quinta-feira, 28 de julho de 2011

Novos medicamentos contra hepatite C trazem mais chance de cura, mas custam caro e ainda não estão acessíveis no Brasil

Foram lançados neste ano os primeiros medicamentos que agem diretamente contra a replicação do vírus da hepatite C, os DAAs – sigla em inglês para Directly Acting Antiviral. Até então, o tratamento mais potente era à base do Interferon Peguilado associado à Ribavirana, que atuavam no organismo humano para enfrentar o vírus.
O Boceprevir, aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) nesta semana e fabricado pelo laboratório MSD (Merck Sharp & Dohme), é um deles. O outro é o Telaprevir, desenvolvido pela Vertex Pharmaceuticals e Johnson & Johnson, mas por enquanto ainda não registrado no Brasil, apesar de já ter a autorização da FDA – órgão norte-americano que faz o controle de alimentos e medicamentos.
Essa nova classe de medicamentos contra o genótipo 1 da hepatite C mostrou uma média de cura de 75%, enquanto o tratamento mais antigo curava cerca de 54% dos pacientes, explica o hepatologista e pesquisador Mário Guimarães Pessoa.
No entanto, os potentes DAAs devem ser acrescentados ao Interferon e a Ribavirana, o que pode chegar a quase 20 comprimidos diários, aumentando ainda mais os efeitos adversos do tratamento. “Tratar a hepatite C não é fácil. Os DAAs talvez, por enquanto, sejam mais indicados para aqueles pacientes difíceis de se curar da doença, como os portadores do HIV e doentes recidivantes”, comenta Mário.

Tratamento caro
O preço médio gasto pelo Ministério da Saúde hoje para o tratamento da hepatite C à base do Interferon Peguilado e da Ribavirina é de aproximadamente R$ 23 mil por cada paciente, durante as 48 semanas de tratamento.
DAAs Telaprevir: tem como foco tratar doentes nunca antes tratados, e é utilizado nas primeiras 12 semanas do tratamento.
Boceprevir: direcionado ao retratamento dos não respondedores, e administrado a partir da 4ª semana e até o final do tratamento.
Os DAAs ainda não são vendidos no Brasil e devem sofrer alterações de preço se o governo vier a fazer a compra centralizada do produto, mas o Grupo Otimismo de Apoio ao Portador de Hepatite fez um levantamento do preço de referência desses remédios nos Estados Unidos.
Segundo o Grupo Otimismo, o uso apenas do Boceprevir no tratamento da hepatite C pode custar até 48.400 dólares, o que equivale a 75.500 reais, enquanto o Telaprevir custa quase 77 mil reais. Esses valores devem ser somados aos gastos com o Inteferon Peguilado e a Ribavirana.
Epaminondas Campos coordena, em Brasília, o Grupo C de Apoio aos Portadores de Hepatites Crônicas. Ela conta que a sociedade civil organizada quer a incorporação imediata dos novos remédios no Sistema Único de Saúde (SUS), mas defende uma redução do preço. “O governo vai negociar e como a demanda será grande esses valores devem ser menores”, comenta.
O ativista diz que em reuniões sobre o tema já foi mencionada a possibilidade de importar de Cuba remédios contra a hepatite e até a produção nacional do Interferon, por exemplo.
De acordo com a Assessoria de Imprensa do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, a Pasta está analisando a introdução dos novos remédios no SUS.
Sobre os altos preços dos medicamentos, o gerente da Área de Cuidado e Melhoria de Vida do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Marcelo de Freitas, disse que a política do governo é sempre negociar com os fabricantes internacionais melhores condições de compra e a redução de preços.

Agencia de noticias da AIDS




Victrelis® da MSD aprovado no Brasil para tratamento da hepatite C

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), entidade que regula os medicamentos no Brasil, aprovou segunda a comercialização do boceprevir (conhecido internacionalmente como Victrelis®), medicamento da MSD que aumenta em até três vezes as probabilidades de o paciente obter a resposta virológica sustentada (cura) no tratamento da hepatite C, avança comunicado de imprensa. O Boceprevir, que em breve estará disponível no mercado brasileiro, deve ser administrado em terapia tripla, ou seja, em combinação com o peginterferon e a ribavirina, sendo a MSD a pioneira no mercado nacional a ter os três medicamentos na sua linha de produtos.
O medicamento é indicado para doentes portadores do genótipo 1 do HCV, vírus causador da hepatite C, que nunca foram tratados, e para os que não obtiveram sucesso com o tratamento actualmente disponível, aumentando em 2 a 3 vezes as probabilidades de cura destes grupos, respectivamente. Outro benefício da terapia tripla com boceprevir é o perfil de tolerabilidade e a taxa de descontinuação, muito similares ao da terapia padrão.

Aprovação baseada em evidências
A aprovação pela ANVISA baseou-se em estudos clínicos, a exemplo do ocorrido com a FDA, órgão regulador dos medicamentos nos EUA, e com o Comité de Medicamentos de Uso Humano (CHMP) da Agência Europeia de Medicamentos (EMA), que aprovaram o boceprevir em Maio e Julho deste ano, respectivamente. As pesquisas foram realizadas com portadores da hepatite C que nunca tinham recebido tratamento (estudo HCV SPRINT-2) ou que não responderam positivamente ao tratamento anterior (estudo HCV RESPOND-2). O programa clínico envolveu cerca de 1500 pacientes. Os resultados destes estudos foram publicados em Março pelo The New England Journal of Medicine e divulgados durante o 46º EASL – European Association for the Study of the Liver (Congresso Anual da Associação Europeia de Estudos do Fígado), em Berlim (Alemanha).

Fonte  rcm farma

Farmácias podem ter de oferecer bulas em Braille

Tramita na Câmara o Projeto de Lei 670/11, do deputado Weliton Prado (PT-MG), que obriga as farmácias a manter um exemplar em Braille da bula de cada medicamento comercializado. Prado argumenta que os deficientes visuais encontram dificuldades para conhecer as orientações constantes nas bulas dos medicamentos. Ele ressalta, também, que o acesso à informação é condição fundamental para o exercício da cidadania. Segundo a proposta, o descumprimento da medida sujeitará o infrator às seguintes penalidades:
- advertência para corrigir a irregularidade em 15 dias;
- multa de R$ 1.090, caso o problema não seja corrigido no prazo previsto;
- multa em dobro, em caso de reincidência.

Tramitação
O projeto tramita em conjunto com a proposta que cria o Estatuto da Pessoa com Deficiência (PL 7699/06). O texto aguarda inclusão na pauta do Plenário.
A íntegra da proposta e seu acompanhamento podem ser acessados por este link

Fonte: Agência Câmara

terça-feira, 26 de julho de 2011

PE: mulher é presa com 810 comprimidos do 'boa noite Cinderela'

Uma técnica em enfermagem de 58 anos foi presa na tarde de sábado em Caruaru, em Pernambuco, por tráfico de entorpecentes, falsidade ideológica e uso de documento falso, após ser flagrada por policiais federais com 27 caixas (810 comprimidos) do medicamento Artane, do qual se extrai o cloridrato de triexifenidil, substância que compõe a droga do golpe "boa noite Cinderela". Irene Santana da Silva saía de uma farmácia na avenida Rio Branco e se dirigia para um Fiesta com placas de João Pessoa, na Paraíba, quando foi surpreendida pelos policiais. De acordo com a Polícia Federal, os medicamentos encontrados haviam sido comprados em três farmácias diferentes da cidade.
Também foram encontrados cerca de 11 receituários de controle especial ideologicamente falsos. Em interrogatório, Irene informou que uma pessoa havia lhe oferecido R$ 1 mil para adquirir os medicamentos e entregá-los em João Pessoa e que, por estar em situação financeira difícil, com 10 filhos e 20 netos para criar, aceitou a proposta.
Irene já havia sido presa em flagrante no dia 30 de junho, tendo cumprido pena no presídio Bom Pastor, em João Pessoa, pelo mesmo crime. Devido a um acidente vascular cerebral (AVC), ela estava em liberdade havia oito dias, informou a PF. Ela foi encaminhada para o presídio feminino de Buíque. Não foi comprovada a participação do motorista, a quem Irene disse ter contratado por R$ 270, na suspeita de crime. Caso seja condenada, ela poderá pegar penas que variam de cinco a 25 anos de reclusão.

Portal TERRA

Transtorno comportamental do sono deve ser tratado com medicamentos

Quem tem um sono agitado, se mexe muito durante a noite, fala, canta ou até dá socos e pontapés, deve ficar atento: esses sintomas podem indicar um transtorno comportamental do sono mais profundo. Cerca de 60% dos pacientes que passam pelo ambulatório do sono do hospital das Clínicas de Ribeirão Preto tem esse problema, que pode ser tratado com uso de medicamentos.
Quem sofre deste distúrbio até conseguem dormir, mas nunca relaxa: mexem os braços, as pernas e - o pior - partem para o ataque. Quando sonham que estão brigando, aí sobra pra quem está ao lado. São socos e pontapés - na certa.
O aposentado Hermes Procópio dos Santos, de 74 anos, passou por esse drama. Ele sofre do transtorno comportamental do sono, uma doença que atinge 0,5% dos brasileiros. Na maioria das vezes homens.
Na Clínica do Sono, no HC de Ribeirao Preto, os pacientes passam por uma complexa avaliação. Neles são instalados sensores que vão registrar, durante a noite, o comportamento que apresentam quando dormem. Tudo é gravado por câmeras. Batimentos cardíacos, movimentos, qualquer anormalidade e o que os pacientes falam durante o sono, cada reação é avaliada depois pelos médicos.
Uma pesquisa feita na USP, entre as pessoas que procuraram tratamento, revelou que 60% delas achavam normal alguém se mexer muito durante o sono. Não é normal não. O cérebro das pessoas que sofrem da doença não produz o estímulo inibitório, ou seja, a ordem para o corpo cessar os movimentos durante o sono, uma defesa natural do organismo.
Estudos mostraram que esses transtornos podem durar, em média, 25% do tempo em que uma pessoa dorme em uma noite. Ocorre no pico do sono, quando os olhos começam a fazer movimentos giratórios bem rápidos.
Tratamentos com medicamentos podem ajudar quem vive com o transtorno. O método ajudou o aposentado juvenal tonello filho a parar de bater na mulher quando começava a dormir. Em uma noite de crise intensa, a copeira Nadir Tonello viveu um pesadelo. O marido tentou matá-la enquanto dormia. Juvenal conta que jamais se deu conta do que fazia.



