sábado, 25 de agosto de 2012

Greve na Anvisa afeta abastecimento de medicamentos na Bahia


A greve nacional dos servidores federais da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afetou o fornecimento de medicamentos para a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab). Os servidores da Anvisa entraram em greve no dia 16 de julho, no entanto, 70% deles voltaram ao trabalho no dia 10 de agosto, após determinação da Justiça Federal.
De acordo com informações da Sesab, os medicamentos que foram atingidos por transtornos no abastecimento foram o Brometo de Tiotrópio, o Salmeterol + Fluticasona e Formoterol + Budesonida. Todos são bronco-dilatadores. Segundo a Secretaria, até a próxima semana o Brometo de Tiotrópio já deve voltar a ser distribuído nas unidades de saúde do estado.
Em setembro, o Salmeterol + Fluticasona e o Formoterol + Budesonida devem estar disponíveis. Anteontem, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou, em entrevista coletiva do Hospital Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), no Rio de Janeiro, que a greve da categoria não estava afetando o abastecimento dos hospitais.
“Dos casos apresentados de ontem para hoje (de falta de medicamentos ou insumos), nenhum tem qualquer tipo de relação com retenção de cargas pela Anvisa”, disse Padilha. Segundo o ministro, a agência continuará fazendo monitoramento diário junto ao setor privado.
“Quando este informar qualquer situação que possa existir, a Anvisa estabeleceu um fluxo prioritário, com remanejamento de servidores e envio do procedimento para Brasília, se necessário, para que não exista interrupção no abastecimento de medicamentos e insumos essenciais na área da saúde pública”, explicou.
Com a greve na Anvisa, ficam prejudicados serviços como registro de medicamentos, inspeção de fabricantes e controle de qualidade

Descoberta de nova 'forma farmacêutica' pode substituir pílulas e medicamentos injetáveis



Filme polímero natural é o único que adequa-se às variações de calor e deve ser usado em pessoas com paralisia facial e dificuldade de deglutição; animais também serão beneficiados com a descoberta.
Pesquisadores da Universidade da Federal de Pernambuco desenvolveram um novo método biotecnológico de dissolução de medicamentos e alimentos que promete revolucionar os setores de fármacos e nutrição no Brasil. O projeto multidisciplinar, criado pelo pesquisador médico de Bioengenharia Ricardo Yara foi coordenado pela professora Cláudia Sampaio, do Comitê Técnico de Plantas Medicinais e Fitoterápicos da UFPE, e conta com uma equipe formada pelos pesquisadores Beate Saegesser Santos e Júlio César Bezerra Pereira.
A lâmina de textura plástica, que se parece muito com finos filetes de balas mentoladas, geralmente encontradas em diversos comércios, é uma espécie de filme polímero natural, hidrossolúvel às variações variações de temperaturas. O novo produto é inovador por ser obtido por meio de fontes 100% naturais, e por facilitar a administração de medicamentos para quem tem a deglutição comprometida – pessoas que apresentem paralisia facial e patologias neurodegenerativas. O uso do medicamento é comprovadamente eficaz até no uso veterinário, beneficiando a saúde animal com a descoberta.
“Na modificação laboratorial, houve o cuidado de preservação destas características e utilizou-se no processo, apenas materiais comuns, utilizados na indústria alimentícia. Por estes motivos, podemos inferir que o filme é atóxico, não provocando danos à saúde humana ou animal”, afirma a professora Cláudia Sampaio de Andrade Lima, coordenadora do grupo de pesquisa em Biotecnologia de Produtos Naturais.
Aplicação em fármacos e alimentos -A indústria farmacêutica e cosmética terá o produto natural como forte aliado para transferência de princípios ativos para humanos e animais. Anticépticos e refrescantes bucais, anti-hipertensivos, hipoglicemiantes e outros tantos medicamentos e cosméticos hidrossolúveis são alguns dos exemplos. Já, em alimentos os chás, sucos, temperos, sopas instantâneas, vitaminas ou qualquer outro tipo de alimento – solúvel em água ou em mucosas – poderão utilizar o novo produto dissolúvel.
Hoje temos 250 empresas de pesquisa no país. Algumas estão pautadas na Biotecnologia e são bem vistas como as principais apostas da indústria farmacêutica no Brasil, nos próximos anos. Prova disso está na criação da "superfarmacêutica" Orygem Biotecnologia, ocorrida em maio deste ano. A força resulta da união dos laboratórios Biolab, Cristália, Eurofarma e Libbs.
De acordo com Marcus Vinicius Andrade, diretor executivo do ICTQ – Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade – especializado em formar farmacêuticos para o setor industrial com cursos de pós graduação e MBAs, “o setor está à procura de pesquisas importantes, como esta, que devem sair da escala laboratorial para a escala industrial. E é nosso dever fomentar a inovação biotecnológica na indústria farmacêutica, preparando e qualificando profissionais que estarão à frente das estratégias e da linha de produção destes produtos", garante o executivo sobre o impacto do filme polímero natural no setor farmacêutico.
Mudanças benéficas na cadeia produtiva -O produto natural poderá beneficiar a população brasileira e todos os segmentos da cadeia produtiva, desde a base. A ideia original é de garantir às comunidades caiçaras que produziriam a matéria prima, de forma sustentável, passando pela indústria de medicamentos – esta teria à disposição uma forma farmacêutica economicamente viável. Enquanto isso, as indústrias de alimentos poderiam fornecer nutrição com baixa caloria – tendo como outro importante benefício a facilidade e praticidade de transportar os produtos, que poderão ser transformados no filme polímero.
“Finalmente os consumidores teriam à sua disposição novas famílias de produtos. Além disso, todas estas vantagens podem ser relacionadas ao uso veterinário”, finaliza a pesquisadora da UFPE.

