terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Descoberta pode levar a medicamentos capazes de inibir metástase de cancros

Uma equipa liderada por cientistas do Scripps Research Institute, nos EUA, identificou um elemento essencial de uma estratégia comummente usada pelas células tumorais para sobreviver quando se espalham para órgãos distantes, avança o portal ISaúde.
A descoberta pode levar a medicamentos capazes de inibir a metástase em doentes com tumores primários.
Uma célula que rompe com o tumor primário e chega à corrente sanguínea ou a um novo órgão normalmente é destruída por um processo conhecido como apoptose. Mas as células tumorais que expressam altos níveis de uma proteína na superfície são protegidas da morte, aumentando muito a sua capacidade de colonizar órgãos distantes. Como esta proteína bloqueia a apoptose e promove a metástase tinha sido um mistério até agora.
Os resultados da pesquisa actual mostram que não é a alta expressão da proteína por si só que protege uma célula do tumor, mas, sim, a rachadura da proteína causada pelas enzimas proteolíticas. Esta rachadura desencadeia uma cascata de sinalização da célula do tumor que impede a apoptose.
"Acreditamos que uma estratégia razoável para inibir a metástase seria tentar evitar a clivagem da proteína usando anticorpos ou pequenas moléculas de medicamentos que se ligam ao sítio de rachadura da proteína", afirma a autora da pesquisa, Elena I. Deryugina.

Papel fundamental
A proteína da superfície celular estudada na pesquisa é conhecida como CDCP1. Em 2003, o professor James P. Quigley e os seus colegas descobriram que esta proteína é altamente expressa em células tumorais humanas propensas a sofrer metástase.
Posteriormente, os investigadores encontraram evidências adicionais de que CDCP1 desempenha um papel fundamental, permitindo a metástase. Estudos clínicos relataram a proteína em vários tipos de tumores e ligaram a sua presença a piores resultados para os pacientes.
Estudos realizados em 2010 mostraram que a maioria das proteínas CDCP1 na membrana celular pode ser rachada por proteases serina. Este evento parece levar à activação bioquímica do fragmento interno da proteína por um processo chamado fosforilação da tirosina, neste caso envolvendo a proteína Src ligada ao cancro.
"O que faltava era uma evidência em animais vivos que ligava bioquimicamente CDCP1 ao bloqueio da apoptose e ao sucesso da metástase", revela Deryugina.
No novo estudo, Deryugina e os seus colegas utilizaram células renais embrionárias humanas (HEK) para encontrar esses indícios. As células renais foram modificadas para expressar o gene para CDCP1.
A equipa injectou essas células em embriões de galinha e descobriu que as proteínas CDCP1 de HEK começaram a ser reduzidas por enzimas residentes para a forma mais curta. Após 96 horas, as proteínas já não eram detectáveis no tamanho normal antes da rachadura.
As células HEK expressando a proteína eram quatro vezes mais prováveis de sobreviver nos embriões de galinha do que aquelas que não expressavam CDCP1. Os mesmos resultados foram obtidos com células HEK que expressam uma forma mutante, não-clivável da proteína.
A equipa, em seguida, fez experiências em animais vivos com células humanas de cancro da próstata, que expressam CDCP1 naturalmente e confirmaram que a rachadura de CDCP1 por uma enzima protease serina é o evento-chave que promove a sobrevivência de células tumorais.
"Quando bloqueamos a redução de CDCP1 utilizando o nosso exclusivo anticorpo anti-CDCP1 ou adicionando um composto que inibe selectivamente enzimas serina protease, CDCP1 não foi rachada e as células CDCP1 perderam quase toda a sua habilidade para colonizar os tecidos de embriões de galinha" relatam os autores.
Segundo os cientistas, o bloqueio de CDCP1 parece ser uma estratégia promissora para reduzir o risco de metástase em vários tipos de cancro

Portal POP

Anvisa abre consulta pública sobre rotulagem de medicamentos

A Agência Nacional de Vigilância (Anvisa) abriu consulta pública hoje (31) para que sejam apresentadas críticas e sugestões à proposta de resolução que estabelece regras para a rotulagem de medicamentos. A resolução está publicada no Diário Oficial da União. A Anvisa quer rever a norma referente à rotulagem de medicamentos e propõe, entre outros pontos, mais flexibilização para os dizeres legais contidos nas embalagens dos produtos. A proposta de resolução está disponível na íntegra na página da Anvisa na internet.
As sugestões podem ainda ser encaminhadas por escrito, em formulário próprio, para um dos seguintes endereços: Agência Nacional de Vigilância Sanitária/Gerência Geral de Medicamentos, SIA Trecho 5, Área Especial 57, Brasília-DF, CEP: 71.205-050; ou para o Fax: (61) 3462-5563; ou para o e-mail: cp12.2012@anvisa.gov.br.
Terminado o prazo, a Anvisa vai negociar com os órgãos e entidades envolvidos para que indiquem representantes nas discussões posteriores a fim de consolidar o texto final.
A documentação da Consulta Pública e o formulário para envio de contribuições permanecerão à disposição dos interessados no endereço http://www.anvisa.gov.br/divulga/consulta/index


Fonte Jornal do Brasil

EUA aprovam medicamento contra câncer de pele mais comum

Comentar 1As autoridades americanas aprovaram nesta segunda-feira um novo medicamento para tratar a forma mais comum de câncer de pele (o carcinoma de células basais), que não costuma ser letal, mas pode se expandir se não for tratado. O novo medicamento, Erivedge (vismodegib), é fabricado pelo laboratório Genetech, filial americano da gigante farmacêutica suíça Roche e foi aprovado pela Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA, na sigla em inglês). Este medicamento é o primeiro efetivo em pacientes cujo carcinoma se expandiu tanto localmente quanto para outras partes do corpo, ou inclusive ter feito metástase.
Um teste com 96 pacientes mostrou que 30% das pessoas com metástase mostraram uma remissão parcial depois de usar o medicamento, uma pílula ingerida uma vez por dia. Entre os pacientes cujo câncer tinha se expandido localmente, 43% tiveram remissão total ou parcial das lesões.
"O medicamento é para pacientes com carcinomas de células basais avançados a nível local, mas que não são candidatos para cirurgia ou radioterapia e para pacientes cujo câncer se expandiu para outras partes do corpo", disse a FDA.
O medicamento inibe as vias moleculares envolvidas no câncer, como a via Hedgehog, disse Richard Pazdur, diretor do Departamento de Produtos de Hematologia e Oncologia do Centro de Avaliação e Pesquisa da FDA. Os efeitos colaterais desta droga incluem espasmos, perda de cabelo, perda de peso, náuseas, diarreia, fadiga, distorção do paladar, vômitos, constipação e perda do gosto na língua.
Anualmente são diagnosticados nos Estados Unidos mais de 1 milhão de novos casos de carcinomas de células basais, porém, menos de 1 mil são fatais, segundo o Instituto Nacional do Câncer

PORTAL TERRA

Indústria farmacêutica promete 14 bilhões de tratamentos para ajudar a eliminar nove doenças tropicais

A indústria farmacêutica baseada em pesquisas anunciou a doação de 14 bilhões de tratamentos nesta década em apoio à eliminação ou controle de nove principais doenças tropicais negligenciadas (DTNs). Com uma média de 1,4 bilhões de tratamentos ao ano, a doação aproveita os programas de doações de medicamentos existentes das empresas que já beneficiam milhões de pessoas em todo o mundo. O anúncio de hoje ocorre juntamente com uma colaboração de DTN entre as empresas farmacêuticas, a Bill & Melinda Gates Foundation, os governos dos EUA e do Reino Unido, organizações internacionais, e governos dos países endêmicos.
Pelo menos um bilhão de pessoas em todo o mundo - uma em sete pessoas - sofrem de DTNs. Todos os anos as DTNs matam ou incapacitam desproporcionalmente milhões de pessoas pobres, principalmente nas áreas tropicais e subtropicais.
Estas doações ocorrem após um anúncio da Organização Mundial de Saúde (OMS) das novas metas para DTNs cuja eliminação ou controle podem ser alcançados com um fornecimento e distribuição adequados dos medicamentos mais relevantes. Para um impacto máximo, estas doações se concentram nas nove DTNs que representam mais de 90 porcento do impacto global das DTNs.
'Há décadas as empresas farmacêuticas individuais pesquisam, desenvolvem e doam medicamentos contra doenças e para melhora das vidas dos pacientes', disse Eduardo Pisani, Diretor Geral da International Federation of Pharmaceutical Manufacturers and Associations (IFPMA). 'A indústria farmacêutica baseada em pesquisas hoje doa em conjunto outros 14 bilhões de tratamentos para ajudar a eliminar estas doenças debilitantes. Este é o nosso compromisso como parceiros a ajudar a eliminar as DTNs e melhorar a saúde dos pacientes'.
Além da doação de medicamentos, a indústria farmacêutica baseada em pesquisas dá suporte à luta contra as DTNs com trabalho de construção de capacidade e inovação médica nos países em desenvolvimento. A indústria farmacêutica baseada em pesquisas foi a segunda maior financiadora de Pesquisa e Desenvolvimento de doenças negligenciadas em 2010, chegando a mais de USD 500 milhões.