SUS poderá ser obrigado a receber medicamento para doenças graves e raras

O Ministério da Saúde poderá ser obrigada a oferecer remédios para o tratamento de doenças raras e graves que ainda não fazem parte da relação de medicamentos distribuídos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A medida faz parte do Projeto de Lei 1606/11, do deputado Marçal Filho (PMDB-MS).
Segundo a nova proposta, o paciente deverá apresentar um laudo médico comprovando a necessidade do remédio. Caso o SUS não tenha o produto para entrega imediata, o ministério poderá comprá-lo sem licitação, mas somente após comparar o preço em pelo menos três laboratórios. Se houver apenas um distribuidor no país, a compra deve ser imediata.
O deputado informou em nota que o SUS deve garantir todo o tratamento e a medicação a todos os cidadãos. Apesar da necessidade, ele acredita que o sistema e a administração do SUS ainda não está preparada para lidar com doenças novas, graves e raras, que exigem drogas mais modernas e diferenciadas.
“No caso de alguém contrair uma doença rara, possivelmente não existirá medicação no SUS destinada ao tratamento. Seria uma situação clara de desrespeito ao atendimento integral, que impediria a concretização do direito à saúde”, argumenta Marçal Filho

Noticias BR

segunda-feira, 25 de julho de 2011

O risco de jogar remédios no lixo

Rio - Quando o remédio deixa de ser usado ou acaba a validade onde jogá-lo fora? Segundo pesquisa da Unicamp, cerca de 98% das pessoas escolhem pia, vaso sanitário ou lixo comum para descartar os medicamentos. A atitude, entretanto, prejudica a saúde da população, alertam especialistas. Contra este problema, o Programa Descarte Consciente vem instalando lixeiras especiais para coleta de medicamentos em desuso. No Rio já são 17 postos e fora da cidade, mais três. Segundo José Agostini Roxo, diretor-presidente da Brasil Health Service — idealizadora do programa com a Droga Raia e a Medley — remédios precisam receber tratamento especial. “No lixo comum há mais chance do medicamento contaminar o solo e a água. Isso pode causar problemas à saúde”, afirma Roxo.
De fato. De acordo com o infectologista da UFRJ Edmilson Migowski, jogar antibióticos no ambiente, por exemplo, pode criar bactérias mais resistentes àquela substância, tornando o combate mais difícil. “Já hormônios e substâncias cancerígenas também podem estar presentes na água que consumimos e são, nestas condições, prejudiciais”, completa o médico.
Após o descarte nas estações coletoras de resíduos de medicamentos, o lixo é monitorado até a sua destruição. A dona de casa Guiomar Martins, 68 anos, aprovou a coleta. “Guardar remédio velho é perigoso e jogar na pia também. É só separar o lixo e levar na lixeira da farmácia. Assim evitamos problemas de saúde e poluição do ambiente”, diz.

Coletores específicos
De acordo com José Roxo, a pessoa é orientada sobre o descarte na estação de coleta e por meio de um equipamento de autoatendimento. “A estação tem três coletores: um para pomadas e comprimidos; um para líquidos e sprays; e outro para caixas e bulas que serão recicladas”, explica.

Acordo para genéricos anti-HIV exclui Brasil, destaca Folha de S.Paulo

Em notícia publicada neste sábado, o jornal Folha de S.Paulo ressaltou que o Brasil foi excluído do primeiro acordo assinado entre uma farmacêutica privada e o Pool de Patentes de Medicamentos. O contrato autoriza a produção e a comercialização de genéricos de remédios contra a aids, o que possibilita que seus preços caiam. Representantes de organizações humanitárias ouvidos pela Agência de Notícias da Aids na semana passada também lamentaram a `exclusão` do Brasil. Leia aqui.
O pool é uma fundação autônoma financiada pela Unitaid, organismo criado há cinco anos com apoio do Brasil para facilitar o tratamento contra o vírus HIV, a malária e a tuberculose, principalmente em países pobres. Cada um dos 29 países doadores contribui de uma forma para o fundo.
No Brasil, uma lei recém-aprovada autoriza o governo a doar US$ 2 à Unitaid por passageiro que embarque para o exterior (US$ 12 milhões por ano). Por impedimento legal, o país não cobrará a taxa dos viajantes, como fez a França, por exemplo.
O acordo entre o pool e a americana Gilead autoriza fabricantes indianos a produzir genéricos de três drogas antiaids e de uma combinação dos três. A empresa receberá royalties de 3% a 5% das vendas.
O número de países com acesso a esses genéricos vai de 99 a 111, dependendo da substância. Além do Brasil, ficaram de fora China, México, o norte da África e quase todos os sul-americanos, exceto Bolívia e Equador. A maioria dos excluídos está no grupo que o Banco Mundial classifica como de "renda média alta", com renda per capita entre US$ 3.976 e US$ 12.275 anuais.
Para ter acesso aos genéricos, eles deverão negociar preços com a empresa ou fazer o licenciamento compulsório, previsto pela Organização Mundial do Comércio.

CRÍTICAS
A exclusão foi criticada por grupos que lidam com acesso à saúde. Segundo eles, foram contrariados dois princípios do pool: que todos os países em desenvolvimento sejam beneficiados e que não exista restrição não técnica à fabricação. "Fabricantes da Tailândia e do Brasil, que têm capacidade de produzir, foram deixados de fora. O acordo dificulta a redução de preços via concorrência ao limitar a fabricação a um país, a Índia", disse a ONG Médicos sem Fronteiras.
Um manifesto de 70 entidades latino-americanas, incluindo a Abia (Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS), qualificou o contrato de "frustrante".
O sanitarista Paulo Roberto Teixeira, do conselho administrativo do pool, diz que está "ciente das limitações do acordo", mas o defende: "Ele cobre mais de 80% da epidemia", afirma. Ele lembra que o pool é só um dos mecanismos da campanha de acesso às drogas. "O acordo não interfere no direito de outros países de adotar salvaguardas para a produção de genéricos".
Teixeira afirma que o contrato deixa aberta a possibilidade de que mais países ou consórcios de países beneficiados consigam permissão para fabricar genéricos dos remédios da Gilead, ao lado da Índia.

Fonte: Folha de S.Paulo

Alimentos com corantes podem ter advertência

Os alérgicos terão mais uma ferramenta para evitar o consumo de princípios ativos que desencadeiam crises. Projeto do senador Jorge Viana (PT-AC) determina que alimentos fabricados com o corante tartrazina passem a trazer em seus rótulos a advertência: "Este produto contém o corante tartrazina, que pode causar reações alérgicas em pessoas sensíveis". Segundo explicou Jorge Viana no PLS 428/11, a tartrazina é um corante utilizado em diversos alimentos e medicamentos que pode causar reações como asma, bronquite, rinite, náusea, broncoespasmos, urticária, eczema e dor de cabeça nas pessoas suscetíveis. O corante é muitas vezes utilizado para dar tom amarelo-limão a remédios e condimentos, sendo usado também em combinação com outros corantes. Seu uso é banido na Noruega.
O parlamentar disse ainda que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) editou norma para obrigar a colocação de frase de advertência em bulas e embalagens de medicamentos que contêm a substância. No entanto, para os alimentos, não existe norma similar, o que deixa os consumidores sem a adequada informação sobre os riscos a que ficam sujeitos ao consumir os alimentos que o contêm. Atualmente, para alimentos, basta a menção à existência da tartrazina.
Jorge Viana explica que visa, com o projeto, preservar o direito à informação, previsto tanto pela Constituição quanto pelo Código de Defesa do Consumidor. "Entendemos que a mera menção feita à presença do corante tartrazina nos alimentos é insuficiente para conferir a segurança devida aos consumidores e a proteção da saúde da população", justifica.
O projeto, apresentado no último dia 15, está na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) e receberá decisão terminativa na de Assuntos Sociais (CAS).

Portal  Diarios do Nordeste

Brasil importa droga contra esclerose múltipla agressiva.

A esclerose múltipla - doença que agride e lesiona o sistema nervoso central - ganhou um novo tratamento mais eficaz e com menos efeitos colaterais. O medicamento usado na Europa e Estados Unidos começou a ser oferecido gratuitamente pelas Secretarias Estaduais de Saúde em julho. A terapia é indicada para os casos mais agressivos da doença. Além de ser mais potente do que os remédios já utilizados no País, o Natalizumabe traz mais comodidade ao paciente, pois ao invés da medicação acontecer diariamente ou semanalmente, a droga é aplicada apenas uma vez ao mês.
De acordo com o neurologista Rodrigo Barbosa Thomaz, do Centro de Atendimento e Tratamento da Esclerose Múltipla, o método é usado na Europa e Estados Unidos desde 2007. "A FDA aprovou o tratamento em 2007, a Anvisa em 2008 e a partir deste mês o remédio já começa a ser recomendado pelos médicos". O paciente com diagnóstico grave de esclerose ou que não responder aos demais medicamentos será encaminhado à nova terapia que estará disponível no Brasil todo. "A pessoa retira o remédio em um posto de saúde e depois procura uma clínica ou hospital para a aplicação na veia", explicou Thomaz.
Cerca de 9 mil brasileiros que sofrem do problema poderão ter acesso ao tratamento. A tecnologia já foi usada por mais de 75 mil pessoas em 60 países. Desde 2007, apenas 130 casos de complicações foram registrados. De acordo com o neurologista, o tratamento diminui a imunidade das células no corpo. "A pessoa pode pegar uma infecção viral que atinge o cérebro, onde o ambiente está desprotegido", informou ele. No entanto, ele ressaltou que os métodos de combate à doença já difundidos no Brasil têm uma maior quantidade de efeitos colaterais, como reações gripais, alterações de humor, danos no fígado e irritações na pele.
No Brasil, cerca de 200 pacientes brasileiros já iniciaram a terapia, sem apresentar problemas. Segundo Thomaz, o tratamento funciona a partir de anticorpos monoclonais. O Natalizumabe inibe uma molécula da superfície do linfócito, que permite a entrada e alojamento do glóbulo branco no cérebro. "Os linfócitos que causam a doença, se eles não conseguem entrar no cérebro, não provocam as lesões", explicou o neurologista. Apesar da eficácia comprovada, o tratamento não tem tempo de término previsto.

A doença
Estima-se que 30 mil brasileiros convivam com o problema. A esclerose múltipla provoca inflamação e destruição da estrutura que envolve o neurônio. A doença pode resultar em déficit cognitivo, cansaço e deficiência física grave que compromete a locomoção.
Em alguns casos, a pessoa fica dependente de muletas e até de cadeira de rodas. A dormência dos membros, visão embaçada, redução da mobilidade e desequilíbrio estão entre os principais sintomas.


Fonte Portal TERRA

sexta-feira, 22 de julho de 2011

FÁRMACIA INTERDITADAS EM IBIRATAIA


Nesta quinta-feira(21/07), uma ação realizada pela Vigilância Sanitária da 13ª DIRES, Vigilância Sanitária Municipal, Conselho Regional de Farmácia e Polícia Militar, desencadeou inspeções nas farmácias de Ibirataia. Durante a vistoria foram interditadas 04 farmácias por não terem profissional farmacêutico e outras 05 foram autuadas por que, apesar de terem farmacêutico, o mesmo não se encontrava presente no estabelecimento como rege a legislação sanitária.

Todos os proprietários que foram notificados receberam um prazo para a regularização da situação junto à Vigilância Sanitária da 13ª DIRES.

Segundo os fiscais estas ações são a continuação das que foram iniciadas em Jequié, Jaguaquara e Ipiaú, e informaram ainda que todos os municípios da regional receberão a vista da equipe de fiscalização. Com informações do Ibirataia Notícias.

Autor: Redação Notícias de Ipiaú

Anvisa propõe uso de frases de alerta em embalagens e bulas de medicamentos

As embalagens e bulas de medicamentos poderão trazer frases de alerta quanto ao uso correto e seguro dos produtos.​As embalagens e bulas de medicamentos poderão trazer frases de alerta quanto ao uso correto e seguro dos produtos. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou, nesta segunda-feira (27/12) uma proposta (CP 116/2010) com as informações que devem ser disponibilizadas para cada tipo de substância.
Além das frases de advertência, que trazem precauções, contraindicações críticas e medidas que favorecem o uso correto dos medicamentos, o documento propõe que também seja informado o grau de risco para uso na gravidez e aleitamento. A proposta traz uma lista com as frases que serão utilizadas nas bulas para pacientes, nas bulas para profissionais de saúde e na rotulagem (embalagem).
A Agência quer que as bulas tragam essas frases em negrito e com tamanho de fonte nunca inferior ao utilizado no restante da bula. Nas embalagens, as frases devem vir com dimensões que permitam fácil leitura e em negrito ou caixa alta. Já as farmácias de manipulação devem utilizar etiquetas ou rótulos nas embalagens com as informações necessárias.
Pela proposta, a lista das substâncias e as frases de alerta serão atualizadas periodicamente, a fim de atender às necessidades dos usuários de medicamentos.