Ministro nega falta de medicamentos devido à greve na Anvisa





O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, negou nesta quinta-feira que faltem medicamentos ou insumos médicos por causa da greve dos funcionários da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ele atribuiu eventuais atrasos na entrega dos produtos a outros problemas na relação entre fornecedores, indústria e unidades de saúde.
"Dos casos apresentados de ontem para hoje (de falta de medicamentos ou insumos), nenhum tem qualquer tipo de relação com retenção de cargas pela Anvisa. A agência vai continuar a fazer um monitoramento diário com o setor privado e quando este informar qualquer situação (de problema) que possa existir, a Anvisa estabeleceu um fluxo prioritário, com remanejamento de servidores e envio do procedimento para Brasília, se necessário, para que não exista interrupção no abastecimento de medicamentos e insumos essenciais na área da saúde pública", disse o ministro, durante coletiva realizada no prédio do Hospital Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), no Rio.
Padilha citou casos noticiados nos últimos dias e destacou que nenhum deles tem relação com problemas de liberação pela Anvisa. Segundo o ministro, a falta do medicamento oncológico Xeloda no Hospital A. C. Camargo, em São Paulo, está relacionada com a diminuição dos estoques mundiais do produto, por conta da redução da oferta de um de seus componentes.
A falta de kit de diagnóstico para o banco de sangue do município de Jataí (GO), segundo Padilha, foi devido ao processo licitatório da Secretaria de Saúde de Goiás. Já a ausência do medicamento Azukon 30 mg no município de Limeira (SP) ocorreu por falha do fornecedor contratado e pelo atraso no pedido de licença de importação.
No caso do Hospital Federal do Andaraí, no Rio de Janeiro, o ministro disse que a falta de dois medicamentos - Poliximina B e Docetaxel - também deveu-se a problemas burocráticos e de mudança no procedimento de compra, o que gerou atraso na entrega.
Padilha fez um apelo aos entes do setor de Saúde para que informem imediatamente à Anvisa sobre problemas no fornecimento de remédios e insumos, para que se esclareçam as situações e sejam tomadas providências. "Qualquer caso concreto que possa estar sendo utilizado como pretexto de que haja retenção de cargas pela Anvisa, é muito importante que seja informado à agência, para que ela esclareça a situação e determine a resolução do problema". O número da Anvisa para informações e reclamações é 0800 642 9782.
O movimento grevista
Iniciados em julho, os protestos e as paralisações de servidores de órgãos públicos federais aumentaram no mês de agosto. Pelo menos 25 categorias estão em greve, tendo o aumento salarial como uma das principais reinvindicações. De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), o movimento atinge 28 órgãos, com 370 mil servidores sem trabalhar. O número, no entanto, é contestado pelo governo.
Estão em greve servidores da Polícia Federal, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Arquivo Nacional, da Receita Federal, dos ministérios da Saúde, do Planejamento, do Meio Ambiente e da Justiça, entre outros. O Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação (Sinagências) informou que dez agências reguladoras aderiram ao movimento.
O Ministério do Planejamento declarou que está analisando qual o "espaço orçamentário" para negociar com as categorias. O governo tem até o dia 31 de agosto para enviar o projeto de lei orçamentária ao Congresso Nacional. O texto deve conter a previsão de gastos para 2013.
No dia 25 de julho, a presidente Dilma Rousseff assinou decreto para permitir a continuidade dos serviços em áreas consideradas delicadas. O texto prevê que ministros que comandam setores em greve possam diminuir a burocracia para dar agilidade a alguns processos, além de fechar parcerias com Estados e municípios para substituir os funcionários parados.

domingo, 19 de agosto de 2012

Projeto reforça ação da Polícia Federal no combate à falsificação de remédios


BRASÍLIA (Agência Senado) - A lista de crimes de repercussão interestadual e internacional passíveis de investigação pela Polícia Federal (PF) pode ser ampliada para incluir a falsificação de medicamentos e a venda desses produtos, inclusive pela internet. A medida está prevista no PLS 368/2011, que está pronto para votação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

O autor do projeto, senador Humberto Costa (PT-PE), explica que a PF enfrenta dificuldade para investigar a falsificação de remédios, com sua posterior comercialização, por não haver previsão legal para ação do órgão no combate a esses delitos, dentro de sua esfera de competência.

Para acabar com essa dificuldade, o senador quer incluir na Lei 10.446/2002, como atribuições da PF, a investigação da prática de “falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais, e a venda, inclusive pela internet, o depósito ou a distribuição do produto falsificado, corrompido, adulterado ou alterado”.

O relator, senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), observa que a globalização de mercados e os acordos de livre comércio entre países têm resultando no aumento da oferta de produtos falsificados.

Ele ressalta que a falsificação de medicamentos representa uma ameaça à saúde da população, pois os produtos, “mesmo que contenham o princípio ativo correto (algumas vezes, em subdoses), podem também conter substâncias potencialmente fatais e que podem colocar em perigo a vida das pessoas”.

Em seu voto favorável, Inácio Arruda lembra que a Polícia Federal está capacitada para investigar esses crimes, especialmente pelos serviços de alfândega e fiscalização que já realiza. Para o senador, o órgão poderá identificar as fontes das falsificações e frear a distribuição dos remédios adulterados, mesmo quando isso é feito internet.
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Polícia Federal, falsificação de remédios

