69 anos. Eles foram questionados sobre a quantidade de vezes em que conseguiram sustentar uma ereção suficiente para o sexo, e seu uso de remédios.
Vinte e nove dos participantes foram classificados com disfunção erétil moderada à severa, baseado em sua funcionalidade sexual.
Os remédios mais associados com o problema foram os direcionados à pressão sanguínea alta, depressão, ansiedade e outros que interferem nos níveis de testosterona.
Algo em torno de 60% dos avaliados tomavam mais de três medicações, e 25% pelo menos 10.
Entre os que tinham disfunção moderada, cerca de 30% tomavam mais de dez, enquanto 15% tomava dois ou menos. Os dados foram comprovados independente do tipo de remédio.
O uso de medicações múltiplas também ficou associado com aumento da disfunção. Cerca de 30% dos homens que tomavam dez ou mais remédios tinham problemas de ereção severos, em comparação com apenas 6,9% dos que tomavam dois ou menos.
Os pesquisadores não estão certos porquê o uso de múltiplas medicações aumenta o risco de disfunção erétil, mas é possível que as interações entre os remédios sejam a causa. “Pode ser que eles tenham pequenos efeitos na disfunção, mesmo que esses efeitos não estejam na bula”, afirma o urologista Andrew Kramer, que não participou do estudo.
Os pesquisadores afirmam que os médicos deveriam considerar o uso de medicações como um fator envolvido na disfunção erétil, quando outras causas já foram avaliadas.[MSN]

Fonte  hype science

Programa da ONU vê Brasil como referência no tratamento da aids

Reduzir Normal Aumentar Imprimir Desde que descobriu ser portador do vírus HIV, há 22 anos, o ex-professor de educação física Aguinaldo José Gomes toma, todos os dias, o coquetel de medicamentos que mantém seu organismo resistente à doença. Na época do diagnóstico, ele morava havia quatro anos em Lisboa, onde estudava literatura. Depois de ter descoberto ser soropositivo, o então bolsista ainda ficou um ano na capital portuguesa recebendo a medicação gratuitamente. "Mas depois desse tempo fiquei psicologicamente abalado e senti saudade. Eu queria colo, a minha terra, a minha família", lembra.
Em 1990, Aguinaldo voltou ao Brasil. Naquela época, a aids era uma doença sobre a qual ainda havia poucas informações. O medo era inevitável. "Eu estava perto dos 30 anos de idade e tive que lidar com a morte numa fase produtiva da vida", conta. A angústia aumentou quando ele descobriu que, por causa dos medicamentos que vinha tomando, seu organismo não se enquadrava no protocolo à época vigente no Brasil para acesso gratuito à medicação. "Aí comecei outra luta: convencer os médicos a me receitarem os medicamentos", contou Aguinaldo, hoje com 51 anos de idade.
De 1990 para cá, muita coisa mudou no Sistema Único de Saúde (SUS) em relação ao atendimento a portadores do HIV. Hoje, as autoridades do País destacam que o programa brasileiro é apontado como referência pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre o HIV/Aids (Unaids). Segundo divulgou o Ministério da Saúde na segunda-feira, a prevalência da doença estimativa de pessoas infectadas permanece estável em 0,6% da população brasileira.
O País investe R$ 1,2 bilhão anuais no combate à doença, em ações que vão desde entrega de medicamentos e assistência aos soropositivos até a realização de testes, campanhas publicitárias e distribuição de preservativos. Em 2012, governo quer ampliar diagnóstico.

Aplicação eficiente de recursos
Um dos pontos altos do programa é o acesso universal aos medicamentos de combate ao HIV. O país foi um dos pioneiros a distribuir, gratuitamente, toda a medicação necessária para o combate ao vírus, investimento que, este ano, chegará a R$ 846,7 milhões. De acordo com diretor do Departamento de DST/Aids do Ministério da Saúde, Dirceu Greco, 97% dos brasileiros diagnosticados com Aids, ou seja, 215 mil pessoas recebem os 20 medicamentos atualmente usados no tratamento.
Greco conta que, desses, 10 são produzidos nacionalmente, sendo um deles por meio de quebra de patente, em 2007. "Eu teria que desembolsar de R$ 6 mil a R$ 8 mil por mês com medicamentos se tivesse que pagar por eles", calcula Aguinaldo Gomes. Cada exame de genotipagem que ele precisa fazer três vezes por ano para verificar se seu organismo desenvolveu resistência a algum dos medicamentos custaria, em média, R$ 2,5 mil.
O diretor da Unaids no Brasil, Pedro Chequer, ressalta que um relatório divulgado pelo órgão aponta que o governo brasileiro foi muito mais eficiente do que o da Rússia, por exemplo, na aplicação dos recursos no combate ao HIV. Segundo o relatório, os US$ 600 milhões aplicados pelo Brasil durante todo o ano de 2008 foram mais bem direcionados que os US$ 800 milhões investidos pelos russos no combate à Aids no mesmo período.
"A Unaids conclui efetivamente que o Brasil tem um modelo estratégico bastante adequado do ponto de vista da realidade do País, pois visa a otimizar a utilização dos recursos, concentrando seus esforços nas populações mais vulneráveis", afirmou o diretor.

Testes durante a Copa
Segundo Chequer, no entanto, ainda há lacunas no programa brasileiro que precisam ser preenchidas. Entre elas, as diferenças regionais no acesso a informações. "Muitos municípios das regiões norte e nordeste do País ainda não têm acesso ao diagnóstico mais rápido, ao tratamento da doença e a ações mais efetivas de prevenção", destaca o diretor.
Considerando a estimada parcela da população que ainda desconhece estar contaminada pelo HIV por não ter realizado o teste, entre 200 e 230 mil pessoas, a cobertura do tratamento gratuito cairia dos 97% para algo entre 60% e 79%.
"O grande desafio hoje do Brasil é ampliar o acesso ao diagnóstico para que se possa, até 2015, chegar a mais de 80% de cobertura (de todos os infectados)", avalia Chequer, ressaltando que esse índice já é registrado hoje por países como Botsuana, Chile e Cuba.
O ministério garante que um dos principais objetivos da política nacional de combate ao HIV em 2012 será elevar o índice de diagnósticos precoces. "Este hoje é o foco no mundo inteiro", afirma Greco. Segundo ele, o governo deve ampliar a quantidade de locais para realização de testes rápidos, cujo resultado sai em 30 minutos.
O diretor explica que atualmente os exames são oferecidos em locais públicos, especialmente em datas festivas como o Carnaval, paradas de orgulho gay e no Dia Mundial de Combate à Aids, em 1º de dezembro. O ministério também planeja oferecer testes gratuitos aos torcedores durante a Copa do Mundo de 2014. "Neste ano, foram realizados mais de 3 milhões de exames rápidos, e a meta é alcançar mais de 7,5 milhões de testes no ano que vem", afirma.
O presidente da ONG Pela Vida, Mário Scheffer, calcula que cerca de 45% das pessoas diagnosticadas estão chegando tardiamente ao serviço de saúde e não se beneficiam do acesso à medicação. "É preciso ampliar a testagem e o número de beneficiados pelo tratamento. Apesar dos esforços, 12 mil pessoas ainda morrem todos os anos de aids no Brasil."

Parceria com a África
O programa também estabeleceu diversas parcerias com países das Américas do Sul e Central, assim como da África, para troca de informações sobre tratamento e prevenção do HIV. De acordo com o ministério, o Brasil doa medicamentos para 26 países, entre eles os vizinhos Argentina, Bolívia, Chile, e alguns africanos que registram altos índices de soropositivos, como Botsuana, Quênia e Zâmbia.
Por meio da parceria com Moçambique, o governo autorizou a transferência de tecnologia para a construção de uma fábrica de medicamentos antirretrovirais em Maputo. "É uma troca. Também aprenderemos com eles a lidar com situações mais complexas do que as nossas", afirma Greco. Ele conta que a pré-produção de medicamento na capital moçambicana deve começar já no próximo ano.

Falhas no abastecimento
Apesar de considerado modelo em âmbito internacional, internamente o programa brasileiro de combate ao
vírus HIV recebe críticas de ativistas de organizações que prestam apoio a portadores da doença. Segundo eles, uma grande dificuldade encontrada pelos pacientes são as falhas no abastecimento de medicamentos.
"O governo ainda não tem uma estrutura que garanta continuidade na compra dos medicamentos, há sempre problemas no processo burocrático. Isso prejudica o tratamento", critica Rodrigo Pinheiro, presidente do Fórum de ONGs/Aids de São Paulo. Ele conta que, no ano passado, houve falta de uma medicação nos estoques do SUS durante quatro meses. Dirceu Greco admite as falhas e garante que o governo estuda maneiras de vencer a burocracia e evitar o desabastecimento temporário.
Mário Scheffer defende ainda que o Brasil retome a política de quebra de patentes e amplie a produção nacional de genéricos. Ele ressalta que uma das estratégias para conseguir oferecer medicamento a tantos soropositivos foi a produção nacional de antirretrovirais. "A política tem sido pouco transparente, o Brasil está pagando muito caro pelos medicamentos que produz", reclama.
Apesar das críticas, no entanto, os ativistas que apoiam portadores de HIV e lutam por seus direitos elogiam o pioneirismo ao estabelecer por meio de lei, há 15 anos, que todos os infectados teriam acesso gratuito a tratamento. "A garantia em 1996 do acesso ao tratamento de forma gratuita foi a maior conquista desses 30 anos da epidemia no Brasil", diz Pinheiro.