Contribuições
Contribuições à CP 116/2010 podem ser enviadas por escrito para o endereço: Agência Nacional de Vigilância Sanitária – SIA trecho 5, área especial 57. CEP 71.205-050. Brasília - DF, ou fax: (61) 3462-5602 ou e-mail: cp116.2010@anvisa.gov.br. A proposta receberá sugestões por 120 dias.

Fonte: Portal Anvisa-27/12/2010

VI Conferência da Rede Pan-Americana de Regulamentação Farmacêutica
























De 06 a 08/07 foi realizada a VI Conferência da Rede Pan-Americana de Regulamentação Farmacêutica (Rede Parf).O encontro, promovido pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), reuniu representantes das Américas para discutir o fortalecimento das Autoridades Reguladoras Nacionais no contexto dos Sistemas de Saúde. Participaram representantes de 27 países.
O programa da Conferência contou com temas atuais de interesse da regulação sanitária, como nanotecnologia, sistemas de informação e comunicação, transparência e produtos biotecnológicos. Entre os participantes, destacaram-se representantes do Governo, setor privado, academia, entidades representativas de consumidores e especialistas convidados.
“O convite para que a Anvisa sediasse o encontro evidenciou o reconhecimento por parte dos países da Rede Parf em relação ao protagonismo crescente do Brasil em temas internacionais da saúde”, afirmou o diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano.
Além de receber a Conferência em sua sede em Brasília, a Anvisa foi co-patrocinadora do encontro e participou do financiamento de aspectos logísticos da Conferência. Para a Agência, o fórum foi uma oportunidade de integrar sevidores, profissionais de vigilância sanitária de estados e municípios, e outros órgãos nacionais, para debater os rumos e desafios da regulação farmacêutica no mundo.
Barbano ressaltou a importância de o encontro ser realizado no Brasil. “Um dos benefícios de a Anvisa sediar a Conferência foi a possibilidade de o setor privado brasileiro ser envolvido de forma mais aprofundada nos debates internacionais, colaborando na construção de uma agenda regional conjunta que identificasse rumos e prioridades no campo da vigilância sanitária para os países das Américas”, explicou.

Documento aprovado marca encerramento da Conferência
Um documento com recomendações para a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e para os países integrantes da Rede Parf foi aprovado, na sexta-feira (8/7), no encerramento da VI Conferência da Rede Pan-Americana de Regulamentação Farmacêutica. O objetivo é tornar mais efetiva a cooperação entre os países.
Segundo Ana Paula Jucá, gerente de Regulamentação Sanitária Internacional da Anvisa, o documento defende uma cooperação focada em resultados. “As recomendações aprovadas buscam um maior protagonismo das Autoridades Reguladoras de Referência e uma atuação diferenciada da Opas como coordenadora das ações do grupo voltadas para a cooperação”, disse. Para a gerente, a VI Conferência vai representar um recomeço para as atividades da Rede.
Durante o encerramento do encontro, o diretor da Anvisa Jaime Oliveira falou sobre a participação de representantes do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária. “Um diferencial desta Conferência foi a possibilidade de profissionais das vigilâncias sanitárias de estados e municípios participarem ativamente durante os três dias de debate. Com esse tipo de iniciativa, trazemos a realidade internacional para dentro do país”, afirmou. Vinte e oito servidores de estados e municípios estiveram presentes na reunião da Rede Parf.


Fonte: Vanessa Amaral - Imprensa/Anvisa



CONFERÊNCIA MUNDIAL AIDS: NOVOS RUMOS PARA O TRATAMENTO E CURA

Cidade do Vaticano, 21 jul (RV) - Terminou ontem, em Roma, a 6ª Conferência Mundial da Sociedade Internacional para a Aids, que durou quatro dias e teve a participação de 6 mil delegados de 129 países. Entre os destaque, a “Declaração de Roma” lançada para acelerar as pesquisas em busca da cura da Aids. Cientistas africanos apresentaram novos estudos, mas o evento também deu voz a quem é soropositivo, como nos relata Rafael Belincanta.
Na última década, os medicamentos genéricos antirretrovirais permitiram uma queda nos custos dos tratamentos para os soropositivos. Além disso, nesse período programas de cura começaram a surgir em países africanos, como no Quênia. Lá, Siama Musine, de 36 anos, soropositiva, conta como esses remédios mudaram sua vida.
“Se depois de dezesseis anos de saber que sou seropositiva, ainda estou viva, ativa e produtiva, essa é a prova de que os medicamentos genéricos funcionam. E não somente isso, trabalho na minha comunidade para a promoção da saúde. Tudo isso devo aos medicamentos genéricos, que contribuem para a vida e para o futuro das pessoas".
Entretanto, nem todos os países africanos disponibilizam medicamentos genéricos. Em Angola, por exemplo, onde cerca de 2,7% da população é soropositiva, somente parte da população tem acesso aos antirretrovirais protegidos por patentes, portanto mais caros, produzidos por grandes laboratórios. Situação que gera um outro problema, como revela a pesquisadora da Faculdade de Medicina de Luanda, Joana Filipa Afonso.
“Ainda há uma parte da população que tem de pagar no mercado negro para ter acesso aos medicamentos antirretrovirais”.
Durante a Conferência, a Médicos Sem Fronteiras publicou relatório em que revela a constante tendência de queda nos preços dos antirretrovirais genéricos ao mesmo tempo em que alguns países, como o Brasil - que quebrou a patente de alguns medicamentos – sofrem retaliações da industria farmacêutica.
Outro destaque da Conferência foi o lançamento da Declaração de Roma. O documento pretende acelerar as pesquisas sobre os reservatórios de HIV nas células linfáticas e sobre o combate à resistência do vírus nos pacientes em tratamento. Outro termo veio à tona durante os debates científicos: a cura funcional do HIV. O infectologista da Sociedade Brasileira de Infectologia, especialista em HIV, Aluísio Cotrim Segurado, explica:
“É uma nova linha de intervenção no tratamento. Não bastaria utilizar medicamentos que atuam sobre a replicação do vírus, porque esses na verdade não estão atuando sobre os vírus que estão nessas células reservatórios. Teria que ser utilizada uma outra linha de medicamentos que estimulasse essas células reservatório a produzirem virus para que os outros medicamentso que atuam na produção pudessem atuar. Então, na verdade, seria uma proposta de combinação de tratamentos”.
Apesar de todos os avanços, a prevenção é a melhor forma de combater a Aids. Para o tratamento com antirretrovirais, quanto mais cedo a infecção for descoberta, maiores serão as chances de um soropositivo levar uma vida normal, como explica a Coordenadora de Saúde da Universidade de Cabo Verde, Isabel Araújo: “muitas pessoas quando fazem o teste praticamente já estão com critérios de tratamento, que já começa tardio”. (RB/RV)




























































Farmacêuticos se preparam para a 14ª Conferência Nacional de Saúde

A 14ª Conferência Nacional de Saúde está próxima. Não fique fora das discussões para a melhoria do SUS. Participe dos Encontros Regionais de Farmacêuticos, que estão sendo promovidos pela Fenafar, através da Escola Nacional dos Farmacêuticos. Dias 29 e 30 acontecerá o Encontro da Região Norte, em Manaus, AM. Encontros
No ano da 14ª Conferência Nacional de Saúde, a Federação Nacional dos Farmacêuticos toma a iniciativa inédita de qualificar e subsidiar a categoria farmacêutica com propostas para atuar nas conferências em todas as etapas. Nesse sentido, com o apoio da Fenafar, a Escola Nacional dos Farmacêuticos está realizando em todo o Brasil os Encontros Regionais da categoria farmacêutica, preparatórios à 14a CNS, que terá como tema “TODOS USAM O SUS! SUS NA SEGURIDADE SOCIAL, POLÍTICA PÚBLICA, PATRIMÔNIO DO POVO BRASILEIRO".
Encontros já aconteceram nas regiões Sul e Sudeste. Veja a agenda dos próximos eventos e inscreva-se gratuitamente:
Norte - 29 e 30 de Julho - Manaus

Centro Oeste - 18 e 19 de Agosto - Brasília

Nordeste - 9 e 10 de setembro - Recife

SUS
O Sistema Único de Saúde é uma conquista da sociedade brasileira. Ele é fruto da luta por um sistema de saúde que atenda a toda a população, sem nenhum tipo de discriminação. Hoje, o SUS é a maior política de inclusão social existente no país.
A 14 a Conferência Nacional de Saúde é o evento sobre saúde mais importante no Brasil e acontecerá em Brasília, Distrito Federal no período de 30 de novembro a 4 de dezembro de 2011.





Da redação, com informações do SUS

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Lucro da Johnson & Johnson atinge US$2,8 bi no 2o trimestre

NOVA YORK, 19 de julho (Reuters) - A Johnson & Johnson registrou ganhos trimestrais melhores que o esperado, impulsionada por uma recuperação das vendas de medicamentos, após sofrer repetidos recalls nos últimos dois anos por falhas no controle de qualidade.
Os resultados da companhia também foram fortemente favorecidos pelo dólar mais fraco, o que elevou o valor das vendas fora dos Estados Unidos, além de impostos mais baixos.
A empresa apresentou lucro líquido no segundo trimestre de 2,78 bilhões de dólares, ou 1 dólar por ação, comparado a 3,45 bilhões, ou 1,23 dólar por papel, um ano antes.
Se excluídos itens extraordinários, a Johnson teve lucro de 1,28 dólar por ação, superando a média das estimativas de analistas, de 1,24 dólar, segundo a Thomson Reuters I/B/E/S.
As vendas, por sua vez, saltaram 8,3 por cento, para 16,6 bilhões de dólares, acima da previsão de Wall Street, de 16,23 bilhões. Se não fosse pelo dólar fraco, as vendas teriam crescido apenas 2,6 por cento.
Embora tanto o lucro quanto a receita tenham superado as previsões, a companhia manteve a meta de lucro de 4,90 a 5 dólares por ação para o fechado deste ano.
As vendas globais de medicamentos vendidos com receita aumentaram 12,2 por cento, para 6,23 bilhões de dólares, enquanto a comercialização de produtos de consumo subiu 4 por cento, para 3,79 bilhões de dólares.