Farmácias não cumprem lei que obriga plantão do farmacêutico


Na Bahia, 58,8% de 618 unidades não respeitam a norma

De acordo com a Lei 5.991 de 1973 (Art. 15, § 1º), toda farmácia e drogaria é obrigada a ter um farmacêutico de plantão durtante todo o período de funcionamento do estabelecimento. Entretanto, vistorias realizadas pelo Conselho Regional de Farmácia (CRF), apontam que das 618 visitas realizadas de janeiro a junho deste ano em Salvador, em 58,8% das unidades os profissionais não foram encontrados.
“O farmacêutico deve estar acessível à população para os atendimentos. Alguns remédios têm o nome parecido, então a possibilidade de erro existe”, informa a presidente do Sindicato dos Farmacêuticos do Estado da Bahia, Eliane Simões.
De acordo com registros do CRF, em 2011, a porcentagem de profissionais ausentes chegou a 60,6% e, em 2010, quantidade chegou a 68,7%.
"O farmacêutico é o responsável por qualquer irregularidade. Também é papel dele acondicionar os produtos dentro das determinações legais, controlar o estoque. Na venda, tem que registrar o fornecedor, o comprador, o médico e o usuário", explica o presidente do CRF, Altamiro José Santos.
Fonte: A Tarde
De acordo com a Lei 5.991 de 1973 (Art. 15, § 1º), toda farmácia e drogaria é obrigada a ter um farmacêutico de plantão durtante todo o período de funcionamento do estabelecimento. Entretanto, vistorias realizadas pelo Conselho Regional de Farmácia (CRF), apontam que das 618 visitas realizadas de janeiro a junho deste ano em Salvador, em 58,8% das unidades os profissionais não foram encontrados. 
“O farmacêutico deve estar acessível à população para os atendimentos. Alguns remédios têm o nome parecido, então a possibilidade de erro existe”, informa a presidente do Sindicato dos Farmacêuticos do Estado da Bahia, Eliane Simões.
De acordo com registros do CRF, em 2011, a porcentagem de profissionais ausentes chegou a 60,6% e, em 2010, quantidade chegou a 68,7%.
"O farmacêutico é o responsável por qualquer irregularidade. Também é papel dele acondicionar os produtos dentro das determinações legais, controlar o estoque. Na venda, tem que registrar o fornecedor, o comprador, o médico e o usuário", explica o presidente do CRF, Altamiro José Santos.

Foto: Shutterstock / Fonte: A Tarde 

sábado, 18 de agosto de 2012

Pesquisa comprova que medicamento diminui risco de mãe transmitir HIV para o bebê


RIO DE JANEIRO – Após dez anos de pesquisa, um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com a Universidade da Califórnia (Ucla) –  feito na África do Sul, Argentina, nos Estados Unidos e no Brasil – aponta que a combinação de dois ou três antirretrovirais diminui o risco de mães portadoras do vírus HIV contaminarem seus bebês recém-nascidos.
O protocolo, até então adotado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para evitar a chamda transmissão vertical, quando o vírus vai da mãe para o bebê durante a gestação, era iniciar o tratamento do recém-nascido com o antirretroviral AZT em até 48 horas depois do parto. Essa medida reduz o risco de contaminação da criança para 5%.
Uma das coordenadoras gerais da pesquisa, a médica infectologista Valdiléa Veloso, diretora do Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (Ipec/Fiocruz), explica que participaram do estudo mulheres que não sabiam da condição de soropositivas durante a gestação e descobriram a doença pouco antes do parto. Portanto, não foram tratadas com o AZT durante a gravidez.
“Para essas crianças cujas mães são diagnosticadas muito tardiamente, dando uma combinação de medicamentos, em parte, compensa-se o tratamento da mãe que não foi feito. Assim, se consegue proteger melhor essas crianças”, explicou Valdiléa Veloso.
A pesquisa foi feita com 1.684 crianças, separadas em três grupos. O primeiro foi tratado apenas com o AZT. O segundo grupo recebeu AZT e nevirapina. E o terceiro grupo recebeu AZT, nelfinavir e lamivudina. Em todos os casos, a primeira dose foi ministrada nas primeiras 48 horas de vida da criança e o tratamento durou seis semanas.
O resultado mostrou que 140 bebês foram contaminados antes do tratamento, sendo 97 durante a gestação e 43 no parto. Três meses depois do tratamento, 4,8% dos bebês que tomaram apenas AZT tinham sido contaminados. Entre os que receberam dois medicamentos, o índice caiu para 2,2% e, entre os que tomaram a combinação de três antirretrovirais, a taxa de contaminação ficou em 2,8%, sendo essa terapia a mais tóxica.
A pesquisadora lembra que filhos de mães soropositivas tratadas durante a gestação já apresentam menos de 1% de chance de serem contaminados. Sem o tratamento, o risco chega a 25% e sobe para 40% no caso da mãe amamentar a criança.
Valdiléa Veloso lembra que o protocolo de prevenção e tratamento da aids no Brasil existe desde 1994, mas nem sempre é seguido. “Infelizmente, nem todas fazem o pré-natal, nem todas que fazem o pré-natal fazem o teste, nem todas que fazem o teste recebem o resultado a tempo de serem medicadas, nem todas que são indicadas para o tratamento dão continuidade ao tratamento durante o pré-natal. Então, a gente vai perdendo um pouquinho em cada etapa. E o mais grave é que, infelizmente, em uma parte das mulheres, ainda, o diagnóstico é feito ali, na hora que ela chega na maternidade já em trabalho de parto”.
A pesquisa foi publicada na revista científica The New England Journal of Medicine, em junho. De acordo com a médica, os padrões de tratamento no mundo já mudaram com base nesses resultados, sendo recomendados oficialmente pela OMS e adotados nos Estados Unidos, na Europa e no Brasil.

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quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Um em cada três idosos usa mais de dois medicamentos por dia



Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), da Universidade Federal de Viçosa (UFV) e da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) identificaram fatores associados ao uso de múltiplos remédios entre 3 mil idosos de mais de 60 anos beneficiários do INSS. Os resultados, publicados na revista Cadernos de Saúde Pública da Fiocruz, mostram que a prevalência de uso de medicamentos foi de 83% e os mais utilizados tinham relação com o sistema cardiovascular. A polifarmácia ocorreu em mais de um terço dos participantes e a média de utilização por pessoa ficou entre dois e cinco remédios.

A pesquisa apontou que 35,4% dos entrevistados utilizam diversos medicamentos (polifarmácia), sendo a incidência dessa prática ainda maior com a idade: no grupo de 60 a 69 anos, 28,3% dos idosos relataram o uso de mais de um remédio, enquanto entre os maiores de 70 anos, o percentual subiu para 42,7%.