Portal TERRA

Para Aguinaldo Gomes, o acesso gratuito à medicação e a adesão ao tratamento foram essenciais para ele superar a doença e continuar a fazer planos. "Esperei a morte chegar uma semana, um mês, três meses. Vi que ela não chegava. Então comecei a viver. E há 22 anos a morte não chega."

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Café impede que alguns medicamentos funcionem?

Muita gente toma café todo dia – praticamente não consegue viver sem. Mas a maioria das pessoas raramente considera os efeitos colaterais da bebida, além de inquietação ou dificuldade em adormecer à noite. Só que o café pode ter outras consequências em pessoas que tomam determinados medicamentos, seja bloqueando seus efeitos ou afetando a absorção de cafeína.
Em muitos casos, as interações são causadas pela cafeína, mas outros compostos no café também podem desempenhar um papel.
Estudos mostram que mais de uma dezena de medicamentos – desde antidepressivos até drogas para tireoide e osteoporose – podem ser afetadas pelo consumo de café.
Um estudo realizado em 2008, por exemplo, descobriu que pessoas que bebiam café pouco antes ou depois de tomar levotiroxina, um medicamento comum pra tireoide, tiveram uma redução de até 55% na absorção da droga.
Outros estudos descobriram que o café pode reduzir a absorção do alendronato (droga da osteoporose) até 60%, e pode diminuir os níveis circulantes de estrogênio e outros hormônios em mulheres.
Alguns medicamentos podem aumentar os efeitos do café e de outras bebidas com cafeína. Um número destes medicamentos, incluindo alguns antidepressivos, antibióticos e anticoncepcionais, bloqueia uma enzima conhecida como CYP1A2, que ajuda a metabolizar a cafeína. Como resultado, a cafeína pode persistir no organismo por várias horas mais que o normal.
Um estudo mostrou, por exemplo, que mulheres que tomam pílulas anticoncepcionais ficam com cafeína em seus sistemas quatro horas a mais do que as mulheres que não tomam a pílula. Ou seja, café não é água, não.[NewYorkTimes]

domingo, 20 de novembro de 2011

Rede de farmácias do Brasil passa a ter novos genéricos

O diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, garantiu que a lista de medicamentos genéricos à venda nas farmácias do País teve, este ano, um novo aumento da ordem de 80% em relação a 2010. “Temos trabalhado para garantir o acesso da população a medicamentos seguros e para que esses produtos possam obter registro no menor prazo possível”.
O anúncio foi feito por ele durante assinatura de protocolo de cooperação técnica e operacional com o vice-reitor da UnB, João Batista de Souza. Ainda de acordo com o dirigente, o protocolo de cooperação prevê o desenvolvimento de trabalhos e ações conjuntas no âmbito científico, acadêmico e técnico para aprimorar processos e práticas na área de vigilância sanitária. “Vamos empreender esforços no sentido de buscar um marco regulatório que supere as barreiras sanitárias que não foram aprimoradas ao longo do tempo”.
“As parcerias de desenvolvimento produtivo têm tornado possível o amplo acesso da população a produtos de tecnologia avançada. Elas geram economia, segurança e estabilidade na compra dos produtos, uma vez que a aquisição independe de oscilações de moedas estrangeiras”, destacou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que estava presente na reunião. Os kits nacionais estarão disponíveis aos usuários do Sistema Único de Saúde em 2014. Além disso, as duas instituições irão promover a troca de experiências e a difusão do conhecimento em novas tecnologias. O acordo também prevê a realização conjunta de cursos de formação acadêmica lato e stricto sensu para os servidores da Anvisa e profissionais de vigilância sanitária em estados e municípios. “Com esse convênio, poderemos avançar na qualificação e certificação de equipamentos na área biomédica”, disse Souza.

Fonte Comunidade

Executivo e Judiciário discutem judicialização da saúde

Executivo, Judiciário, acadêmicos e operadores do Direito se reúnem em Brasília, entre os dias 22 e 24 de novembro, para discutir a saúde no país. Esta será a primeira edição do Seminário Nacional sobre Direito e Saúde, que pretende encontrar um consenso de interpretações jurídicas no setor de direito à saúde.
“Queremos um consenso para o Direito Sanitário, abordando as principais questões administrativas e de gestão de saúde. A judicialização da saúde, por exemplo, é assunto que permeia vários debates, como prescrição de medicamentos ou assistência médica”, explica o consultor jurídico do Ministério da Saúde, Jean Uema.
O evento foi pelo idealizado pelo Ministério da Saúde em parceria com a Advocacia-Geral da União, a Fundação Oswaldo Cruz, o Conselho Nacional do Ministério Público, o Conselho Nacional de Justiça, a Universidade de São Paulo e outros órgãos.
Um painel específico sobre políticas públicas vai debater a repartição de competências do Sistema Único de Saúde (SUS), como está estabelecida hoje e sua funcionalidade.
Os conferencistas desse dia são o juiz Ingo Wolfgang Sarlet, professor da pós-graduação em Direito da Universidade Católica do Rio Grande do Sul e da Escola Superior da Magistratura; Maria Paula Dallari Bucci, professora da Escola de Direito da FGV em São Paulo; Luiz Moreira Gomes Júnior, conselheiro do Ministério Público; e Luís Roberto Barroso, constitucionalista e professor da Faculdade de Direito da Universidade Estadual do Rio.
A Lei 12.401/2011, que discute a incorporação de medicamentos ou tecnologia em saúde no SUS, está no foco de outro painel. “Toda a comunidade precisa se apropriar desse processo porque existe uma política social para dar segurança e certeza à utilização de medicamentos”, diz Uema. Ele conta que quando um juiz se depara com um pedido de utilização de medicamento pelo paciente, por meio do SUS, muitas vezes não há sequer registro na Anvisa desse remédio. “Isto pode indicar, por exemplo, que faltam evidências científicas para uso desses remédios.”
A discussão sobre a utilização desses medicamentos permite, segundo Uema, que os médicos tenham uma garantia mínima de eficácia. “Também ocorre que um medicamento é aprovado por agência estrangeira responsável, e ainda não está aprovado no país. A partir de uma comissão criada por lei, pretendemos que estudos realizados em seis meses ratifiquem a validade desse remédio para seu uso mais seguro.”
Ainda será destaque do seminário a apresentação das chamadas Boas Práticas, com a entrega de prêmios aos vencedores do 1º Concurso Nacional de Práticas Exitosas na Área de Saúde. Trata-se de iniciativas jurídicas que representem melhoria aos usuários do SUS. Uema exemplifica uma ação que já se mostrou sucesso no Rio Grande do Norte, a implementação de convênios com órgãos de promovem uma conciliação na área de saúde. “Antes de ajuizada a ação, ou até mesmo depois dela, as partes reúnem tentam uma solução para o problema. O resultado é tão positivo que o ministério já buscam meios de ampliar a iniciativa para os demais estados”.

Fonte Consultor Juridico

sábado, 19 de novembro de 2011

Brasil passa a integrar rede da OMS que monitora resistência do HIV a remédios.


O jornal O Globo desta sexta-feira informou que um laboratório da Fiocruz foi escolhido, entre mais de 30 centros da América Latina, para integrar a rede da Organização Mundial de Saúde de monitoramento da resistência do vírus HIV. Leia a reportagem na íntegra a seguir.

Brasil já integra rede da OMS

O Brasil passou a integrar esta semana a rede da Organização Mundial de Saúde de monitoramento da resistência do vírus HIV aos medicamentos disponíveis atualmente. O Laboratório de Aids e Imunologia Molecular do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) é o primeiro a ser credenciado como centro de referência na América do Sul.

Um dos maiores desafios encontrados atualmente no tratamento da aids é a resistência aos medicamentos disponíveis. Para buscar formas para driblar o problema, a OMS criou a rede global de monitoramento, chamada HIVResnet.

Atualmente estima-se que, no Brasil, 1% das pessoas infectadas pelo vírus apresentem multirresistência às drogas, ou seja, nenhum dos 24 remédios do coquetel surte efeito. Um percentual inferior a 5%, no entanto, pode apresentar resistência a uma ou algumas das drogas. Por isso, explicam os especialistas, o monitoramento é fundamental para a determinação do tratamento mais eficiente.