REUTERS Brasil

Novartis tem lucro maior no 2o trimestre

 A Novartis planeja combater a concorrência de medicamentos genéricos após registrar vendas acima do esperado no segundo trimestre, impulsionadas por novos produtos.
De abril a junho, as vendas da farmacêutica suíça cresceram 27 por cento, ou 19 por cento em moeda constante, para 14,9 bilhões de dólares, acima da previsão do mercado de 14,7 bilhões.
Como muitas outras farmacêuticas, a Novartis vem enfrentando a concorrência de medicamentos genéricos, ao passo em que o medicamento Femara, para tratamento de câncer de mama, e o Diovan, para pressão arterial, perdem a proteção de patente.
Em entrevista à televisão Reuters Insider, o presidente-executivo da empresa, Joe Jimenez, disse que a recente compra do grupo de produtos oftálmicos Alcon e da Sandoz, que produz medicamentos genéricos, irão ajudar a Novartis a driblar a perda de patentes.
No segundo trimestre, a companhia registrou lucro por ação de 1,48 dólar, alta anual de 23 por cento.
A Novartis também confirmou as metas para o fechado de 2011, quando espera apurar crescimento de vendas de dois dígitos em moeda constante, enquanto o volume na unidade farmacêutica deve ser até 5 por cento maior.

REUTERS Brasil

Cientistas usam células-tronco

.Pesquisadores da Universidade de Saúde do Texas, em Houston (EUA), estão testando uma terapia com células-tronco em uma paciente que sofreu um AVC (acidente vascular cerebral, também conhecido como derrame).
Na fase 2 dos testes, que foi aprovada pela FDA (agência do governo americano para fiscalizar alimentos e medicamentos), eles estão testando a segurança e eficácia da terapia, que começou 19 dias após a ocorrência do derrame.
A terapia regenerativa, chamada ALD-401, funciona da seguinte maneira: foram coletadas células-tronco da medula óssea da paciente e identificadas aquelas que possuem alto nível de uma enzima que serve como marcador de células-tronco. Essas células, então, foram colocadas no organismo pela artéria carótida da paciente.
Estudos anteriores da mesma pesquisa demonstraram, em ratos, que essas células aceleram a recuperação do paciente após o derrame. De acordo com Sean Savitz, professor de neurologia da universidade e um dos autores do estudo, outros estudos clínicos anteriores indicaram que as células-tronco podem “consertar” o cérebro após um derrame. O AVC é causado por um coágulo sanguíneo no cérebro.
Após sofrer o derrame, a paciente, uma revendedora de cosméticos de 67 anos, foi enviada para a pesquisa de Savitz. Ela só decidiu participar do estudo após pesquisar na internet reportagens sobre testes com células-tronco.
- Fiquei muito animada com o que eu vi sobre as pesquisas com células-tronco. Eu decidi participar por minha causa e, também, pelas outras pessoas.
Savitz aguarda os primeiros resultados do teste, mas já demonstra animação.
- Essa é uma nova abordagem do uso de células-tronco para tratar derrame. Uma dúvida que ainda temos é se podemos estender a janela de administração das células-tronco (iniciar o tratamento em um tempo maior que 19 dias). Com uma janela maior, mais pessoas poderão ser ajudadas com essa terapia.

Portal R7






As Industrias Farmacêuticas negam redução de preços dos medicamentos contra VIH

Roma (Dos enviados especiais) - Várias empresas farmacêuticas abandonaram os programas de redução nos preços dos medicamentos contra o VIH em países de renda média, como indicado no relatório publicado hoje, terça-feira, pelos Médicos Sem Fronteiras (MSF), na alta reunião da IAS2011 que decorre em Roma, Itália.
Foram analisados preços de 23 anti-retrovirais por meio da informação constituída por 19 produtores que também mostra a tendência contínua de preços elevados para a redução de drogas não é bloqueada por patentes.
Enquanto há um progresso constante para reduzir os preços para os países mais pobres, não se deve esquecer que um número significativo de pessoas com VIH/Sida vivem em países que agora excluídos dos preços reduzidos, disse Nathan Ford, coordenador- médico da campanha para possível acesso aos medicamentos essenciais dos MSF.
As empresas farmacêuticas Tibotec / Johnson e Johnson exclui todos os países classificados como de renda média da redução de preços. A Abbott exclui países de baixa e média renda na redução de preços para um de seus medicamentos.
A Pfizer + GlaxoSmithline não oferece preços reduzidos para países de renda média, mesmo quando os programas são totalmente financiados pelo Fundo Global (Fundo Mundial de Luta Contra Sida, Tuberculose e Malária) ou pelo programa do governo dos EUA.
Merck acaba de anunciar que deixará de aplicar descontos por 49 países de renda média para a nova droga Raltegravir.
Este movimento deixa de fora os países com um grande número de pessoas a viver com VIH, como a Índia, Indonésia, Tailândia, Vietname, Ucrânia, Colômbia e Brasil.
Por exemplo, o Brasil agora paga 5.870 dólares por paciente a cada ano apenas para medicamentos.
Em países menos desenvolvidos, a Merck cobra 675 dólares a cada paciente por ano para o mesmo medicamento, que já é quatro vezes o preço da combinação tripla de primeira linha. Isto acontece na sequência do acordo assinado entre a última a empresa farmacêutica Gilead settinmana e Piscina Medicicines Patentes, que deixa de fora uma série de países no mundo em desenvolvimento e tem como objectivo ampliar o acesso aos anti-retrovirais a preços acessíveis directamente através da negociação de licenças que pode ser usado por produtores de medicamentos genéricos.

fonte Agencia Angolapress











Venda de remédio melhora trimestre da Johnson & Johnson

Impulsionada pela uma recuperação das vendas de medicamentos, a Johnson & Johnson registrou ganhos trimestrais melhores que o esperado. Os resultados da companhia também foram fortemente favorecidos pelo dólar mais fraco, o que elevou o valor das vendas fora dos Estados Unidos, além de impostos mais baixos.
A empresa apresentou lucro líquido no segundo trimestre de US$ 2,78 bilhões, ou US$ 1 por ação, comparado a US$ 3,45 bilhões, ou US$ 1,23 por papel, um ano antes. Se excluídos itens extraordinários, a Johnson teve lucro de US$ 1,28 por ação.
Acima da previsão
As vendas saltaram 8,3%, para US$ 16,6 bilhões, acima da previsão de Wall Street, de US$ 16,23 bilhões. Se não fosse pelo dólar fraco, as vendas teriam crescido apenas 2,6%.
Embora tanto o lucro quanto a receita tenham superado as previsões, a companhia manteve a meta de lucro de US$ 4,90 a US$ 5 por ação para o fechado deste ano. As vendas globais de medicamentos vendidos com receita aumentaram 12,2%, para US$ 6,23 bilhões, enquanto a comercialização de produtos de consumo subiu 4%, para US$ 3,79 bilhões.

Fonte Monitor Mercantil


Análise de custo benefício é melhor ferramenta para individualizar tratamento.

Os economistas da saúde são cada vez mais requisitados para determinar quais tratamentos médicos possuem o melhor custo-benefício. Para isso, comparam o preço de uma intervenção com a melhoria que se espera obter. Um medicamento altamente avançado para a constipação que custa 5 mil dólares e livra o paciente médio dos sintomas por apenas um dia parece ser um investimento menos sensato do que uma quimioterapia nova que custa 10 mil dólares, mas que oferece um ano ou mais de vida para a maioria dos pacientes, escreve o portal ISaúde.
O problema é que nenhum doente corresponde exactamente à "média". O medicamento de 5 mil dólares para a constipação pode salvar a vida de um paciente com um sistema imunológico severamente comprometido e a nova quimioterapia pode causar uma reacção alérgica rara, mas mortal, numa minoria de pacientes.
Dois investigadores da Stanford University School of Medicine sugerem uma forma de adaptar esta análise de custo-benefício (conhecida como relação custo-efectividade incremental, ou ICER) de forma mais precisa aos indivíduos, avaliando o resultado de cada tratamento em subgrupos menores de pacientes.
"Os médicos precisam pensar sobre o que uma intervenção específica irá oferecer para cada paciente, e quanto isso vai custar", disse o professor de Epidemiologia e chefe do Stanford Prevention Research Center, John Ioannidis. Individualizar a análise da ICER daria aos médicos as ferramentas de que eles precisam para o tratamento eficaz e personalizado de cada paciente e, ao mesmo tempo, agilizaria o processo de tomada de decisões, mantendo as despesas gerais o mais baixas possível.
"A maioria dos médicos pratica a medicina de forma intuitiva, sem dar muita atenção às provas e às implicações económicas de suas decisões. O fluxo de informações e de tomada de decisão é muitas vezes caótico e não é inteiramente racional. Isso é assustador", comenta Ioannidis.
De acordo com o professor, o poder da análise ICER de usar grandes grupos de pacientes para avaliar a eficácia geral de tratamentos particulares também pode tornar difícil aplicar os resultados aos pacientes individuais. Algumas pessoas são mais avessas ao risco que outras, sendo, por exemplo, mais propensas a fugir de medicamentos que podem ser eficazes e que carregam um risco pequeno, mas de efeitos colaterais graves. Outros com condições de vida limitadas podem valorizar mais um tratamento que possa mantê-los vivos para um evento particular, como um casamento ou uma formatura, independentemente do custo financeiro ou dos efeitos colaterais.
Uma maneira de individualizar as análises de ICER é apresentar os resultados em um formato individualizado, segundo os investigadores. Também é importante que, quando possível, os investigadores trabalhem para recalcular as ICERs usando subcategorias de pessoas que provavelmente difeririam em sua resposta a certas intervenções.
"A ICER é útil para dar uma visão geral sobre como espera-se que um tratamento vá trabalhar. No entanto, se tivermos as informações para dissecar as diferentes experiências dos pacientes – o que fazemos muitas vezes – devemos usá-las", disse Ioannidis.
Os autores reconhecem que a análise custo-benefício individualizada nem sempre é apropriada. Não é possível fazê-la para intervenções ao nível da população em geral, como para a atribuição de fundos para programas de saúde específicos. Também não é útil quando uma intervenção, como a vacinação, tem o potencial de impactar a saúde de muitas outras pessoas. Ainda assim, eles concluem que "a análise de custo-benefício oferece uma base para a tomada de decisão racional e pode ser muito útil na tomada de cuidados de saúde mais eficientes e eficazes para a população. Tais análises podem muitas vezes ser mais úteis para os clínicos e para os pacientes quando eles individualizam as informações de custo-utilidade. As informações moldadas pessoalmente podem complementar a ICER".