Outro resultado indicado pelo estudo foi que as mulheres utilizaram mais medicamentos que os homens. Segundo os pesquisadores, isso poderia se explicar pelo predomínio do sexo feminino em idades mais avançadas no país. Eles também destacaram que a baixa escolaridade influi na compreensão e cumprimento da prescrição, uma vez que mais da metade dos participantes da pesquisa não tinha o primário completo. De acordo com os pesquisadores, o estudo evidencia a necessidade de aprimoramento da assistência farmacêutica para esse subgrupo da população.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nos últimos anos, a população idosa brasileira cresceu duas vezes mais que a população geral. A estimativa é que, em 2030, cerca de 19% do total de brasileiros estejam na terceira idade.

Fonte: Isaúde

Santos vai distribuir medicamentos fitoterápicos de graça


Espinheira santa, alcachofra, isoflavona de soja, unha de gato e guaco. A partir deste mês, esses remédios fitoterápicos ficam disponíveis na rede de saúde de Santos.


A Prefeitura adquiriu 28.480 unidades dos medicamentos, que fazem parte do Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos do Ministério da Saúde.

A espinheira santa é indicada para indigestões e para auxílio no tratamento de gastrite e úlcera. Já a alcachofra é receitada para pessoas com disfunções no fígado e intestino.

A isoflavona de soja é recomendada para mulheres com sintomas de climatério (fase entre o período fértil e o não reprodutivo). 

Em casos de inflamações de artrite reumatóide e osteoartrite, a unha de gato pode ser receitada. Já o fitoterápico guaco é para pacientes com gripe, infecções na garganta e rouquidões.

Os medicamentos serão disponibilizados gradualmente nas unidades de saúde.

Os remédios fitoterápicos compõem um método de tratamento caracterizado pela utilização de plantas medicinais, em diferentes preparações, sem a utilização de substâncias ativas isoladas.

Greve prejudica abastecimento de medicamentos, diz Firjan



A greve dos funcionários da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), parados há cerca de um mês, já está prejudicando o abastecimento de medicamentos e insumos médicos no País. Apesar da Justiça Federal no Rio ter concedido duas liminares esta semana para a liberação dos produtos nos portos e aeroportos, as determinações não estão sendo cumpridas. O alerta é da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), que representa diversos laboratórios farmacêuticos prejudicados com a paralisação na agência.
A Firjan divulgou nota nesta sexta-feira denunciando o descumprimento das liminares pela Anvisa, o que está acarretando prejuízos às indústrias do setor e causando riscos à saúde pública. A advogada chefe da Divisão Tributária da Firjan, Cheryl Berno, disse que as decisões da Justiça não estão sendo cumpridas, na prática, devido à imposição de empecilhos burocráticos pela Anvisa.
"As empresas e laboratórios estão nos reportando que, apesar da concessão das liminares, não está sendo possível liberar as mercadorias. Primeiro os funcionários pediram declarações de que as empresas são associadas à Firjan e depois alegaram que não receberam da Justiça a lista com as empresas associadas. Por último disseram que só na segunda-feira poderão liberar os produtos", declarou a advogada.
Ela classificou de extremamente grave a situação, pois há inclusive medicamentos perecíveis, que podem perder a validade com a demora na liberação. "É um problema de saúde pública, pois já está começando a faltar produtos no mercado, que não tem um estoque grande de medicamentos, pois tudo é perecível. Estamos preocupados com a gravidade da situação para a população em geral".
A Anvisa informou, por meio da assessoria de imprensa, que as medidas judiciais estão sendo cumpridas, mas admitiu que alguns fiscais estão fazendo operação-padrão, o que realmente torna alguns procedimentos mais lentos. Entre as soluções para o problema, a Anvisa tem firmado convênios com os Estados para agilizar as ações de inspeção nos portos e aeroportos.
Já foram feitos acordos com os Estados de São Paulo, do Rio Grande do Sul, Paraná, da Paraíba, de Goiás, Santa Catarina e do Espírito Santo. No Rio de Janeiro, uma equipe de 12 funcionários da equipe de Vigilância Sanitária estadual foi disponibilizada, a partir de hoje, para trabalhar em cooperação com a Anvisa na fiscalização de alimentos, medicamentos e defensivos agrícolas.
O movimento grevista
Iniciados em julho, os protestos e as paralisações de servidores de órgãos públicos federais aumentaram no mês de agosto. Pelo menos 25 categorias estão em greve, tendo o aumento salarial como uma das principais reinvindicações. De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), o movimento atinge 28 órgãos, com 370 mil servidores sem trabalhar. O número, no entanto, é contestado pelo governo.
Estão em greve servidores da Polícia Federal, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Arquivo Nacional, da Receita Federal, dos ministérios da Saúde, do Planejamento, do Meio Ambiente e da Justiça, entre outros. O Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação (Sinagências) informou que dez agências reguladoras aderiram ao movimento.
O Ministério do Planejamento declarou que está analisando qual o "espaço orçamentário" para negociar com as categorias. O governo tem até o dia 31 de agosto para enviar o projeto de lei orçamentária ao Congresso Nacional. O texto deve conter a previsão de gastos para 2013.
No dia 25 de julho, a presidente Dilma Rousseff assinou decreto para permitir a continuidade dos serviços em áreas consideradas delicadas. O texto prevê que ministros que comandam setores em greve possam diminuir a burocracia para dar agilidade a alguns processos, além de fechar parcerias com Estados e municípios para substituir os funcionários parados.