Desde 2002 o laboratório da Fiocruz faz testes de genotipagem do vírus - indicados para indivíduos que não respondem à terapia convencional. O objetivo é, justamente, determinar a quais drogas o paciente é resistente, para tratá-lo da forma mais eficiente possível.

“Na prática, vamos integrar essa rede recebendo dados de outros países da América do Sul e também de outras regiões do Brasil para estudarmos também de forma ampla e sistemática a resistência transmitida, ou seja, em que a pessoa já se infecta com um vírus resistente”, explica o coordenador do Serviço de Referência da OMS e pesquisador titular do Laboratório do IOC, José Carlos Couto Fernandez, responsável também pelo comitê assessor em genotipagem do HIV do Ministério da Saúde.

Escolha entre mais de 30 centros

O laboratório da Fiocruz foi escolhido dentre mais de 30 centros da América Latina. Como integrante da rede da OMS, o laboratório receberá também demandas específicas, como, por exemplo, determinar níveis de resistência transmitida em crianças e gestantes, casos considerados prioritários. O grupo estudará também as formas de transmissão da resistência. Tais informações são cruciais, explica Fernandez, para a determinação de políticas públicas nacionais e internacionais. “Por exemplo, em função da constatação de um aumento da prevalência da resistência transmitida, pode-se alterar políticas de tratamento e de diagnóstico”, disse o especialista. “A grande vantagem é que, com a coordenação da OMS, teremos um estudo global.”

O Brasil monitora a resistência às drogas do coquetel de forma sistemática desde 2003, por meio do laboratório e também de iniciativas individuais de outros grupos de pesquisa. “No Brasil, os níveis de resistência são considerados baixos, não chegam a 5%”, afirmou o pesquisador. “Níveis altos são aqueles acima de 15%.”

Entretanto, os últimos levantamentos mostraram, por exemplo, que, para algumas categorias de drogas amplamente utilizadas, a resistência no país chega a 11%. “Isso é esperado em razão do largo uso dessas drogas na terapia brasileira” disse Fernandez. “Mas é também um alerta para o ministério de que o uso maciço desses remédios pode vir a ser comprometedor. É um dado importante também para que o ministério busque novos alvos.”

Cada país do mundo tem um perfil diferente de resistência. Na Espanha e na Itália, por exemplo, a resistência transmitida do vírus é bem alta, chegando a 20%.



Fonte: O Globo

Novos medicamentos genéricos chegam ao mercado em 2012

Produtos com vencimento de patentes previsto para o próximo ano ficarão mais acessíveis aos brasileiros.
Desde que chegaram às prateleiras das farmácias, em 2001, os consumidores brasileiros já economizaram mais de R$22 bilhões com a compra de medicamentos genéricos em substituição aos produtos de marca. Projeções da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos indicam que em 2012 medicamentos importantes e de preços elevados para câncer de mama e colo-retal, como o Xeloda (Capecitabina) da Roche, e o Glivec (Imatinibe) da Novartis, para leucemia; além do Geodon, utilizado para distúrbios psicológicos, da Pfizer devem estar disponíveis em versões genéricas.
Desde o ano passado, importantes patentes venceram e muitos produtos já se encontram hoje no mercado por preços 65% inferiores. Entre eles, estão o Viagra, Liptor, Crestor, Dilvan e outras marcas famosas
No âmbito governamental os genéricos hoje são os produtos que lideram os programas de distribuição de medicamentos, sob o selo do Farmácia Popular. Os genéricos representam 65% do volume total de produtos distribuídos de graça para população carente, destinados ao controle da hipertensão e da diabetes.
Para o presidente da Pró Genéricos, Odnir Finotti, o segmento é hoje o motor da indústria farmacêutica brasileira. “Nos últimos anos o crescimento do setor acontece graças ao mercado de genéricos. A população, que teve seu poder de compra ampliado significativamente, vem optando pelo genérico que é mais barato, tem qualidade e é confiável”, explica o executivo.
Refletindo essa tendência, as projeções indicam que em 2015 o Brasil deve se tornar o terceiro maior mercado de genéricos do mundo, atrás dos Estados Unidos e da China. Atualmente, o setor movimenta 21,3% do volume total de remédios e 17% em valor, ou US$ 3,2 bilhões.
As vendas registraram crescimento de 32% em 2010, ano em que o mercado de genéricos faturou R$ 6,2 bilhões; e tudo indica que até o fim de 2011 essa taxa será superada. “O importante nesse número é que o aumento é orgânico, estamos crescendo há quatro anos sem parar”, diz Odnir Finotti. “Para o ano que vem, nossa expectativa é manter o mesmo crescimento.”
Uma parte desse avanço tem a ver com o prazo de expiração das patentes. A participação das multinacionais no mercado de genéricos triplicou desde 2009. Contou para essa mudança a entrada no mercado da francesa Sanofi-Aventis com a compra da Medley em 2009 e da americana Pfizer, que adquiriu 40% do laboratório Teuto, no ano passado. A suíça Novartis, já atua nos genéricos por meio da Sandoz.
As principais marcas de remédios que vão ter suas patentes vendidas no ano de 2012:
Pró Genéricos - Fundada em janeiro de 2001, a Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos) é uma entidade que congrega os principais laboratórios que atuam na produção e comercialização medicamentos genéricos no país.
Sem fins lucrativos, a entidade tem como principal missão contribuir para a melhoria das condições de acesso a medicamentos no Brasil por meio da consolidação e ampliação do mercado de genéricos. Para 2011, de acordo com Finotti, a agenda da entidade permeia temas estratégicos para o setor como a questão dos pipelines, medicamentos biológicos e adequação tributária entre os estados da federação.
Juntas, as associadas da Pró Genéricos concentram mais de 90% das vendas do segmento de genéricos no país. Articulando-se com diversos setores da sociedade, instituições de ordem pública e privada, a Pró Genéricos canaliza as ações de suas associadas, dando densidade ao debate público em torno de questões relevantes para o setor da saúde e para o desenvolvimento da indústria farmacêutica no país. 

FONTE revista Fator

Medicamento em estudo no Brasil promete revolucionar tratamento da aids


Cientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro e do Laboratório Kyolab, de Campinas, estão pesquisando um medicamento contra a aids a partir de uma planta natural do Piauí. Em estudos iniciais, a molécula isolada em laboratório conseguiu chegar em células nas quais o HIV fica “escondido”. Leia a reportagem na íntegra a seguir.

Armadilha para o HIV

Uma planta usada na medicina tradicional contra o câncer é a nova esperança de uma terapia mais eficaz contra a aids. Em desenvolvimento por um grupo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Laboratório Kyolab, de Campinas, uma droga se mostrou promissora em testes in vitro e deve começar a ser testada em animais já no ano que vem. Se os resultados se mantiverem iguais aos já obtidos, dizem os especialistas, será uma grande revolução no tratamento da doença.

Especializado em fitoquímica de medicamentos, o laboratório de Campinas conseguiu isolar numa planta natural do Piauí uma molécula considerada superativa. A linha de pesquisa incluía originalmente testar sua atividade contra alguns tipos de câncer (para os quais já se encontra em fase II de testes), uma vez que era com esse fim que a planta era usada na medicina tradicional. Resolveu-se também testá-la contra o HIV. “Começamos a estudar suas propriedades contra o HIV e descobrimos coisas interessantíssimas”, afirmou o chefe do Laboratório de Virologia Molecular do Instituto de Biologia da UFRJ, Amilcar Tanuri.

Vírus se mantém latente em células

Atualmente, o tratamento padrão contra aids é feito com o coquetel de drogas. Essa combinação de medicamentos mantém as pessoas saudáveis porque impede a replicação do vírus no sangue. Entretanto, se o tratamento for suspenso, em menos de uma semana o vírus volta a se multiplicar.

Isso acontece porque, embora as drogas bloqueiem a replicação no sangue, o vírus consegue se "esconder" no interior de algumas células, onde se replica muito lentamente, ficando num estado de latência. Mas, quando a medicação no entorno desaparece, ele volta a se multiplicar normalmente, fazendo com que a doença retorne. “A molécula isolada no laboratório de Campinas consegue ativar esse HIV que está latente. Ela quebra a latência do vírus, que começa a se multiplicar e sai das células (onde estava "escondido"), explica Tanuri. –“Quando isso acontece, o coquetel consegue eliminá-lo.”

Essa abordagem no desenvolvimento de drogas é inédita. Nos Estados Unidos vários estudos estariam tentando, ainda sem sucesso, encontrar maneiras de tirar o HIV da latência. “Nenhum medicamento disponível atualmente alcança dentro das células de latência”, explica o diretor do Kyolab, Luiz Pianovsky. “A abordagem é inédita, superinovadora e pode inclusive vir a ser a cura da aids, dependendo ainda de alguns fatores.”