Fonte: Rede Anhanguera de Comunicação

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Brasil reforça ações de saúde com Cuba e Haiti

Ministro da Saúde visita os dois países, com comitiva presidencial. Há projetos para aprofundar cooperação com Cuba e reconstrução de unidades de saúde no Haiti O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, desembarca nesta segunda-feira (30) em Cuba, em comitiva da presidenta Dilma Rousseff, com a missão de aprofundar ainda mais a cooperação em pesquisas, desenvolvimento de medicamentos e transferência tecnológica entre os dois países. Acordos bilaterais já existentes envolvem 38 projetos na área de saúde, 12 deles tidos como prioritários – referem-se principalmente à terapia e ao diagnóstico de diferentes tipos de câncer, tratamento de diabetes e produção de vacinas preventivas e terapêuticas. Na quarta-feira (1º/2), a comitiva chega ao Haiti, país que teve liberados R$ 69,9 milhões no ano passado pelo governo brasileiro para ações de saúde, agricultura e defesa.
“A integração de esforços é fundamental para que possamos produzir em nosso próprio país cada vez mais medicamentos e vacinas que beneficiem a população brasileira e nos permitam economizar recursos”, ressalta o ministro. “Além disso, a atuação cooperada entre Brasil e Cuba na reestruturação da saúde no Haiti possibilita que sejamos mais eficazes no atendimento a uma população tão sacrificada depois do desastre de 2010”.
O Ministério da Saúde já negocia com Cuba o fortalecimento de ações em saúde bucal, com a utilização de conhecimento obtido com o programa Brasil Sorridente, existente desde 2004 no Brasil. Também está em negociação a capacitação de profissionais cubanos para o aperfeiçoamento de bancos de leite em Cuba e do processamento do produto, ação que visa a melhoria da saúde materno-infantil. O controle da qualidade de medicamentos e medidas regulatórias também estão em discussão.
RECONSTRUÇÃO DE UM PAÍS – Os ministérios da Saúde do Brasil e de Cuba atuam em ações conjuntas na reconstrução do setor no Haiti. Desde 2004, por mandato da Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil chefia a Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (MINUSTAH). Além de manutenção da paz, exerce ajuda humanitária, ampliada depois do terremoto de janeiro de 2010 naquele país.
Dos R$ 135 milhões garantidos em lei para repasse do governo brasileiro ao Haiti, R$ 69,9 milhões foram executados em 2011 em ações de saúde, agricultura e defesa. Entre as ações coordenadas pelo governo brasileiro estão a recuperação de dois laboratórios (já em fase avançada) e a construção de quatro unidades de saúde; aquisição de equipamentos e insumos de saúde – como a entrega de tratamentos para o cólera e de 30 ambulâncias, ocorrida em 2011 –; bolsas para capacitação de 2 mil agentes comunitários e 500 técnicos em saúde. Como um dos resultados do trabalho do governo brasileiro na qualificação da gestão assistencial e de vigilância epidemiológica, o Haiti deverá ter no primeiro semestre do ano uma campanha de vacinação massiva contra poliomielite, sarampo e rubéola.


Por Géssica Trindade, da Agência Saúde – ASCOM/MS

UC produz primeiro medicamento radiofarmacêutico português

Fármaco auxilia diagnóstico para vários tipos de neoplasias É no ciclotrão que o medicamento é desenvolvidoO primeiro medicamento radiofarmacêutico português vai ser lançado no mercado no dia 3 de Fevereiro, numa cerimónia a decorrer no Auditório dos Hospitais da Universidade de Coimbra (UC).
Com o nome de FDG•UC (Fluodesoxiglucose[18F] UC), o fármaco desenvolvido na Universidade de Coimbra através do Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS), obteve Autorização de Introdução no Mercado (AIM) pelo Infarmed (Instituto Nacional da Farmácia e do Medicamento).
Em entrevista ao Ciência Hoje, o vice-reitor para a área da investigação da UC, Amílcar Falcão, explica que o medicamento desenvolvido é um radiofármaco utilizado como meio auxiliar de diagnóstico fundamentalmente para vários tipos de neoplasias. "É utilizado nos exames PET (Tomografia de Emissão de Positrões), permitindo aos médicos uma avaliação muito precisa do estádio da doença e o planeamento da terapêutica individualizada de acordo com as necessidades dos doentes”.
Segundo o também director técnico do ICNAS Produção, a formulação desenvolvida apresenta várias diferenças em relação às já existentes, “distinguindo-se pela sua qualidade (em cerca de 250 processos de síntese o controlo de qualidade nunca falhou), estabilidade (12 horas contra um máximo de 10 horas conseguidas por outras formulações), fiabilidade (acima dos 97 por cento contra valores que em geral nem os 90 por cento atingem) e rapidez (a preparação do radiofármaco pelo nosso processo demora cerca de metade do tempo por comparação com os processos conhecidos)”.
Amílcar Falcão é vice-reitor para a área da investigação da UCO medicamento representa ganhos significativos para o Serviço Nacional de Saúde (SNS) porque, até ao momento, Portugal encontrava-se “dependente da importação proveniente da vizinha Espanha”, afirma o especialista. Para além disso, a aprovação do medicamento pelo Infarmed é “um inequívoco sinal da qualidade da formulação e da capacidade de colocar a investigação ao serviço da comunidade”, acrescenta.
Sendo um medicamento radiofarmacêutico, o tempo que medeia entre a sua produção e a sua utilização é um factor crítico. Portanto, agora que é produzido em Coimbra, a duas horas de Lisboa e do Porto, “a perda de radioactividade é muito menor” porque chega aos utilizadores mais rapidamente do que quando a sua proveniência é Madrid ou Sevilha. E como “aquilo que conta para os exames PET é a radioactividade do fármaco, facilmente se percebe que a ‘potência’ do nosso medicamento é maior do que a proveniente dos centros de produção espanhóis”, explica Amílcar Falcão. Assim sendo, “as nossas doses, ao permitirem fazer mais exames, acabam por representar ganhos para o SNS sem qualquer perda de qualidade do serviço prestado aos doentes”, conclui.
A UC tem outros medicamentos preparados para futura entrada no mercado. “O nosso plano estratégico permite-nos antever a entrada no mercado de quatro ou cinco novos medicamentos radiofarmacêuticos nos próximos três anos. Temos em carteira várias moléculas a ser testadas, mas devido à constante procura de novas soluções, a seu tempo iremos apostando naquelas que forem consideradas as opções mais inovadoras e capazes de contribuir para maiores ganhos em saúde”, adianta o investigador.



Fonte Ciencia Hoje

O IPEA vai identificar novas oportunidades de drogas genéricas

 A divisão de propriedade intelectual e ciência (IP & Science) da Thomson Reuters anunciou um acordo com o IPEA (Instituto de Pesquisa Economica Aplicada) do Brasil. Esta parceria dá à Diretoria de Estudos e Políticas Setoriais para Inovação, Regulação e Infraestrutura (DISET) do IPEA acesso ao pacote de produtos Newport, incluindo inteligência farmacêutica genérica e ferramentas para a busca por ingredientes farmacêuticos mundiais.
O IPEA, uma fundação pública federal ligada à Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da Républica do Brasil, fornece apoio técnico e institucional ao governo para o desenvolvimento de políticas públicas e programas de desenvolvimento no Brasil. No âmbito do IPEA, a DISET realiza estudos e avalia políticas públicas sobre ciência, tecnologia e inovação.
A DISET usará Newport para encontrar novas oportunidades de melhorar a infraestrutura farmacêutica do Brasil. Além da extensa informação sobre drogas genéricas disponibilizada pelo pacote de produtos Newport, o grupo terá acesso ao módulo de negócios com genéricos Newport, oferecendo integração contínua de aproximadamente 10.000 negócios das indústria de genéricos desde 1999.
'Nós estamos entusiasmados com o banco de dados Newport', disse o professor Eduardo Fiuza, membro da diretoria de Estudos Setoriais da DISET. 'Eu nunca vi tanta informação a respeito e capabilidades para o mercado de drogas genéricas montados em um banco de dados único. Ele certamente vai acelerar nossa busca de dados e contribuirá para nossa extensa investigação sobre o mercado farmacêutico brasileiro'.
'Este é um excitante período na evolução do desenvolvimento farmacêutico do Brasil e nós temos a satisfação da parceria com a DISET para garantir que ela atinja suas metas', disse Jon Brett-Harris, vice-presidente executivo da Thomson Reuters. 'Newport é uma ferramenta essencial à revelação de novas oportunidades no mercado de drogas genéricas, enquanto dados sobre fusão e aquisição (M&A, sigla em inglês) em nosso módulo de negócios pavimentará o caminho para futuro progresso econômico'.




