terça-feira, 4 de junho de 2013

Medicamento bloqueia proteína que contribui para crescimento do tumor. Pacientes que receberam droga viveram dois meses a mais que os outros



Medicamento bloqueia proteína que contribui para crescimento do tumor.
Pacientes que receberam droga viveram dois meses a mais que os outros. 

Um novo medicamento pode ajudar pacientes com câncer de pulmão em estágio avançado a viverem mais, além de contribuir no tratamento de outros tipos de tumor, informaram pesquisadores nesta segunda-feira (3), durante o encontro anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, em Chicago.
Se os resultados iniciais forem confirmados em um estudo de Fase III ainda em andamento, esse será o primeiro tratamento desenvolvido na última década que pode melhorar as perspectivas de pacientes com câncer de pulmão em estágio avançado. O estudo de Fase II examinou 252 pacientes com adenocarcinoma de pulmão em estágio IV.
Os pacientes que receberam o medicamento Ganetespib, do laboratório Synta, tiveram uma média de sobrevivência de 9,8 meses, em comparação com os 7,4 meses registrados nos indivíduos que passaram pelo tratamento padrão.
O medicamento bloqueia um tipo de proteína chamada "chaperona molecular" ou Hsp90, que ajuda as proteínas recém-formadas a assumir a forma necessária para sua função biológica específica.
Pelo fato de muitas proteínas que levam ao crescimento do câncer de pulmão precisarem dessa Hsp90 para agir, o bloqueio dela pode desativar, ao mesmo tempo, muitas proteínas que promovem o crescimento do câncer.
Medicamentos anteriores com Hsp90 não obtiveram sucesso em testes porque não eram significativamente efetivos na extensão da vida e causaram intoxicação do fígado. Esse é, portanto, o primeiro teste clínico aleatório de um inibidor de segunda geração, e é a primeira vez que esse tipo de droga se mostra segura e efetiva.
Os pesquisadores acreditam que o novo remédio também pode funcionar em pacientes que desenvolvem mutações que os tornam resistentes aos medicamentos tradicionais, porque a droga também inibe a função das proteínas mutantes.
"Esse é o primeiro estudo aleatório que demonstra benefícios terapêuticos com um inibidor de proteína de choque térmico em pacientes com câncer", afirmou o principal autor do estudo, Suresh Ramalingam, professor de oncologia da Universidade Emory, em Atlanta, na Geórgia.
"Esperamos que o estudo de Fase III confirme nossas descobertas, já que pacientes com essa forma e estágio de câncer de pulmão precisam urgentemente de tratamentos mais efetivos", disse Ramalingam.
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Ação em Angra dos Reis tem como objetivo explicar sobre riscos do cigarro (Foto: Felipe de Souza/Divulgação PMAR)Cigarro é um dos fatores que contribuem para o câncer de pulmão (Foto: Felipe de Souza/Divulgação PMAR
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quarta-feira, 24 de abril de 2013

Jaguaquara: Farmácias fechadas por irregularidades


Uma operação fiscal em estabelecimentos farmacêuticos foi iniciada por volta das 11h em Jaguaquara e encerrada às 18h30, envolvendo representantes da 13ª Dires, Conselho Regional de Farmácia da Bahia, com o acompanhamento do Promotor de Justiça, Dr.Lúcio Meira Mendes e técnicos da Vigilância Sanitária Municipal. A coordenação do trabalho esteve a cargo da farmacêutica e fiscal do Conselho Regional de Farmácia da Bahia, Dra. Moazelia Holiher Moreira Monteiro.

Em entrevista, ela explicou que a operação estava sendo feita em cumprimento a um Termo de Ajuste de Conduta-TAC, assinado a dois anos atrás, com proprietários de farmácias e farmacêuticos de Jaguaquara. 'Na época, ficou estabelecido que as farmácias manteriam os farmacêuticos responsáveis técnicos dentro das farmácias para atender a comunidade e que as farmácias também manteriam os seus estabelecimentos com ar refrigerado, para garantir que os medicamentos não sofram ação de uma alta temperatura durante o verão ou mesmo fora do verão', disse.

A fiscal do CRF revelou que o órgão foi acionado pelo Ministério Público por conta de várias denúncias da população em função das farmácias não estarem cumprindo esse termo de ajuste, uma vez que os farmacêuticos não estão dentro dos estabelecimentos quando solicitados pela população que vai a essas farmácias adquirir seus medicamentos. Os proprietários autuados por irregularidades foram notificados. Ela disse também que, em outras farmácias, houve um alerta para que a escrituração dos antibióticos como pede a ANVISA, 'em algumas farmácias os antibióticos foram retirados das prateleiras para que a farmácia seja regularizada e instale programa de gerenciamento', afirmou Dra. Moazelia Holiher.

Fonte: Marcos Frahm

CRF BA promove palestra sobre SNGPC


O evento do SNGPC bastante elogiado pela categoria farmacêutica presente! O CRF-BA em seu papel para atualizar e promover debates em temas estratégicos para fortalecer o âmbito profissional! Foi bastante concorrido com farmacêuticos de todo estado - Fiquem atentos ao próximo, sempre com temáticas importantes!
O evento do SNGPC bastante elogiado pela categoria farmacêutica presente! O CRF-BA em seu papel para atualizar e promover debates em temas estratégicos para fortalecer o âmbito profissional! Foi bastante concorrido com farmacêuticos de todo estado - Fiquem atentos ao próximo, sempre com temáticas importantes!

Capacitação em Brasília discute a distribuição de antirretrovirais e insumos no Brasil

23/04/2013 - 15h50

Aprimorar a qualidade do acesso universal para as 313 mil pessoas que estão em uso do coquetel antiaids no Brasil. Esse é um dos objetivos daCapacitação em Logística de Medicamentos Antirretrovirais (ARV) e Insumos de Prevenção, promovida pelo Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde. O encontro ocorre em Brasília, entre a terça-feira, 22 de abril,  até a próxima quarta-feira, dia 30, e reúne 72 profissionais de saúde que trabalham com os sistemas de dispensação de ARV, camisinhas e gel lubrificante em todos os estados e no Distrito Federal.

A expectativa da oficina é melhorar o fluxo de distribuição de medicamentos e insumos, com ajuste dos sistemas e padronização dos processos que envolvem o envio e recebimento de ARV e preservativos. Ideias simples, como a harmonização das terminologias utilizadas pelas 722 Unidades Dispensadoras de Medicamentos (UDM) que existem no país, podem facilitar procedimentos como o início do tratamento, melhorar a agilidade na troca de terapia e ampliar a garantia de abastecimento.

O evento também serve para os participantes trocarem experiências de como otimizar os recursos humanos nas unidades de dispensação e tirar dúvidas. Eles aproveitam para saber como proceder, por exemplo, quando ocorre mudança de fornecedor de medicamento, embalagem ou tratamento; nesses casos, os assistentes farmacêuticos ficam em dúvida se também há alteração na entrega do coquetel aos pacientes. “É importante esclarecer questões como essas a fim de garantir a entrega do medicamento de forma ágil e correta para o paciente que está na ponta”, completa o coordenador geral de Gestão e Governança do Departamento, Renato Girade.