De acordo com os cientistas envolvidos no projeto, mais de 2 milhões de moléculas já teriam sido testadas em laboratórios internacionais sem nunca se conseguir achar uma que fosse ativa contra o vírus da aids. “Trata-se de um grande esforço internacional, e tivemos a sorte de ter uma planta com uma molécula bioativa”, comemora Amilcar Tanuri, acrescentando que o estudo brasileiro está sendo submetido para publicação no periódico internacional "Aids". “É uma droga-chave para uma tentativa futura de curar o paciente.”

Mesmo que não se conseguisse a cura total, explicam os cientistas, a droga poderia ser crucial para suprimir a circulação do vírus no organismo por muito mais tempo do que os atuais remédios. “Não há nada no mundo que atue dessa maneira”, ressalta Pianovsky. “Há alguns produtos para outras funções, mas com potência muito menor do que essa.”

Os estudos ainda estão em fase inicial e são necessárias ainda várias etapas de testagem, entre elas a toxicologia. A planta original, de onde a molécula foi extraída, é extremamente tóxica. “Os resultados obtidos in vitro, no entanto, já demonstram que a toxicidade não é tão alta”, disse Pianovsky.

O próximo passo dos cientistas é testar o medicamento em macacos rhesus antes de passar para testes em seres humanos. Ainda há um longo caminho a percorrer e não há previsão para a finalização da droga. Mas os especialistas afirmam que, se tudo der certo, seria um dos maiores avanços em muitos anos.
FONTE agencia de noticias da AIDS

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Análise dos laboratórios de hospitais e maternidades da Bahia

Após um período de quase um ano, em que ocorreram diversas reuniões e visitas às unidades de saúde envolvidas, a comissão formada por representantes da Sesab, do Sindicato dos Farmacêuticos (Sindifarma) e trabalhadores dos laboratórios do estado apresentam o relatório final dos seus trabalhos.O documento faz uma minuciosa análise dos laboratórios de hospitais e maternidades da rede própria do estado, apresentando sugestões, que abrangem logística, tecnologia, métodos de trabalho e outros aspectos, para a melhoria do serviço e do atendimento oferecido à população.O relatório também aponta para a viabilidade da gestão da própria Sesab nessas unidades, sem a participação de entidades terceiras. A conclusão foi embasada pelo estudo detalhado realizado e considerou as diversas questões envolvidas: técnicas, econômicas, de recursos humanos .


Fonte: SINDIFARMA

Coração em um chip será usado em testes de medicamentos

O Dr. Kevin Parker e seus colegas da Universidade de Harvard estão criando uma espécie de "coração artificial" dentro de um chip, similar aos processadores de computador.
O chip-coração, ou chip cardíaco, foi criado usando pequenos segmentos de tecido construídos com células do coração, inseridos em uma pastilha de silício.

Conectadas a eletrodos no interior do chip, as células pulsam como se fossem um coração.
Melhor que camundongos
Observando a contração do tecido, os cientistas podem estudar os efeitos de novos fármacos e medicamentos sobre o coração humano.
A tecnologia pode se tornar uma plataforma de testes melhor do que os corações de camundongos, utilizados hoje para testes de medicamentos.
O que funciona no coração do camundongo não funciona no coração humano
Além de substituir os testes com cobaias, o coração-em-um-chip representa um avanço também em relação às culturas de células, uma vez que a medição das contrações em nível de tecido é um teste mais realístico do que o monitoramento de células individuais.

Células-tronco
Para construir o chip cardíaco, os cientistas cultivaram uma camada de células musculares sobre uma pastilha de óxido de silício.
A seguir, eles seccionaram o tecido para criar segmentos separados, que são então ligados a eletrodos individuais.
Os eletrodos permitem a estimulação das seções de músculo cardíaco, possibilitando a realização de múltiplos experimentos de cada vez.
O protótipo usou células cardíacas de animais, mas os pesquisadores agora planejam ir mais longe.
Além de usarem células humanas, eles esperam futuramente criar chips cardíacos usando tecidos derivados de células-tronco humanas, criando uma nova plataforma para avaliar novas drogas para doenças do coração, como arritmia e paradas cardíacas.

Fonte Diario da Saude

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Brasileiros abrem perspectivas para drogas antiobesidade

Um casal de cientistas brasileiros conseguiu o que só pode ser descrito como um ato de justiça poética no mundo das células: matar de fome a gordura do organismo.
A molécula desenvolvida por eles consegue atacar, de forma específica, os vasos sanguíneos que alimentam o tecido adiposo (de gordura). Sem esse suprimento crucial de nutrientes, as células de gordura batem as botas.
Wadih Arap e Renata Pasqualini, que trabalham no Centro do Câncer MD Anderson, da Universidade do Texas, descrevem os resultados, parcialmente antecipados pela Folha no ano passado, na revista especializada "Science Translational Medicine".
O êxito, por enquanto, foi obtido em três espécies de macacos: resos, cinomolgos e babuínos. Em média, os bichos perderam 40% de sua gordura corporal no teste.
Em parceria com uma empresa farmacêutica que licenciou a produção da molécula, a equipe está projetando os testes em seres humanos nos Estados Unidos.

PREVISÃO DIFÍCIL
"É difícil prever quando isso vai acontecer. Dependemos das agências reguladoras, e o processo é naturalmente demorado, porque uma nova droga contra a obesidade teria uma demanda imensa e risco de uso impróprio", disse Pasqualini à Folha, por telefone.
É preciso levar em conta, por exemplo, que a formulação atual da substância afeta o funcionamento dos rins. São efeitos colaterais considerados leves, que desaparecem quando a substância não é mais ministrada, mas mesmo assim é preciso cuidado.
A ideia de matar células indesejadas de fome, restringindo o suprimento de sangue, surgiu originalmente como arma contra o câncer.
Para o endocrinologista Alfredo Halpern, do Hospital das Clínicas da USP, faz todo o sentido que a gordura virasse um alvo também. "A capacidade de proliferação do tecido adiposo é tamanha que às vezes ele parece um tumor mesmo", compara Halpern.
A vantagem é que as injeções do peptídeo (fragmento de proteína) usado pelos brasileiros, batizado de adipotídeo, são endereçadas de forma precisa aos vasos sanguíneos que alimentam as células de gordura, e só a eles. "Já sabemos que esse 'endereço' também funciona para a gordura humana", diz Arap.
Por enquanto, segundo Pasqualini, a equipe deve continuar investindo em injeções subcutâneas, porque elas favorecem a liberação gradual da substância no organismo dos pacientes. "É uma abordagem muito interessante, e o trabalho deles é muito bonito", elogia Halpern. "Mas vai demorar anos e anos para que isso chegue à aplicação clínica."


Da Folha

FDA corrige relatório

A Agência Reguladora de Alimentos e Medicamentos (FDA, sigla em inglês), dos Estados Unidos reduziu significativamente sua estimativa do uso de antibióticos em propriedades rurais depois do último relatório mensal que mostrou aumento de 6,7% ante 2010.
A entidade já publicou novos números que mostram aumento de apenas 1,3%, o que está a par com a produção de carne e de aves. O relatório revisto conclui que o montante global dos medicamentos utilizados na produção de alimentos foi de 13,2 milhões de quilos em 2010, um pouco acima da média de 2009, quando registrou 13,1 milhões de quilos. A agência declarou que os números iniciais divulgados este ano foram baseados em uma versão anterior publicada equivocadamente. "Ainda estamos ajustando classificações e números", declarou a FDA. "Incluindo uma apresentação tardia do relatório de medicamentos".
O relatório inicial provocou manifestações entre os defensores da saúde pública em prol da restrição do uso de medicamentos na produção animal, alegando risco à saúde humana e aumento do número de bactérias resistentes aos medicamentos, o que os tornariam menos eficazes.

Fonte avicultura

Descoberto novo método para fabricar medicamentos

 Investigadores dos EUA desenvolveram uma nova técnica para produzir medicamentos que pode revolucionar a forma como os fármacos são produzidos actualmente, avança o portal Fábrica de Conteúdos.
Os cientistas norte-americanos explicam que a nova técnica, denominada por síntese quimioenzimática, já foi usada para produzir o anti-coagulante heparina, mas também pode ser aplicada no fabrico de qualquer medicamento.
A técnica pioneira faz uso de compostos químicos e enzimas para produzir de forma mais rápida, barata e eficaz vários tipos de medicamentos.
Fármacos produzidos através deste processo já foram testados com sucesso em animais e, se for comprovada a sua eficácia também em humanos, a forma como se fabrica medicamentos actualmente pode ser totalmente alterada