Valor pode ser pago por fabricante do remédio a mulher do Distrito Federal que quase ficou cega ao usar a droga



Técnica de 35 anos teve uma síndrome rara que causa bolhas e queimaduras no corpo; laboratório vai recorrer
JOHANNA NUBLAT
DE BRASÍLIA
Por entender que uma mulher de 35 anos teve uma grave síndrome decorrente do uso da Novalgina (dipirona sódica), o Tribunal de Justiça do Distrito Federal condenou o fabricante da droga a pagar indenização de R$ 1 milhão.
A decisão judicial determina ainda que a empresa farmacêutica pague pensão mensal (de um salário mínimo até a paciente completar 60 anos) e o tratamento futuro de Magnólia Almeida.
A empresa, Sanofi-Aventis, afirma que não é possível relacionar o uso do remédio ao caso e diz que vai recorrer.
Em 2007, Magnólia teve a síndrome de Stevens-Johnson, que ataca pele e mucosas, boca, olhos e genitais, formando muitas bolhas e uma espécie de queimadura.
Em grande parte dos casos, a doença se inicia após uso de medicamentos (mais frequentemente anticonvulsivantes e anti-inflamatórios não hormonais) ou infecções. A incidência é baixa: 7,1 casos por milhão de pessoas.
Magnólia afirma que os sintomas começaram após ter tomado dois comprimidos de Novalgina (remédio que tinha hábito de usar), espaçados em oito horas, para combater dor de cabeça e febre.
Logo, continua, os olhos ficaram irritados e surgiram pequenas bolhas pelo corpo, que a levaram ao hospital.
A decisão judicial, tomada em maio e divulgada agora, "é um sucesso que ninguém gostaria de ter", disse Magnólia em entrevista à Folha.
Ela conta ter tido 90% do corpo queimado, insuficiência renal e infecção generalizada. Cinco anos depois, Magnólia afirma ter passado por 35 cirurgias nos olhos e seis transplantes de córnea.
"Preciso de mais dois transplantes [um em cada olho], eu enxergo vultos. Eu não saio só, porque não vejo buracos", conta.
Na decisão, os desembargadores citam pareceres médicos e técnicos para relacionar o início da síndrome ao uso do medicamento.
Para eles, apesar de essa síndrome estar listada na bula do remédio como reação possível, "não é razoável o afastamento da responsabilidade [da Sanofi], porque a insegurança do produto extrapolou o padrão de previsibilidade do cidadão médio".
Paulo Criado, dermatologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, faz ressalvas à decisão.
"Esse diagnóstico é sempre de suspeição. A gente não tem, laboratorialmente, como determinar se a droga é a causadora. Uma vez que você decide se tratar com a medicina, você assume correr riscos", completa ele.
OUTRO LADO
Na ação, a Sanofi-Aventis afirma que Magnólia já apresentava irritação nos olhos antes de tomar a Novalgina e que a ficha hospitalar da paciente apontava uso de outro medicamento (paracetamol).
À Folha, a empresa afirmou que a síndrome é rara e ocorre de forma espontânea, sem estar relacionada ao uso de remédios ou outra causa conhecida, em entre 25% e 50% dos casos.
A empresa reforçou que cerca de cem medicamentos foram relacionados à síndrome e que a doença está listada como reação adversa possível na bula do remédio

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

FDA aprova chips comestíveis que monitoram a ingestão de medicamentos




Pílulas eletrônicas
A FDA (U.S. Food and Drug Administration) aprovou na última segunda-feira (30) o projeto de criação de pílulaseletrônicas comestíveis que são capazes de monitorar com eficiência a ingestão de medicamentos por pacientes que precisam de remédios regularmente.
Desenvolvido pela Proteus Digital Health, o pequeno chip comestível é capaz de monitorar e enviar informações a um aplicativo móvel sobre a ingestão de medicamentos e, claro, sobre seus efeitos no organismo do paciente em tratamento.
Segundo o Digital Trends, esses mecanismos podem ser facilmente integrados a qualquer tipo de pílulas. Uma vez que a pílula é ingerida, o sensor atinge os fluídos estomacais e a transmissão de dados é ativada para determinar o tempo de ingestão do medicamento. 
Para isso, os pacientes deverão utilizar um outro sensor em sua pele que fará a comunicação entre o chip comestível e o aplicativo móvel. O sensor na pele ainda é capaz de monitorar os batimentos cardíacos do paciente, posição corporal e atividade física.
As informações podem ser enviadas diretamente para o médico do paciente, garantindo assim que a medicação seja controlada diariamente e que ele não esqueça de tomar seus remédios no horário certo.
“A validação da FDA representa um grande marco na medicina digital. Digitalizar comprimidos, pela primeira vez, em conjunto com nossa infraestrutura sem fio, pode vir a ser o novo padrão para influenciar a adesão dos pacientes à medicação e ajudar no gerenciamento de doenças crônicas”, afirmou o Dr. Eric Topol, professor de genoma no Scripps Research Institute.
Os pesquisadores ainda afirmam que cada microchip é feito com a combinação de silício, cobre e magnésio, ou seja, depois de ingeridos, os pacientes ainda receberão uma dose extra de nutrientes em seus organismos.
Por enquanto, ainda não há nenhuma previsão de que o sistema de monitoramento digital de medicações estará disponível no mercado.
Chips comestíveis medicaçãoOs chips são feitos com silício, magnésio e cobre
Postado por R7.com


Medicamentos e produtos de limpeza são maiores causas de intoxicação


Todo dia você faz tudo igual. Acorda, vai ao banheiro, toma sempre o mesmo café, sempre o mesmo remédio e sai para pegar o mesmo trânsito rumo ao trabalho. É tudo tão igual que você poderia até fazer isso de olhos fechados, não poderia?


Não, não poderia! Quando o assunto é tomar um medicamento, olhe sempre bem o que está fazendo. Os medicamentos são a principal causa de intoxicação nos lares brasileiros. Isso acontece geralmente quando o paciente usa um remédio da forma errada – exagera na dose, por exemplo. Não é à toa que os médicos insistem: nunca pegue um medicamento com a luz apagada.

O segundo lugar na lista de produtos mais perigosos para a intoxicação doméstica é o veneno contra escorpião. Logo atrás na lista, aparecem os produtos de limpeza, que exigem cuidado especial principalmente por causa das crianças.