Fonte: Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais 

Ministério da Saúde vai investir R$ 35 bi até 2016


Ministério da Saúde vai investir R$ 35 bi até 2016

Governo prioriza biológicos que, com patentes prestes a vencer, abrem janela de oportunidades para indústria nacional
As indústrias brasileiras da saúde estão diante de uma janela de oportunidades para investirem na produção nacional de medicamentos, especialmente os biológicos. De um lado, um comprador garantido oferecendo uma série de estímulos para facilitar a produção nacional: o Ministério da Saúde tem um orçamento de R$ 35 bilhões para aquisição de medicamentos até 2016 – o maior valor já investido pelo Governo Federal. De outro, um nicho de mercado bastante atraente: oito biológicos estão com patente vencida ou prestes a vencer.
Este cenário é similar ao que ocorreu com os medicamentos sintéticos no início dos anos 2000, quando os genéricos invadiram com força o mercado. É chegada a vez dos chamados biossimilares - cópias dos biológicos originais -, usados como vacinas e para o tratamento do câncer, por exemplo.
Atualmente, o Governo Federal responde por cerca de 60% das compras de biológicos no país. De alto custo, estes itens consomem 43% dos gastos do Ministério da Saúde com medicamentos, apesar de representarem 5% da quantidade adquirida. “A produção nacional gera economia de recursos para o Ministério da Saúde, que é revertida para a ampliação da compra de novos medicamentos para o SUS, aumentando o acesso da população”, explica o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. “Produzido nacionalmente, o medicamento traz maior segurança ao usuário, que terá garantido o seu tratamento, sem riscos de problemas com a importação”, acrescenta.
OPORTUNIDADE - Um total de 14 empresas privadas e 6 laboratórios públicos já enxergaram a oportunidade, travando parcerias para a produção nacional de 14 biossimilares para doenças como hemofilia, esclerose múltipla, artrite reumatoide e diabetes. Até 2017, estes produtos terão fabricação 100% nacional. Neste mês, outras duas empresas privadas brasileiras se movimentaram neste sentido: a Biomm e a Libbs. A Biomm fechou parceria com a Fiocruz para a produção nacional de insulina. A previsão de investimento na construção da fábrica da Biomm é de R$ 430 milhões nos próximos 5 anos -- R$ 80 milhões do Ministério da Saúde e Fiocruz, e o restante via financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES). A Libbs se uniu ao grupo argentino Chemo para a construção de uma fábrica nacional de sete biológicos – um investimento de R$ 200 milhões. Em maio, outras 10 novas PDPs de biológicos devem ser anunciadas.
Além do financiamento, o Governo tem feito uma série de arranjos desde o ano passado para viabilizar a infraestrutura, a regulamentação e o aparato jurídico necessários para a produção nacional. Entre as ações, estão parcerias entre laboratórios privados, nacionais ou internacionais, que detêm as patentes do medicamento original, para transferir a tecnologia para laboratórios públicos até que eles ganhem independência para produzir o medicamento. Em troca, o governo garante a compra do item produzido internamente durante todo o período de transferência de tecnologia, estipulado em, no máximo 5 anos. A produção dos medicamentos deve envolver desde a elaboração do princípio ativo até a embalagem do produto. É a chamada produção verticalizada. Nos últimos anos, a importação de remédios tem superado a de princípios ativos, sobretudo por conta dos altos custos dos produtos para tratamentos complexos. Hoje, os princípios ativos importados equivalem a 70% do mercado nacional, enquanto os medicamentos prontos importados equivalem entre 10% e 20% do mercado nacional.
Para garantir a qualidade da produção nacional, além de investimento em pesquisa para criação de novos produtos inovadores, o Ministério da Saúde disponibilizou R$ 1 bilhão até 2015 para investimento na infraestrutura e no capital humano dos laboratórios públicos nacionais. Em 2012, ao todo 14 laboratórios públicos apresentaram 67 projetos e receberam um total de R$ 242 milhões de investimento do ministério.
Além disso, foi regulamentada em 2012 lei que criou margem de preferência de até 25% nas licitações para empresas que produzam no Brasil. No âmbito do registro de medicamentos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) passam a cumprir, a partir deste ano,  prazos mais curtos para registro de medicamentos prioritários ao SUS. Ficou estabelecido prazo de até 9 meses e a Anvisa criou uma gerência só para análise de registro de biológicos. Também foram criadas de linhas de crédito para empresas que investem em biossimilares e equipamentos – um total de R$ 7 bilhões, financiados pelo BNDES, Finep e Ministério da Saúde.
ECONOMIA - O Brasil produz hoje via PDP 15% do que oferta no SUS. A meta é produzir 35% até 2015. Só com os biológicos fabricados no país atualmente (9 medicamentos e 5 vacinas), o Ministério da Saúde vai economizar R$ 1 bilhão nas compras – o equivalente à 1/3 da economia que obeterá com medicamentos frutos das 64 PDPs travadas atualmente (R$ 2,8 bilhões).
Dois biossimilares frutos dessas parcerias, produzidos 100% no Brasil já estão disponíveis para o SUS: o relaxante muscular toxina botulímica e a vacina H1N1. Além disso, o imunossupressor nacional Etanercepte, contra artrite reumatoide, já conseguiu o primeiro registro na Anvisa. Os demais devem estar disponíveis na rede pública até 2017. No total, mais de 1 milhão de usuários do SUS são beneficiados c/esses medicamentos.  Com essas parcerias, o Ministério da Saúde tem assinadas 64 Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs) via transferência de tecnologia no Brasil, que envolvem 15 laboratórios nacionais e cerca de 40 farmacêuticas privadas.
BIOLÓGICOS -  Há 5 anos os biológicos começaram a ganhar maior magnitude nas compras  governamentais. Atualmente, 29 biofármacos são disponibilizados à população pelo SUS – para hepatites, artrite, fibrose cística, eritropoise, hepatite B e C, tireoide, acromegalia, doença de Gaucher, além de imunossupressor, anti-inflamatório, fator de estímulo de granulócito, fator de crescimento hematopoiético, auxiliares digestivos, hormônio de crescimento e relaxamento muscular.
PDPs DE BIOLÓGICOS E VACINAS
MEDICAMENTODOENÇALABORATÓRIOS
FATOR VII RECOMBINANTEHEMOFILIACRISTÁLIA + HEMOBRAS
FATOR VIII RECOMBINANTEHEMOFILIABAXTER + HEMOBRÁS
BETAINTERFERONA 1AESCLEROSE MÚLTIPLABIOMANGUINHOS + ACHE
TOXINA BOTULÍMICARELAXANTE MUSCULARCRISTÁLIA E LAFEPE
ETANERCEPTEARTRITE REUMATOIDE E DOENÇAS QUE AFETAM A CIRCULAÇÃOIVB + BIOMANGUINHOS
TALIGLUCERASE ALFADOENÇA DE GAUCHER (doença rara)PFIZER + PROTALIX + BIOMANGUINHOS
ADALIMUMABEARTRITE REUMATOIDEPHARMAPRAXIS + INSTITUTO VITAL BRASIL
RITUXIMABEARTRITE REUMATOIDE / CÂNCERBIONOVIS + BIOMANGUINHOS
INSULINADIABETESINDAR + FARMANGUINHOS
VACINA DA HEPATITE AHEPATITE AMSD + BUTANTAN
VACINA TETRAVIRALSARAMPO, CAXUMBA, RUBEOLA E VARICELAGSK E BIOMANGUINHOS
VACINA MENINGOCÓCICA C CONJUGADAMENINGITEFuned + Novartis
VACINA PNEUMOCÓCICA 10 VALENTEMENINGITE, PNEUMONIA, OTITE MÉDIA AGUDA, SINUSITE E BACTEREMIAGSK + BIOMANGUINHOS
VACINA INFLUENZA H1N1GRIPE H1N1SANOFI + BUTANTAN


quinta-feira, 11 de abril de 2013

Fabricante indiana de medicamentos busca receita de R$ 1 bilhão com genérico

 