Portal RCM Farma


quarta-feira, 20 de julho de 2011

Confira quais são os desafios para novos medicamentos

O Brasil pode estar perto de encontrar candidatos ideais a novos fármacos para doenças tropicais negligenciadas, como a de Chagas, ou para terapias de câncer. O motivo são avanços recentes em pesquisa, desenvolvimento e inovação. Mas isso depende da continuidade de investimentos no setor.
O destaque foi feito pelo professor Adriano Defini Andricopulo, coordenador do Laboratório de Química Medicinal e Planejamento de Fármacos do Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo. Em conferência realizada na 63ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Goiânia, o pesquisador abordou estratégias de planejamento de novos fármacos e interfaces da ciência, tecnologia e inovação com a saúde humana.
De acordo com Andricopulo, o processo de descoberta de novos medicamentos é longo e complexo. “Devido à enorme diversidade química, é muito difícil encontrar uma molécula sobre a qual seja possível desenvolver um fármaco competitivo, que atue em um mecanismo conhecido e tenha propriedades farmacocinéticas significativas”, disse.
“Além de envolver diversas etapas de natureza multi, inter e transdisciplinar, o processo exige ainda parcerias com outros laboratórios, instituições e empresas do setor privado. As farmacêuticas no Brasil têm demonstrado interesse e, de fato, elas estão em busca de moléculas promissoras para lançar no mercado”, acrescentou.
Andricopulo também chamou a atenção para o corte de US$ 1,7 bilhão no orçamento em pesquisa e desenvolvimento no setor que depende de investimentos para ser inovador. “Para que o mercado possa crescer, precisamos produzir mais fármacos.
E isso depende de mais pesquisas”, destacou. “Em 2010, o mercado mundial de fármacos gerou US$ 850 bilhões e a expectativa para 2014 é de um faturamento de US$ 1,1 trilhão”, disse o professor, ressaltando a importância dos investimentos em pesquisa.
O interesse das grandes companhias, no entanto, é maior no que diz respeito à terapia de câncer, segundo ele. Já para o processo de identificação de moléculas bioativas em doenças tropicais negligenciadas entre as quais a de Chagas, o professor destacou que é necessário procurar caminhos alternativos, como a criação do Centro de Referência Mundial em Química Medicinal para Doença de Chagas, resultado de uma chamada de projetos da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Nomeado recentemente coordenador do centro, Andricopulo contou que o objetivo do projeto é o desenvolvimento de candidatos a novos fármacos para o tratamento da doença de Chagas, que afeta milhões de pessoas na América Latina e para a qual não existe um medicamento eficaz disponível no mercado.
No início deste ano, Andricopulo teve a sua biografia indicada para compor a publicação 2000 Outstanding Intellectuals of 21st Century, a ser lançada pelo Internacional Bibliographical Centre, de Cambridge (Inglaterra), até o fim de 2011. Além disso, o pesquisador compõe a lista Top 100 Scientists 2011, divulgada pelo mesmo centro em Cambridge.
O atual secretário geral da Sociedade Brasileira de Química (SBQ) também recebeu, neste ano, o prêmio Young Talents in Science, concedido pela SBQ e a American Chemical Society aos pesquisadores de destaque com menos de 40 anos de idade

Saude WEB

Anvisa divulga o primeiro boletim de Farmacoepidemiologia do SNGPC

A Anvisa disponibilizou em seu portal o primeiro Boletim de Farmacoepidemiologia do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC). O documento apresenta dados qualitativos sobre a venda dos medicamentos sob controle especial, informados eletronicamente à Agência.
O boletim cobre um período significativo de monitoramento e apresenta dados coletados desde março de 2007, quando o sistema informatizado foi implantado, até março de 2010.
As informações apresentadas no boletim do SNGPC são extraídas das receitas e das notificações de controle especial, que são obrigatórias para a compra, em farmácias e drogarias, de 143 medicamentos classificados como controlados. Nesse universo predominam os fármacos potencialmente causadores de dependência física e psíquica.
Os medicamentos, cuja avaliação qualitativa consta do boletim de Farmacoepidemiologia, são aqueles de tarja vermelha que exigem retenção de receita de controle especial na cor branca em duas vias, e os de tarja preta, cuja aquisição requer a apresentação das notificações de cor azul, usadas para psicotrópicos e psicotrópicos anorexígenos, ou do formulário amarelo, que identifica os entorpecentes.




Clique aqui para ler o Boletim de Farmacoepidemiologia do SNGPC

Assessoria de Comunicação CRF-SP



Venda fracionada de medicamentos pode ser obrigatória

Dr. Aluizio quer combater a intoxicação, principalmente de crianças.A Câmara analisa o Projeto de Lei 396/11, do deputado Dr. Aluizio (PV-RJ), que torna obrigatório o fracionamento de medicamentos, conforme a receita médica. A proposta define como aptas para fracionamento as substâncias apresentadas sob a forma de drágeas, comprimidos, cápsulas, pastilha, supositório e óvulos. Para evitar dúvidas, a proposta acrescenta à lei a definição das formas possíveis de apresentação de medicamentos. Atualmente, a legislação sobre o controle de comércio de medicamentos (Decreto 74.170/74) permite o fracionamento de determinados medicamentos, sem torná-lo obrigatório. Existe uma lista de quase 800 medicamentos que podem ser fracionados editada e atualizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Podem ser fracionados hoje medicamentos acondicionados em frasco-ampola, ampola, seringa preenchida, flaconete, sachê, envelope, blister e strip. Também estão na lista de fracionamento os apresentados nas formas de comprimidos, cápsulas, óvulos vaginais, drágeas, adesivos transdérmicos e supositórios.
Intoxicação
O parlamentar argumenta que os medicamentos estão entre as principais causas de intoxicação de crianças, correspondendo a cerca de 35% dos casos. O controle na quantidade de medicamentos vendidos poderia prevenir situações dessa natureza.
“As intoxicações respondem por aproximadamente 7% de todos os acidentes em crianças menores de 5 anos e estão relacionadas a cerca de 2% de todas as mortes na infância no mundo”, afirma.
Tramitação
A proposta será analisada em caráter conclusivo pelas comissões de Defesa do Consumidor; de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Portal Camara dos Deputados

Brasileiros recorrem à Justiça para conseguirem medicamentos no SUS

Os juízes têm 241 mil processos para julgar e, para ajudar neste trabalho, o Conselho Nacional de Justiça acaba de criar um comitê que inclui médicos e farmacêuticos
A Justiça criou um comitê para ajudar os juízes a tomarem uma decisão que pode salvar a vida de muitos pacientes. A reportagem é de César Menezes.
Para muitos brasileiros, o caminho da saúde passa pelos tribunais. Os pacientes que não conseguem medicamentos no SUS recorrem à Justiça. Em 2003, O Ministério da Saúde gastou R$ 170 mil com remédios que não estavam previstos pelo SUS, mas que foram conseguidos com ações judiciais. No ano passado, foram R$ 132 milhões, um valor 776 vezes maior.
"Se existe um número muito grande de ações na Justiça, é preciso verificar a razão. E a razão, muitas vezes, está na recusa injustificada do estado em prestar o atendimento que o cidadão tem direito", explica o desembargador Décio Notarangli.
Viviane tem leucemia. Os remédios não estavam na lista, aprovada pelo governo, eram muito caros e ela não podia pagar. Só conseguiu depois de entrar na Justiça. "Eu só quero viver, entendeu? É uma coisa que eles não davam para mim, querendo tirar a minha chance de viver”, relata a recepcionista Viviane Martins Meixedo aos choros.
O advogado Julius Confoti diz que o SUS não acompanha a evolução da medicina. Quando é urgente e o paciente não pode esperar anos por uma autorização, ele pede que o juiz autorize o tratamento por liminar. Em 80% dos casos, o pedido é atendido em dois dias.
"É o que vem permitindo que muitos cidadãos que não tem acesso a um determinado tratamento, a uma determinada droga, consigam efetivamente ter uma sobrevida, uma cura, um tratamento digno", conta o advogado Julius Confoti.
Por um lado, os juízes não podem colocar em risco a vida dos pacientes. Por outro, não têm conhecimento técnico para avaliar se o tratamento pedido é o único indicado para aquela doença. Neste momento, eles têm 241 mil processos para julgar. E para ajudar nesse trabalho, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) acaba de criar um comitê que inclui médicos e farmacêuticos.
Para que lhe dê subsídios no sentido de que este medicamento efetivamente é necessário para este resultado e que, eventualmente, não haja um outro similar dentro do sistema que possa atender de igual forma”, diz a juíza do trabalho do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) Morgana Richa.
A partir de outubro, o governo vai atualizar, a cada dois anos, a relação de remédios e procedimentos cobertos pelo SUS. "A gente está avançando e ampliando muito o acesso a medicamentos e, dessa forma, a gente espera estar atualizado no que há de melhor para a população brasileira", explica o Secretário do Ministério da Saúde Carlos Gadelha.












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Primeiro medicamento anti-inflamatório para a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica chega ao Brasil

São Paulo, 18 de julho de 2011 - A Nycomed acaba de lançar no mercado brasileiro o Daxas®, medicamento exclusivo para o tratamento da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, também conhecida como DPOC.
Trata-se de uma nova classe terapêutica que chega ao país, sendo a primeira terapia complementar via oral aprovada pela Anvisa. O medicamento possui ação específica e efetiva no combate à inflamação latente da DPOC, atuando como terapia associada aos medicamentos sintomáticos. Sua ação ajuda a diminuir as exacerbações, também chamadas de crises, retardando a progressão da doença, com qualidade de vida e aumento do tempo de sobrevida dos pacientes.
A DPOC é uma doença crônica dos pulmões que diminui a capacidade de respiração. Os sintomas podem ser os mesmos de outras doenças respiratórias, como a asma, dificultando o diagnóstico preciso. "A doença evolui a partir do agravamento das exacerbações, que vão acontecendo com maior frequência e intensidade.
Sendo o tratamento dos sintomas feito por via inalatória, faltava uma medicação oral para atuar nas inflamações, como terapia complementar. Estamos falando de um medcamento inovador com efeito específico para DPOC, que trata a doença de forma assertiva e supre uma necessidade negligenciada anteriormente", explica o Dr. José Roberto Jardim, médico pneumologista da UNIFESP (Universidade Federal da São Paulo) e membro do comitê internacional de DPOC.
As pesquisas para desenvolvimento do roflumilaste, princípio ativo da droga, começaram na Alemanha há cerca de 20 anos. "Este é o único medicamento que atua diretamente na inflamação, reduzindo o número e a intensidade das exacerbações que os pacientes sofrem.
Ele age de forma silenciosa para melhorar a qualidade de vida do paciente", afirma Dr. Jardim. O novo medicamento é o primeiro produto em sua classe terapêutica e representa uma nova esperança para os pacientes de DPOC.
No Brasil, o Estudo Platino mostrou que somente 13% dos casos de DPOC são diagnosticados corretamente, o que prejudica o início do tratamento ainda na fase precoce. Estima-se que até 2020 a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica será a terceira causa de mortes no mundo, de acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde).
A previsão é baseada em uma somatória de fatores relacionados a um estilo de vida pouco saudável, muito comum em centros urbanos, e que combina tabagismo e a poluição do ar, má alimentação, sedentarismo e situações de estresse

Portal midiacon  

FDA alerta para restrições nos ensaios clínicos de medicamento contra linfomas


Um medicamento experimental que tem vindo a ser testado nos EUA contra o linfoma de Hodgkin e linfoma anaplásico de grandes células – tipos de tumores que afectam o sistema linfático - pode vir a receber indicação de restrições por parte da entidade norte-americana que regula o medicamento (FDA), avança a Reuters, citada pelo PIPOP – Portal de Informação Português de Oncologia Pediátrica.
A decisão da FDA de restringir o uso do composto da Seattle Genetics tem por base algumas limitações observadas nos ensaios clínicos realizados com o fármaco, denominado por Adcetris® (vedotin brentuximab), em doentes previamente tratados com linfoma de Hodgkin e linfoma anaplásico de grandes células.
De acordo com a entidade reguladora, o composto apenas se mostrou eficaz no tratamento de doentes que sofrem com linfoma de Hodgkin e que tinham sido sujeitos a um transplante de células-tronco, o que reflecte apenas uma amostra reduzida de doentes analisados.
O medicamento, desenvolvido para tratamento do linfoma de Hodgkin, diferentes tipos de linfoma de células T e outras neoplasias hematológicas, foi sujeito a ensaios preliminares que se revelaram muito positivos no combate aos vários tipos de linfomas, no entanto, o painel consultivo da FDA refere que são necessários novos estudos, com uma amostra mais abrangente de doentes, além de entender como fundamental uma análise comparativa com outros medicamentos.
O composto recebeu da FDA o estatuto de revisão prioritária para o medicamento, o que significa que este acarreta potenciais benefícios face a outras terapêuticas actuais.


