quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Profissionais discutem problemas de diagnóstico para tuberculose

Os profissionais de saúde de nível superior de todo o estado participam do seminário de Manejo Clínico, realizado pelo Ministério da Saúde (MS) para divulgar o manual de registro de tuberculose e discutir as dificuldades enfrentadas pelo estado em relação à doença. O encontro vai até amanhã (17), no Salão Nobre da Universidade Federal de Roraima (UFRR), das 8h às 12h e das 14 às 18h. O evento conta com a participação duas profissionais do Centro de Referência Professor Hélio Fraga, do Rio de Janeiro, e um facilitador do Ministério da Saúde. A intenção do Programa Nacional de Controle da Tuberculose é homogeneizar os conhecimentos dos profissionais que trabalham na prevenção, diagnóstico, tratamento do paciente até a cura da doença.
No seminário, os participantes são estimulados a repensarem sobre o processo de trabalho. Para isso, é aberto um momento de discussão, no qual, são enumerados problemas e pensado propostas viáveis para que possam ser executadas, de acordo com a realidade de cada unidade de saúde.
Durante o seminário, o diagnóstico tardio foi apontado como um dos principais problemas para a detecção de casos e tratamento da tuberculose. De acordo com os dados são do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), hoje, mais de 50% dos casos da doença estão sendo diagnosticados nas unidades hospitalares. Dos 72 casos de tuberculose diagnosticados no primeiro semestre deste ano, 35 foram no Hospital Geral de Roraima (HGR).
Houve, ainda, casos detectados pela Casa do Índio e no Hospital Coronel Mota (HCM), que também são da rede hospitalar. Com isso, as unidades hospitalares ficam sobrecarregadas com pacientes que deviam estar sendo atendidos pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Em muitos casos, quando o paciente chega na unidade hospitalar, a doença está em fase avançada.
Para a médica do Programa de Saúde da Família do Asa Branca, Amanda de Carvalho, os pacientes acabam procurando uma unidade hospitalar devido às dificuldades de conseguir agendar uma consulta na UBS. “Muitas vezes eles têm que ir de madrugada para agendar o atendimento, quando isso acontece, muitos acham mais fácil ir até o Hospital Geral de Roraima (HGR), pois lá, o paciente é atendido no mesmo dia com a realização de exames solicitados pelo médico”, afirma.

Doença
A tuberculose é uma doença infectocontagiosa que ataca principalmente os pulmões. É transmitida de uma pessoa doente sem tratamento para outras pessoas sadias. Há chances de infecção da doença, por meio do espirro, fala, tosse e do contato direto e permanente com a pessoa doente em ambiente fechado, com pouca ventilação e ausência de luz solar.
Entre os principais sintomas estão: tosse, falta de apetite, emagrecimento, dores no peito e nas costas, suores noturno, cansaço fácil e febre no final da tarde. Elba destaca que a porta de entrada para a busca de tratamento são as UBSs.
O tratamento é de graça e dura no mínimo seis meses. O paciente deve tomar os medicamentos todos os dias, sem interromper o tratamento mesmo que os sintomas tenham desaparecidos. Caso contrário, a doença pode voltar de forma mais agressiva.

Prevenção
Para prevenir contra a tuberculose, algumas medidas devem ser tomadas, entre elas vacinar as crianças com a BCG logo ao nascer, manter uma alimentação saudável. Já as pessoas que moram na mesma casa ou trabalham no mesmo ambiente de pessoas com a doença, devem procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua residência para uma avaliação médica




BV News

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