Meta dever ser atingida pela empresa em cincoanos com 40 novos produtos

Brasil Econômico

Brasil Econômico/ Rodrigo Capote
Famá considera fábrica no Brasil se as vendas aumentarem

A Torrent, fabricante indiana de medicamentos, presente no Brasil há 10 anos, vai dar um novo passo para se consolidar de vez no país. A empresa que só atuava por meio da venda 30 medicamentos similares (produto que possuem os mesmo princípios ativos do original mas com marca diferente) anuncia agora sua entrada no mercado de genéricos.
“Vamos iniciar as vendas até junho deste ano a partir de 12 moléculas, sendo três exclusivas”, revela Orlando Famá Júnior presidente da Torrent para o Brasil. Entre os medicamentos estão um anti-hipertensivo e um antidiabético.
Com faturamento de R$ 250 milhões em 2012 — 23% a mais do que no ano anterior, o executivo conta que sua intenção é atingir uma receita de R$ 1 bilhão nos próximos cinco anos a partir da expansão da linha de genéricos. “Nos próximos anos queremos ter 40 novos produtos na linha de genéricos”, afirma Famá, que já espera atingir participação de mercado entre 1% a 2% em até dois anos.
Segundo ele, mesmo com a expansão na oferta de produtos no Brasil, a empresa não pretende mudar, no curto prazo, o local de fabricação dos produtos, que ocorre na Índia onde a companhia possui quatro fábricas. Mas se o cenário da Torrent se mantiver positivo, o executivo considera mudar essa estratégia.
“Temos a intenção de instalar uma fábrica no Brasil mas estamos aguardando o volume de venda crescer. Achamos que a fábrica será necessária a partir do momento que atingirmos o faturamento de R$ 1 bilhão”, explica Famá.
Para este ano, a previsão da Torrent é atingir uma alta de 23% no faturamento — motivado principalmente pela entrada dos genéricos. “É uma aposta conservadora e acreditamos que os números serão ainda maiores nos próximos anos.”
Disposta a se adequar ao novo cenário, a Torrent já ampliou seu centro de armazenagem, localizado em São Paulo. “Agora estamos operando em um espaço de 3.400 metros quadrados com um estoque disponível para quatro meses.”
Avanço
A Torrent chegou ao Brasil buscando um caminho diferente de seus concorrentes. “Há 10 anos quando o governo lançava os genéricos optamos por seguir na contramão apostando nos similares, mas com o diferencial de ter preços mais acessíveis.”
Segundo Famá, a aposta foi assertiva. “Nesse período criamos um bom canal comercial com os médicos o que fez com que a marca se tornasse conhecida dos consumidores. A partir dessa consolidação foi possível dar o novo passo”, revela o executivo. E o Brasil já se tornou a “menina dos olhos” dos indianos da Torrent. O país já aparece como o segundo mercado em faturamento, na frente de 78 países onde também atua a companhia.
Por aqui a empresa tem focado em medicamentos para as áreas de cardiologia, neurologia, psiquiatria e endocrinologia. A aposta tem uma simples justificativa: “São medicamentos de uso contínuos”, destaca o presidente que com a nova oferta de medicamentos para os próximos anos não descarta a possibilidade de entrar em outras áreas.

Saúde adota metas de redução de registro de medicamento

   Diário do Grande ABC

Agência Estado

          

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, informou nesta quarta-feira que foram estabelecidas três metas para acelerar o prazo de análise de registro de medicamentos na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Segundo ele, um dos objetivos é zerar até dezembro a fila de pedidos de registro para medicamentos e cosméticos com mais de seis meses. Também haverá um esforço para reduzir para 45 dias a primeira avaliação de interesse do pedido para a saúde e para a inovação.
Padilha informou ainda que a divisão da Gerência Geral de Medicamentos da Anvisa em três áreas trará um ganho no prazo com fluxo específico para cada produto. Além disso, segundo ele, o processo que antes era analisado por três a quatro técnicos passará a ser avaliado por um único técnico. A gerência de medicamentos será dividida nas áreas de medicamentos novos e inovação, genéricos e similares e medicamentos biológicos.
Segundo o ministro, as medidas são importantes para ajudar a baixar o preço dos remédios para a população e para as compras governamentais. Segundo ele, quanto mais competição maior a possibilidade de redução nos preços. Padilha afirmou que as medidas também estimularão a produção nacional de medicamentos porque um dos problemas é justamente o prazo de análise da Anvisa. Segundo ele, há pedidos que levam entre um ano e um ano e meio para serem aprovados. O ministério quer reduzir esse prazo em 40%.
De acordo com o ministro, também está em análise um conjunto de medidas para o setor de cosméticos e que na quinta-feira haverá uma reunião na Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) para discutir medidas específicas que reduzam os prazos e estimulem a produção.
Reajuste de planos
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, evitou comentar se há preocupação do governo em relação aos reajustes dos planos de saúde a partir de maio. Segundo ele, existe uma regra e uma lei que tratam sobre o reajuste.
"A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) tem toda autonomia técnica para cumprir a lei. A ANS está analisando e cumprirá exatamente o que está na lei", disse. O ministro participou da reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC

sexta-feira, 29 de março de 2013

Alice elogia presença de farmacêuticos nas unidades do SUS



A deputada Alice Portugal (PCdoB) elogiou a aprovação, na semana passada, do Projeto de Lei de autoria da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que torna obrigatória a presença de profissional de farmácia nas unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). “Trata-se de uma vitória da sociedade brasileira, uma vez que a assistência farmacêutica constitui uma das atribuições do SUS e está intrinsecamente ligada à promoção da saúde”, disse.


Alice Portugal, que é presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Assistência Farmacêutica, afirmou que há anos os profissionais de farmácia lutam para mudar esta situação que perdura no SUS, onde boa parte das unidades de saúde pública do país não conta com o farmacêutico como responsável por essa assistência.

Para Alice “tal ausência faz com que o manuseio de produtos farmacêuticos seja feito por pessoas que não possuem a qualificação adequada para o exercício dessa função, gerando riscos para a saúde da população”, pontuou.

A deputada destacou que o profissional que melhores condições reúne para garantir a qualidade de um medicamento é o farmacêutico, “pois tem a sua formação dirigida ao medicamento. Sem o farmacêutico, todo o programa de Assistência Farmacêutica resultaria inevitavelmente, em má qualidade”.

A deputada parabenizou a Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados; o relator do projeto, deputado Dr. Jorge Silva (PDT-ES); como também a senadora Vanessa Grazziotin pela aprovação do projeto.