Portal Portugues de oncologia

terça-feira, 19 de julho de 2011

Comissão da Câmara dos Deputados aprova licenciamento sanitário para transportes de medicamentos

A Câmara Federal deu mais um passo no sentido de aprimorar a qualidade e segurança no transporte de medicamentos e seus insumos. A Comissão de Viação e Transportes, da Câmara dos Deputados, aprovou o Projeto de Lei 538/11, do deputado João Dado (PDT-SP), que torna obrigatório o licenciamento sanitário das empresas que façam esse tipo de transporte. A medida reafirma a necessidade do transporte de medicamentos e insumos ter o acompanhamento de um profissional farmacêutico, que terá por função zelar para que o transporte não interfira na eficácia e efetividade das substâncias medicamentosas.
O Projeto altera a Lei 5.991/73, que prevê o controle sanitário para as empresas que comercializem, dispensem, representem, distribuam, importem ou exportem medicamentos e produtos relacionados. No entanto, a lei 5.991/73 não trata expressamente sobre a exigência do licenciamento sanitário e, consequentemente, da contratação de um farmacêutico responsável técnico pelas empresas de transporte. Essa brecha na legislação tem sido utilizada judicialmente por algumas empresas para abonar a ausência do farmacêutico.
Para justificar a proposta, o deputado enfatiza que o objetivo é deixar claro, sem margem de dúvidas, que o transporte de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos também deve se sujeitar ao controle sanitário de que trata a lei 5991/73, em especial quanto à obrigação de ter assistência de responsável técnico inscrito no Conselho Regional de Farmácia.
Muito mais do que corrigir uma falha na lei, a proposta do deputado João Dado busca assegurar a manutenção da qualidade dos produtos transportados, tendo em vista que apenas o farmacêutico pode garantir o acondicionamento e transporte correto, mediante as condições de umidade, temperatura e demais peculiaridades atreladas ao medicamento.
Atuação do CRF-SP
Essa questão surgiu como proposta da Comissão Assessora de Distribuição e Transporte do CRF-SP, que há tempos indica o farmacêutico como profissional responsável e qualificado para acompanhar toda a logística de armazenamento e distribuição de medicamentos.
Os farmacêuticos que integram a Comissão foram os principais responsáveis pelo suporte técnico para que justificar a necessidade de propor uma lei que assegure o trabalho do farmacêutico na transportadora.
O Projeto de Lei 538/11 tramita em caráter conclusivo e ainda será analisado pelas Comissões de Seguridade Social e Família e de Constituição e Justiça e de Cidadania

Fonte CRF SP

segunda-feira, 18 de julho de 2011

O Exército divulga concurso público para Oficiais na área de Saúde

 O Diário Oficial da União (DOU) publicou hoje (11.05) edital de concurso público para admissão e matrícula, em 2012, para os Cursos de Formação de Oficiais do O O Diário Oficial da União (DOU) publicou edital de concurso público para admissão e matrícula, em 2012, para os Cursos de Formação de Oficiais do Serviço de Saúde do Exército (CFO/SSAU). As inscrições permanecerão abertas até o dia 11 de agosto. Os cursos de Formação de Oficiais Farmacêuticos e Dentistas serão realizados na Escola de Formação Complementar do Exército (EsFCEx), em Salvador (BA). São ofertadas 139 vagas, sendo nove destinadas à formação de Oficiais Farmacêuticos, sete para farmacêuticos bioquímicos e duas para farmacêuticos industriais. O concurso terá diversas etapas posteriores ao exame intelectual: inspeção de saúde, exame de aptidão física, revisão médica e comprovação dos requisitos biográficos dos candidatos. Considerando os resultados, a EsFCEx efetivará a matrícula de acordo com a classificação geral dos candidatos. Para participar do processo, que também abrange outras áreas da Saúde, o candidato deve possuir graduação em Farmácia e ter entre 20 e 36 anos.

As inscrições podem ser efetuadas no site http://www.essex.ensino.eb.br/. O valor é de R$ 130,00. Fonte: CRF PA

sexta-feira, 15 de julho de 2011

CIENTISTAS DESCOBREM ANTICORPOS ANTI-HIV

Cientistas dos EUA e Alemanha conseguiram descobrir que as moléculas do sistema imunológico de algumas pessoas que são capazes de neutralizar o HIV têm uma origem comum no DNA. Uma pesquisa no organismo destas pessoas verificou a existência de 576 tipos diferentes de moléculas de anti-corpos, todas elas, apesar de diferenças, eram extremamente agressivas contra o HIV e tinham origem em apenas dois trechos distintos de DNA. Isso era uma barreira para cientistas que pretendiam usar esses anticorpos como inspiração para produzir uma vacina. Sem saber a origem das moléculas, era difícil saber como "provocar" o sistema imunológico da maneira correta para produzi-las. Informações da Folha de S. Paulo.
Blog Samuel Celestino

Governo economiza R$ 603,5 milhões na compra de medicamentos

No primeiro semestre deste ano, o Ministério da Saúde conseguiu economizar R$ 603,5 milhões em processos de aquisição de medicamentos e insumos para a saúde. Os recursos estão sendo reinvestidos na melhoria do atendimento ao cidadão pelo Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com o ministério, foram adotadas ferramentas como a utilização de banco de preços internacionais, negociação direta com os fabricantes, centralização da compra de alguns produtos e atendimento a recomendações de órgãos de controle, como o Tribunal de Contas da União.
Se incluída a variação cambial para os produtos comprados em dólar, a economia chega a R$ 651 milhões. “Com o dinheiro que conseguimos economizar, vamos ampliar o acesso da população a medicamentos e outros produtos para a saúde. É reinvestir o dinheiro da saúde na melhoria da saúde dos brasileiros”, afirma o ministro Alexandre Padilha. De janeiro a junho deste ano, o ministério adquiriu mais de 80 itens de medicamentos e insumos a um valor total de R$ 1,7 bilhão. Sem as medidas de gestão, esse gasto seria elevado para R$ 2,3 bilhões.
Economia - O valor da economia é suficiente para a instalação de aproximadamente 200 Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs). Só com a compra de hemoderivados (medicamentos produzidos a partir do processamento do sangue), foi possível economizar R$ 63,2 milhões - quase 10% do total da economia nas compras deste semestre. Estes produtos custariam R$ 306,2 milhões e, após negociações, foram adquiridos a um valor de R$ 243 milhões.


 Portal Pantanal








quinta-feira, 14 de julho de 2011

Gilead adere a pool de patentes de medicamentos contra aids

Reduzir Normal Aumentar Imprimir A Gilead Sciences, principal fabricante de drogas contra o HIV, dividirá os direitos de propriedade intelectual de seus medicamentos em um pool de patentes destinado a tornar os tratamentos mais disponíveis aos pobres.
O grupo com sede na Califórnia é o primeiro da indústria farmacêutica a entrar no novo Pool de Patentes de Medicamentos. Os organizadores agora esperam que outros fabricantes se unam à iniciativa.
Ellen 't Hoen, a diretora-executiva do pool, disse à Reuters que está negociando os termos para acordos similares com a ViiV Healthcare - joint venture da GlaxoSmithKline e da Pfizer ¿, com a Bristol-Myers Squibb, com a Roche, a Boehringer Ingelheim e a Sequoia Pharmaceuticals.
"Não se trata de uma iniciativa isolada. O campo todo está mudando...haverá mais novidades", disse ela.
Cerca de 33 milhões de pessoas em todo o mundo têm o vírus da imunodeficiência humana (HIV), que causa a aids. A maioria vive na África e na Ásia, onde os medicamentos têm de ser muito baratos para permitir que quem precisa deles possa comprá-los.
O Pool de Patentes de Medicamentos ¿ lançado pelo sistema de financiamento da saúde Unitaid, que é financiado por uma taxa sobre as passagens aéreas ¿ destina-se a tratar desse problema criando um sistema para que detentores de patentes liberem tecnologia a fabricantes de genéricos em troca de royalties modestos.
No caso da Gilead, o acordo permite a produção de cópias genéricas do tenofovir, emtricitabine, cobicistat e elvitegravir, assim como a combinação desses produtos numa única pílula para combater o HIV conhecida como "Quad".
O cobicistat, o elvitegravir e o Quad ainda estão em desenvolvimento clínico e a inclusão deles no acordo deve acelerar o fluxo de novos tratamentos nos países pobres.
"Por meio do licenciamento sistemático da propriedade intelectual relacionada a produtos para o HIV, as pessoas nos países em desenvolvimento terão acesso a versões de baixo custo desses produtos quase ao mesmo tempo das pessoas dos países ricos", disse Hoen.

Portal TERRA

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Governo amplia acesso a medicamento para hepatite C

Para melhorar o atendimento e a qualidade de vida dos portadores de hepatite C, o Ministério da Saúde, por meio do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, realiza uma série de modificações nas diretrizes terapêuticas para tratamento da doença pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O novo Protocolo para o Tratamento da Hepatite C proporciona, dentre outros benefícios, a ampliação do uso de interferon peguilado e facilita o acesso ao tratamento em alguns casos que não necessitarão de biópsia prévia. As mudanças passam a valer a partir da semana que vem.
Na prática, a medida permite mais agilidade para indicar o prolongamento de tratamento. O texto anterior, publicado em 2007, garantia a extensão do uso do interferon desde que houvesse aprovação do Comitê Estadual de Hepatites Virais. Agora, o médico que acompanha o paciente já pode prescrever a continuidade do tratamento, de acordo com os critérios estabelecidos no documento.
No Brasil, há 11.882 pessoas em tratamento e a ampliação do uso do interferon peguilado para portadores de outros genótipos do vírus da hepatite C beneficiará pelo menos outros 500 pacientes ainda neste ano. A formulação trará mais conforto e comodidade a estes pacientes, pois esta é utilizada apenas uma vez por semana - no caso do interferon convencional, são três doses a cada semana.


Equipe AE

44% dos remédios controlados vendidos no Brasil tratam transtornos mentais

A maior parte das 143 espécies de medicamentos controlados vendidos no país entre março de 2007 e março de 2010 é utilizada para tratar transtornos mentais e comportamentais, como ansiedade e psicose --44% das substâncias comercializadas se inserem nesta categoria de uso. Outros 16,1% deles são usados contra doenças do sistema nervoso. Os dados estão descritos no primeiro Boletim de Farmacoepidemiologia do sistema nacional que gerencia os produtos controlados da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), divulgado na segunda. As informações permitem identificar quais das substâncias sujeitas a controle especial foram adquiridas em drogarias e farmácias no país ao longo dos últimos anos (143 das 553 classificadas). Não permite, porém, mapear a quantidade de unidades compradas de cada produto e, assim, estabelecer a frequência de consumo de cada tipo de medicamento, explica Márcia Oliveira, coordenadora nacional de gerenciamento de produtos controlados. Essa análise quantitativa poderá ser feita a partir dos próximos boletins, que devem passar a ser divulgados semestralmente. 'Com esse primeiro boletim, podemos observar hábitos de prescrição e de consumo', diz Oliveira. A maior proporção identificada de medicamentos contra transtornos mentais e doenças do sistema nervoso não surpreende, continua ela. Isso porque, dentre as substâncias de uso restrito no país, há um maior número delas que são usadas para o tratamento desses agravos. O boletim leva em consideração as compras de produtos cuja retenção de receita é obrigatória feitas em cerca de 39 mil estabelecimentos farmacêuticos em 3.500 municípios do país.