Fonte rcm pharma

Hepatite C: Novo medicamento 6 vezes mais eficaz

Estão a ser testados, no Brasil, dois novos medicamento contra a hepatite C e, para já, os resultados apontam para uma eficácia seis vezes superior no que respeita ao tratamento da doença. Os fármacos devem começar a ser fornecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no segundo trimestre de 2012.
O Instituto de Infectologia Emílio Ribas está a testar os dois medicamentos: a Telaprevir e a Boceprevir. Até agora, segundo notícia o Estadão, os fármacos já foram aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para serem utilizados no Brasil, sendo a sua comercialização nos restantes países ainda uma incógnita.
Os medicamentos apresentam um índice de cura de aproximadamente 75% em pacientes que nunca fizeram tratamento contra a hepatite C, valor que contrasta com os 40% que se conseguiam com os atuais medicamentos (Interferon e Ribavirina).
“A eficácia tem se mostrado até mesmo na redução do tempo de tratamento, diminuindo de um ano para a média de nove a 11 meses”, explicou o médico Roberto Focaccia, responsável pelos estudos, ao Estadão. O especialista indicou mesmo que dos nove pacientes tratados com o Telaprevir, oito ficaram curados.
Entre os pacientes testados, verifica-se que a taxa de cura alcançou valores mais elevados no caso de doentes que já tinham feito o tratamento convencional, mas tinham tido recaídas. De facto, nesses as novas substâncias tiveram um nível de sucesso que chegou aos 88%, valor bastante superior aos 15% obtidos com os anteriores.
O tratamento que só deve ficar disponível no serviço público de saúde em 2012, apresenta atualmente um custo de R$ 9 mil por mês nas clínicas privadas. Estes testes também estão a ser feitos noutros países, sob a supervisão da FDA (Food and Drug Administration), que regula os medicamentos norte-americanos.
A hepatite C é uma doença viral do fígado causada pelo vírus da hepatite C (HCV).

fonte boas noticias

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Anvisa proíbe alimentos e bebidas à base de Aloe vera

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a venda, fabricação e importação de alimentos e bebidas à base de Aloe vera. De acordo com o órgão, não há comprovação da segurança do uso do componente e nem registro para esse fim. A restrição foi publicada hoje no Diário Oficial da União. A Aloe vera é uma planta conhecida popularmente como babosa. É usada principalmente em produtos para o cabelo, mas recentemente também era encontrada em bebidas e alimentos, inclusive com função de emagrecimento. Por se encaixar na categoria de “novos alimentos”, a planta precisa se submeter ao registro da Anvisa para poder ser comercializada com esse fim. De acordo com a resolução, o uso da Aloe vera é regulamentado apenas como aditivo na função de aromatizantes de alimentos e bebidas, o que continua sendo permitido.
 (Agência Brasil)

sábado, 12 de novembro de 2011

Grupo de trabalho vai estudar norma para medicamentos sem receita

A Diretoria Colegiada da Anvisa decidiu, nesta terça-feira (8/11), aprofundar a discussão sobre a norma que atualizaria o regulamento que trata de Medicamentos Isentos de Prescrição. Atualmente, o assunto é descrito na RDC 138/2003, editada há oito anos.
Em lugar de apreciar o texto que substituirá a RDC 138/2003, a Diretoria Colegiada (Dicol) da Anvisa firmou prazo de 90 dias para que um grupo de trabalho responda aos questionamentos do relator do processo, Dirceu Barbano, diretor-presidente da Agência.

A decisão tomada em relação aos Medicamentos Isentos de Prescrição foi o primeiro ponto da pauta de regulação apreciado pela Dicol na reunião pública na tarde desta terça-feira (8/11). Este é o décimo primeiro encontro da Diretoria transmitido em tempo real pela internet e aberto ao público.

A proposta submetida aos diretores da Agência foi apresentada pelo relator Dirceu Barbano. “Antes de deliberarmos, precisamos considerar três pontos: revisar essa proposta, conhecer o impacto da RDC 44 do ano de 2009 e avaliar sugestões de controle sanitário destes medicamentos dispensados de prescrição”.

A norma RDC 44/2009 regulamenta as boas práticas farmacêuticas. Após a publicação desta Resolução, a Anvisa elaborou uma Instrução Normativa de número 10 para orientar o comércio varejista de medicamento a respeito desta regulamentação.

Segundo Barbano, os medicamentos isentos de prescrição representam um terço do mercado e R$ 10 bilhões de faturamento ao ano. O diretor defendeu um aprimoramento do controle sanitário dos produtos.

Relatório Ancham

Antes de os diretores analisarem os pontos sobre regulação, dois representantes da Câmara de Comércio Americana (Amcham) apresentaram um relatório sobre uma avaliação da Anvisa feita pelo empresariado ouvido por pesquisa da instituição.

O relatório apresentado por José Menezes e Rodrigo Correa, da divisão de Relações Governamentais da Amcham, é a sexta edição elaborada sobre a Anvisa, desde que a avaliação das agências reguladoras passou a ser mensurada pela organização, no ano de 2003.

Na apresentação, Rodrigo Correa destacou a avaliação de algumas áreas técnicas da Anvisa, como alimentos, medicamentos, insumos, produtos para a saúde, cosméticos, saneantes e portos e aeroportos.

Correa disse que a pesquisa detectou o descontentamento dos empresários com o tempo que a Anvisa leva até anunciar uma decisão. Ele disse, ainda, que a avaliação negativa da Agência (28%) supera em dez pontos percentuais a percepção positiva (18%).

Alguns diretores questionaram a pesquisa. “Continuo, como no ano passado, questionando a metodologia, que não fica clara para quem lê o relatório”, afirmou o diretor José Agenor. “As inspeções internacionais de alimentos foram bem avaliadas, mas a Anvisa não realiza inspeções internacionais de alimentos”, rebateu a diretora Maria Cecília Martins.

Fitoterápicos
A Diretoria da Anvisa também aprovou a publicação do primeiro Formulário Fitoterápico da Farmacopeia Brasileira. Trata-se de um documento que reúne as formulações de medicamentos fitoterápicos e define os padrões de qualidade para fabricação destes produtos, elaborados a partir de 47 plantas descritas neste compilado.

A iniciativa vai dar parâmetros para que a indústria nacional de fitoterápicos aumente sua produção, além de definir os requisitos de fiscalização para as vigilâncias sanitárias.
Fonte: Anvisa

Medicamento experimental contra a obesidade "mata" a gordura

 

Um novo medicamento experimental levou à redução de 11% do peso corporal de macacos obesos em apenas um mês de tratamento. O remédio, que pode ser a nova promessa para combater a obesidade em humanos, trabalha destruindo selectivamente o suprimento de sangue que chega a um tipo de gordura específica, conhecida como tecido adiposo branco, que tende a acumular-se sob a pele e em torno da barriga, avança o portal ISaúde.
Os resultados mostraram ainda que o índice de massa corporal (IMC) e a circunferência abdominal também foram reduzidos, enquanto todas as três medidas se mantiveram inalteradas em macacos controle sem tratamento.
A maior parte dos medicamentos desenvolvidos contra a obesidade é destinada a suprimir o apetite ou aumentar o metabolismo, mas esses esforços têm sido dificultados pelos efeitos secundários tóxicos que causam.
O novo fármaco, chamado Adipotide®, une-se a uma proteína localizada na superfície dos vasos sanguíneos da gordura, e contém pépticos sincréticos que induzem à morte celular. Quando se inibe a circulação sanguínea, as células adiposas são reabsorvidas e metabolizadas. "O desenvolvimento deste composto para uso humano seria uma forma não-cirúrgica para reduzir realmente a gordura branca acumulada, em contraste com os métodos actuais de perda de peso", afirma a co-autora sénior Renata Pasqualini, da University of Texas MD Anderson Cancer Center, nos EUA.
A pesquisa revelou-se ainda mais promissora em ratos de laboratório, que perderam 30% do peso durante os testes. Segundo os investigadores essa é uma questão importante porque a maioria das drogas contra a obesidade falha na hora de corresponder os efeitos entre roedores e primatas.
Os macacos rhesus do estudo tornaram-se "espontaneamente" obesos, comendo em excesso e parando de praticar actividade física. Os modelos também desenvolveram resistência à insulina.
A perda de peso dos animais foi registada nas primeiras três semanas de tratamento, com um leve aumento na quarta semana. Em média, houve redução de 11% da massa total ao final do período. Macacos tratados com Adipotide® também mostraram melhorias na resistência à insulina. Usando 50% menos insulina após o tratamento, o que sugere que o medicamento também pode reduzir o risco de desenvolver diabetes tipo 2.
Macacos magros não perderam peso num estudo separado para testar os efeitos potenciais da droga em animais não-obesos, indicando que o efeito do fármaco pode ser selectivo para indivíduos obesos.
Os animais no estudo permaneceram normais, interagindo com os tratadores e não demonstrando sinais de náuseas. Para os investigadores, esta é uma descoberta potencialmente importante, uma vez que efeitos colaterais desagradáveis têm limitado o uso de drogas aprovadas que reduzem a absorção de gordura no intestino.
Os principais efeitos secundários foram observados nos rins. "O efeito renal foi dose-dependente, previsível e reversível", afirma a primeira autora Kirstin Barnhart.
A equipa planeira agora um ensaio clínico em que pacientes com cancro da próstata obesos vão receber injecções diárias de Adipotide® durante 28 dias consecutivos. A questão a saber é se o cancro da próstata se torna melhor se o paciente reduzir o peso corporal e os riscos de saúde associados. Alguns tratamentos para o cancro da próstata, como a terapia hormonal, causam aumento de peso, que podem levar à progressão da doença.