Da Redação em Brasília
Com informações da Ass. Dep. Alice Portugal

quarta-feira, 20 de março de 2013

Farmacêuticos no SUS

 

 
O Presidente do Conselho Federal de Farmácia (CFF), Walter Jorge João, anunciou, em primeira mão, aos Conselheiros Federais e Diretores de Conselhos Regionais, a aprovação, hoje (20.03) do Projeto de Lei nº 4.135/12, que determina a presença do farmacêutico nas Unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). O PL foi aprovado, por unanimidade, na Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF), da Câmara dos Deputados. O anúncio foi feito durante a Reunião Geral dos Conselhos de Farmácia, que está sendo realizada, no Hotel Nacional, em Brasília.
A divulgação desta informação nos meios de comunicação do CFF não feita de imediato tendo em vista que o Presidente do CFF estava aguardando a confirmação da presença do Deputado Jorge Silva (PDT/ES), relator do PL, na Reunião Geral dos Conselhos de Farmácia. O Deputado Jorge Silva acaba de aceitar o convite e estará participando da Reunião, amanhã, dia 21 de março, às 10 horas.
De acordo com o Deputado, em seu relato, “A assistência farmacêutica, efetivada pelo profissional competente para isso, o farmacêutico, deve ser prestada de forma adequada em todos os serviços de saúde que dispensem medicamentos, principalmente naqueles que estão sob a responsabilidade estatal. O medicamento bem utilizado é o recurso terapêutico de maior custo e efetividade, mas o uso inapropriado constitui um problema de saúde pública mundial”.
ORIGEM - O PL original, de autoria da Senadora e farmacêutica Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), prevê que as Unidades de Saúde do SUS, que dispõem de farmácias, drogarias ou dispensários de medicamentos, ficam obrigadas a manter em seus quadros, profissional farmacêutico habilitado e inscrito no respectivo Conselho Regional de Farmácia.
A Proposta tramita em regime de prioridade e em caráter conclusivo. O PL continua na Câmara e segue para a análise da Comissão de Finanças e Tributação e Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Farmácias privadas conveniadas oferecem medicamentos gratuitos

 

 
Além das unidades básicas de saúde que disponibilizam mais de 160 medicamentos e dos 17 estabelecimentos da Farmácia Popular instalados em Salvador, o usuário do SUS conta com mais uma opção para ter remédios de graça ou com até 90% de desconto: a rede conveniada “Aqui tem Farmácia Popular”.

Os estabelecimentos conveniados possuem cartazes indicando que naquela unidade o cidadão pode ter acesso a remédios com até 90% de desconto ou gratuitos. Ao total, são quase 90 drogarias privadas que tem o selo do Programa, distribuídas pela capital.

Quinze medicamentos para hipertensão, asma e diabetes são gratuitos. Outros 24 remédios, incluindo os utilizados no tratamento da osteoporose, rinite e doença de Parkinson, além de fraldas geriátricas, são vendidos com descontos.

Para receber os medicamentos é necessário que o paciente apresente a carteira de identidade com foto, CPF e receita médica, que tem validade por quatro meses. Para um parente ou amigo retirar o medicamento é preciso apresentar procuração reconhecida em cartório, além das cópias dos documentos pessoais do procurador e do paciente.

Veja também:
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Farmácias e drogarias credenciadas no Aqui tem Farmácia Popular
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Medicamentos gratuitos disponibilizados
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Medicamentos a venda com desconto disponibilizados

Governo abre vagas para pesquisa com medicamentos no exterior

Pesquisadores brasileiros serão treinados e poderão acompanhar por, pelo menos um ano, projetos de desenvolvimento e pesquisa de medicamentos em três centros especializados no exterior: Cambridge, na Inglaterra; Paris, na França, e Frankfurt, na Alemanha. O intercâmbio poderá ser feito a partir dos próximos meses, pelo Programa Ciência sem Fronteiras e a expectativa de especialistas e de autoridades do governo brasileiro é que o treinamento supra um déficit de conhecimento científico sobre pesquisa e desenvolvimento de medicamentos, que ainda serão produzidos e que estão em fase de testes iniciais de segurança.

Na tarde desta terça-feira, representantes do Ministério da Educação (MEC) e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) assinam parceria com o grupo farmacêutico francês Sanofi. Pelo acordo, que está em estudo há seis meses, o grupo vai disponibilizar os centros de pesquisa especializados para a imersão dos pesquisadores e, em contrapartida, o governo federal vai arcar com as despesas do aluno, por meio de bolsas de estudo.

"O déficit nesse setor é muito grande e talvez esta seja uma das razões pela qual o Brasil não avançou em inovação tanto quanto outros países", avaliou Jaderson Lima, diretor de Alianças Médicas e Científicas da Sanofi. Segundo ele, os pesquisadores vão retornar para o Brasil capacitados para assumir as pesquisas e contribuir para ampliar, no futuro, o acesso da população brasileira a medicamentos inovadores, desenvolvidos em território nacional.

"Se amanhã, a Sanofi ou qualquer empresa do setor quiser montar um centro na área pré-clínica no Brasil vai precisar de profissionais qualificados", explicou. De acordo com Lima, os pesquisadores selecionados serão treinados por, no mínimo, um ano no exterior. "Esses profissionais vão ser treinados em projetos que já temos e que estão em curso. Não serão projetos hipotéticos. Eles vão trabalhar lado a lado com pesquisadores para que o treinamento seja o mais pragmáticos e eficiente possível", garantiu.

O processo de inscrição segue os padrões já definidos pelo programa brasileiro, que há mais de dois anos têm concedido bolsas para estudantes brasileiros que querem se especializar no exterior. Lima disse que a programação do treinamento já foi concluída e que os centros estão prontos para receber os pesquisadores. Segundo ele, o início do intercâmbio depende, agora, da seleção dos candidatos. Os pesquisadores brasileiros interessados têm que ter pós-graduação em nível de doutorado, para se inscrever nos editais de pós-doutorado pelo site do programa.

Jorge Almeida Guimarães, presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoas de Nível Superior (Capes), vinculada ao MEC, antecipou que a parceria deve atrair outras empresas do setor farmacoquímico e aumentar as oportunidades de especialização de profissionais brasileiros nessa área.

A meta do governo é conceder 101 mil bolsas, em diversas áreas, para estudantes brasileiros até 2015, sendo que 75 mil delas seriam bancadas pelo governo federal e o restante com ajuda da iniciativa privada.

Autoridades em educação e na área científica apostam que a oferta de bolsas de estudo para graduação, pós-graduação, doutorado e pós-doutorado em várias áreas de conhecimento, pode viabilizar mais rapidamente as inovações no País. Neste caso específico da indústria farmacoquímica, a expectativa é que o treinamento aponte soluções de saúde inovadoras, que possam ser usadas no Brasil e no mundo para atender às necessidades dos pacientes.

Pelo Ciências sem Fronteira, os estudantes podem fazer estágio em outros países, aproximando-se de sistemas educacionais competitivos em relação a tecnologia e inovação. O programa também atrai pesquisadores do exterior que queiram estudar, por um tempo determinado, no Brasil.