Fonte: PR Newswire

domingo, 29 de janeiro de 2012

Laboratório Teuto cresce 40% em 2011

 Aumento da capacidade de produção criou novos postos de trabalho e oportunidades de promoção interna.
O Laboratório Teuto obteve um forte aumento de produção e vendas, em 2011. A empresa registrou crescimento de cerca 40% nas vendas, em relação ao ano anterior. A expansão da planta fabril e o investimento em tecnologia foram alguns dos fatores que mais contribuíram para esse crescimento.
No ano passado, a indústria farmacêutica inaugurou a maior planta industrial do Brasil para a produção de antibióticos em pó injetáveis. Além disso, os investimentos em novas áreas e tecnologia ultrapassaram os 40 milhões de reais em 2011. E para 2012, serão mais 40 milhões.
Com o aumento da sua capacidade de produção, o Teuto ampliou o seu quadro de funcionários com a criação de aproximadamente 200 novos postos de trabalho. Internamente, 650 colaboradores foram promovidos por meio de seleção interna.
"A geração de novos postos de trabalho no Teuto é condizente com a realidade da região e do Estado", analisa o gerente administrativo e de recursos humanos, Marco Aurélio Cardoso. "Conseguimos cumprir o plano de crescimento do quadro de colaboradores para atingirmos nossas metas de produção e aplicamos políticas de RH atrativas para retenção e contratação de novos colaboradores".
Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), na passagem de outubro para novembro de 2011, Goiás foi o estado em que a indústria mais cresceu. A região registrou um crescimento na produção industrial de 11,6%, quase o dobro do segundo colocado, o Paraná (5,4%).
Institucional-O Laboratório Teuto, pioneiro na produção de medicamentos genéricos no Brasil, hoje é modelo para a indústria farmacêutica nacional. Há mais de 60 anos no mercado e instalado em uma área total de um milhão de metros quadrados, com 105 mil metros quadrados de área construída - a indústria tem o maior complexo farmacêutico da América Latina e possui mais de 500 apresentações de medicamentos, entre genéricos, genéricos de marcas (similares), MIP, linha hospitalar, fitoterápicos, suplementos alimentares e cosméticos. No final de 2010, a empresa teve 40% de suas ações adquiridas pela norte-americana Pfizer. A parceria do Teuto com a Pfizer, a maior indústria farmacêutica do mundo, reafirmou ainda mais que "Se é Teuto é de confiança".

Anvisa quer facilitar o desenvolvimento de antirretrovirais genéricos. Especialistas elogiam iniciativa

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) abriu uma consulta pública para definir novas regras sobre a produção de medicamentos de referência, como os utilizados contra a aids. A autarquia quer facilitar o acesso a informações que permitam aos laboratórios realizarem testes para comprovar se o remédio genérico ou similar tem o mesmo efeito do “original”. Para especialistas que atuam no movimento social de luta contra a aids, a medida pode acelerar a produção nacional de antirretrovirais. Nos casos de medicamentos de uso apenas hospitalar ou distribuídos em programas específicos, às vezes os laboratórios que desenvolvem os estudos têm dificuldade em adquirir o produto de referência, atrasando os testes. Com a proposta, a Anvisa quer obrigar os fabricantes desses remédios a venderem o produto.
O diretor-presidente da Agência, Dirceu Barbano, afirmou que essa medida pode acelerar a entrada de concorrentes no mercado, especialmente para os tratamentos de alto custo e com poucas alternativas terapêuticas disponíveis. “As empresas reduzirão o tempo para o registro de um novo medicamento, pois não terão dificuldades em ter acesso aos produtos de referência para teste”, disse.
Segundo a assessoria de imprensa da Anvisa, a proposta obriga o acesso a informações também de remédios patenteados. Os laboratórios privados e públicos poderão desenvolver e registrar esses produtos, mesmo que impossibilitados de comercializá-los.

Ativistas apoiam iniciativa
“Depois de anos de retrocesso e falta de transparência na política nacional de medicamentos, temos uma ação importante”, avaliou Mário Scheffer, doutor pela Faculdade de Medicina da USP com uma pesquisa sobre a incorporação de antirretrovirais no País.
“A notícia é boa porque o Brasil perdeu o pioneirismo de licenciamento compulsório e as multinacionais compraram empresas privadas brasileiras que fabricam genéricos”, acrescentou Mário, referindo-se ao licenciamento compulsório adotado pelo Brasil em 2007 para a produção e distribuição nacional do efavirenz. O remédio era patenteado e, por isso, o País estava impedido de produzir e fornecê-lo.
“Se desenvolvermos e registrarmos os medicamento que estão sob patente, no dia seguinte ao fim da exclusividade poderemos utilizar nossa produção”, afirmou o militante e professor da USP, Jorge Beloqui.
Para Jorge a iniciativa da Anvisa beneficia, além da pessoas que vivem com aids, portadores de muitas outras doenças.

Antirretrovirais no Brasil
Segundo informações do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, o Brasil fornece 20 medicamentos contra a aids. Destes, 7 são poduzidos nacionalmente (estavudina, indinavir, lamivudina, saquinavir, tenofovir, zidovudina, lamivudina/zidovudina), 10 são importados (abacavir, atazanavir, darunavir, enfuvirtida, etravirina , fosamprenavir, lopinavir, raltegravir, ritonavir, tipranavir) e 3 são de produção mista (didanosina, efavirenz, nevirapina).

Os 10 antirretrovirais produzidos no Brasil (incluindo os três de produção mista) vêm em 14 apresentações, envolvendo 6 laboratórios públicos e um privado.
Os 10 exclusivamente importados vêm em 24 apresentações, envolvendo 6 laboratórios.
Em relação aos 13 importados, levando-se em consideração os de produção mista, 9 tiveram a patente concedida ou estão em exame no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Intelectual): enfuvirtida, raltegravir (400mg), etravirina (100mg), didanosina EC (250mg e 400mg), atazanavir (200mg e 300mg), darunavir (75mg, 150mg e 300mg), fosamprenavir (suspensão oral e 700mg), lopinavir/r (100+25mg, 200+50mg e solução oral) e Tipranavir (solução oral e 250mg).
Nesta quinta-feira, dia 26, o Departamento não soube informar se o ritonavir (solução oral) continua sob proteção patentária.

Serviço
A consulta pública da Agência Nacional de Vigilância Sanitária foi publicada nesta quarta-feira e ficará disponível por 60 dias no site www.anvisa.gov.br.


Fábio Serrato

Dicas de Entrevista
Anvisa

Assessoria de Imprensa

(61) 3397-2379



Mário Scheffer

Tel.: (11) 3258-7729



Jorge Beloqui

Tel.: (11) 5084-6397



Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais

Assessoria de Imprensa

Tel.: (61) 3306 7051/ 7033

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Medicamentos anti-malária falsificados põem em risco milhões de vidas

O alerta foi dado por investigadores internacionais que colaboraram num estudo financiado pela instituição filantrópica Wellcome Trust: actualmente estão a ser usados em África medicamentos falsos ou de má qualidade para tratar a malária e que poderão pôr 'milhões de vidas em risco'.
Estes medicamentos contrafeitos - alguns deles oriundos da Ásia - poderão afectar milhões de pessoas dado que poderão fazer com que os parasitas da malária ganhem resistência às substâncias usadas actualmente para tratar esta doença, que se estima que mate 800 mil pessoas por ano.
Este estudo foi levado a cabo por cientistas do Wellcome Trust, Mahosot Hospital (instalado no Laos) e Oxford University Tropical Medicine Research, que publicaram as conclusões no Malaria Journal.
Os investigadores examinaram medicamentos anti-malária verdadeiros e contrafeitos que estiveram à venda em 11 países africanos, entre os anos de 2002 e 2010.
No decurso da investigação os cientistas descobriram que alguns medicamentos contrafeitos continham uma mistura de ingredientes farmacêuticos errados que, numa fase inicial, aliviavam os sintomas da malária mas que não a curavam, descreve a BBC.
Pior: alguns ingredientes detectados nos medicamentos contrafeitos poderão causar graves efeitos secundários, especialmente quando misturados com outros medicamentos que o utilizador possa estar a tomar, como anti-retrovirais para tratar o HIV (que também infecta milhões de pessoas no continente africano).
Para além de não ser eficaz e de potenciar efeitos secundários graves, os medicamentos contrafeitos para tratar a malária podem ainda – de forma mais grave – servir para que o parasita da malária desenvolva resistência aos medicamentos que são usados para tratar a doença.
Foi o que aconteceu, no passado, a medicamentos contendo cloroquina e mefloquina. O mesmo poderá acontecer agora com a artemisinina, um dos componentes mais eficazes para combater a malária.
Os investigadores afirmam que pequenas quantidades de artemisinina estão a ser colocadas nos medicamentos contrafeitos para que possam passar nos testes de qualidade, mas não em quantidades suficientes para serem eficazes. E isso, naturalmente, poderá fazer com que o parasita da malária ganhe resistência a esta droga, alerta o estudo.
O investigador que liderou esta investigação, Paul Newton, pediu aos governos africanos que tomem medidas urgentes para combater este comércio de medicamentos contrafeitos para trata a malária.
'Se esta acção falhar, milhões de vidas estarão em risco, particularmente crianças e mulheres grávidas', disse Newton, citado pela BBC.
'O enorme investimento em desenvolvimento, avaliação e distribuição de medicamentos contra a malária é desperdiçado se aquilo que as pessoas efectivamente tomam - devido a descuido ou criminalidade - é de baixa qualidade e não cura', acrescentou ainda o mesmo responsáveis.