O Bem Estar desta quinta-feira (2) foi até a área de serviço para dar dicas na hora de lavar a roupa – mostrar para que serve cada produto e que riscos ele oferece. A pediatra Ana Escobar e o toxicologista Sergio Graff orientaram essa visita.

Além das tradicionais de dicas de saúde, o programa deu também orientações para a hora de lavar a roupa – afinal, roupa limpa também é saúde. Toda roupa deve ter na etiqueta alguns símbolos que orientam a lavagem, e o quadro abaixo ajuda a ler esses símbolos.
info símbolos lavagem de roupas (Foto: arte / G1)

Entre os produtos de limpeza, os alvejantes são um pouco mais nocivos, porque têm efeito corrosivo. Porém, o os sabões, os amaciantes, a cera e também o álcool podem ser perigosos.

Os produtos devem ficar sempre fora do alcance de crianças, principalmente das mais novas – até cinco anos –, assim como dos animais, pois podem causar acidentes graves. Eles também devem ficar protegidos do sol, chuva e umidade. Esses fatores podem interferir na composição química dos produtos, o que pode gerar vapores tóxicos, por exemplo.

As embalagens vazias não podem ser reaproveitadas e devem ser sempre jogadas no lixo assim que o produto acaba, porque sempre fica algum resíduo. Também por isso, utensílios como copos, xícaras e colheres só podem ser utilizados como medida para produtos de limpeza se forem reservados apenas para esse fim.

Leia sempre o rótulo dos produtos. Nele ficam instruções sobre o uso, avisos sobre os perigos e informações de primeiros socorros, além dos contatos do fabricante ou importador.

Evite os produtos vendidos fora da embalagem original. Além de não conter essas informações, eles podem ser clandestinos. Produtos sem aprovação do Ministério da Saúde normalmente têm substâncias ainda mais perigosas para a saúde e não são tão eficazes na limpeza contra as bactérias. Eles podem causar queimaduras, problemas respiratórios, irritações e graves intoxicações.

Geralmente têm cores bonitas e atrativas, principalmente para crianças, e costumam ser vendidos em embalagens reaproveitadas de refrigerantes, sucos e outras bebidas. Isso é um perigo, porque aumenta o risco de que sejam ingeridos.

Além dos produtos de limpeza, solventes, tintas, inseticidas, raticidas, gás e fertilizantes são produtos que geram vários casos de intoxicação em casa. Os defensivos agrícolas são a principal causa de morte nesses casos.

Tratamento
Se o acidente já aconteceu, a primeira orientação é ligar para o centro de toxicologia ou para o fabricante, ou vá para o centro de saúde mais próximo. Induzir o vômito, reação normal de muitos pais, não é a melhor opção, pois pode fazer com que o produto entre pelas vias aéreas. Se o vômito vier espontaneamente, deite a pessoa de lado, para evitar que o vômito retorne.

Nunca dê nada para a pessoa beber ou comer se ela estiver inconsciente. Se o produto caiu ou respingou na pele, lave imediatamente a parte do corpo atingida com muita água limpa – inclusive se for nos olhos, mantendo-os abertos. Tire as roupas contaminadas pelo produto. Em caso de dor, irritação ou ardência, procure imediatamente ajuda médica.

Sempre que possível, é importante levar o rótulo do produto ao médico, porque isso orienta e melhora o atendimento ao paciente.

Fonte

Notícias / Ciência & Saúde

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

CPhI South America 2012


A maior Feira de Insumos Farmacêuticos e de Farmoquímica da América Latina, a CPhI South America, convida a imprensa para cobrir a 5ª edição da CPhI South America. 
 
Durante os dias 21, 22 e 23 de agosto, mais de 250 marcas expositoras estarão reunidas na CPhI South America para apresentar todas as novidades da indústria farmacêutica e de farmoquímica. 
 
Representando 46% da indústria da América Latina, o Brasil será palco da maior feira de matérias-primas para o setor farmacêutico. Serão 8 mil m² onde fornecedores de insumos nacionais e internacionais terem a oportunidade de expor seus produtos.
 
Além das novidades para o setor de química fina, a CPhI South America também apresenta eventos paralelos como o BioPh, espaço exclusivo para que as empresas possam apresentar soluções em biotecnologia e o ICSE, um pavilhão que será ponto de encontro do setor de terceirização de serviços, que têm sido cada vez mais usado pela indústria farmacêutica.
 
Outro ponto de destaque dentro da Feira acontece nos dois primeiros dias, a Conferência CPhI Pharma Trends traz os principais líderes da indústria, autoridades governamentais, associações e especialistas do setor como: Norberto Rech – Assessor Direto do Diretor-Presidente da ANVISA, José Abdallah – Presidente da ABRIFAR, Vagner Nogueira – Diretor da Divisão Hospitalar da E.M.S, Nelson Mussollini – Vice-Presidente do SINDUSFARMA, Wesley Pontes - Diretor da Área Internacional de Exportação da EUROFARMA e José Correia da Silva – Presidente da ABIQUIFI, entre outros para debater a atual situação da indústria no Brasil e suas perspectivas futu ras em diversos segmentos.
 
Os profissionais da área de marketing, comercial e recursos humanos do mercado farmacêutico também terão a oportunidade de contato com profissionais qualificados do setor durante o Pharma Forum. O ciclo de palestras conta com a presença de Sydney Clark, Vice- Presidente de Consultoria & Serviços América Latina da IMS Health, Miguel Monzu, Diretor de Recursos Humanos da Astrazeneca, Poatã Casonato, Diretor Técnico do ICTQ, Glauco Marcondes, Diretor da Unidade de Negócios da Pfizer, entre outros.

Mercado de medicamentos genéricos movimenta R$ 5,1 bi no primeiro semestre Leia Mais: http://www.ultimoinstante.com.br/setores-da-economia/setor-saude-farmaceutico/77654-Mercado-medicamentos-genricos-movimenta-primeiro-semestre.


