O coquetel de medicamentos contra a Aids é composto por vários comprimidos diferentes, mas esse quadro pode mudar, de acordo com uma pesquisa que vem sendo desenvolvida no Laboratório de Tecnologia dos Medicamentos (LTM), sob coordenação do professor Pedro Rolim, e que foi divulgada pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Agora, os componentes zidovudina (AZT), lamividina (3TC) e efavirenz (EFV), que antes formavam três comprimidos diferentes, podem ser reunidos em apenas uma unidade. A ingestão passará a ser duas vezes por dia, ao invés de três, como era antes.
Foram quatro anos de estudo. O novo coquetel passa agora por fase de testes que determinarão seu prazo de validade.
"Estamos prontos para fabricarmos o comprimido, cumpridas todas as etapas exigidas no processo de industrialização e demonstrado o interesse do Ministério da Saúde", afirmou nesta quarta-feira o diretor-técnico do Laboratório Farmacêutico de Pernambuco (Lafepe), Leduar Guedes. "Para nós, o comprimido é de grande importância, por reduzir os custos da produção e facilitar o tratamento por parte dos pacientes", disse em entrevista à "Folha de S. Paulo".
Após a conclusão de todos os testes necessários, a UFPE vai repassar a tecnologia para um laboratório estatal (inicialmente a ideia é que seja o próprio Lafepe) e aguardar permissão do Ministério da Saúde e Anvisa para a produção em larga escala
Redação SRZD
Ciência e Saúde
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