Fonte: Público (Lisboa)

Genéricos chegarão ao mercado em menos tempo



A Consulta Pública nº 10/2012 ficará aberta por 60 dias

Está aberta a Consulta Pública nº 10 da Anvisa para definir novas regras para os medicamentos de referência. A principal novidade da proposta é a obrigatoriedade de que os fabricantes destes medicamentos forneçam os produtos para aquisição. Isso vai garantir que os laboratórios possam fazer os testes de bioequivalência que são necessários para o registro de genéricos e similares.
Para comprovar que o medicamento genérico ou similar tem o mesmo efeito que o medicamento de referência, os laboratórios precisam realizar estudos comparando o produto pronto com o produto que será registrado. Mas para isso é necessário que o medicamento de referência seja adquirido no mercado, o que nem sempre é fácil de ser feito. Nos casos de medicamentos de uso apenas hospitalar ou distribuídos em programas específicos, os laboratórios que desenvolvem os estudos podem ter dificuldade em adquirir o produto de referência, atrasando a entrada de novos genéricos no mercado.
O Diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, afirma que esta é mais uma medida para acelerar a entrada de concorrentes no mercado, especialmente para os tratamentos de alto custo e com poucas alternativas terapêuticas disponíveis. “As empresas reduzirão o tempo para o registro de um novo medicamento, pois não terão dificuldades em ter acesso aos produtos de referência para teste”, afirma Barbano.
Outra novidade da norma é o detalhamento de mais critérios sobre como os medicamentos de referência são escolhidos pela Anvisa. Esta definição é fundamental para toda a indústria de medicamentos no Brasil, pois o medicamento de referência é considerado como o padrão ouro para novos produtos.
A Consulta Pública nº 10/2012 ficará aberta por 60 dias e está disponível para a participação de qualquer pessoa por meio do site da Anvisa.

Fonte: Anvisa

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Anvisa investiga excesso na prescrição de ansiolíticos

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) acaba de lançar a segunda edição do Boletim do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC). De acordo com nota do órgão, o documento revela que as substâncias controladas mais consumidas no Brasil são os ansiolíticos Clonazepam, Bromazepam e Alprazolam. A descoberta está baseada no estudo da comercialização de medicamentos controlados no País, de 2007 a 2010, e deve promover apurações aprofundadas em 2012.
Para se ter uma ideia, só em 2010, a venda do medicamento Clonazepam, conhecido como Rivotril, saltou de 29,46 mil caixas em 2007 para 10,59 milhões em 2010. A venda do psicotrópico Bromazepan chegou a

4,4 milhões de unidades, e do Alprazolam, a 4,3 milhões. Esses três medicamentos são usados no tratamento dos distúrbios da ansiedade, mas apenas sob prescrição médica. E é isso que a Anvisa quer saber se está dentro da normalidade, já que o levantamento detectou que, atualmente, cresce o volume de receituários de controle especial prescritos por veterinários e odontólogos, superiores à quantidade prescrita por médicos.

Em 2010, dos quatro tipos de receituários existentes, veterinários utilizaram a receita especial em 16% das suas prescrições. Já os odontólogos a utilizaram em 15,4% dos casos, e os médicos, em apenas 8% do total de suas prescrições especialmente indicadas para problemas dermatológicos.

Vale lembrar que a agência passou a monitorar com maior rigor os casos considerados atípicos, envolvendo os medicamentos controlados desde 2009, quando o País passou a discutir a prescrição indiscriminada de remédios para emagrecer. Em outubro de 2011, a Anvisa baniu do mercado os emagrecedores à base de anfetamina, porque pesquisas apontavam para o risco de esses medicamentos causarem problemas cardíacos e ao sistema nervoso central.

Fonte Jornal da Manhã

CHMP dá parecer positivo à extensão da indicação do Rebif®

A Merck Serono anunciou que o Comité para o Uso Humano de Medicamentos (CHMP) da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) deu uma opinião positiva para a extensão da indicação de Rebif® (interferão beta-1a), tratamento para a Esclerose Múltipla (EM) de Surto Remissão. A opinião positiva do CHMP refere-se à utilização de Rebif® de 44 microgramas três vezes por semana em doentes que tenham já sofrido um evento desmielinizante (também conhecido como Sindroma Clinicamente Isolado, ou CIS, na sigla em inglês), sinal precoce da doença, e que estão em alto risco de ter uma evolução para EM, avança comunicado de imprensa.
“Este é um passo importante para que o Rebif® esteja disponível em toda a Europa para os doentes com os primeiros sinais de Esclerose Múltipla”, afirmou Annalisa Jenkins, responsável global das áreas Médica e de Desenvolvimento da Merck Serono. "Melhorar o acesso ao Rebif® e apoiar o seu uso adequado é parte do nosso compromisso contínuo para com as pessoas com esta doença devastadora", acrescentou.
Além de actualizar a indicação de Rebif®, a recomendação do CHMP inclui uma actualização da secção “Posologia”, adicionando a posologia aprovada de Rebif® para o primeiro evento desmielinizante e uma actualização da secção de “Propriedades farmacodinâmicas” resumindo o desenho e os resultados principais do estudo REFLEX.
A submissão da alteração tipo II extensão da indicação de Rebif® foi suportada pelos resultados do estudo REFLEX. Este estudo foi conduzido com a formulação de Rebif® sem SAH, que está disponível em todos os países da União Europeia, Austrália, Canadá e Suíça, bem como em diversos países na Ásia, América Latina, África e Médio Oriente.

Fonte RCM Pharma

Estudo revela que médicos prescrevem antibióticos em doses inadequadas

Um levantamento realizado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), no Brasil, revela que os médicos estão a prescrever antibióticos em doses insuficientes ou inadequadas para o tratamento de doenças respiratórias. A pesquisa, publicada recentemente na revista científica BMC Infectious Diseases, alerta para o perigo de um aumento da resistência aos medicamentos pelos pacientes e consequente dificuldade no tratamento, avança o portal ISaúde. Veja aqui a pesquisa na íntegra.
Entre os antibióticos mais receitados pelos médicos, encontram-se a Azitromicina de 500 mg QD, Amoxicilina 500 mg e Levofloxacina 500 mg QD, respondendo por 58% das prescrições. Para alcançar os resultados do estudo, os investigadores avaliaram os padrões de prescrição médica em adultos de São Paulo.
Os dados sugerem a necessidade de reconsideração da forma como esses antibióticos são administrados em pacientes adultos. Além disso, segundo a pesquisa, este tipo de levantamento poderia ser utilizado para optimizar padrões de prescrição para regiões específicas em função da resistência aos mesmos antibióticos.
Para o levantamento, verificou-se a dose média prescrita por dia para os antimicrobianos mais frequentes, com base no número total de menções (em milhares) para o produto específico, número de menções (em milhares) por dose e participação percentual de cada dosagem em formulário para os últimos 12 meses. Antimicrobianos prescritos em menos de 1% da população, como Cefuroxima, Claritromicina, e Ceftriaxona intramuscular não foram incluídos na análise final.

A pesquisa foi realizada e publicada pelo Laboratório Especial de Microbiologia Clínica da Unifesp.



Fonte rcm Pharma

sábado, 14 de janeiro de 2012

Abeso apóia projeto de lei que proíbe Anvisa de restringir produção de medicamentos anorexígenos

Se aprovada, lei poderá beneficiar mais de 30 milhões de brasileiros com obesidade.

A Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica) manifesta apoio ao Projeto de Lei 2431/11 que visa proibir o cancelamento do registro sanitário de medicamentos anorexígenos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). O projeto de autoria do deputado Felipe Bornier (PHS - RJ), que tramita em caráter conclusivo na Câmara de dos Deputados, vai defende a criação de métodos do controle mais rígidos ao invés da atual proibição.
A presidente da Abeso, Dra. Rosana Radominski, reitera a importância da manutenção da comercialização dos fármacos anorexígenos. “A obesidade é uma epidemia que cresce ano a ano, no país. Menos da metade dos obesos conseguem perder peso ou manter o peso perdido apenas com as medidas tradicionais. Manter o acesso a esses medicamentos assegura ao paciente o direito ao tratamento e ao médico, a possibilidade de escolha ética do medicamento. Os medicamentos são eficazes e seguros, quando bem indicados”, explica ela. O tratamento da obesidade está diretamente ligado à manutenção da qualidade de vida, além do controle e prevenção de outras doenças correlacionadas como o diabetes, hipertensão, insuficiência renal e acidente vascular cerebral – atualmente, a doença responsável pelo maior índice de mortalidade entre brasileiros.