Agência Brasil

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Mulheres são mais sensíveis a medicamentos que homens

 



Cientistas passaram a descobrir que mulheres são mais sensíveis e têm respostas colaterais mais adversas para vários medicamentos, a começar pelos remédios para dormir, como notificou recentemente a agência sanitária dos EUA, a Food and Drug Administration (FDA). No caso em específico, foi relatado que um remédio para insônia, o Intermezzo, é metabolizado por homens mais rapidamente que em mulheres. O princípio ativo da droga é o zolpidem, usado em outros medicamentos de mesma finalidade, como o Ambien. Por causa da diferença de efeitos, a FDA reduziu pela metade a dose recomendada para o sexo feminino.
O Intermerzzo, como o nome sugere, é usado para pacientes que têm insônia na metade da noite e não precisam de uma droga que faça efeito para as oito horas de sono mas, sim, um meio termo. Estudos mostram que mulheres podem ter reações diferentes com tranquilizantes e também com uma gama medicamentos que pode variar de uma aspirina a anestesias.
“É apenas a ponta do iceberg. Há várias diferenças de reações entre homens e mulheres para vários medicamentos, algumas já conhecidas e outras nem tanto.” disse Janie Clayton, diretor do Escritório de saúde Feminina no Instituto Nacional de Saúde, nos EUA, para o jornal New York Times.
A reportagem no jornal americano conta que, até 1993, mulheres em idade fértil eram excluídas de testes de novos medicamentos. A restrição, que terminou este ano, causou uma lacuna na avaliação dos efeitos de remédios em mulheres. A ausência de estudos para esta faixa populacional colocou em xeque até os efeitos da aspirina em mulheres nas indicações para doenças coronarianas e derrames. Um estudo do Government Accountability Office, um equivalente ao Tribunal de Contas da União nos Estados Unidos, indicou que oito em cada 10 drogas retiradas do mercado entre 1997 e 2000 ofereciam mais riscos à saúde para mulheres que homens.
E não é só porque mulheres são menores que os homens.Elas metabolizam os medicamentos de forma diferente porque têm uma porcentagem maior de gordura no corpo e passam, todos os meses, por flutuações nas taxas de hormônios, como no ciclo menstrual. Outro exemplo é o Seldane, um anti-histamínico, e o medicamento para o trato gastrointestinal Propulsid, que dão mais chance a mulheres que homens de desencadear uma arritmia cardíaca fatal.
Mas as diferenças podem também pesar a favor da mulheres. Alguns remédios para pressão alta e antibióticos, como a eritromicina, parecem ser mais eficazes para o sexo feminino. Por outro lado, mulheres tendem a acordar do efeito de anestesia mais rapidamente que homens, além de serem elas as mais sensíveis para os efeitos colaterais, de acordo com a Sociedade para a Pesquisa da Saúde Feminina, também dos EUA. .

Lotes de medicamentos que podem ter causado mortes após exame são recolhidos e não devem ser usados

 

Em Campinas, vai ser divulgado o número dos lotes de soro e contrastes usados nas ressonâncias magnéticas de três pacientes que morreram.

Helen SacconiCampinas, SP

Em Campinas, interior de São Paulo, vai ser divulgado nesta quarta-feira (30) o número dos lotes de soro e contrastes usados nos exames de três pacientes que morreram. Eles fizeram o mesmo exame: ressonância magnética.
Os hospitais não devem mais usar esses lotes, e a recomendação vale para todo o país. Administradores de clínicas e hospitais que fazem o exame devem ficar atentos aos lotes que vão ser divulgados nesta quarta-feira (30) no Diário Oficial e suspender o uso dos produtos por tempo indeterminado.
Na terça-feira (29) duas vítimas foram enterradas em Campinas. Uma terceira vítima será enterrada nesta quarta na Bahia. A Vigilância Sanitária está no hospital para acompanhar todos os trabalhos.
Os técnicos descartam a possibilidade de defeito no equipamento e seguem as investigações sobre os medicamentos usados no exame. Um dos medicamentos é um contraste, que facilita a visualização de um problema e intensifica a imagem para avaliação dos médicos.
“A Agência Nacional de Vigilância Sanitária está no hospital para estender a interdição dos lotes em nível nacional. Não é só interditar, eles provavelmente serão recolhidos pelo produtos para análise e servir de eventual contraprova no futuro”, explica Carmino Antônio de Souza, secretário municipal de Saúde.

Validade dos medicamentos requer atenção, alerta farmacêutica

 

Para facilitar a leitura dessa informação, Anvisa analisa mudanças.
Em Itapetininga, SP, moradores aprovam a medida em estudo.

Do G1 Itapetininga e Região
Comente agora

De acordo com determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), todo medicamento deve conter impresso na embalagem a data de validade e o número do lote. Na maioria das vezes, essas informações são impressas em baixo relevo, mas sem cor. Para muitos consumidores, a leitura dessas informações é difícil, principalmente para quem tem dificuldades de visão.
Conforme mostra reportagem da TV TEM Itapetininga, em Itapetininga (SP), os consumidores afirmam que os dados deveriam estar mais visíveis nas embalagens. Até mesmo quem trabalha com a venda de remédios afirma ter dificuldades para fazer a leitura.
A farmacêutica Aline Michelle Carmago confessa que muitas vezes já precisou recorrer a lupas para fazer a leitura. “Qualquer pessoa tem dificuldade, principalmente, as mais idosas porque a visão está mais debilitada. Fora isso, nós mesmo no balcão precisa utilizar lupas para conseguir enxergar isso na caixa. Eu acredito que esse problema não aparece somente entre a gente. Algumas vezes já constatei erro de informações na nota fiscal dos produtos quando chegam a distribuidora. O número do lote registrado na nota fiscal não é o mesmo que o impresso na embalagem. Acredito que até eles [distribuidores] também têm essa dificuldade”, comenta.
Consumidores têm dificuldades para fazer a leitura de informações nas caixas de remédios. (Foto: Reprodução TV Tem)Consumidores têm dificuldades para fazer a leitura
de informações nas caixas de remédios.
(Foto: Reprodução TV Tem)
Para tentar reverter essa dificuldade a Anvisa analisa uma resolução para deixar essas informações mais fáceis de serem identificadas. Como, por exemplo, a impressão com cores nas embalagens. No entanto, ainda não há um prazo para as empresas se adequarem.
Enquanto as mudanças não são feitas, a farmacêutica da Vigilância Sanitária de Itapetininga, Eliane Maria Leite Alves, recomenda atenção dos consumidores. Já para quem tem dificuldades de enxergar, ela recomenda que a informação seja reescrita na embalagem pelo farmacêutico.
“Procure o farmacêutico ou o balconista de onde está acostumado a comprar o seu medicamento e peça para que ele escreva na embalagem a informação, principalmente a data de validade, de uma forma que o consumidor possa visualizar. Isso é importante para a pessoa não corra o risco de tomar nenhum medicamento vencido”, diz.
Alves alerta que a ingestão de medicamentos foram da validade pode trazer complicações à saúde. “A primeira coisa é que o medicamento não irá fazer o efeito desejado. Não só quando está vencido, mas também quando esse medicamento é armazenado de forma irregular. Com isso, se o paciente precisa tomar insulina, por exemplo, e este medicamento está vencido ou mal armazenado, então a quantidade que será tomada não irá fazer efeito”, explica.
Anvisa analisa mudanças nas embalagens de medicamentos para facilitar a leitura. (Foto: Reprodução TV Tem)Anvisa analisa mudanças nas embalagens de medicamentos para facilitar a leitura. (Foto: Reprodução TV Tem)

CRF-BA comemora Dia do Farmacêutico com Cerimônia de entrega do Mérito Farmacêutico