                                                                                                                          Fonte: Folha de São Paulo

Hormônio da felicidade? Saiba como os antidepressivos funcionam

Pílulas da felicidade não existem, mas a inclusão de ações simples no dia a dia são fundamentais para a saúde mental

Ao contrário do que muita gente pensa, a felicidade momentânea não é vendida na farmácia mais próxima. Os antidepressivos, erroneamente utilizados por algumas pessoas como calmantes, reguladores do sono ou inibidores da angústia e da ansiedade, são medicações que atuam nos transtornos depressivos e, por este motivo, devem ser tomados apenas sobre prescrição e acompanhamento médico.
Para decifrar algumas das principais dúvidas relacionadas a este tipo de remédio, o Terra conversou com alguns especialistas da área. Eles garantem que a fórmula da felicidade não se encontra em cápsulas, e sim, na busca pela real causa dos problemas. Entender a origem das dores da alma continua sendo a forma mais simples - e natural - de encontrar o equilíbrio emocional.

Como agem no cérebro
Ricardo Moreno, coordenador do Programa Transtornos Afetivos do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, explica que os antidepressivos agem no cérebro aumentando a disposição de substâncias chamadas neurotransmissores. "O aumento destas substâncias promove uma série de eventos químicos dentro das células nervosas, que se traduzem na melhora dos sintomas e sinais da síndrome depressiva."

Antidepressivo x pílula da felicidade
Os especialistas são enfáticos: não existe hormônio da felicidade. "O que existe são os neurotransmissores funcionando adequadamente", diz José Paulo Pinotti, psiquiatra do Hospital São Camilo. "Eles proporcionam a sensação de bem estar que se convencionou chamar de felicidade", conclui. Moreno complementa: "os medicamentos antidepressivos funcionam em pessoas com doenças psiquiátricas. Não melhoram o humor ou tornam indivíduos normais mais felizes".

Indicações
É preciso critério para perceber a necessidade de uso dos antidepressivos, segundo explica Amilton Santos Junior, médico psiquiatra da Unicamp. Ele elenca uma série de fatores, que, combinados e persistentes por pelo menos duas semanas, podem representar indícios de algum distúrbio psicológico que exija este tipo de medicação, mas sempre com acompanhamento clínico.
Amilton indica como pontos de observação: "humor deprimido na maior parte do dia, diminuição do interesse e prazer nas atividades, perda ou ganho significativo de peso sem estar em dieta, insônia ou excesso de sono, agitação, fadiga ou perda de energia quase todos os dias, sentimento de inutilidade, culpa, dificuldade de concentração e pensamentos de morte".
Ele ressalta que, para indicar algum problema mais sério, estes sintomas devem causar sofrimento significativo ou prejuízo na vida social.

Contra-indicações
De acordo com os especialistas ouvidos, os antidepressivos são bem tolerados por qualquer tipo de pessoa, porque cada grupo de medicação atende a uma necessidade diferente. No entanto, a avaliação sobre as contra-indicações deve ser feita pelo médico, que irá avaliar o comportamento do paciente e condições especiais.

Reações adversas
De um modo geral, as reações mais comuns são as alterações do sono e apetite, mudanças intestinais e dores de cabeça, segundo indica Pinotti. Ele afirma que, para minimizar os problemas, basta seguir a indicação de um médico e jamais tomar por conta própria. "Só use os remédios prescritos e pergunte a o seu médico quais efeitos esperar. Tenha uma forma de contatá-lo e siga corretamente as orientações".

Dependência
De acordo com Amilton, os antidepressivos não causam dependência química. "O que pode ocorrer é que alguns desses medicamentos, quando suspensos abruptamente, podem causar sintomas físicos como náuseas, dores de cabeça e alterações gastrointestinais".

"Hormônios da felicidade" alternativos
Cuidar da saúde mental é extremamente importante, pois impacta em muitos fatores da vida. De acordo com Pinotti, quando os neurotransmissores estão em suas condições normais, a pessoa "tem disposição para cuidar-se mais e tende a ter hábitos mais saudáveis."
Segundo o psiquiatra Amilton, ações que visem a melhor qualidade de vida, como atividade física regular, alimentação equilibrada, relacionamentos sólidos com familiares e amigos, vida sexual saudável e até mesmo grupos religiosos "constituem importantes estratégias para a promoção da saúde mental".
Para Sandra Maia, psicóloga clínica e psicoterapeuta, sintomas como como ansiedade, depressão, insônia ou sobrepeso, são apenas avisos de que algum equilíbrio se rompeu. "O sintoma não é o vilão, ele é um alerta, portanto, antes de eliminá-lo, é preciso traduzi-lo, compreender o que ele está querendo nos dizer que está errado a nosso respeito e que não estamos percebendo".
Ela acredita que os antidepressivos viraram uma válvula de escape acessível, que traz uma aparente sensação de preenchimento de forma rápida e eficaz. Por isso, ela alerta: "o medicamento não tem a propriedade de alterar o cenário de uma vida, portanto, se nos limitamos a tomar o medicamento e não nos mobilizamos em direção a fazer as alterações que a vida está pedindo, ao pararmos a medicação, tudo tende a voltar à estaca
                                                                                                     
                                                                                                                                 Portal TERRA

terça-feira, 12 de julho de 2011

O ofício dos boticários no século XIX

“Não contém produtos químicos”. Essa é uma afirmação equivocada, facilmente encontrada nas embalagens de diferentes produtos, e que passa despercebida diante dos olhares menos reflexivos. Para “demonstrar o quanto a química faz parte do cotidiano”, a celebração do Ano Internacional da Química (2011) parte do princípio de que “toda matéria encontrada no universo é composta pelos elementos químicos e sua combinação molecular” e propõe o tema: “Chemistry – our life, our future” (Química – nossa vida, nosso futuro), adaptado no Brasil como “Química para um mundo melhor”. Enxergar a presença da química na composição da vida e de toda matéria que a cerca não é uma tarefa fácil para um cidadão que não lida com a rotina de um farmacêutico ou de um químico em seu laboratório. Quanto mais se olha em direção ao passado, mais difícil parece ser esse exercício, devido às limitações técnico-científicas de outrora. Porém, essa dificuldade não assustou àqueles que buscavam obter ouro através de metais menos nobres ou desenvolver o elixir da vida, como era o caso dos alquimistas. Tampouco diminuiu os esforços dos boticários em busca da cura para diferentes males e doenças.
Escritores como Machado de Assis (1839-1908) e Lima Barreto (1881-1922) utilizaram-se de elementos reais para criar, respectivamente, personagens ficcionais como Crispim Soares (do conto “O alienista”, 1822) e Raimundo Flamel (do conto “A nova Califórnia”, 1910) cuja maior semelhança estava no ofício em comum: ambos eram boticários. De acordo com a professora Nadja Paraense dos Santos, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, isso ocorre porque “no final do século XIX e início do século XX, é forte a crença na ciência e a sua ligação com o progresso”. Nesse contexto, tais autores criticam, em suas obras, a “racionalidade moderna e o excessivo poder da ciência”. Segundo ela, Machado “trata da ciência de forma discreta, pintando o tema com cores mais suaves e elegantes; mas nas crônicas escritas no mesmo período, ele não se cansa de atacar frontalmente a medicina de seu tempo”, uma indignação justificada pelo surgimento de “novíssimos produtos farmacêuticos: os periódicos anunciavam a substituição de remédios que não curavam mais, por outros que prometiam curar de tudo”. Assim, “Machado começa a discutir, em seus textos jornalísticos, a irresponsabilidade dos boticários, a profusão de remédios prometendo realizar curas milagrosas e o elenco de sistemas medicinais que se sucediam, sem, no entanto, conseguir sanar as doenças da época”, descrevendo “a transformação da medicina em comércio e sua manipulação por mãos inescrupulosas”. Já Barreto, diz a pesquisadora, utiliza-se “da sátira, da ironia, da caricatura, da crítica contundente”, trazendo em associação à figura do boticário uma crítica à ganância.
Outro consagrado escritor brasileiro também dedicou suas letras a retratar o ofício do boticário: Visconde de Taunay (1843-1899). Em sua obra Inocência (1872), “Cirino, filho de um vendedor de drogas que se intitulava boticário, seguindo os passos do pai, passa a atender a população e a receitar medicamentos, unindo ciência e superstição. Médico ou curandeiro, boticário ou charlatão, tem acesso a todas as famílias carentes que visita, prometendo saúde, garantindo a cura de todos os males”, conta Nadja dos Santos. Dessa forma, o autor aborda a “falta de médicos formados e competentes”, uma realidade do século XIX que contrastava com o “progresso da medicina” e o “surgimento de novas técnicas, medicamentos, teorias”, aponta a pesquisadora.
Segundo a professora Verônica Pimenta Velloso, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro, Taunay traça em Cirino o “perfil de um boticário andarilho, que aprendera o seu ofício como caixeiro de uma botica e resolvera viajar pelos sertões a ‘medicar, sangrar e retalhar’, sendo recebido sempre como doutor”, refletindo “uma carência de assistência médica e farmacêutica no interior do país, que muitas vezes era preenchida por esses personagens”. Tal situação é confirmada através da consulta aos relatórios da Junta Central de Higiene Pública (1850) – durante gestão do doutor em medicina José Pereira Rego, no mesmo período da publicação do romance. Assim, “os romances, nos anos de mil e oitocentos, ao retratarem o cotidiano da época, constituem fontes ricas a serem consultadas”, desde que não se deixe de lado a “consulta à legislação sanitária, aos periódicos farmacêuticos e médicos, aos jornais de grande circulação, às memórias históricas das faculdades de medicina ou mesmo aos livros didáticos utilizados na formação dos boticários”.
“O sentido alquímico da farmácia permaneceu no imaginário popular, ou mesmo no cotidiano do século XIX”, comenta Velloso, explicando que “a própria configuração das boticas ou estabelecimentos farmacêuticos expressava uma aura de mistério, ao separar o local de manipulação dos medicamentos do balcão de atendimento”. Também contribuíam, segundo ela, “para alimentar ou mesmo manter a tradição de um sentido oculto na química dos medicamentos, os chamados remédios secretos ou de segredo”, cujas fórmulas não eram reveladas, cuja circulação era livre e cujas propagandas prometiam a “cura para todos os males”, uma atitude condenada “por farmacêuticos considerados homens de ciência, como o francês Eugène Soubeiran, autor de livros didáticos de farmácia adotados em cursos da França, do Brasil e de Portugal”, completa.
Em contrapartida, continua Velloso, “eles próprios (os farmacêuticos) acabavam por aderir a essas práticas no seu cotidiano”, como no caso da homeopatia e das “especialidades farmacêuticas (tinturas, pomadas, pastas) ou remédios secretos que, com o processo de industrialização farmacêutica, multiplicaram-se nas prateleiras das farmácias, buscando atender à população consumidora”. Segundo ela, é evidente “o sentido comercial de suas atividades, já que a tendência era aumentar cada vez mais a venda de medicamentos” para pronto uso que, em geral, eram importados e mais baratos dos que os produzidos localmente; uma situação que contribuía para a associação da figura do boticário ao símbolo do “mercador da saúde” – imagem recriminada pelos farmacêuticos sob o argumento de que “a farmácia, como a medicina, era uma ciência que lidava com vidas, devendo, por isso, ter um tratamento diferenciado de outros ramos do comércio, pelos órgãos responsáveis pela fiscalização e jurisprudência de suas atividades”, explica a pesquisadora.