Portal Fator

Analgésico é inimigo real quando consumido de forma abusiva

Muitos recorrem a analgésicos disponíveis no mercado para o controle da dor, mesmo que não tenham acompanhamento de um profissional médico

Muitos recorrem a analgésicos disponíveis no mercado para o controle da dor, mesmo que não tenham acompanhamento de um profissional médico

Adriel Arvolea

Quem nunca tomou aspirina que atire a primeira bula. Recorrer a analgésicos para o alívio da dor é um hábito comum entre as pessoas, muitas vezes até exagerado e que foge ao próprio controle. Prova disso é o levantamento realizado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), órgão do governo americano que revela, nos Estados Unidos, ter triplicado o número de mortes por overdose de analgésicos de 1990 a 2008. Dessa forma, o quadro diagnosticado reflete um comportamento que ultrapassa a fronteira americana, mas que chega a um consenso universal: a preocupação das autoridades mundiais de saúde com relação ao consumo desse tipo de medicamento.

Basicamente, os analgésicos disponíveis no mercado são enquadrados em três categorias: analgésicos opioides - controle da dor, para o tratamento de dor aguda e crônica; analgésicos não–opioides - anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) para o tratamento de dores de intensidade leve e moderada, e os de ação antitérmica para dores de intensidade leve e moderada; e os analgésicos adjuvantes - administrados por outras razões que não a dor.

Para comprar analgésicos opioides e os adjuvantes, é possível somente com a retenção da receita especial em duas vias. Os analgésicos não–opioides, como AINEs (anti-inflamatórios não-esteroidais), deveriam ser vendidos sob prescrição médica, mas para alguns deles não é necessário. Exemplo: a aspirina, pois é um medicamento para a prevenção de infartos e derrames, mas em pessoas asmáticas pode desencadear crises agudas.

De acordo com a Drª Tatiane Catroque Simal, farmacêutica da Farmazul, é preciso cuidado e o acompanhamento de um profissional para o devido consumo do remédio. “Têm analgésicos com o objetivo de tratar sintomas ou doenças leves de forma rápida. Todavia, exigem cuidados devido à automedicação para que seja evitada a intoxicação, interações medicamentosas e o uso indevido. Idosos, gestantes e crianças, por exemplo, devem procurar sempre o médico para utilização de qualquer medicamento”, explica Simal.

Apesar do alívio da dor ou de qualquer outro sintoma, os efeitos colaterais provocados pelo uso de medicamentos são reais. “Os mais prejudiciais ao organismo sem orientação médica são os anti-inflamatórios, seguidos por analgésicos. A combinação de medicamentos sem indicação médica é um problema sério. Além do fato de um remédio anular o efeito do outro, pode desencadear diversos danos à saúde, como irritação gástrica, úlceras pépticas, hemorragias ocultas e do trato gastrintestinal, alterações renais e hepáticas, entre outros”, reforça a farmacêutica.

Nesse sentido, mais do que informar sobre o uso correto de medicamentos, o farmacêutico tem o importante papel de orientar o cidadão sobre todas as questões que envolvem a saúde: desde o perigo da automedicação até os cuidados que devem ser tomados para a eficácia do tratamento. “Um medicamento utilizado de forma incorreta ameaça a saúde e põe a vida em risco. Seja por orientação do vizinho, da mãe ou mesmo do ‘Doutor Google’, recomenda-se sempre procurar orientação médica ou farmacêutica. Além disso, é preciso alertar as pessoas que ao se automedicarem correm o risco de mascarar uma doença que está por trás dos sintomas”, conclui.

PSICOLOGIA

Do ponto de vista psicológico, a profissional clínica Rosane Rodrigues Marques diz que os seres humanos apresentam baixa tolerância à dor, preferindo recorrer às medicações, ou seja, ao alívio imediato. Dessa forma, muitos recaem na questão da hipocondria, ou seja, mania de doença em que a pessoa tem a crença infundada de padecer de uma doença grave.

“O melhor remédio para prevenir o abuso de medicamentos é a informação para conscientizar as pessoas dos riscos. Outro aspecto importantíssimo é entender que tudo começa na nossa mente, sobretudo nos hábitos que elegemos para o nosso dia a dia. Portanto, valorizar a simplicidade de estar vivo, trocar maus hábitos por hábitos saudáveis - respeitar as horas necessárias de sono, respeito ao físico praticando atividades com consciência, equilíbrio na alimentação diária e bom senso para lidar com nossas angustias básicas são sinais de amor para consigo mesmo”, esclarece a psicóloga.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Medicamento cria super-micróbio mais ameaçador ao homem

Que os micro-organismos podem se tornar resistentes aos medicamentos é algo que vem preocupando a comunidade científica há muito tempo.

Mas agora, pesquisadores belgas descobriram um parasita que não apenas se tornou imune ao medicamento que o combatia, como também se tornou mais eficiente em driblar o sistema imunológico humano.

Segundo eles, 'com algum exagero, podemos afirmar que a prática médica ajudou a criar uma supermicróbio. Parece que a luta contra o medicamento armou melhor o micróbio contra seu hospedeiro' - neste caso, o homem.

'Tanto quanto sabemos, esta é a primeira vez que um organismo duplamente armado aparece na natureza', completa Manu Vanaerschot, da Universidade de Antuérpia.

Parasita resistente aos medicamentos

Vanaerschot estava estudando a Leishmania, um organismo unicelular que causa a leishmaniose, uma séria ameaça sobretudo nas regiões tropicais.

A Leishmania é um especialista em se adaptar a diferentes ambientes, e é o único organismo conhecido na natureza a desrespeitar uma regra básica da biologia: a de que os cromossomos devem sempre vir aos pares.

Ocorre na Índia a maior parte dos casos de leishmaniose fatal, causada pela Leishmania donovani.

Há décadas a doença vem sendo tratada com compostos à base de antimônio.

Como era de se esperar, o parasita se adaptou à crescente pressão ambiental induzida pelos medicamentos, e evoluiu para uma forma resistente aos antimonianos.

Em 2006, o tratamento passou a ser feito com outras drogas, porque os primeiros pacientes começaram a morrer sem responder ao tratamento com os medicamentos convencionais.

Duplo armamento

Os medicamentos à base de antimônio trabalham em parceria com o sistema imunológico para matar o parasita.

Aparentemente, isto deu à Leishmania donovani a oportunidade para se armar contra os dois.

Ela não apenas se tornou resistente contra a droga, como também agora resiste melhor aos macrófagos, as células defensoras do sistema imunológico humano.

Segundo os cientistas, somente não há ainda uma prova absoluta da super-resistência do parasita porque obviamente não se pode propor um experimento desse tipo em seres humanos.

Mas tudo sugere que a Leishmania resistente não apenas sobrevive melhor em humanos, como também é mais eficiente em tornar as pessoas doentes - ela tem o que os pesquisadores chamam de uma maior 'virulência', embora não se trate de um vírus.

Evolução benéfica

Esta é a primeira vez que a ciência encontra um organismo que se beneficia sempre do desenvolvimento da resistência a uma droga.

Normalmente a resistência somente é útil para o patógeno quando ele está sendo bombardeado pelos medicamentos, mas lhe traz prejuízo em situações 'normais' para ele, inibindo sua proliferação.

Nestes casos, o micro-organismo acaba gastando energia e recursos em uma nova propriedade sem utilidade, o que é uma desvantagem para ele - imagine usar um colete salva-vidas o tempo todo, mesmo quando você não está na água.

Medicamentos que criam superbactérias?

Será que nossos medicamentos estão criando supermicróbios ou superbactérias?

Esta é uma questão legítima, e o fenômeno terá que ser melhor investigado.

Mas isto não implica que seja melhor parar de desenvolver novos medicamentos - a Leishmania resistente, por exemplo, pode ser destruída por uma droga mais recente, a miltefosina.

Contudo, o problema levanta, no mínimo, a questão de um uso mais sábio dos medicamentos.

Já se sabe, por exemplo, que a resistência aos antibióticos vai além da ingestão incorreta dos medicamentos.

Essa é a única alternativa a uma corrida desenfreada pelo desenvolvimento de novos medicamentos e de novas combinações de medicamentos, que apenas levarão a um círculo vicioso de superbactérias e novos medicamentos que só trará prejuízos ao homem.

Outra tendência a ser evitada é a crescente medicalização de diversas condições, que passam a 'exigir' medicações, apenas pela pressão do mercado.