Na noite do dia 22 de janeiro, no Hotel Marazul, na programação de eventos comemorativos ao dia do farmacêutico, 20 de janeiro, a direção do CRF/BA homenageou com o Mérito Farmacêutico os profissionais que desenvolvem a sua função com maestria e dedicação à saúde do povo baiano.
A honraria foi criada para destacar pessoas que engrandecem a profissão, ou que contribuíram para o desenvolvimento da saúde, no País. Presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Assistência Farmacêutica, a deputada Alice Portugal esteve presente na cerimônia. “Foi muito emocionante a entrega do Mérito Farmacêutico. São profissionais que realmente merecem e honram a profissão”, afirmou a parlamentar, que tem formação em farmácia bioquímica.
A homenagem pelo mérito farmacêutico é constituída de uma medalha e um diploma e este ano foram merecedores os farmacêuticos, Dra. Angela Maria de Carvalho Pontes; Dr. Luiz Roberto de Carvalho; Dra. Marjorie Travassos Reis; Dra. Maria das Graças Pamponet de Oliveira; Dra. Maria Lúcia Fernandes de Castro; Dra. Maria Luiza Mascarenhas; Dr. Nadson Alves Pedreira e Dra. Rita de Cássia Lula Machado. Participaram da solenidade, Dr. Altamiro Santos, Dr. Clóvis Reis, Dr. Cleuber Fontes, Dr Mário Martinelli Junior, Dr. Bruno Viriato Santos (coordenador da Assistência Farmacêutica) Dra. Eliete Bispo (diretora da Faculdade de Farmácia da UFBA), Deputada Federal Alice Portugal, além de professores, farmacêuticos, acadêmicos de Farmácia e funcionários do CRF/BA.



Fonte: http://aliceportugal.org.br

Um terço dos medicamentos vendidos no Brasil é falso

São Paulo – Só neste mês de janeiro, a Agência Nacional de Saúde (Anvisa) identificou, apreendeu, destruiu e proibiu a comercialização de lotes do hormônio do crescimento Hormotrop, o esteróide Durateston e o antianêmico Hemogenin, além do Viagra e do Cialis, ambos contra a disfunção erétil. Segundo a agência, a decisão se deve pelo risco que os medicamentos falsificados representam à saúde.
Com base em dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP) estima que um terço dos medicamentos vendidos no Brasil é falsificado. São produtos que tiveram suas fórmulas e data de validade adulteradas por organizações criminosas que utilizam laboratórios clandestinos e os comercializam por meio do contrabando.
A falsificação de medicamentos é crime no Brasil, que pode ser punido com até 15 anos de prisão. No entanto, tem aumentado. Segundo dados da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), que reúne os maiores laboratórios, em 2008 foram apreendidas 500 mil unidades de medicamentos falsos (comprimidos e ampolas). Em 2010, o número subiu para 18 milhões.
Um relatório da Faculdade de Farmácia da Universidade de Londres, divulgado em dezembro passado, reforça que os países pobres e em desenvolvimento são os que mais sofrem com a pirataria. Para se ter uma ideia, segundo o documento, entre 15% e 50% de todos os remédios para tratar malária na África e em parte da Ásia eram falsificados. Para a Organização Mundial da Saúde, todos os países devem reforçar suas agências e investir na detecção desses produtos.
"A falsificação é menor nos países desenvolvidos porque as instituições estão consolidadas, são conhecidas e respeitadas. E se forem desrespeitadas, há punição para os infratores", diz o presidente do Fórum Nacional contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP), Edson Vismona. “Nos países em desenvolvimento não funciona assim. As instituições não se consolidaram e a impunidade é grande. Um convite à ilegalidade.” Como lembra o advogado, há diversos produtos falsificados que a população compra mesmo sabendo não se tratar de originais. "Mas no caso dos medicamentos é diferente. As pessoas compram enganadas, colocando em risco sua saúde.”
Conforme alerta Vismona, os medicamentos falsificados geralmente são encontrados em farmácias inidôneas, ilegais, localizadas nas periferias das grandes cidades e em sites da internet. Também são contrabandeados de outros países. E embora não seja muito comum no Brasil, em países vizinhos, como o Paraguai, eles são oferecidos nas ruas, por vendedores ambulantes. Os falsificados mais vendidos são imitações de medicamentos contra a disfunção erétil, como o Viagra e o Cialis. “Por isso, orientamos o consumidor a procurar estabelecimentos sérios, conhecidos, que não vão colocar em risco sua reputação vendendo produtos falsos.”
Uma grande preocupação, segundo Vismona, é que esses medicamentos também chegam à rede hospitalar. “Por isso, os hospitais, públicos e privados, devem aperfeiçoar seus mecanismos de farmacovigilância, identificando os medicamentos que não são originais antes que sejam utilizados. Do mesmo modo, os processos licitatórios devem ter cuidado redobrado, assegurando a compra de produtos originais, efetivamente especificados nos processos de compra”, afirma.
Em nota, a Anvisa afirmou que a fiscalização sobre a venda de medicamentos é feita prioritariamente pelos órgãos de vigilância sanitária nos estados e municípios, que realiza um trabalho de parceria e suporte técnico junto com os órgãos de vigilância sanitária locais e esferas policiais para coibir a venda irregular de medicamentos e que o objetivo do trabalho conjunto é identificar e desmontar as quadrilhas especializadas na produção, publicidade e venda de produtos sem registro. Ainda segundo a assessoria de imprensa do órgão, a agência monitora a venda de produtos irregulares pela internet, que já levou ao fechamento de laboratórios e distribuidoras de medicamentos clandestinos, a apreensão de toneladas de produtos irregulares, além das prisões, autos de infrações e notificações.
Sancionada há quatro anos, a Lei 11.903, que determina o rastreamento de todos os medicamentos produzidos, dispensados ou vendidos em todo o Brasil por meio de sistema de identificação exclusivo com uso de tecnologia de captura, armazenamento e transmissão eletrônica de dados. Pela lei, que ainda não foi implementada em sua totalidade, a Anvisa tem de desenvolver e aplicar o Sistema de Controle de Medicamentos, o que ainda está em discussão.


Por Cida Oliveira/ Rede Brasil Atual






França quer proibir prescrição de Diane 35 para fins anticoncepcionais

A Agência Nacional de Segurança dos Medicamentos e dos Produtos de Saúde (ANSM) da França anunciou nesta segunda-feira (28) que vai pedir às autoridades sanitárias do país que proíbam a prescrição do remédio Diane 35 para fins anticoncepcionais, noticia a revista Época. Originalmente, a pílula era um medicamento contra a acne, que, por seus efeitos contraceptivos, foi adotada por quase 315 mil mulheres em toda a França. A medicação também é comercializada no Brasil. "É preciso parar com esse uso ambíguo e sua utilização como contraceptivo. É uma situação que durou tempo demais", disse Dominique Maraninchi, diretor-geral da ANSM, em entrevista à rádio parisiense RTL. Segundo a revista, a instituição divulgou no fim de semana que seu uso foi diretamente associado a quatro mortes por trombose ocorridas nos últimos 27 anos. Também são consideradas suspeitas outras 25 mortes que teriam como causa coágulos sanguíneos.


bahia noticias

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Atendimento de farmaceuticos em drogarias e muito valorizado por consumidores