Fonte RCM Pharma

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Genéricos geram economia de R$ 22 bilhões aos consumidores

SÃO PAULO – Desde que os genéricos chegaram ao mercado, em 2001, até hoje, os consumidores já economizaram cerca de R$ 22 bilhões substituindo produtos de marcas por estes medicamentos que custam, em média, 50% mais barato que os remédios de referência.
Segundo dados da Pró Genéricos (Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos) divulgados nesta segunda-feira (7), foram comercializadas 154,1 milhões de unidades de genéricos no terceiro trimestre deste ano, o que representa alta de 32% em relação a igual período de 2010.
No acumulado do ano, entre janeiro e setembro, foram comercializadas 418,2 milhões de unidades, um crescimento de 32% frente às 317,2 milhões de unidades vendidas em igual período do ano passado.
De acordo com a entidade, o bom desempenho é reflexo do aumento da renda da população, que favorece o mercado.
ValoresEm relação aos valores, as vendas somaram R$ 2,3 bilhões no terceiro trimestre do ano, contra R$ 1,7 bilhão no mesmo período do ano passado, um crescimento de 40%.
“A população, que teve seu poder de compra ampliado significativamente, vem optando pelo genérico, que é mais barato, tem qualidade é confiável”, afirmou o presidente da Pró Genéricos, Odnir Finotti.
No acumulado do ano, entre janeiro e setembro, as vendas somaram R$ 8 bilhões, um crescimento de 37,3% frente aos R$ 5,7 bilhões registrados no mesmo período de 2010.
Mercado farmacêuticoDe acordo com o IMS Health, com 606 milhões de unidades vendidas, o mercado farmacêutico também apresentou crescimento, de 11%, comparando o terceiro trimestre de 2011 com o mesmo período de 2010, quando foram comercializadas 546,4 milhões de unidades

Fonte  Info Money

Medicamento para interromper gravidez previne recaída em homens alcoólicos

Medicamento para interromper gravidez previne recaída em homens alcoólicos

A mifepristona, um medicamento aprovado pela FDA (entidade que regula os medicamentos nos EUA) para interromper a gravidez precoce, pode ser eficaz na prevenção da recaída induzida pelo stress em alcoólicos do sexo masculino que estão em processo de recuperação. É o que aponta estudo com ratos realizado por investigadores da Ernest Gallo Clinic e do Centro de Pesquisa da University of California, em São Francisco, nos EUA, avança o portal ISaúde.

A mifepristona foi originalmente comercializada sob o nome de RU-486. Ela bloqueia a actividade da progesterona e do cortisol, hormonas que, no cérebro, acredita-se que influenciam a promoção do alcoolismo, bem como na recaída.

"Sabe-se bem que o stress pode levar à recaída nas pessoas que estão a tentar não beber. Até agora, tivemos muito poucas intervenções que demonstraram ter potencial como tratamentos possíveis", disse a autora Selena Bartlett E., directora de desenvolvimento de medicamentos no Gallo Center.

Numa experiência, Bartlett e sua equipa de investigação treinaram um grupo de ratos machos para beber uma solução de álcool ou uma solução de sacarose sob demanda, ao pressionar uma alavanca. Os ratos foram então condicionados a não pressionar a alavanca para buscar a recompensa em vez da bebida - um processo como uma "parecido com a reabilitação nos seres humanos", de acordo com Bartlett.

Após este período de abstinência forçada, os ratos receberam ioimbina, um composto conhecido por induzir o stress e o comportamento de recaída nos roedores.

"Queríamos ver se o ratos stressados pressionariam a alavanca novamente, assim como um alcoólico em recuperação procuraria uma bebida", disse Bartlett.

Alguns dos ratos receberam injecções de mifepristona, antes de ser dada a ioimbina. Estes animais eram significativamente menos propensos a pressionar a alavanca para uma bebida, quando comparados com os ratos que não receberam mifepristona.

De forma a identificar exactamente onde a mifepristona estava a agir no cérebro dos ratos, Bartlett e sua equipa repetiram a experiência - mas, desta vez, antes de administrar a ioimbina, eles infundiram a mifepristona directamente no núcleo central da amígdala, uma estrutura cerebral conhecida por influenciar no stress, na ansiedade e nos transtornos de ansiedade. Essa região do cérebro tem demonstrado ser uma área crítica para o controle das respostas de medo, assim como o centro da experiência emocional individual.

Os investigadores descobriram que as infusões de mifepristona desanimaram o comportamento de pressionar a alavanca dos ratos treinados para beber álcool, mas não nos ratos treinados para beber solução de sacarose.

"Esta foi uma descoberta muito inesperada, mas muito emocionante. Identificar a área do cérebro onde a mifepristona age para evitar a recaída alcoólica abre a possibilidade de criação de novos compostos que são ainda mais específicos na sua acção", disse Bartlett.

Actualmente, Bartlett e sua equipa estão a trabalhar para determinar qual a hormona que a mifepristona bloqueia especificamente para inibir a recaída: o cortisol ou a progesterona. "Estamos a trabalhar para obter financiamento para permitir o teste dessa medicação nos alcoólicos do sexo masculino", disse a cientista.

A mifepristona, um medicamento aprovado pela FDA (entidade que regula os medicamentos nos EUA) para interromper a gravidez precoce, pode ser eficaz na prevenção da recaída induzida pelo stress em alcoólicos do sexo masculino que estão em processo de recuperação. É o que aponta estudo com ratos realizado por investigadores da Ernest Gallo Clinic e do Centro de Pesquisa da University of California, em São Francisco, nos EUA, avança o portal ISaúde.

A mifepristona foi originalmente comercializada sob o nome de RU-486. Ela bloqueia a actividade da progesterona e do cortisol, hormonas que, no cérebro, acredita-se que influenciam a promoção do alcoolismo, bem como na recaída.

"Sabe-se bem que o stress pode levar à recaída nas pessoas que estão a tentar não beber. Até agora, tivemos muito poucas intervenções que demonstraram ter potencial como tratamentos possíveis", disse a autora Selena Bartlett E., directora de desenvolvimento de medicamentos no Gallo Center.

Numa experiência, Bartlett e sua equipa de investigação treinaram um grupo de ratos machos para beber uma solução de álcool ou uma solução de sacarose sob demanda, ao pressionar uma alavanca. Os ratos foram então condicionados a não pressionar a alavanca para buscar a recompensa em vez da bebida - um processo como uma "parecido com a reabilitação nos seres humanos", de acordo com Bartlett.

Após este período de abstinência forçada, os ratos receberam ioimbina, um composto conhecido por induzir o stress e o comportamento de recaída nos roedores.

"Queríamos ver se o ratos stressados pressionariam a alavanca novamente, assim como um alcoólico em recuperação procuraria uma bebida", disse Bartlett.

Alguns dos ratos receberam injecções de mifepristona, antes de ser dada a ioimbina. Estes animais eram significativamente menos propensos a pressionar a alavanca para uma bebida, quando comparados com os ratos que não receberam mifepristona.

De forma a identificar exactamente onde a mifepristona estava a agir no cérebro dos ratos, Bartlett e sua equipa repetiram a experiência - mas, desta vez, antes de administrar a ioimbina, eles infundiram a mifepristona directamente no núcleo central da amígdala, uma estrutura cerebral conhecida por influenciar no stress, na ansiedade e nos transtornos de ansiedade. Essa região do cérebro tem demonstrado ser uma área crítica para o controle das respostas de medo, assim como o centro da experiência emocional individual.

Os investigadores descobriram que as infusões de mifepristona desanimaram o comportamento de pressionar a alavanca dos ratos treinados para beber álcool, mas não nos ratos treinados para beber solução de sacarose.

"Esta foi uma descoberta muito inesperada, mas muito emocionante. Identificar a área do cérebro onde a mifepristona age para evitar a recaída alcoólica abre a possibilidade de criação de novos compostos que são ainda mais específicos na sua acção", disse Bartlett.

Actualmente, Bartlett e sua equipa estão a trabalhar para determinar qual a hormona que a mifepristona bloqueia especificamente para inibir a recaída: o cortisol ou a progesterona. "Estamos a trabalhar para obter financiamento para permitir o teste dessa medicação nos alcoólicos do sexo masculino", disse a cientista.

Brasil aprova novos remédios antivirais para tratar hepatite

A entrada no Brasil de duas novas drogas contra a hepatite C –doença sem vacina e cujos tratamentos atuais são de baixo sucesso– pode representar uma mudança na vida das 3 milhões de pessoas infectadas no país.