  31 de julho de 2012  - As vendas de medicamentos genéricos cresceram 21,7%% em volume no primeiro semestre de 2012 no comparativo com o mesmo período de 2011. Foram comercializadas no período 321 milhões de unidades contra 264 milhões nos seis primeiros meses de 2011. 
O conjunto das indústrias fabricantes de genéricos realizaram vendas que somaram R$5,1 bilhões nos seis primeiros meses do ano contra R$3,8 bilhões em igual período do ano passado, apresentando um salto de 33,1%. 
Os genéricos desfrutam hoje de um peso importante no conjunto da indústria farmacêutica brasileira, que registrou crescimento de 11,4% em unidades. Ao excluir a participação dos genéricos nas vendas totais da indústria farmacêutica brasileira, o crescimento cai para 8,3%.
Para a presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (PróGenéricos), Telma Salles, o bom desempenho do setor ainda é reflexo do bom momento econômico vivido pelo país ao longo de todo ano passado. “O aumento da renda da população e outros indicadores socioeconômicos importantes, como o do pleno emprego, permitem que o cidadão consiga comprar os medicamentos que necessita”, afirma.
A executiva afirma que os genéricos funcionam como porta de entrada para o mercado farmacêutico. “Quem antes não podia comprar medicamento, começa pelos genéricos”, diz. Para ela os genéricos vem cumprindo o papel social de ampliar o acesso. “Em dois anos comercializadas em versões genéricas, algumas substancias chegam a triplicar o volume de vendas”, explica.
Desde que surgiram no mercado, em 2001, os genéricos geraram economia de 28 bilhões aos consumidores brasileiros. Com preços em média 50% mais baratos que os medicamentos de referencia, os genéricos também funcionam como reguladores de preços e demanda.
A ProGenericos estima crescimento na casa dos 25% em 2012. “A exemplo dos anos anteriores, devemos ter um segundo semestre com ritmo mais forte de crescimento”, diz Salles.
De acordo com os dados do IMS Health, instituto que audita o mercado farmacêutico no Brasil e no mundo, genéricos atingiram no mês de junho 26,6% de participação de mercado. Estimativas da ProGenéricos indicam que o segmento deve alcançar 30% de participação de mercado ainda em 2012.
Ampliação do acesso e participação regional
Para Telma Salles, além de explorar um  “novo mercado” que pode atingir até US$ 2,5 bilhões formado por drogas que terão suas patentes vencidas até 2017, a ampliação do acesso volta a ser o foco da entidade para manutenção das taxas anuais de crescimentos na casa dos 25%. “Nossa foco é a ampliação do acesso, especialmente nas regiões do país onde a participação da categoria é baixa”, ressalta.
Estudos da ProGenéricos com base nos dados do IMS Health relativos às vendas acumuladas entre maio de 2011 e maio de 2012, demonstram que apesar de expressiva participação de mercado nas regiões sul e sudeste, os genéricos ainda não beneficiam amplamente as populações das regiões centro-oeste, nordeste e norte do país. “A participação desses estados nas vendas do segmento  é bem inferior à média nacional, o que demonstra que os consumidores ainda não se beneficiam dos principais atributos dos genéricos que são preço e qualidade”, ressa


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Estudo da fmrp indica medicamento eficaz contra leucemia linfóide aguda



A utilização da droga Zebularina, em testes in vitro, demonstrou ser eficaz no tratamento da Leucemia Linfóide Aguda (LLA) pediátrica, principalmente em uma aplicação conjunta com o quimioterápico Metotrexato (MTX). Administradas juntas, as duas drogas mostraram-se eficientes em doses menores do que se administradas separadas. A necessidade de menos medicamentos na terapia contra o câncer diminui a ocorrência de efeitos colaterais. A Zebularina mostrou-se interessante como terapia adjuvante afirma o biólogo Augusto Faria Andrade. Essa droga ainda não é usada em nenhum tratamento, mas em outros estudos in vitroela já foi testada em uma grande variedade (de cânceres), como mama, próstata, leucemias, linfomas, glioblastoma, e sempre obteve sucesso. Andrade é autor de um estudo de mestrado sobre o tema na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, sob orientação do professor Luiz Gonzaga Tone.
A LLA é o câncer hematológico mais comum na infância, mas que também acomete adultos. Cerca de 20% das pessoas que têm esta doença voltam a desenvolvê-la. Nesta doença, as células alteradas substituem, na medula óssea, as células saudáveis, e a produção das células sanguíneas fica comprometida.
O tratamento para LLA realizado no Hospital das Clínicas (HC), atualmente, ocorre de acordo com o Grupo Brasileiro de Tratamento a Leucemia na Infância (GBTLI). Envolve diversas etapas, como indução, consolidação da remissão, intensificação, consolidação tardia e manutenção, e diversas drogas aplicadas em combinação. A duração do tratamento, segundo o pesquisador, é de dois a três anos, dependendo do grupo.
As células saudáveis têm um padrão de metilação diferente das células cancerosas. Metilação é um processo no qual, por meio da ação das enzimas DNA-metil-transferases, o grupo metil (átomo de carbono ligado a três átomos de hidrogênio) é anexado a trechos do DNA. Esse processo visa o silenciamento de alguns genes e é comum, também, em células saudáveis. No entanto, nas células cancerosas, essas enzimas agem de forma a metilar, em locais errados, genes importantes para o equilíbrio celular. Dessa forma, o gene não é expresso, o que pode causar ocrescimento desordenado da célula e prorrogar a morte de células já comprometidas.
Nos estudos, o biólogo utilizou linhagens celulares de leucemia e verificou a ação da droga Zebularina em três situações: sozinha, em associação com MTX e em associação com a Vincristina (VRC). A associação com MTX apresentou resultados mais promissores.
Além disso, ele simulou duas situações: uma na qual a Zebularina e o MTX foram aplicados juntos, desde o início, nas linhagens cancerosas, e uma segunda na qual a Zebularina era aplicada primeiro, e depois aplicava-se o MTX. Esse segundo cenário apresentou melhores resultados. Andrade diz que a Zebularina mostrou ser uma droga mais eficiente se aplicada antes do tratamento com um antineoplásico. É interessante para preparar para o tratamento pacientes que tenham resistência aos quimioterápicos diz.
A droga não está na fase dos testes clínicos, mas Andrade acredita que os estudos de especificidade e eficácia ajudarão as pesquisas prosseguirem para um próximo estágio. Para que a droga passe a ser utilizada no tratamento da leucemia, ou mesmo, para que seja testada em humanos, o biólogo diz que seria preciso mais estudos in vitro para melhor analisar como a droga seria metabolizada e quais as consequências possíveis para seres humanos . Só assim os testes poderiam passar para a etapa in vivo, que corresponde a testes em camundongos, e depois, humanos.
A Zebularina tem preferência por células cancerosas, o que diminui os efeitos colaterais, diz o pesquisador, ressaltando que é descrita como menos tóxica que medicamentos similares já aprovados desde 2004, como a Azacitidina. Andrade acredita que dentro de cinco ou dez anos o produto poderá ser comercializado  fatores como resultados, financiamento para os estudos e a autorização dos órgãos competentes como a Food and Drug Administration (FDA), nos Estados Unidos, e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no Brasil, influenciarão no processo.