Levantamento exclusivo Datafolha/ICTQ mostra que profissionais farmacêuticos são considerados importantes para 95% dos entrevistados
Pesquisa nacional inédita comprova a valorização do farmacêutico entre consumidores. Para 95% dos 1.611 entrevistados em 12 capitais brasileiras, a presença desse profissional nas farmácias é importante. E 90% consideram o farmacêutico importante para a saúde do consumidor. Esses dados fazem parte do levantamento finalizado em dezembro de 2012 pelo Instituto Datafolha em conjunto com o Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ), especializado em educação continuada, com foco no mercado farmacêutico.
A quase unanimidade da relevância atribuída ao farmacêutico é fruto de uma série de transformações positivas vividas no setor. A começar pelo consumidor, que está cada vez mais consciente de seus direitos. “Muitos estabelecimentos passaram a respeitar a lei [federal número 5.991, de 1973], que obriga a presença de um farmacêutico durante todo o período de funcionamento”, observa Marcus Vinícius Andrade, diretor do ICTQ.
Juntam-se a isso as campanhas dos conselhos federal e regionais pela valorização desse profissional, que tem ajudado a estimular a consciência da sua presença nas farmácias e drogarias. “No entanto, ainda existe certa dificuldade em identificar o atendente do farmacêutico”, afirma Andrade.
De acordo com o estudo Datafolha/ICTQ, os entrevistados de São Paulo foram os que mais reconheceram o valor dessa especialidade ao julgar a presença do farmacêutico nos estabelecimentos muito importante (87%). A maior visibilidade e respeito do profissional vêm a reboque também do crescimento de vendas apresentado no varejo farmacêutico.

Crescimento do setor em 2013
Segundo a Associação Brasileira de Redes de Farmácia e Drogarias, entre janeiro e setembro de 2012, as 31 grandes redes do ramo movimentaram mais de R$ 18,4 bilhões, índice 17,06% superior ao mesmo período de 2011. Com isso, ampliou-se também o quadro de funcionários em 10,9%, seguido do aumento ainda maior no número de farmacêuticos, cerca de 25%, passando de 9,2 mil para 11,5 mil profissionais no último ano.
Com perspectiva de mais crescimento em 2013, o setor, porém, precisa ficar atento às necessidades dos clientes, entre as quais, a assistência do farmacêutico nos estabelecimentos. “Na contramão da valorização desse profissional, existem empresários e patrões que não reconhecem o trabalho do farmacêutico e oferecem péssimas condições de trabalho, além de baixa remuneração”, alerta Pedro Menegasso, presidente do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP).
Para fortalecer ainda mais a imagem do farmacêutico entre os consumidores, o CRF-SP aproveitou o Dia do Farmacêutico, comemorado em 20 de janeiro, para lançamento de uma campanha maciça na mídia. Para quem atente diariamente no balcão, a maior gratificação desse profissional é poder orientar de maneira correta a utilização de um medicamento.
Essa é a opinião do farmacêutico Heriton Estefanio, de 26 anos, que desde 2009 trabalha como farmacêutico responsável em drogarias. “Durante o atendimento, quando apresentam o receituário, é muito importante saber se a pessoa está iniciando o tratamento, quais outros medicamentos utiliza para avaliar se há algum risco de potencializar ou inibir seus efeitos, descobrir se há risco de alergias, etc.”, diz o profissional. “Não queremos vender o produto, mas oferecer maior segurança ao consumidor.”
Como se sabe, medicamentos podem salvar e matar. A automedicação é a responsável pela morte de 20 mil pessoas por ano no Brasil, de acordo com a Associação Brasileira das Indústrias Farmacêuticas (Abifarma). A maioria dos casos está relacionada à intoxicação e às reações alérgicas. Não é à toa que 68% dos entrevistados na pesquisa Datafolha/ICTQ acreditam que a presença do farmacêutico é muito importante para a saúde.
Em todas as 12 capitais que participaram do estudo, os índices para essa questão superam os 50%. São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Recife e Belém foram as que mais veem como muito importante a relação do farmacêutico com a saúde. “Em lugares mais remotos do Brasil, os números seriam infinitamente mais expressivos, pois são locais onde há deficiência de atendimento médico e o farmacêutico acaba assumindo essa função, se tornando fundamental nas comunidades mais carentes”, observa Andrade, diretor do ICTQ.

Desafios da profissão
Considerado promissor, o profissional graduado em Farmácia encontra um mercado de trabalho em expansão. O farmacêutico não se restringe ao atendimento no balcão. O leque de atuação se estende para várias outras áreas, além do varejo.
Hoje, esse profissional pode seguir carreira na área de logística farmacêutica, na indústria de alimentos e de cosméticos, na vigilância sanitária, nas unidades de saúde pública e privada, entre outros setores.
Isso não significa, porém, que a competitividade nessa profissão não esteja acirrada. Para Andrade, do ICTQ, quem para na graduação terá mais dificuldade de conseguir posições melhores no mercado.
“O profissional sem especialização, que se contenta apenas com a formação acadêmica, será aquele que vai ganhar piso salarial e assumir postos de baixa relevância”, ressalta Andrade. “Sem aprimoramento, o farmacêutico vai perder a chance de aproveitar as oportunidades que se abrem na profissão.”
Segundo o Conselho Federal de Farmácia, existem cerca de 67 mil farmacêuticos registrados no país. A cada ano, entram no mercado aproximadamente 8 mil formandos. De acordo com O CRF-SP, o curso de Farmácia está presente em mais de 400 instituições de ensino superior em todo o país. Dessas, 101 estão localizadas no estado de São Paulo.


Fonte: Assesoria de Imprensa ICTQ







Leia mais: Atendimento de farmacêuticos em drogarias é muito valorizado por consumidores - PFARMA http://pfarma.com.br/noticia-setor-farmaceutico/carreira-farmaceutica/1141-pesquisa-atendimento-de-farmaceuticos-em-drogarias-e-muito-valorizado-por-consumidores.html#ixzz2JP6C2Z6O

Drogaria vai devolver R$ 21 mil desviados do Programa Farmácia Popular


A Drogaria Gusman Ltda. terá que devolver aos cofres públicos R$ 21,7 mil desviados do Programa Farmácia Popular. O acordo firmado com o MPF (Ministério Público Federal) em São Carlos, interior de São Paulo, prevê que os proprietários não se inscrevam novamente no programa do governo federal, pelo prazo de dois anos.
O inquérito civil que havia sido aberto para apurar as irregularidades já foi encerrado. “A reparação dos danos materiais é um dos objetivos da atuação do MPF”, explicou o procurador Ronaldo Bartolomazi, responsável pelo caso. A reparação do dano evita uma ação civil pública e pode reduzir de um a dois terços a pena (em caso de ação penal), já que o MPF pediu à Polícia Federal a instauração de inquérito policial para apurar a eventual prática do crime de estelionato.
O inquérito civil para apurar as irregularidades cometidas pela Drogaria Gusman teve início em outubro de 2011, quando o MPF noticiou a possibilidade de fraudes contra o Programa Farmácia Popular na região de São Carlos. A auditoria realizada pelo Ministério da Saúde confirmou a existência de inúmeras irregularidades cometidas entre dezembro de 2007 e março de 2010.
As proprietárias da Drogaria — que foi formalmente dissolvida em setembro de 2011 —, Fernanda Regina Leal Gusman Lorencetti e Romilda Aparecida Leal Gusman, chegaram a lançar no Sistema Informatizado do Datasus registros fictícios de venda de medicamentos para elas mesmas. Também registraram vendas de medicamentos a clientes (identificados com nome e CPF) que nunca utilizaram o Programa Farmácia Popular, além de usar indevidamente o CRM de médicos e utilizar, nas vendas falsas, receitas médicas sem data ou com data vencida. Regina é farmacêutica.
O Programa Farmácia Popular tem como principal objetivo disponibilizar remédios com preços acessíveis à população de baixa renda. Em alguns casos, o Ministério da Saúde chega a repassar às farmácias credenciadas até 90% do valor do medicamento. Para participar do programa, as farmácias precisam cumprir algumas regras, como registrar todas as vendas em um sistema informatizado específico, desenvolvido pelo Datasus, e emitir o cupom fiscal em duas vias, com nome, CPF e assinatura do paciente. Tanto a cópia do cupom como a cópia da receita médica devem ser guardados pelo prazo de cinco anos.
O MPF investiga as fraudes contra o Programa Farmácia Popular em diversas cidades do interior paulista, com inúmeras ações civis já protocoladas e farmácias condenadas a ressarcir os cofres públicos.