Já usados na Europa e nos EUA, o telaprevir e o boceprevir foram aprovados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O telaprevir, mais recente, recebeu o aval da agência neste mês, e o boceprevir, em julho.
A expectativa é que as drogas estejam disponíveis na rede pública em 2012.
A terapia usada hoje, a combinação das substâncias interferon e ribavirina, alcança uma média de cura de 50%. Entre os contaminados com o genótipo 1 do vírus, o mais presente no Brasil e também mais resistente, a expectativa de cura cai para 40%.
Os novos medicamentos são chamados de inibidores de protease. Eles impedem a replicação do vírus.
FIM DA RECAÍDA
Com as drogas, a taxa de cura sobe para 75% em pacientes não tratados e 88% nos que tiveram recaídas após a terapia tradicional.
O empresário Dante Caddeo, 57, faz parte do grupo de beneficiados. Desde 1998, quando recebeu o diagnóstico de hepatite C, enfrentou vários ciclos de tratamento. A infecção sempre voltava.
As recaídas só pararam depois que ele participou de uma pesquisa sobre o novo tratamento, feito pelo Instituto de Infectologia Emílio Ribas em parceria com a FDA (agência americana que regula medicamentos).
“Levo uma vida normal. Estou curado”, diz o empresário. Embora Caddeo afirme que quase não sentiu efeitos colaterais durante o tratamento, que durou um ano, seu caso é uma exceção.
A dona de casa Josefa Pereira da Silva, 61, que também participou do estudo, conta que sofreu muitos inconvenientes. “Sentia muitas dores. Em alguns dias, não dava para levantar da cama.”
COQUETEL
O medicamento usado na pesquisa, o telaprevir, é ministrado em conjunto com a terapia convencional (interferon e ribavirina).
A literatura médica mostra que essa dupla causa centenas de efeitos colaterais, como febre, dor de cabeça, depressão, tosse, cansaço, convulsão e irritabilidade.
“A adição de um novo medicamento traz mais efeitos colaterais, mas eles são contornáveis. Não se deve achar que a cura é pior do que a doença”, diz Roberto Focaccia, infectologista responsável pelo estudo no Emílio Ribas.
Segundo ele, estamos diante de uma “revolução” no tratamento da hepatite C. “Daqui a dez anos, já teremos 100% de cura.”
Para o presidente da Sociedade Brasileira de Hepatologia, Raymundo Paraná, a situação está longe do ideal.
“Não estamos diante de uma revolução, pois ainda não poderemos prescindir do interferon e da ribavirina com seus efeitos adversos.”
Um terceiro remédio tem tido resultados promissores. Aprovado nos EUA, o alispolivir tem uma vantagem importante sobre as drogas que vão entrar no mercado brasileiro: funciona contra o três principais genótipos do vírus da hepatite C, não só contra o tipo 1. O remédio aguarda liberação da Anvisa para ser testado no Brasil.

Fonte  folha

SP testa novo remédio para hepatite em parceria com Estados Unidos

Nesta segunda-feira (7), o Instituto de Infectologia Emílio Ribas, de São Paulo, começou a testar novos medicamentos para o tratamento da hepatite C. As novas drogas serão avaliadas ajunto a um órgão dos Estados Unidos, responsável por realizar o controle de remédios e alimentos, o FDA.
Este novo tipo de tratamento consegue ter sucesso de 50% na cura dos pacientes com a hepatite tipo C do genótipo 1. A droga anterior conseguia resultados de no máximo 40% de curo nos pacientes.
No começo deste mês, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso das drogas Boceprevir e Telaprevir, que já são utilizadas em larga escadas na Europa e nos Estados Unidos. os especialistas acreditam que os novos medicamentos devem revolucionar o tratamento, especialmente no Sistema Único de Saúde. A revisão é que estes medicamentos estejam disponíveis para uso no segundo semestre de 2012.
Em testes realizados pela FDA, as duas novas drogas conseguem apresentar a taxa de cura de 75% nos pacientes que ainda não foram tratados contra a hepatite C e de 88% naqueles que já passaram por algum tipo de tratamento anterior. No hospital paulista, os medicamentos serão utilizados junto há outros das drogas utilizadas no tratamento tradicional. Em teste realizado pelo Emílio Ribas, de 9 pacientes que foram tratados com os novos remédios, oito, conseguiram a cura total.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Brasil aprova novos remédios antivirais para tratar hepatite

A entrada no Brasil de duas novas drogas contra a hepatite C --doença sem vacina e cujos tratamentos atuais são de baixo sucesso-- pode representar uma mudança na vida das 3 milhões de pessoas infectadas no país.
Já usados na Europa e nos EUA, o telaprevir e o boceprevir foram aprovados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O telaprevir, mais recente, recebeu o aval da agência neste mês, e o boceprevir, em julho.
A expectativa é que as drogas estejam disponíveis na rede pública em 2012.
A terapia usada hoje, a combinação das substâncias interferon e ribavirina, alcança uma média de cura de 50%. Entre os contaminados com o genótipo 1 do vírus, o mais presente no Brasil e também mais resistente, a expectativa de cura cai para 40%.
Os novos medicamentos são chamados de inibidores de protease. Eles impedem a replicação do vírus.

FIM DA RECAÍDA
Com as drogas, a taxa de cura sobe para 75% em pacientes não tratados e 88% nos que tiveram recaídas após a terapia tradicional.
O empresário Dante Caddeo, 57, faz parte do grupo de beneficiados. Desde 1998, quando recebeu o diagnóstico de hepatite C, enfrentou vários ciclos de tratamento. A infecção sempre voltava.
As recaídas só pararam depois que ele participou de uma pesquisa sobre o novo tratamento, feito pelo Instituto de Infectologia Emílio Ribas em parceria com a FDA (agência americana que regula medicamentos).
"Levo uma vida normal. Estou curado", diz o empresário. Embora Caddeo afirme que quase não sentiu efeitos colaterais durante o tratamento, que durou um ano, seu caso é uma exceção.
A dona de casa Josefa Pereira da Silva, 61, que também participou do estudo, conta que sofreu muitos inconvenientes. "Sentia muitas dores. Em alguns dias, não dava para levantar da cama."

COQUETEL
O medicamento usado na pesquisa, o telaprevir, é ministrado em conjunto com a terapia convencional (interferon e ribavirina).
A literatura médica mostra que essa dupla causa centenas de efeitos colaterais, como febre, dor de cabeça, depressão, tosse, cansaço, convulsão e irritabilidade.
"A adição de um novo medicamento traz mais efeitos colaterais, mas eles são contornáveis. Não se deve achar que a cura é pior do que a doença", diz Roberto Focaccia, infectologista responsável pelo estudo no Emílio Ribas.
Segundo ele, estamos diante de uma "revolução" no tratamento da hepatite C. "Daqui a dez anos, já teremos 100% de cura."
Para o presidente da Sociedade Brasileira de Hepatologia, Raymundo Paraná, a situação está longe do ideal.
"Não estamos diante de uma revolução, pois ainda não poderemos prescindir do interferon e da ribavirina com seus efeitos adversos."
Um terceiro remédio tem tido resultados promissores. Aprovado nos EUA, o alispolivir tem uma vantagem importante sobre as drogas que vão entrar no mercado brasileiro: funciona contra o três principais genótipos do vírus da hepatite C, não só contra o tipo 1. O remédio aguarda liberação da Anvisa para ser testado no Brasil.


Fo0nte Tribuna da Bahia

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Bahiafarma: mais cinco municípios baianos com unidades da Farmácia Popular do Brasil

Até abril do próximo ano, mais cinco municípios baianos deverão contar com unidades da rede própria da Farmácia Popular do Brasil. As novas unidades, que serão gerenciadas pela Bahiafarma, serão abertas em Monte Santo, Serrinha, Seabra, Barra e Conceição do Coité.
O Programa Farmácia Popular do Brasil tem como objetivo a ampliação do acesso da população aos medicamentos básicos e essenciais, com a diminuição dos custos. O programa não tem fins lucrativos e os medicamentos podem chegar ao consumidor com preços até 90% menores que nas farmácias convencionais.
O anuncio foi feito pelo secretário da Saúde do Estado, Jorge Solla, em um encontro com prefeitos das cidades que receberão os estabelecimentos.
Além de Jorge Solla, participaram do encontro com os representantes municipais a diretora geral da Bahiafarma, Julieta Palmeira, e o superintendente de Assistência Farmacêutica, Ciência e Tecnologia em Saúde, Alfredo Boa Sorte.
O Programa Farmácia Popular do Brasil tem como objetivo primordial a ampliação do acesso da população aos medicamentos básicos e essenciais, diminuindo seus custos e, conseqüentemente, seu impacto sobre o orçamento familiar. Os medicamentos podem chegar a ter um preço 90% menor que as farmácias convencionais. O Programa não tem fins lucrativos, servindo basicamente como ferramenta de inclusão social, ao passo que assegura à população, fácil e eficiente acesso a medicamentos de baixo custo.