Fonte: Diário da Saúde

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Anabolizante ilegal é vendido em Salvador

Um produto de anabolizantes em comprimidos, disfarçado de suplemento alimentar, tem virado febre entre jovens frequentadores de academias de ginástica de Salvador. Mesmo ilegal no Brasil, o M-Drol é obtido pelos usuários de forma clandestina em lojas legalizadas de suplementos alimentares nos bairros nobres da capital baiana.
Foi o que flagrou A TARDE durante a última semana de 2011. A reportagem adquiriu, por um custo total de R$ 400, dois frascos da mercadoria ilegal em dois estabelecimentos comerciais. O primeiro foi no shopping Paseo, no Itaigara. Inaugurada em julho, a loja Nutribox é especializada em suplementos alimentares para ganho e perda de peso. Nas prateleiras, há uma variedade de produtos importados que chegam a custar até R$ 250.
 Mas para uma clientela mais específica – normalmente jovens ávidos pelo aumento rápido da massa muscular – a loja oferece produtos anabólicos, que não estão expostos nas prateleiras. É o caso do M-Drol, que tem registrado uma demanda regular, como atesta o vendedor Alexandre Andrade, que atendeu a equipe de reportagem. 'Você não encontra ele em qualquer lugar, mas eu consigo aqui, porque tem uma grande clientela da gente que sempre quer', afirmou o atendente, que se disse nutricionista.
A venda não se dá de forma imediata e o produto não chega a ser oferecido espontaneamente ao cliente. É necessário mostrar interesse pelo uso de anabolizantes. Antes de chegar ao M-Drol, o vendedor mostrou um leque de suplementos alimentares considerados eficientes para o aumento mais rápido da musculatura.

Somente após a equipe de reportagem enfatizar a necessidade de acelerar a aquisição de músculos e citar o produto como referência –  inclusive falando sobre a chegada do verão, quando garotos exibem corpos supermusculosos pelas praias da capital  – o atendente não titubeou em anunciar que a casa tinha o M-Drol à disposição, embora tenha feito ressalvas sobre a toxidade da substância.
A embalagem com 90 comprimidos foi retirada de uma gaveta do balcão de atendimento, onde havia outros exemplares do produto. A partir de então, o vendedor  não mostrou qualquer constrangimento em comercializar um produto ilegal, como ele admitiu. 'É difícil de encontrar porque o laboratório que produzia já fechou. Quem pegou, pegou. Quem não pegou, se deu mal.  E ele não é permitido no Brasil'.
Nota - A reportagem foi a um segundo estabelecimento citado, o Cia dos Suplementos,  localizado na Avenida Princesa Isabel, na Barra. Lá, não há qualquer reserva no comércio do M-Drol. O produto fica exposto nas  prateleiras à disposição da clientela.
 Dessa vez, o vendedor não fez qualquer restrição sobre os efeitos colaterais da substância. Inclusive, recomendou que fosse dado início imediato ao consumo do anabolizante como forma de ganhar massa muscular rapidamente, mesmo com a ingestão simultânea de bebidas alcoólicas. Na loja, o atendente chegou a conceder  nota fiscal com o nome da mercadoria ilegal, adquirida por R$ 220, após um desconto de R$ 45 na compra à vista.
Ilegalidade - Apesar de o rótulo indicar que o produto é um suplemento alimentar pró-hormonal, o M-Drol é composto pela metasterona, um hormônio esteroide anabolizante que consta da lista de substâncias proibidas pela Agência Mundial Antidoping, segundo consta no portal da Procuradoria Geral da República. Já a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou, por meio da assessoria de imprensa, que o produto M-Drol  não é registrado pelo órgão. Segundo a assessoria, dados sobre apreensão de anabolizantes poderiam ser obtidos com as vigilâncias sanitárias locais, já que é deles a responsabilidade de fiscalizar o mercado.
 A chefe do setor de medicamentos da Vigilância Sanitária municipal, Ione Pimentel, disse que o órgão fiscaliza drogarias,  lojas de suplementos alimentares e até academias, mas nunca conseguiu flagrar a comercialização de anabolizantes na capital.
 'O problema é o caixa dois, estoques  de produtos contrabandeados que eles, muitas vezes, não guardam nas lojas, mas até nas residências. Desde 2008 (ano em que ela passou a chefiar o setor) se recebemos duas denúncias foi muito', acrescentou.  Sobre o  M-Drol, ela enfatizou se tratar de ação criminosa. 'Esse caso é pior. É contrabando. É caso de polícia', afirmou a gestora.
O Departamento de Polícia Técnica (DPT) informou, por meio da assessoria de comunicação, na tarde desta segunda, dia 9, que a corregedoria do órgão vai apurar as denúncias publicadas em A Tarde, sobre a comercialização ilegal do anabolizante M-Drol, obtido pela reportagem na loja Nutribox, de propriedade do perito-técnico Pedro Muniz e da esposa dele, Bruna Canuto, no Itaigara. A exemplo da Nutribox, situada no Shopping Passeo Itaigara, onde a equipe de reportagem comprou um frasco de M-Drol, com 90 cápsulas, por R$ 180, outro estabelecimento denunciado foi a loja Companhia do Suplemento, pertencente ao personal trainer Ranieri Carlos Santana, localizada na Avenida Princesa Isabel, na Barra, onde o produto foi vendido por R$ 220.
 A Tarde entregou os dois frascos de M-Drol na Superintendência da Polícia Federal (PF) na Bahia, que foram recebidos pela delegada plantonista Aline Marchesini Pinto,  seguindo orientação do órgão, uma vez que o produto não possui licença da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser comercializado no Brasil.
 De acordo com a delegada, a PF deve aguardar comunicado oficial da Anvisa para, a partir de então, iniciar o inquérito policial, cujo delegado a ser designado para o caso ainda será definido. Por meio da assessoria de comunicação, a Anvisa informou que comunicará a denúncia revelada em A Tarde à Vigilância Sanitária local.
Inauguração - Fotos da Nutribox, na rede social Facebook, mostram os donos da loja entre policiais e autoridades da Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA), como o diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Arthur Gallas, e o titular da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR), Nilton Tormes.
Procurado por A Tarde, Nilton Tormes disse ter ido ao evento social como convidado. 'Eu só tenho a lamentar essa notícia', disse Tormes, antes de ponderar. 'O fato de eu conhecer os proprietários não quer dizer que eu concorde com qualquer tipo de irregularidade', enfatizou, afirmando desconhecer os produtos vendidos na loja. A Tarde tentou ouvir o delegado Arthur Gallas, que, por meio da assessoria de comunicação da Polícia Civil, preferiu não emitir opinião sobre o caso.
Washington Post - No Código da Agência Mundial Antidoping (Wada), a metasterona (hormônio esteroide anabolizante encontrado no produto M-Drol) consta na lista internacional de substâncias proibidas desde 2006. Cinco anos após a proibição, a comercialização do M-Drol no site Amazon.com causou repercussão nos Estados Unidos, em uma matéria publicada pelo jornal The Washington Post, em 19 de janeiro de 2011. O texto da repórter Amy Shipley narra a denúncia feita pelo pesquisador Don Catlin, fundador do Laboratório Analítico Olímpico da Universidade da Califórnia. Presidente da organização não-governamental Pesquisa Antidoping (Anti-Doping Research), Catlin comprou dez supostos suplementos alimentares, entre eles o M-Drol, analisou e comprovou: 'Contém esteroides ilegais e potencialmente perigosos'.
 Fonte: A Tarde

Nova edição do Boletim de Farmacoepidemiologia do SNGPC

Está disponível o novo Boletim de Farmacoepidemiologia do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC), que nesta segunda edição apresenta dados quantitativos obtidos por meio da escrituração eletrônica dos medicamentos sujeitos a controle especial, realizada por farmácias e drogarias do país. O boletim cobre um período significativo de monitoramento sanitário e farmacoepidemiológico e apresenta dados coletados desde maio de 2007 até o final de 2010. Este boletim apresenta informações relativas ao alcance do sistema nos municípios brasileiros, lista os cinco medicamentos sujeitos a controle especial mais consumidos no país, os gastos das famílias brasileiras com as substâncias de maior consumo, a distribuição por tipo de receita e sua relação com os profissionais prescritores, entre outras informações. O Boletim de Farmacoepidemiologia do SNGPC, publicado semestralmente, é um instrumento de retroalimentação de informações sobre prescrição e consumo de medicamentos no país aos diferentes níveis decisórios do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, sociedade civil organizada e público em geral.
Fonte: ANVISA

domingo, 8 de janeiro de 2012

Governo federal envia medicamentos para municípios atingidos pelas chuvas no RJ

 

 

 

 

O Ministério da Saúde anunciou que enviará hoje (5) quatro toneladas de medicamentos para atender a população dos municípios atingidos pelas chuvas no Rio de Janeiro. O material pode atender 30 mil pessoas durante um mês. São antiinflamatórios, antiparasitários, analgésicos, antitérmicos, anti-hipertensivos, ataduras, esparadrapos, luvas, máscaras, cateteres e seringas. A medida integra as ações da Força Nacional do SUS, informou o Ministério da Saúde.