O boticário Ezequiel Correa dos Santos
Entre os casos reais dessa prática, Ezequiel Correa dos Santos é o mais citado. Diplomado boticário em 1819, praticou seu ofício na botica de José Caetano de Barros. Como um dos fundadores da Sociedade Farmacêutica Brasileira (1851-1878), pretendia “regularizar e garantir o exercício da farmácia no Brasil”. Assim, “combateu o charlatanismo que invadia o mercado brasileiro de remédios”, integrando “um seleto grupo que transformou suas farmácias em laboratórios de pesquisa de novos medicamentos”, fato que o levou ao isolamento do “primeiro alcalóide no Brasil, a pereirina, cujo preparado sob a forma de cloridrato foi amplamente empregado no combate à malária até o início do século XX”, explica Nadja dos Santos.
A trajetória desse boticário, segundo Verônica Velloso, revela as “mudanças por que passaram a farmácia e a química na transição entre o período joanino no Brasil e a constituição do império brasileiro”. Titulado em fisicatura, envolveu-se “com a dissolução da Assembleia Constituinte em 1823 e a abdicação de Dom Pedro I, em 1831, quando foi reivindicada a extinção de todas as instituições representativas do Antigo Regime, incluindo a então denominada Fisicatura-mor. Em 1829, Ezequiel dos Santos tornou-se proprietário e redator do jornal Nova Luz Brasileira”, figurando entre as lideranças dos “liberais exaltados, que faziam oposição radical ao governo absolutista de Dom Pedro I”, conta a pesquisadora. Sua botica, na “Rua das Mangueiras, atual Visconde de Maranguape, na Lapa, era o local anunciado nas páginas de seu jornal para a realização das assinaturas e, com certeza, servira de espaço para discussões políticas”, continua. Além dessas ações, Ezequiel dos Santos também reivindicava a “elaboração de um código farmacêutico brasileiro” e valorizava as “preparações e especialidades farmacêuticas locais”, destaca Velloso.
Ela conta que, filiado a diferentes “associações de cunho político e científico”, em 1835, Ezequiel dos Santos presidiu a seção de farmácia da Academia Imperial de Medicina. Em 1851, “como boticário da Casa Imperial”, participou da “fundação da Sociedade Farmacêutica Brasileira, a qual presidiu até o seu falecimento, em 1864”, continua. Além dele, “muitos outros farmacêuticos dessa época e de gerações seguintes poderiam ser citados, destacando os seus próprios filhos”: Ezequiel Correa Santos Junior e Ernesto Frederico dos Santos, exemplificando “a farmácia familiar” que, segundo a pesquisadora, pode ser interpretada “como uma herança das boticas medievais, um ofício que passava de pai para filho e que era executado nas suas próprias casas”. Outros nomes do século XIX também são lembrados por Verônica Velloso: Theodoro Peckolt e seu filho, Gustavo Peckolt (autor de História das plantas medicinais e úteis do Brasil e História das plantas alimentares e de gozo no Brasil); Edouard Jules Janvrot (na direção do Instituto Farmacêutico do Rio de Janeiro); Eugênio Marques de Hollanda (também na direção do Instituto Farmacêutico do Rio de Janeiro e no Laboratório da Flora Brasileira); além de Francisco Maria de Mello e Oliveira (no Laboratório de Química Orgânica e Inorgânica da Escola Politécnica).

Boticários, farmacêuticos e químicos
Diante desses exemplos da ficção e da realidade, bem como das contradições de uma época que mesclava o progresso através da ciência a uma realidade social brasileira que não correspondia de forma equivalente a tal desenvolvimento, é inevitável a seguinte questão: como definir o ofício do boticário e distinguí-lo daquele exercido pelo farmacêutico ou pelo químico? Segundo Verônica Velloso, de acordo com o Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa, de Antenor Nascentes, a atividade do boticário está ligada ao comércio; e o seu espaço, a botica, tem sua origem na “palavra grega apotheke = depósito” e na “mediação do francês com a palavra boutique”, adquirindo a ideia de loja. Significação semelhante é oferecida pelo dicionário de Raphael Bluteau, Vocabulário português e latino, onde os boticários estão associados à posse de uma botica, à venda de drogas medicinais e à realização de mesinhas, como se fossem “cozinheiros dos médicos”; numa atividade que adquire status menor e subserviente pelo seu caráter mecânico ligado à preparação e venda do medicamento, esclarece Nadja dos Santos.
De acordo com ela, a botica e o boticário surgiram na Europa, a partir do século VIII, através de uma “incipiente divisão do trabalho médico”. No Brasil, os anos 1530 marcaram a chegada dos primeiros “cirurgiões barbeiros, boticários e seus aprendizes”, que traziam “caixas de botica” com “instrumentos de lancetar, sangrar, cortar e serrar, e mais os remédios”. Assim, a função de farmacêutico era exercida pelos portadores de tais “caixas”, os quais se tornaram “os primeiros ‘donos’ do ofício”. “A fiscalização do exercício profissional e do comércio de drogas efetuou-se, nos três primeiros séculos, através dos delegados ou comissários do Físico-mor e do Cirurgião-mor do Reino, até 1782, quando o governo de D. Maria I criou a Junta do Protomedicato, com sede em Lisboa e delegados no Brasil”, conta Nadja dos Santos. Iniciada no século XVIII, a “institucionalização e a profissionalização da ciência” trouxeram consigo “a substituição dos práticos e boticários por farmacêuticos”, gerando “mudanças no modelo de transmissão do conhecimento e de formação profissional”, continua. Ou seja, em lugar do aprendiz, surge a universidade e, com ela, título, carreira e status, considera a pesquisadora.
No século XIX, farmacêuticos ligados às associações científico-profissionais dedicavam-se à discussão de sua diferença em relação aos boticários, numa tentativa de “afirmar o estatuto de ciência para a farmácia”, pois a designação “farmacêutico” ganhou caráter oficial com a criação do respectivo curso de formação no Rio de Janeiro e na Bahia, em 1832. “Quem se formava por esse curso deveria, então, ser denominado de farmacêutico, formação distinta da do boticário, que aprendia o seu ofício na prática, sem frequentar um curso acadêmico”, explica Verônica Velloso.
Ela conta que partir dos anos 1870, reuniões do Instituto Farmacêutico do Rio de Janeiro passaram a interpretar a falta de distinção entre tais ofícios como “sinal de atraso em relação a outros países”, associando “a terminologia e a figura do boticário às corporações de ofício da Idade Média e ao praticante de alquimias excêntricas”. Em oposição, o farmacêutico refletia “o moderno, o profissional que trabalhava num laboratório e utilizava a química para comprovar a eficácia de suas fórmulas”. Assim, procurava-se atentar para as distinções a fim de “denunciar o exercício ilegal da farmácia”, esclarece. Em contrapartida, eram expedidas, por parte do órgão governamental responsável, a Junta Central de Higiene Pública, licenças para o exercício da farmácia por leigos. A alegação para tanto era de que “os dois únicos cursos farmacêuticos que existiam no país eram insuficientes para atender às necessidades”, fato que, na ótica de Verônica Velloso, tornava ficcional “a distinção entre boticário e farmacêutico”.
Ela aponta que outro fator dificultava o estabelecimento da distinção entre tais ofícios. Além da titulação conferida aos farmacêuticos, havia “aquela dada aos boticários pela Fisicatura, o órgão responsável pela fiscalização do exercício das artes de curar e pela concessão de cartas a físicos, boticários, médicos práticos e curandeiros”. A Fisicatura foi criada no reino português (1810), e suas funções foram transferidas, no Brasil, para a Câmara Municipal do Rio de Janeiro e para a Junta Central de Higiene Pública. Com isso, não é surpresa alguma o fato de que o “próprio presidente da primeira associação farmacêutica no Brasil, a Sociedade Farmacêutica Brasileira, Ezequiel Corrêa dos Santos, fosse um boticário” titulado quando ainda não havia cursos farmacêuticos. Na mesma época, o químico – diferentemente do boticário e do farmacêutico – poderia ter qualquer uma das formações anteriores e, até mesmo, a de médico ou de engenheiro, uma vez que não existia curso superior na área em terras brasileiras, explica Velloso.
Na mesma sociedade (posteriormente rebatizada como Instituto Farmacêutico do Rio de Janeiro), a presença de “farmacêuticos/boticários, químicos, naturalistas, botânicos, médicos clínicos e até mesmo droguistas” refletia a união e a tensão existentes em tamanha heterogeneidade. Entre as discordâncias, por exemplo, figuram a comercialização de “produtos químicos tóxicos” e a assistência à população por parte das farmácias, invadindo o exercício legal da medicina garantido aos médicos clínicos; esses últimos, por sua vez, “costumavam preparar medicamentos mesmo havendo farmácias no local, burlando também as leis a respeito”, continua a pesquisadora. Em contrapartida, concordavam com a “proposta de formação acadêmica, o que lhes conferia a qualificação de homens de ciência, o apelo à polícia médica para corrigir o exercício ilegal de suas ocupações, com fins de diferenciarem-se de um mercado informal que crescia vertiginosamente”. Isto é, “o farmacêutico não deixava de supervalorizar a disciplina da química na sua formação, já que esta, ao permitir que ele testasse os seus medicamentos, reforçava o sentido científico de suas atividades, de acordo com a concepção de ciência na modernidade”, conclui Velloso.
Segundo Nadja dos Santos, “os farmacêuticos e os químicos são personagens mais difusos”, pois adentram, ao longo do tempo, instituições de perfis variados, como “universidades, fábricas, laboratórios de pesquisa, farmácias oficinais, drogarias, órgãos profissionais e ministérios estatais”. O último grupo é composto por “egressos da medicina ou da farmácia, da metalurgia e de outras áreas tecnológicas”, garantindo “uma diversidade imensa nas modalidades de formação do químico”, diz a pesquisadora. Assim, “desde o início do século XVII, há uma preparação formal teórica e prática do químico vinculada estreitamente, como quimiatria, ao ensino da medicina e, mais tarde, como química aplicada, às atividades tecnológicas”, levando a química ao “gradativo afastamento” da área médica para outras áreas “ligadas à atividade econômica”, fator que “contribuiu para o estabelecimento de uma química independente”, completa Nadja dos Santos.

Heranças dos boticários
Na atualidade, é possível observar reflexos das ações dos antigos boticários em empresas que se consolidaram, ao longo das décadas, adaptando-se às inovações técnicas e científicas ligadas à prática da química. A Granado Pharmácias é um exemplo, resultado do trabalho de três gerações da mesma família, cuja primeira botica foi fundada na cidade do Rio de Janeiro, em 1870, pelo português José Antônio Coxito Granado. Com a simpatia de Dom Pedro II, ganhou o título de Farmácia Oficial da Família Real Brasileira. Entre os seus produtos mais conhecidos estão o Polvilho Antisséptico (1903), cujo registro foi aprovado por Oswaldo Cruz. No campo das ideias, a botica foi responsável pela edição do almanaque anual Pharol da Medicina, entre 1887 e 1940. Hoje, de acordo com informações presentes em seu portal institucional, tal empresa é presidida pelo inglês Christopher Freeman.




Por Maria Clara Rabelo
Com Ciencia - Revista eletronica de jornalismo cientifico