Fonte: USP

Genéricos crescem em vendas


Genéricos: Vendas crescem 21,7%

Região Centro-Oeste apresenta baixa participação na comercializaçãoTexto por Thamyris FernandesEnviado por Diário da Manhã - às 08h53
No pri­meiro se­mestre deste ano, o Brasil co­mer­ci­a­lizou 321 mi­lhões de uni­dades de me­di­ca­mentos ge­né­ricos. Em re­lação ao mesmo pe­ríodo de 2011, quando foram con­su­midos 264 mi­lhões de uni­dades, as vendas cres­ceram 21,7% em vo­lume. No con­junto das in­dús­trias do seg­mento, o fa­tu­ra­mento foi de R$ 5,1 bi­lhões, contra R$ 3,8 bi­lhões con­ta­bi­li­zados no ano pas­sado, o que re­pre­senta um salto su­pe­rior a 33%.
Dados da As­so­ci­ação Bra­si­leira das In­dús­trias de Me­di­ca­mentos Ge­né­ricos (Pró-Ge­né­ricos) in­dicam que o des­taque nas vendas acu­mu­ladas entre maio de 2011 e maio de 2012 foi a re­gião Su­deste. So­mente no Es­tado de São Paulo o au­mento foi de 55,1%, com 205,6 mi­lhões de uni­dades ven­didas este ano.
Em­bora a Pró-Ge­né­ricos de­fenda a po­pu­la­ri­zação dos ge­né­rios no Brasil “cum­prindo o papel so­cial de am­pliar o acesso” aos me­di­ca­mentos, essa ca­te­goria de drogas não be­ne­ficia am­pla­mente os con­su­mi­dores do Centro-Oeste, do Nor­deste e do Norte do País. Se­gundo os ad­mi­nis­tra­dores da as­so­ci­ação, a par­ti­ci­pação dessas re­giões é in­fe­rior à média na­ci­onal.
Em Goiás, por exemplo, foram ven­didos 19,5 mi­lhões de uni­dades até o úl­timo mês de maio. O cres­ci­mento nas vendas foi de apenas 5,2% em re­lação ao ano an­te­rior, com 12,6 mi­lhões em vendas (4,2%). A co­mer­ci­a­li­zação no Dis­trito Fe­deral (DF) também não cresceu muito. Até o pe­ríodo da ava­li­ação foram re­gis­tradas 9,01 mi­lhões de vendas, 2,4% su­pe­rior a 2011, que con­ta­bi­li­zava 6,5 mi­lhões de uni­dades ven­didas.

Dentre os Es­tados que menos co­mer­ci­a­li­zaram re­mé­dios ge­né­ricos no País está Rondônia (RO), na re­gião Norte. Até maio, as vendas so­mavam 1,2 mi­lhão de uni­dades, re­pre­sen­tando cres­ci­mento de 0,3%. Em 2011, o mon­tante foi ainda menor, com 849,1 mil uni­dades co­mer­ci­a­li­zadas. 

Brasil
De ma­neira geral, o ge­né­rico é hoje a prin­cipal fer­ra­menta de acesso a me­di­ca­mentos dis­po­nível no País e re­pre­senta 65% dos pro­dutos dis­tri­buídos pelo Pro­grama Far­mácia Po­pular, do go­verno fe­deral. Além disso, essa linha de drogas des­fruta hoje de um peso im­por­tante no con­junto da in­dús­tria far­ma­cêu­tica bra­si­leira, que re­gis­trou cres­ci­mento de 11,4% em uni­dades. Ao ex­cluir a par­ti­ci­pação dos ge­né­ricos nas vendas to­tais da in­dús­tria far­ma­cêu­tica bra­si­leira, o cres­ci­mento cai para 8,3%.
Desde que sur­giram no mer­cado, em 2001, os ge­né­ricos ge­raram eco­nomia de 28 bi­lhões aos con­su­mi­dores bra­si­leiros. Com preços em média 50% mais ba­ratos que os me­di­ca­mentos de re­fe­rência, os ge­né­ricos também fun­ci­onam como re­gu­la­dores de preços e de­manda.
Se­gundo a Pró-Ge­né­ricos, até o final do ano, o setor deve apre­sentar cres­ci­mento es­ti­mado de 25%, com um ritmo mais forte de vendas no se­gundo se­mestre. De acordo com o IMS He­alth – ins­ti­tuto que au­dita o mer­cado far­ma­cêu­tico no Brasil e no mundo –, os ge­né­ricos atin­giram no mês de junho 26,6% de par­ti­ci­pação de mer­cado. Nesse sen­tido, sobre a par­ti­ci­pação no mer­cado, a ex­pec­ta­tiva da Pró-Ge­né­ricos é de que a ca­te­goria al­cance 30% de in­serção ainda em 2012.