Os medicamentos e insumos são disponibilizados conforme os critérios da Portaria GM nº. 74, de 20 de janeiro de 2009, para atendimento aos municípios atingidos por desastres de origem natural, associados às chuvas, ventos e granizo. Cada pacote é composto por 30 tipos de medicamentos e 18 tipos de insumos estratégicos com capacidade para atender até 500 pessoas desabrigadas e desalojadas por três meses.
“O Ministério da Saúde se preparou para oferecer todo o apoio para os estados e gestores municipais em regiões afetadas por situações de desastres. Além disso, estamos prontos para oferecer o que for necessário para que a população do Rio de Janeiro e outros estados continuem contando com todos os serviços do SUS em seus municípios”, afirmou o secretário-executivo adjunto do Ministério da Saúde, Adriano Massuda.
Segundo ele, o Ministério está em contato permanente com os estados de Minas Gerais e Espírito Santo para atendimento das necessidades. Também estão disponíveis equipes da Força Nacional do SUS, composta por profissionais de vigilância e atenção à saúde, aos três estados mais atingidos pelas enchentes.

Vacina ampliada para os 29 anos

Vacina ampliada para os 29 anos

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FOTO: DIVULGAÇÃO
Segundo a Sesa, entre a população de 21 a 24 anos do Estado, no ano passado, apenas 35% do total compareceram aos postos de saúde para se proteger e evitar a doença que, no Brasil, atinge cerca de dois milhões de pessoas
Entre os adultos de 21 a 24 anos, a cobertura de imunização da doença, na rede municipal, ficou apenas em 35% do total
Até pouco tempo, somente os adultos, até os 24 anos, estavam no grupo prioritário para se imunizar contra a hepatite B. A partir deste ano, preocupado com a baixa adesão dos jovens nas últimas campanhas de vacinação, o Ministério da Saúde amplia a faixa etária para 29 anos, além dos grupos de risco como as gestantes, manicures, caminhoneiros, bombeiros, policiais, doadores de sangue e coletores de lixo.

Só em 2011, 61 pessoas adquiriram a doença no Ceará, número inferior a 2010, com 151 notificações registradas pela Secretaria de Saúde (Sesa). Prova do pouco compromisso da juventude com a prevenção é a cobertura da vacinação. Entre a população de 21 a 24 anos, no ano passado, apenas 35% do total compareceu aos postos de saúde para se proteger e evitar a doença que, no Brasil, atinge cerca de dois milhões de pessoas que sofrem com problemas no fígado.

Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, para ampliar a vacinação serão gastos R$ 45 milhões. De acordo com ele, com o aumento da faixa etária, o governo pretende prevenir o surgimento de casos principalmente entre gestantes. Dados apresentados ontem pelo Ministério da Saúde mostram que, de 1999 a 2010, foram identificados 307.446 casos de hepatites virais no Brasil. Deste total, 56,5% foram hepatites dos tipos B e C. Dos mais de 104 mil casos registrados no período, 12.261 foram contraídos por grávidas.

Para a presidente da Associação Cearense de Portadores de Hepatite (ABC Vida), Agrimeire Leite, essa ampliação é muito bem vinda e era, segundo ela, uma demanda antiga dos movimentos sociais. "A nossa luta agora é para que o poder público aumente a visibilidade das campanhas e faça os jovens comparecerem, tornarem a vacina algo cultural, do cotidiano", afirma.

Para a funcionária dos Correios, Carolina Pantaleão, 26, muitos ainda desconhecem que a imunização exista e esteja, sim, disponível gratuitamente.

"Eu até fui me vacinar. Tomei a primeira dose, mas, quando fui tomar a segunda, disseram que eu já estava fora da faixa etária liberada. É muita desorganização que acaba desestimulando a gente", critica Carolina. O auxiliar administrativo Marcel Cabral, 34, está fora da idade, mas foi ao serviço médico ´brigar´ por uma vacina. "Eu queria muito tomar, mas tive que insistir bastante. A gente que é jovem convive sempre com riscos", diz.

A assessora técnica de imunização de Fortaleza, Renata Dias, comemora a ampliação e diz que a adesão das próximas campanhas será bem maior em 2012.

IVNA GIRÃOREPÓRTER

Genéricos levam economia de mais de R$ 20 bi à população

Nos últimos 12 anos de medicamentos genéricos, os pacientes tiveram economia e qualidade num só produto.

A população brasileira economizou cerca de R$ 22 bilhões comprando medicamentos genéricos, em substituição aos produtos de marca, desde a entrada dessa classe de remédios no Brasil, em 1999. O dado, segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró-Genéricos), mostra que os genéricos estão cada vez mais acessíveis e confiáveis para a população.
Os dados mostram que a intercambialidade - nome dado à troca de medicamentos referência por genéricos, que só pode ser feita por um farmacêutico ou medico - é cada vez mais constante. "Esse número se deve pela maior informação da população, profissionais de saúde e também da classe médica", explica Ítalo Melo, diretor de marketing do Laboratório Teuto, um dos pioneiros na fabricação de genéricos no Brasil.
Em 2011, vários medicamentos importantes perderam a patente. Entre eles estão o Lipitor e o Viagra, dois campeões de vendas do setor. O primeiro, para controle de colesterol, é o fármaco mais vendido do mundo e atualmente pode ser encontrado com a mesma qualidade e confiança, porém com preços no mínimo 35% mais baratos. "A população só tem a ganhar com os medicamentos genéricos. São mais em conta e possuem a mesma qualidade dos medicamentos referência, tudo sob a aprovação do Ministério da Saúde e Anvisa", conta Ítalo Melo.
Com forte crescimento no setor farmacêutico, o país deve se tornar o terceiro maior mercado de genéricos do mundo. "O Brasil tem atualmente a sétima colocação mundial no mercado farmacêutico, ou seja, cerca de R$ 8 bilhões segundo o IMS Health e em 2005 era apenas o décimo. Esse crescimento se deve também ao aumento do poder de compra da Classe C, gerando principalmente uma expansão na venda de genéricos", explica o diretor de marketing da companhia.
Lançamentos-O setor de medicamentos genéricos deve crescer ainda mais em 2012, já que diversas patentes deverão cair. Nos próximos três anos, O Laboratório Teuto tem programado o lançamento de 200 novos produtos entre as classes de medicamentos que possui. Atualmente a empresa conta com mais de 550 apresentações, entre genéricos, que representam 50% da linha, MIP’s (medicamentos isentos de prescrição), linha hospitalar, genéricos de marca (similares), fitoterápicos, suplementos alimentares, cosméticos e produtos para saúde.
Perfil - O Laboratório Teuto, pioneiro na produção de medicamentos genéricos no Brasil, hoje é modelo para a indústria farmacêutica nacional. Há mais de 60 anos no mercado e instalado em uma área total de um milhão de metros quadrados, com 105 mil metros quadrados de área construída - a indústria tem o maior complexo farmacêutico da América Latina. No final de 2010, a empresa teve 40% de suas ações adquiridas pela norte-americana Pfizer. A parceria do Teuto com a Pfizer, a maior indústria farmacêutica do mundo, reafirmou ainda mais que: "Se é Teuto é de confiança".
fonte Fator

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

A Anvisa suspende lotes de medicamentos irregulares

 Nesta quarta-feira (4/1), a Anvisa publicou, no Diário Oficial da União, a suspensão de produtos e medicamentos irregulares, além de anunciar o recolhimento voluntário do medicamento Redsai Stress.A suspensão é definitiva e tem validade imediata após divulgação da medida no Diário Oficial. As pessoas que já tiverem adquirido algum produto dos lotes suspensos devem interromper o uso.


Recolhimento VoluntárioA empresa Bunker Indústria Farmacêutica Ltda fará o recolhimento de todos os lotes e apresentações do medicamento Redsai Stress. O recolhimento é necessário devido ao indeferimento da renovação do registro do medicamento em questão. O produto não deve ser consumido ou comercializado.Confira os produtos e medicamentos suspensos na tabela abaixo: MedidaProdutoEmpresaMotivo

Suspensão da fabricação, distribuição, RE N°3, em todo o território nacional.Medicamento ENALAMED 20mg, lotes 1101789 e1101838, com validade até 12/2012.Cimed Indústria de medicamentos Ltda. Localizada em pouso alegre-MG. O medicamento apresentou desvio constatado nas embalagens primárias e secundárias do medicamento sobredito.

Suspensão da distribuição, comércio e uso RE N°4 em todo o país.Todos os medicamentos fitoterápicos.Energia Pura Comércio de produtos naturais Ltda. Localizada em Itaboraí-RJ.A empresa não possui Autorização de funcionamento para tal atividade, e seus produtos não estão regularizados junto a Anvisa.

Suspensão da fabricação, distribuição, comércio e uso RE N°5 em território nacional. Todos os produtos sob vigilância sanitária. Fabricados por Luiz Gladino.Localizado em Crato- CE.Por não possuir registros e autorização de funcionamento na Anvisa.

Suspensão da distribuição, comércio e uso RE N°6em todo o território nacional.Sabão de enxofre e sabonete de aroeira, e de quaisquer outros produtos sujeitos àvigilância sanitária.Laboratório pérola do Brasil S/A. Localizada em Itaquera- SP.O produto não possui registro e autorização de Funcionamento na Anvisa.