Fonte: Secretaria da Saúde do Estado da Bahia

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Anvisa faz alerta sobre risco de pílula anticoncecpional

 A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou nesta segunda-feira (31) um alerta sobre os possíveis efeitos colaterais das pílulas anticoncepcionais combinadas (COCs), sendo as mais conhecidas no mercado a Yaz e a Yasmin.  A medida foi tomada após um novo estudo internacional reforçar que os anticoncepcionais que contêm o hormônio drospirenona aumentam em até três vezes o risco de trombose venosa entre as usuárias. Em nota, a fabricante destes medicamentos, o laboratório Bayer, informou que tem conhecimento da nova pesquisa, mas que ainda analisa os resultados para comentá-los. A Bayer afirmou também que 'os resultados de estudos de segurança realizados pós-comercialização de até 10 anos dão suporte à conclusão da Bayer de que os produtos são seguros e eficazes quando utilizados conforme indicação médica.' Estas pílulas ganharam popularidade por provocarem menos reações adversas - comuns nos anticoncepcionais, como inchaço, ganho de peso, dores de cabeça e também diminuição da libido -, benefícios agregados justamente por serem produzidas com doses diferenciadas de hormônios que agora, tudo indica, mostram-se como responsáveis pelo o aumento da incidência dos coágulos.O novo ensaio científico - que levou a Anvisa a emitir o alerta - foi publicado semana passada no periódico científico Britsh Medical Journal, uma das revistas médicas mais respeitadas no meio acadêmico. Nele, pesquisadores dinamarqueses revisaram os dados de todas as mulheres da Dinamarca que não ficaram grávidas no período entre 2001 e 2009. Foi constatado o registro de 4.200 casos de trombose venosa. Na comparação entre usuárias de pílula tipo COC e usuárias de pílulas só com progesterona, o risco do problema que resulta em trombose foi duas vezes maior. Quando foram comparadas a mulheres que não usavam nenhum medicamento contraceptivo, a incidência nas usuárias das pílulas do tipo COC foi três vezes maior.No mês passado, a FDA (Food and Drug Administration), agência norte-americana responsável por regular o mercado de alimentos e medicamentos nos EUA, já havia emitido um comunicado de advertência sobre estes efeitos colaterais no sistema venoso feminino. A Anvisa agora segue a mesma linha e avalia que mesmo sem novos achados contundentes para a proibição do medicamento, vai reforçar aos médicos que fiquem atentos aos possíveis casos de trombose entre as usuárias. Na nota técnica, a agência brasileira orienta que os profissionais notifiquem qualquer efeito colateral apresentado por suas pacientes, mesmo que eles já estejam previstos na bula.Benefícios e malefícios O presidente da Comissão de Contracepção da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), Rogério Bonassi, ponderou que os novos resultados dinamarqueses ainda não são definitivos e que não há motivo para pânico ou alarde. 'A trombose, mesmo entre usuárias de pílulas Yaz e Yasmin, é um evento muito raro', afirma.'Entre usuárias de anticoncepcionais comuns, o risco de trombose é de cinco casos para cada 100 mil mulheres. A incidência, portanto, aumenta para 10 casos em 100 mil entre as consumidores de COCs, uma incidência ainda muito pequena', avalia. 'Isso sem contar que a gravidez é um fator de risco muito maior para este problema venoso. Entre as grávidas a incidência é de 60 casos em cada 100 mil.' Ainda de acordo com Bonassi, os benefícios destas pílulas são muitos, em especial na redução de sensações desagradáveis para as pacientes. Ele afirmou também que a trombose tem causa genética e não é muito influenciada por hábitos de vida (exceto obesidade). Por isso, defente o especialista, todos os métodos contraceptivos precisam ser discutidos entre o médico e paciente antes de iniciar o uso. fonte: Midia News

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Preço de genérico varia até 951% em farmácias do País

Pesquisar dentro do bairro onde mora já garante gasto menor com os medicamentos
 Os preços dos remédios mais vendidos nas farmácias têm variado mais que a saúde de seus próprios doentes. Uma pesquisa do Procon-SP mostrou que o preço dos medicamentos pode variar em torno de 951%, a exemplo do anti-inflamatório Diclofenaco Sódico (50 mg). No Rio, o popular Paracetamol (750 mg) tem variação de 271%. Diante dos disparates, pesquisar preços e exigir descontos são os caminhos da economia.

Nas farmácias cariocas, conforme O DIA constatou em quatro grandes redes de varejo, os dez remédios genéricos mais vendidos sofrem variações grandes de preço.

Um dos campeões para tratar dores no estômago, o Omeprazol (20 mg), é vendido de R$ 12,90 a R$ 39. A variação fica em 200%. Outro medicamento que tem preço instável é o regulador de pressão Captopril (25 mg), com variação de 174%, ficando nas prateleiras entre R$ 5,95 a R$ 16,30. O Paracetamol é encontrado de R$7,40 a R$ 1,99, uma variação de 271%.

Em São Paulo, o genérico com a maior diferença de preço foi o Diclofenaco Sódico (50 mg) encontrado em um estabelecimento por R$ 9,36, em outro, por R$ 0,89, uma diferença de R$ 8,47 entre os dois locais na cidade.

Para o coordenador da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos), Luciano Lobo, o método de procura é uma dica valiosa: “Tem que gastar sola de sapato mesmo. Hoje há uma farmácia ao lado da outra praticamente. Dá para fazer pesquisa do bairro onde mora e conseguir preços mais em conta”, aconselha.

A peregrinação por preço mais baixo

A aposentada Patrícia Bárbara Xavier, de 65 anos, achou uma solução prática. Moradora de Copacabana, ela recorre à caminhada para conseguir bons preços: “A gente tem que andar mesmo. Aproveito que aqui é tudo pertinho e vou pesquisando”, diz, ressaltando o gasto de R$ 300 por mês com medicação para pressão.
Arte: O Dia
Arte: O Dia
De outro lado, o aposentado Ivan Carneiro Peixoto, de 78 anos, aposta na sorte: “Conheço farmácias que vendem sempre mais barato e procuro sempre elas. Acho importante a procura, mas gosto de algumas farmácias”, diz.

Dicas

INTERNET À FAVOR
Em geral, os consumidores possuem uma ferramenta útil na busca por preços de genéricos mais em conta. Aqueles que recorrem ao meio digital descobrem com mais facilidade preços mais baratos na própria cidade ou estado.

LISTA EM MÃOS
Para economizar é preciso se programar. Além disso, os especialistas garantem que saem na frente aqueles que se organizam para percorrer as principais farmácias do bairro perguntando pelos preços.

PREÇO CAMARADA
Clientes antigos de algumas farmácias costumam receber descontos polpudos na hora da compra. Vale a amizade!

De lupa

ECONOMIA —A variação de preço pode ser uma arma do consumidor na hora da compra. Pesquisando o valor dos medicamentos em farmácias diferentes as boas surpresas surgem.

PREGUIÇA — Quem desiste da peregrinação pelas farmácias acaba engolindo o primeiro preço que encontrar. Lidar com a sorte é perigoso e os primeiros valores podem ser os mais altos.

O DIA
Fonte

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Estudo descarta vínculo entre remédios para déficit de atenção e ataque cardíaco

Reduzir Normal Aumentar Imprimir WASHINGTON, 1 Nov 2011 (AFP) -Um amplo estudo realizado com mais de um milhão de crianças e jovens adultos demonstrou não haver um risco maior de ataque cardíaco entre as pessoas que tomam medicamentos para o transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (ADHD). "Este amplo estudo demonstrou não haver evidências de que o uso corrente de um medicamento ADHD esteja associado a um risco ampliado de eventos cardiovasculares sérios", destacaram os autores do estudo, publicado na edição desta terça-feira do New England Journal of Medicine.
Segundo especialistas, a pesquisa deverá pôr um fim às preocupações levantadas alguns anos atrás nos Estados Unidos e no Canadá sobre os potenciais riscos cardíacos de se dar aos jovens medicamentos estimulantes como a ritalina.
Um total de 1,2 milhão de pessoas com idades entre 2 e 24 anos participaram da pesquisa, conduzida por William Cooper, dos departamentos de pediatria e medicina preventiva da Universidade Vanderbilt, em Nashville, Tennessee.
A análise incluiu crianças com problemas cardíacos congênitos, um grupo supostamente com um risco maior de sofrer ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral.
Os cientistas não conseguiram descobrir a existência de qualquer risco maior em comparação com crianças que não fazem uso destes medicamentos.
Segundo Andrew Adesman, chefe de pediatria comportamental e desenvolvimental do Centro Médico do Hospital Infantil Steven & Alexandra Cohen, em Nova York, os dados "são em geral bastante tranquilizadores" e alinhados com estudos anteriores e menores.
"Este novo estudo novamente não encontrou associação entre tratamento com medicamento estimulante e morte súbita cardíaca, infarto do miocárdio ou derrame", disse Adesman, que não participou do estudo.
As descobertas, segundo ele, devem dar "mais tranquilidade a famílias e clínicos", acrescentou.