Última Instância/WM




 


Vigilância Sanitária interdita 08 farmácias em Teixeira de Freitas por apresentar irregularidades

Teixeira de Freitas: Nossa equipe de reportagem flagrou o momento em que uma equipe da Vigilância Sanitária Estadual e Municipal fechou no início da noite desta segunda-feira, 28 de janeiro, diversas farmácias em nossa cidade. Após uma blitz nos estabelecimentos comerciais, fiscais sanitários estaduais e municipais interditaram 08 farmácias que estavam funcionando de forma irregular e oferecendo riscos para a população.
A vigilância Sanitária é definida, segundo a Lei Orgânica de Saúde como um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo e o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a saúde (BRASIL, 1990, art. 6º).
Segundo informações do fiscal Edivin Santos Oliveira , já foi feito uma fiscalização prévia nos estabelecimentos e dado um prazo para que o problema fosse resolvido. “Como reincidiram nas irregularidades, as farmácias acabaram sendo interditadas”, disse o fiscal. Ainda segundo o fiscal, as farmácias não oferece em seu quadro de funcionários, um RT (responsável técnico) formado em Farmácia.
Para a coordenadora da Vigilância Sanitária de Teixeira de Freitas, a enfermeira Rosana Vaz de Campos, a falta de um responsável técnico pode resultar na medicação errada dos clientes, além da falta de orientação para o uso correto dos medicamentos. Ainda segundo Rosana, as farmácias só poderão abrir novamente depois de atendidas todas as exigências e forem submetidas a nova vistoria da vigilância.
As farmácias interditadas foram: Farmácia Bahia e Farmácia Regional, ambas na Av. Getúlio Vargas; Droga Rio, na Av. São Paulo; Farmácia Socorro, na Av. Marechal Castelo Branco; Farmácia Indiana, em frente à rodoviária velha e mais 03 farmácias; sendo 02 no São Lourenço e 01 no Castelinho. Essas três últimas não receberam o ofício de interdição, pois já se encontravam fechadas.



Por: Edvaldo Alves/Liberdadenews



quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Grupos farmacêuticos testaram medicamentos em pacientes da Alemanha Oriental


 
AFP - Agence France-Presse
Publicação: 01/01/2013 16:29Atualização: 01/01/2013 21:55
Grupos farmacêuticos ocidentais testaram medicamentos, nos anos 1980, em pacientes de hospitais da República Democrática da Alemanha (RDA), que nem sempre eram informados do fato, afirmou um jornal alemão, citando documentos de arquivo.

"Dispomos de documentos que demonstram que foram assinados contratos entre empresas farmacêuticas ocidentais e instituições da RDA para testar medicamentos", afirmou à AFP uma colaboradora dos arquivos nacionais alemães, confirmando em parte o artigo.

Segundo o jornal alemão Tagespiegel, que estudou detalhadamente os documentos, mais de 50 companhias ocidentais assinaram contratos com o ministério da Saúde da Alemanha Oriental para realizar 165 testes de medicamentos entre 1983 e 1989.

Os testes poderiam fornecer até 860.000 marcos (a moeda da Alemanha Ocidental muito valorizada na RDA comunista), escreve o jornal.

O jornal cita diferentes empresas da época, algumas das quais mudaram de nome depois de terem se fundido ou terem sido compradas: Bayer, Schering, Hoechst (integrada em Sanofi), Boehringer Ingelheim ou Godecke (atualmente Pfizer).

Por vezes os doentes não informados que serviam como cobaias, acrescenta o jornal, citando o caso de sete pacientes que afirmam que não estavam cientes de nada.

A televisão alemã regional MDR, que investigou o fato, cita, sobretudo, o caso de um paciente de 60 anos, Gerhard Lehrer, em cuidados intensivos depois de sofrer um enfarto no hospital de Dresde em 1989.

Depois de ter tomado medicamentos "especiais", "que não eram comercializados", receitados por um médico no hospital, seu estado piorou ainda mais.

Estas pastilhas, cujos alguns exemplares foram conservados pela esposa de Lehrer, resultaram ser placebos para um estudo encomendado pela Hoechst, segundo testes de laboratório realizados a pedido da MDR.

Cientistas desenvolvem vacina que reduz em 90% o vírus da aids





Josep Maria Gatell, chefe de Doenças Infecciosas do Hospital Clínic de Barcelona, onde foi realizado o estudo, disse nesta quarta-feira (2) que este novo passo na pesquisa sobre a aids demonstra que é possível conseguir uma vacina terapêutica para controlar a replicação do vírus de maneira permanente.
"Não chegamos lá, mas nos aproximamos", especificou Gatell em entrevista coletiva, ao ressaltar que o achado "é um passo muito significativo".

A vacina descoberta por uma equipe do Hospital Clínic é a que conseguiu obter uma melhor resposta virológica até o momento, mas só alcança o controle do vírus da aids durante um máximo de 12 meses, por isso que nos próximos quatro anos o grupo de pesquisadores trabalhará para combiná-la com outras estratégias.

O pesquisador principal do estudo, Felipe García, cujo descobrimento foi publicado pela revista "Science Translational Medicine", explicou que nenhum outro grupo de pesquisa chegou até hoje a uma capacidade de destruição do vírus de 90% de média.

"Na aids falamos de branco ou preto, temos que conseguir a cura funcional - controlar o vírus sem anti-retrovirais", disse.

O descobrimento do grupo de pesquisadores é uma peça importante, embora não definitiva, na obtenção de uma vacina terapêutica, que evite a tomada de fármacos.

Os anti-retrovirais têm possíveis efeitos tóxicos a longo prazo e representam um custo muito elevado que faz com que a manutenção do tratamento ameaçada, sobretudo em países em vias de desenvolvimento.

Se conseguir a vacina definitiva, no entanto, seria um tratamento muito mais acessível.
Concretamente, o que esta vacina terapêutica alcança é uma mudança muito relevante no equilíbrio entre o vírus e a resposta imunológica do organismo.
Assim, o avanço apresentado hoje é mais um passo para obter a cura da aids, uma doença que afeta cerca de 30 milhões de pessoas no mundo todo.

Fonte: Terra