Supensão da distribuição, comércio e uso RE Nº 7em todo o território nacional.Detergente Lava Louças Brimax Neutro.PEDRO ROBERTO PETITME. Localizada em São José-SC.O produto não esta regularizado junto a Anvisa.

Supensão da distribuição, comércio e uso RE Nº 8em todo o território nacional.Shampoo PH Balanceado- pró cisteína concept profissional.Essenciale Indútria e comércio de cosméticos Ltda.Localizada em Varginha-MG.O produto apresentou resultado insatisfatório no ensaio de Identificação de Formaldeído.

Supensão da distribuição, comércio e uso RE Nº 9 em todo o território nacional.Alubrilho e Solubrilho, ede quaisquer outros produtos sujeitos à vigilância sanitária.Mais brilho produtos de limpeza, Ltda. Localizada em, São Ludgero-SC.O produto não possui registro e autorização de funcionamento na Anvisa.

Supensão da distribuição, comércio e uso RE Nº 10 em todo o território nacional.Lote nº 09277 do medicamento Resodic (DiclofenacoSódico 50mg), comprimidos, data fabr. 01/2009 e val. 01/2013.Laboratório químico farmacêutico vitamed, Ltda. Localizada em Caxia do Sul –SC.O produto apresentoudesvio de qualidade nos ensaios de rotulagem e dissolução.



Fonte: ANVISA

A Anvisa suspende lotes de medicamentos irregulares

 Nesta quarta-feira (4/1), a Anvisa publicou, no Diário Oficial da União, a suspensão de produtos e medicamentos irregulares, além de anunciar o recolhimento voluntário do medicamento Redsai Stress.A suspensão é definitiva e tem validade imediata após divulgação da medida no Diário Oficial. As pessoas que já tiverem adquirido algum produto dos lotes suspensos devem interromper o uso.


Recolhimento VoluntárioA empresa Bunker Indústria Farmacêutica Ltda fará o recolhimento de todos os lotes e apresentações do medicamento Redsai Stress. O recolhimento é necessário devido ao indeferimento da renovação do registro do medicamento em questão. O produto não deve ser consumido ou comercializado.Confira os produtos e medicamentos suspensos na tabela abaixo: MedidaProdutoEmpresaMotivo

Suspensão da fabricação, distribuição, RE N°3, em todo o território nacional.Medicamento ENALAMED 20mg, lotes 1101789 e1101838, com validade até 12/2012.Cimed Indústria de medicamentos Ltda. Localizada em pouso alegre-MG. O medicamento apresentou desvio constatado nas embalagens primárias e secundárias do medicamento sobredito.

Suspensão da distribuição, comércio e uso RE N°4 em todo o país.Todos os medicamentos fitoterápicos.Energia Pura Comércio de produtos naturais Ltda. Localizada em Itaboraí-RJ.A empresa não possui Autorização de funcionamento para tal atividade, e seus produtos não estão regularizados junto a Anvisa.

Suspensão da fabricação, distribuição, comércio e uso RE N°5 em território nacional. Todos os produtos sob vigilância sanitária. Fabricados por Luiz Gladino.Localizado em Crato- CE.Por não possuir registros e autorização de funcionamento na Anvisa.

Suspensão da distribuição, comércio e uso RE N°6em todo o território nacional.Sabão de enxofre e sabonete de aroeira, e de quaisquer outros produtos sujeitos àvigilância sanitária.Laboratório pérola do Brasil S/A. Localizada em Itaquera- SP.O produto não possui registro e autorização de Funcionamento na Anvisa.

Supensão da distribuição, comércio e uso RE Nº 7em todo o território nacional.Detergente Lava Louças Brimax Neutro.PEDRO ROBERTO PETITME. Localizada em São José-SC.O produto não esta regularizado junto a Anvisa.

Supensão da distribuição, comércio e uso RE Nº 8em todo o território nacional.Shampoo PH Balanceado- pró cisteína concept profissional.Essenciale Indútria e comércio de cosméticos Ltda.Localizada em Varginha-MG.O produto apresentou resultado insatisfatório no ensaio de Identificação de Formaldeído.

Supensão da distribuição, comércio e uso RE Nº 9 em todo o território nacional.Alubrilho e Solubrilho, ede quaisquer outros produtos sujeitos à vigilância sanitária.Mais brilho produtos de limpeza, Ltda. Localizada em, São Ludgero-SC.O produto não possui registro e autorização de funcionamento na Anvisa.

Supensão da distribuição, comércio e uso RE Nº 10 em todo o território nacional.Lote nº 09277 do medicamento Resodic (DiclofenacoSódico 50mg), comprimidos, data fabr. 01/2009 e val. 01/2013.Laboratório químico farmacêutico vitamed, Ltda. Localizada em Caxia do Sul –SC.O produto apresentoudesvio de qualidade nos ensaios de rotulagem e dissolução.



Fonte: ANVISA

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Um remédio que mate todos os vírus

  Embora as vacinas contra a gripe tenham representado algum alívio para alguns, gripes e constipações continuam a ser companhias muito incómodas para a grande maioria das pessoas. Mas os cientistas afirmam que os espirros, tosses e narizes congestionados, sem contar o mal-estar, em breve poderão ser coisa do passado, avança o Diário Saúde. Tanto optimismo justifica-se pelos últimos progressos sendo feitos rumo à criação de um novo tipo de medicamento, chamado antiviral. Medicamento antiviral Da mesma forma que os antibióticos matam muitos tipos diferentes de bactérias, os antivirais poderão matar múltiplos vírus. E, quanto falam em múltiplos vírus, os cientistas pensam desde os vírus da gripe comum até aos muito mais ameaçadores, como os vírus causadores da hepatite e, possivelmente, até mesmo do Ebola e do VIH. Isto poderia representar ainda o fim das epidemias - tanto das verdadeiras quanto das chamadas epidemias-susto - como a SARS e a gripe suína. Como matar os vírus Para fabricar os antivirais, Todd Rider e os seus colegas do MIT (Massachusetts Institute of Technology) estão a utilizar uma abordagem incomum. Eles estão a conectar duas proteínas naturais, uma que detecta o vírus e outra que age como uma chave suicida, matando a célula assim que a primeira detecta o vírus. Eles baptizaram o seu candidato a medicamento de Draco. Já o Dr. Leo James, da Universidade de Cambridge, descobriu que as células têm um sistema interno que caça e mata os vírus - até então se pensava que, uma vez que o vírus adentrava à célula, a infecção era inevitável. A equipa está agora a trabalhar na criação de drogas antivirais que possam ligar-se ao próprio vírus, matando-o dentro da célula. A equipa do Dr. Peter Palese, da Escola Médica Monte Sinai, parece estar mais adiantada: eles criaram uma droga antiviral que se mostrou eficaz contra o vírus da gripe, mas que ainda não é tão boa contra outros vírus. Fármaco maravilhoso Estas são apenas alguns exemplos das abordagens utilizadas. Ou seja, apesar dos progressos, os cientistas ainda não conseguiram dizer exactamente como surgirá a solução mágica contra os vírus. E, qualquer que seja o caminho, ainda há muitos desafios à frente. Os vírus e as células humanas tornam-se intimamente ligados numa infecção. Com isto, há muitos efeitos secundários possíveis desses medicamentos. O interferon, quando descoberto, nos anos 50, foi tido como um fármaco maravilhoso, um antiviral de amplo espectro. Isto porque o interferon faz com que a célula infectada segregue um sinal de alerta para as outras células, permitindo que elas armem as suas defesas naturais. Entretanto, o fármaco também acciona o sistema imunológico, que envia glóbulos brancos para atacar a infecção, causando inflamações na área, febre e dores. O interferon - na verdade uma classe de medicamentos, os interferons - ainda é usado para combater doenças graves, como o vírus da hepatite C. Mas tratar uma gripe com interferon faz com que o remédio literalmente faça sentir pior do que a gripe o faria. Draco De todas as abordagens adoptadas até agora contra os vírus, a Draco é a que desperta os maiores entusiasmos e as maiores críticas. Como o interferon, a Draco também é uma proteína, com potencial para provocar uma resposta imunológica. Isto pode ser ainda mais problemático no caso de um segundo tratamento. Mas, pelo menos em ratinhos, até agora a Draco não mostrou nenhuma resposta imunológica. Como a Draco funciona As proteínas naturais numa célula infectada detectam a presença de um vírus - essas proteínas são sensíveis ao RNA, uma molécula genética única e presente em praticamente todos os vírus. Os investigadores pegaram numa dessas proteínas naturais e ligaram-na a outra proteína natural, também presente em todas as células, que acciona a apoptose, a morte programada da célula. Uma vez aplicada, o fármaco vai a todas as células no corpo, mas somente se torna activa nas células infectadas. Numa questão de horas, a parte sensível ao RNA da droga detecta o vírus e faz a célula suicidar-se. Quando a célula hospedeira morre, o vírus também morre. Fonte: RCM Pharma